EDIT-Superação-Ciências-9-ano- - Português (2024)

ISBN 978-85-16-13592-8

9 7 8 8 5 1 6 1 3 5 9 2 8

Componente curricular:

CIÊNCIAS

CIENCIAS

VANESSA MICHELAN

ELISANGELA ANDRADE

G MP PDF FINAL Formato papel capa papel miolo # Págs LOMBADA

EX

TR

AS laminação

220 x 275 cartão 250 g off-set 75 g 352 18 mm BRILHO

C

o

m

p

o

n

en

te

c

u

rr

ic

u

la

r:

C

N

C

IA

S

C

IE

N

C

IA

S

M

A

N

U

A

L

D

O

M

A

N

U

A

L

D

O

P

R

O

FE

S

S

O

R

P

R

O

FE

S

S

O

R

MANUAL DO MANUAL DO

PROFESSORPROFESSOR

PDF_FINAL_SuAC9_CAPA_GUIA_Impresso_F2_G24.indd All PagesPDF_FINAL_SuAC9_CAPA_GUIA_Impresso_F2_G24.indd All Pages 02/08/22 18:1702/08/22 18:17

Componente curricular: CIÊNCIAS

Vanessa Michelan

Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Especialista em Ensino de Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Mestra em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Autora de livros didáticos para o ensino básico.

Realiza trabalhos de assessoria pedagógica no desenvolvimento de materiais

didáticos para o ensino básico.

Elisangela Andrade

Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Mestra em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Doutora em Ciências Biológicas na área de concentração: Biologia Celular e Molecular pela Universidade

Estadual de Maringá (UEM-PR).

Professora dos níveis básico, técnico e superior no Instituto Federal do Paraná (IFPR-PR).

Autora de livros didáticos para o ensino básico.

1a edição

São Paulo, 2022

CIENCIAS

MANUAL DO MANUAL DO

PROFESSORPROFESSOR

Projeto e produção editorial: Scriba Soluções Editoriais

Edição: Kelly Cristina dos Santos, Ana Carolina Navarro dos Santos Ferraro,

Everton Amigoni Chinellato, Maira Renata Dias Balestri

Assistência editorial: Angélica Alves de Paula, Felipe Revoredo Benatti,

Marissa Kimura, Priscila Boneventi Pacheco

Colaboração técnico-pedagógica: Maria Regina da Costa Sperandio

Coordenação de preparação de texto e revisão: Moisés M. da Silva

Supervisão de produção: Priscilla de Freitas Cornelsen

Assistência de produção: Lorena França Fernandes Pelisson

Projeto gráfico: Laís Garbelini

Coordenação de arte: Tamires R. Azevedo

Coordenação de diagramação: Adenilda Alves de França Pucca (Nil)

Diagramação: Ana Rosa Cordeiro de Oliveira, Carlos Cesar Ferreira,

Fernanda Miyabe Lantmann, Leda Cristina Teodorico, Globaltec

Pesquisa iconográfica: André Silva Rodrigues

Autorização de recursos: Diana Katia Alves de Araújo

Tratamento de imagens: Janaina Oliveira e Jéssica Sinnema

Gerência de design e produção gráfica: Patricia Costa

Coordenação de produção: Denis Torquato

Gerência de planejamento editorial: Maria de Lourdes Rodrigues

Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite

Capa: Mariza de Souza Porto, Tatiane Porusselli, Daniela Cunha e Apis Design

Foto: Jovem construindo um veículo robótico. © SDI Productions/E+/Getty Images

Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero

Coordenação de pesquisa iconográfica: Flávia Aline de Morais

Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues

Pré-impressão: Alexandre Petreca, Fabio Roldan, José Wagner Lima Braga,

Marcio H. Kamoto, Selma Brisolla de Campos

Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro

Impressão e acabamento:

1 3 5 7 9 10 8 6 4 2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Todos os direitos reservados

EDITORA MODERNA LTDA.

Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho

São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904

Atendimento: Tel. (11) 3240-6966

www.moderna.com.br

2022

Impresso no Brasil

Apresentação

Este Manual do professor é um material de apoio que fornece orientações para

auxiliar seu dia a dia em sala de aula. Esta coleção tem como objetivo ensinar aos

alunos, além dos conhecimentos específicos do componente curricular, habilidades,

atitudes e valores, por meio de diferentes temas, atividades e práticas pedagógicas

que desenvolvam a argumentação, o pensamento crítico, a autonomia, a empatia e a

cooperação, de maneira prática e contextualizada.

No tópico Conheça a estrutura da coleção, você vai encontrar informações deta-

lhadas e organizadas sobre a estrutura da coleção, tanto do Livro do Aluno quanto do

Manual do professor. Na sequência, apresentamos subsídios teórico-metodológicos

acerca do trabalho com o componente curricular de Ciências, sua relação com a Base

Nacional Comum Curricular (BNCC), dicas e orientações relativas à prática docente,

ao processo de avaliação, à relação com outras áreas de conhecimento e ao aprendi-

zado em sala de aula.

Ao final da primeira parte deste manual, disponibilizamos a transcrição das habili-

dades de Ciências da BNCC, seguidas pelo quadro de conteúdos e pela proposta de

sugestões de cronograma, ambos referentes a este volume, para este ano letivo. Além

disso, apresentamos subsídios específicos para o trabalho com as seções O que eu

já sei?, O que eu estudei? e O que eu aprendi?, também deste volume. Esses ele-

mentos estão apresentados de maneira organizada, com o intuito de auxiliá-lo em seu

planejamento diário, colaborando para que ele seja mais prático e dinâmico.

Na segunda parte deste manual, você vai encontrar a reprodução do Livro do Aluno,

acompanhada de explicações sobre como trabalhar os conteúdos e diversas orientações

e comentários, como os objetivos e as justificativas do trabalho com os conteúdos, co-

mentários explicativos relativos às atividades, sugestões de atividades complementares

e de avaliação, propostas de integração com outros componentes curriculares, para

que você possa enriquecer ainda mais o processo de ensino-aprendizagem.

Esperamos, assim, que este manual contribua para o seu trabalho e favoreça a for-

mação de alunos aptos a exercer sua cidadania de maneira crítica e ética, respeitando

o outro e a diversidade em suas diferentes formas.

Desejamos a você um ótimo ano letivo!

IV

Conheça a estrutura da coleção ............................................................................V

Livro do aluno ....................................................................................................................................................V

Manual do professor .....................................................................................................................VII

Fundamentação e orientações gerais ..........................................VIII

A BNCC e os Anos Finais do

Ensino Fundamental ......................................................................................................................VIII

Os objetos de conhecimento e as habilidades ....................IX

Os temas contemporâneos transversais

e a formação cidadã ....................................................................................................................IX

As competências gerais ......................................................................................................XII

As competências de área ...............................................................................................XV

O ensino de Ciências nos Anos Finais

do Ensino Fundamental....................................................................................................XVII

Proposta teórico-metodológica do

componente curricular de Ciências .....................................................XVII

A prática docente ...........................................................................................................................XXII

Planejamento ......................................................................................................................................XXIII

Avaliação............................................................................................................................................................XXIV

Autoavaliação ................................................................................................................................XXVII

,

outros objetos de

estudo, envolvendo práticas como visitas e manipu-

lação de materiais. Já a observação indireta pode ser

feita por meio de instrumentos (como microscópio,

lupa e telescópio), fotos, filmes, textos ou imagens

obtidas mediante recursos variados (ultrassonogra-

fias, radiografias e micrografias).

Nesta coleção, a observação é incentivada con-

tinuamente nos textos, nas imagens e nas questões

ao longo de cada capítulo. Também são propostas

atividades que envolvem a interpretação de ima-

gens, gráficos e situações do cotidiano.

Leitura de textos

A busca de informações está diretamente relacio-

nada à leitura de textos. Para que essa estratégia se

consolide como ferramenta no processo de ensino-

-aprendizagem, é essencial incentivar os alunos a

procurar informações em textos de fontes diversas,

como jornais, revistas, artigos, livros e na internet.

Essas fontes apresentam estruturas e finalidades di-

versificadas e podem contribuir para o desenvolvi-

mento da competência leitora, da escrita e, conse-

quentemente, do hábito de ler.

XX

No âmbito da pesquisa em ensino de

ciências, questões sobre leitura, uso e fun-

cionamento de textos têm sido foco de mui-

tos trabalhos nos quais a leitura adquire

diferentes sentidos, associados a diferentes

concepções de linguagem, de ensino e de

ciência. Entre essas questões, alguns au-

tores propõem a leitura na perspectiva da

formação de sujeitos-leitores, visando à cria-

ção de hábitos de leitura, e, para tal, privi-

legiando uma leitura polissêmica, propician-

do uma relação mais estreita, e, portanto,

mais diversificada, entre os diferentes sujei-

tos, com suas diferentes histórias de leitura

e de vida, e os textos (ALMEIDA & RICON,

1993; ZANETIC, 1997; SILVA & ALMEIDA,

1998; SOUZA, 2000; SILVA, 2004).

[...]

ZIMMERMANN, Narjara; SILVA, Henrique César da. Os diferentes

modos de leitura no ensino de ciências. In: CONGRESSO DE LEITURA DO

BRASIL, 16., 2007, Campinas. Anais... Campinas: Unicamp, 10-13 jul. 2007.

Disponível em: https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/

sem07pdf/sm07ss08_08.pdf. Acesso em: 23 maio 2022.

Diante do acesso atual à diversidade de informa-

ções disponíveis nos meios digitais, é importante que

os alunos desenvolvam o senso crítico acerca do que

é disseminado nesses canais, aprendendo a filtrar o

que é pertinente. Assim, é fundamental identificar as

informações mais relevantes de sua busca. Espera-se

que, com o tempo, eles aprimorem a capacidade de

perceber os diferentes pontos de vista dos autores,

consultando a veracidade do que leem e assumindo,

dessa maneira, uma postura crítica e ética.

Experimentação

A experimentação contribui para que os alunos

estabeleçam relações efetivas entre os fenômenos

naturais e os conceitos científicos. Ela pode gerar si-

tuações-problema que motivem a turma, desafiando

sua curiosidade, despertando seu interesse e propi-

ciando discussões.

[...]

O processo de investigação que deve ser

realizado pelos estudantes, a partir do pro-

blema proposto pelo professor e que preci-

sa de um procedimento experimental para

a sua resolução, apresenta-se como uma

possibilidade real de ser implementada nas

aulas de ciências. A maioria dos estudantes

gosta de experimentar desafios, enfrentar

dificuldades, resolver problemas. Há que

aproveitar esta potencialidade para uma

aprendizagem eficiente e, ao mesmo tempo,

do seu agrado (LOPES, 1994).

[...]

MALHEIRO, João Manoel da Silva. Atividades experimentais no ensino

de ciências: limites e possibilidades. Actio, Curitiba, v. 1, n. 1, jul./dez.

2016. p. 121. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/

view/4796/3150. Acesso em: 23 maio 2022.

Nesse contexto, a experimentação é uma impor-

tante ferramenta deflagradora, que problematiza

e desestabiliza os modelos prévios dos alunos. O

professor atua como um orientador crítico, que os

questiona sobre as possíveis variáveis que influem

nos resultados dos experimentos e, com base nelas,

promove discussões coletivas.

A experimentação também promove a interação

entre os alunos, exercitando a empatia, o diálogo e

a cooperação, permitindo que eles reconheçam e

valorizem os diferentes saberes e pontos de vista.

Durante os experimentos, podem surgir situações

não esperadas, como a dificuldade no desenvolvimen-

to de alguma atividade ou a falha de algum equipa-

mento. Esses cenários podem incentivar a resiliência

e a flexibilidade dos alunos, pois os levam a propor

novas soluções para os problemas. Eles permitem

mostrar que o conhecimento científico não é algo

completo e acabado, e sim uma construção humana

coletiva, que envolve o trabalho de várias pessoas que

tiveram dificuldades e insucessos e buscaram novas

formas de encontrar respostas para as adversidades.

Nesta coleção, a experimentação é proposta na

seção Hora de investigar, na qual os alunos são in-

centivados a analisar e a interpretar situações. A es-

trutura dessa seção foi planejada com a finalidade de

incentivá-los a uma das possibilidades de investigação

científica, iniciada por uma ou mais questões pro-

blematizadoras. Dessa maneira, durante a atividade

prática, eles são instigados a refletir e a argumentar

sobre os procedimentos e os fenômenos percebidos.

A observação e o registro dos resultados obtidos

são orientados por meio de questões e da troca de

ideias entre os alunos. Ao final, eles são levados a

confrontar as ideias iniciais com os resultados obtidos

após a realização dessa investigação. Nessa seção, o

roteiro visa auxiliar na execução das atividades propos-

tas. Contudo, ele não é imutável e cabe ao professor

https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf

https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf

https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150

https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150

XXI

optar pela melhor forma de conduzi-lo. Por isso, é muito importante propor a eles que elabo-

rem uma metodologia própria para investigar situações-problema, sem necessariamente seguir

o passo a passo do experimento.

A seção Hora de investigar, embora localizada ao final dos conteúdos, também pode

ser utilizada para iniciar o estudo ou durante o desenvolvimento dos temas.

Orientações sobre as atividades experimentais

Confira a seguir algumas orientações importantes que podem ser empregadas durante

as atividades experimentais e outras atividades práticas.

Nos experimentos em sala de aula, incentive a participa-

ção de todos os alunos durante as etapas e os procedi-

mentos de montagem (exceto quando for exigida a ma-

nipulação de objetos perfurantes ou cortantes), durante

a troca de ideias e na observação dos resultados.

Promova uma discussão sobre o desperdício de mate-

riais a fim de conscientizá-los de que outras pessoas

precisarão utilizá-los posteriormente. Ao finalizar as

atividades, solicite-lhes que ajudem na organização do

laboratório ou da sala de aula.

Selecione antecipadamente os materiais necessários.

Se possível, organize na sala de aula ou em outro local

da escola um espaço para armazenar os materiais que

restarem das atividades práticas, a fim de reaproveitá-

-los, conscientizando os alunos a respeito de evitar o

desperdício.

Quando possível, desenvolva com os alunos as ativi-

dades experimentais no laboratório, caso a escola te-

nha um. Nesses casos, oriente-os a se comportarem

adequadamente nesse ambiente. Peça-lhes que não

toquem nas vidrarias e nos reagentes, pois podem ofe-

recer riscos. Durante as atividades, mostre a eles como

manusear os instrumentos laboratoriais e como guar-

dá-los ao final da atividade.

Alguns materiais e reagentes precisam ser descartados

em locais adequados. Oriente os alunos quanto ao des-

carte desses resíduos.

Alguns experimentos podem ser feitos individualmen-

te ou em grupos. Escolha a estratégia que melhor se

adapta ao seu planejamento, considerando

,

sua pro-

posta pedagógica, os materiais disponíveis e a facilida-

de para obtê-los.

Nas atividades experimentais, podem surgir problemas que interferem nos resultados

obtidos. Esses casos podem ser vistos como oportunidades para incentivar os alunos a

buscar soluções alternativas para essas situações e explicações para os problemas ou

resultados divergentes encontrados. Isso contribui para desenvolver a autonomia e a fle-

xibilidade deles e para que aprendam a reagir diante das dificuldades, levando-os a ser

personagens ativas na construção do próprio conhecimento.

O esquema a seguir sugere como os experimentos podem ser trabalhados nesta cole-

ção, de acordo com a estrutura da seção Hora de investigar ou de forma livre.

Coletar

materiais.

Discutir as dificuldades

e os problemas com

os colegas.

Adequar os

procedimentos de

montagem de acordo

com as necessidades.

Sugerir alterações no

experimento, de

acordo com a influência

de possíveis variáveis.

Confrontar

com a análise

inicial.

Apresentar as

informações descrevendo

o problema, as hipóteses,

os procedimentos, os

resultados e a conclusão.

Discutir com os

colegas sobre os

resultados obtidos.

Registrar

os resultados

observados.

Análise da questão

problematizadora

inicial.

Observação

e registro dos

resultados.

Elaboração de estratégias

e procedimentos para

investigar as hipóteses ou a

leitura das etapas propostas,

caso sigam a seção.

Montagem de acordo

com os procedimentos

indicados na seção ou

planejados pelos alunos.

Conclusão. Divulgação.

LA

ÍS

G

AR

BE

LI

N

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

XXII

A elaboração de relatórios após a atividade prá-

tica pode auxiliar os alunos a organizar os resul-

tados encontrados. Ao apresentar esses relatórios

oralmente aos colegas, cria-se a oportunidade de

desenvolver a comunicação científica. Essa etapa

pode ser realizada de forma escrita ou por meio de

registro multimodal (gráficos, tabelas, esquemas),

permitindo aos alunos reelaborar as observações,

os dados, os resultados e as conclusões de sua in-

vestigação.

A apresentação dos resultados também favorece

momentos de discussões de caráter científico entre

os alunos, os professores e a comunidade em ge-

ral, o que permite a conexão entre os componentes

curriculares. O registro escrito, por exemplo, favo-

rece a conexão com o componente curricular de

Língua Portuguesa. O registro por meio de tabelas

e gráficos integra conhecimentos dos componentes

curriculares de Ciências e de Matemática.

Algumas etapas da montagem e da observação

dos resultados podem ser registradas por meio de

vídeos e fotos, para fazer parte do relatório e da

divulgação dos resultados obtidos.

Para que a produção científica cumpra seu pa-

pel social, é essencial que os conhecimentos sejam

compartilhados e divulgados para toda a sociedade.

Nesse cenário, a escola tem um importante papel na

formação de cidadãos que reconheçam a função da

divulgação científica.

É importante planejar a exposição e/ou as feiras

dos experimentos e das práticas realizados pelos

alunos. Esse tipo de abordagem contribui para a

formação cidadã, pois pode motivá-los na execu-

ção de atividades, além de incentivar a empatia, o

diálogo e a cooperação entre eles, favorecendo a

socialização dos conhecimentos científicos produ-

zidos na escola para toda a comunidade escolar,

além de ser uma oportunidade de promover a par-

ticipação da família na escola.

Sugerimos a organização de uma Feira de Ciên-

cias ao final do 2º semestre, pois nessa etapa os alu-

nos já terão um repertório suficiente de atividades

experimentais para apresentar. Incentive-os a verifi-

car todos os preparativos para a montagem da feira,

sob sua supervisão. Eles também deverão escolher

as atividades experimentais que serão exibidas.

Atividades em grupo

As atividades em grupo favorecem a interação

entre os alunos, contribuem para o desenvolvimen-

to da empatia e do senso de cooperação, reforçam

a importância da coletividade e incentivam o diá-

logo, o respeito às ideias e às opiniões alheias, o

acolhimento, a valorização da diversidade social e

cultural e a participação ativa do sujeito, de maneira

que ele se reconheça como parte de uma sociedade

plural e coletiva.

O planejamento minucioso é fundamental para o

desenvolvimento do trabalho em grupo, pois aju-

da a prever os materiais necessários, os objetivos

a serem atingidos e a melhor forma de expor os

resultados. Confira a seguir outras orientações im-

portantes para o trabalho em grupo.

• Procure orientar os alunos a diversificar os gru-

pos a cada atividade. Isso contribui para que to-

dos se conheçam e troquem ideias, promoven-

do a cooperação entre eles nas tarefas exigidas

e desenvolvendo o respeito mútuo.

• As atividades em grupo devem apresentar situa-

ções que sejam relevantes para os alunos, a fim

de que possam praticar a troca de ideias.

• Todas as orientações necessárias para a ativi-

dade devem ser fornecidas. Os alunos devem

ser corretamente orientados quanto ao registro

dos resultados.

• Ao final da atividade, é interessante que os alu-

nos averiguem e relatem a participação de cada

membro da equipe, além de mostrarem as difi-

culdades que tiveram.

A prática docente

A sociedade passa por mudanças ao longo do

tempo, assim como a educação. No centro dessas

mudanças encontram-se a escola e seus sujeitos, es-

pecialmente o professor e os alunos. Ao professor

cabe pensar no ensino para que seus alunos viven-

ciem a aprendizagem.

Até pouco tempo, os professores eram formados

com base em uma racionalidade técnica cujas ações

deveriam ser eficazes para executar os objetivos

previamente propostos. Assim, o ensino era conce-

bido como uma intervenção pedagógica realizada

XXIII

pela figura do professor, o detentor do saber histo-

ricamente construído. As informações eram, então,

transmitidas aos alunos por meio de aulas expositi-

vas e relativamente autoritárias. Dessa forma, con-

siderava-se o aluno um sujeito passivo que deveria

receber e memorizar as informações.

No contexto atual, é necessário que o professor,

além de dominar os conhecimentos específicos da

sua área, esteja em constante formação. Ele deve

ser um profissional reflexivo, um agente de mudan-

ças na escola e, consequentemente, na socieda-

de. Esse docente, portanto, tem intenção em suas

ações, visa ao ensino-aprendizagem e busca o de-

senvolvimento de autonomia, de valores e de critici-

dade nos alunos, preparando-os para as mudanças,

incertezas e desafios da sociedade. De acordo com

Marguerite Altet:

[...] a dialética entre a teoria e a prática é

substituída por um ir e vir entre PRÁTICA-

-TEORIA-PRÁTICA; o professor torna-se

um profissional reflexivo, capaz de analisar

suas próprias práticas, de resolver proble-

mas, de inventar estratégias; a formação

apoia-se nas contribuições dos praticantes

e dos pesquisadores; ela visa a desenvolver

no professor uma abordagem das situações

vividas do tipo AÇÃO-CONHECIMENTO-

-PROBLEMA, utilizando conjuntamente prá-

tica e teoria para construir no professor ca-

pacidades da análise de suas práticas e de

metacognição.

[...]

ALTET, Marguerite. As competências do professor profissional: entre

conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In: PAQUAY,

Léopold et al. (org.). Formando professores profissionais: quais estratégias?

Quais competências? 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 26.

O professor deve então atuar como mediador

entre o conhecimento e o aluno, refletindo sobre

a própria prática pedagógica, modificando seu pla-

nejamento e sua metodologia quando necessário, a

fim de buscar estratégias para que todos os alunos

tenham condições de desenvolver as habilidades e

as competências evidenciadas na BNCC não somen-

te em sala de aula, como também fora dela.

Para desempenhar a função de mediador, o pro-

fessor deve propor situações desafiadoras que des-

pertem a curiosidade e o interesse dos alunos. Ao

priorizar a construção

,

coletiva do conhecimento,

deve criar em sala de aula um ambiente de cons-

tante diálogo, possibilitando aos alunos o desenvol-

vimento de condições para analisar o mundo que

os cerca, fazendo escolhas e propondo soluções de

problemas com base nos conhecimentos científicos,

visando ao exercício pleno da cidadania.

A formação do professor deve ser contínua. Além

de manter-se atualizado nas diferentes vertentes

pedagógicas e didáticas, deve estar atento às mu-

danças sociais que podem impactar a realidade dos

alunos e discutir com eles as consequências dessas

transformações, possibilitando que se reconheçam

como sujeitos integrantes da sociedade e capazes

de intervir nela. Para que essa realidade seja alcan-

çada, os professores e a equipe pedagógica devem

trabalhar de forma integrada, conectando as dife-

rentes áreas do conhecimento a objetivos comuns

para evitar a fragmentação.

A reflexão conjunta das diferentes áreas do saber,

associada ao conhecimento sobre a realidade social

dos alunos e ao estudo de práticas pedagógicas, po-

de favorecer o processo de ensino-aprendizagem.

Esta coleção incentiva a autonomia do profes-

sor, pois foi planejada como um apoio para a cons-

trução de conhecimentos pautados nas habilidades

e competências da BNCC. Você poderá adaptar

seu planejamento de acordo com a necessidade

da turma em que estiver lecionando, incluindo, ex-

cluindo ou modificando a ordem dos conteúdos e

das atividades.

Planejamento

Como parte da prática docente, o planejamento

tem o intuito de auxiliar o professor a se organizar

quanto ao conteúdo curricular a ser trabalhado e

às situações cotidianas de uma turma numerosa.

Trata-se de uma estratégia de organização para

elencar os objetivos que se pretende alcançar; as

habilidades e as competências que se pretende de-

senvolver; os conteúdos que necessita preparar; a

maneira como o ensino pode ser conduzido; além

da verificação dos materiais que utilizará visando

ao êxito nas aulas.

Embora tenha a intenção de programar o anda-

mento diário ou semanal dos conteúdos e práticas,

o planejamento deve ser pensado e produzido de

maneira flexível, permitindo alterações no decorrer

XXIV

do percurso, considerando a ocorrência de eventua-

lidades que exijam a proposição de uma nova condu-

ção do ensino, visando à aprendizagem dos alunos.

O planejamento pode ser considerado um roteiro

norteador, construído de acordo com experiências

de falhas e acertos do docente no dia a dia. Torna-se

um instrumento de grande utilidade, principalmente

quando o professor já conhece seus alunos e os rit-

mos do processo de aprendizado deles.

Avaliação

A avaliação tem sido tema de intensas reflexões,

o que indica um olhar cada vez mais crítico dos

educadores aos modelos praticados até então e o

anseio por propostas mais adequadas às realidades

dos atuais processos de ensino-aprendizagem.

Todo educador deve compreender a importância

do processo de avaliação como uma parte integrante

de um percurso que o auxilia no desenvolvimento de

seu trabalho e no alcance do objetivo maior de ensinar,

que consiste em capacitar o aluno a atingir um saber

competente, visando à superação, ao desenvolvimen-

to e à evolução. Assim, o processo avaliativo em sala

de aula deve ser empregado a favor desse objetivo.

[...]

Avaliar para promover significa, assim,

compreender a finalidade dessa prática a

serviço da aprendizagem, da melhoria da

ação pedagógica, visando à promoção mo-

ral e intelectual dos alunos. O professor as-

sume o papel de investigador, de esclarece-

dor, de organizador de experiências signifi-

cativas de aprendizagem. [...]

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas

do caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação, 2014. p. 20.

Infelizmente, muitas vezes, essa etapa tão impor-

tante do processo de ensino-aprendizagem tem si-

do relegada a momentos estanques, perdendo sua

finalidade educativa e transformando-se em uma

prática voltada apenas à obtenção de uma informa-

ção classificatória.

No entanto, profissionais da educação têm

compreendido melhor a cada dia que entender

a avaliação apenas como a realização de exames

pontuais com a atribuição de notas, calculando-

-se a média dos resultados da turma, não reflete

a quantidade nem a qualidade do aprendizado. É

preciso utilizar esse processo para contribuir com

a prática pedagógica.

Segundo pesquisadores da área, como Hadji

(1994), o objetivo da avaliação escolar deve ser con-

tribuir para a aprendizagem tanto do aluno quanto

do professor. Assim, a avaliação oferece ao profes-

sor informações relativas ao processo de aprendi-

zagem do aluno e à sua conduta na sala de aula.

Ao aluno, a avaliação possibilita a análise da própria

aprendizagem, instruindo-o acerca de seu percurso,

seus êxitos e suas dificuldades.

Na tarefa avaliativa realizada na escola, são feitas

perguntas cujas respostas devem orientar as deci-

sões no decorrer do processo de ensino. As respos-

tas obtidas por meio dos mais diferentes instrumen-

tos e práticas avaliativas auxiliam nesse momento,

uma vez que o objetivo da avaliação é informar a

respeito de determinado panorama, com base no

qual se deve tomar uma decisão.

A seguir, consta o modelo de uma ficha para au-

xiliar no acompanhamento do desenvolvimento in-

dividual dos alunos, com o objetivo de avaliar seus

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

XXV

Modelo de ficha de acompanhamento individual

Nome do aluno: Componente curricular:

Turma: Período letivo de registro:

Acompanhamento de aprendizagem por

objetivos e/ou habilidades

Não consegue

executar

Executa com

dificuldade

Executa com

facilidade Observações

Exemplo por objetivo:

Conhecer e analisar modelos científicos que

explicam a posição dos astros no Universo.

Exemplo por habilidade:

(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura

de gases, identificando sua composição, e

discutir fenômenos naturais ou antrópicos que

podem alterar essa composição.

Acompanhamento socioemocional

Desenvolvimento do aluno

Sim Às vezes Não Observações

Escuta com atenção a explicação dos conteúdos?

Questiona quando não compreende o conteúdo?

Faz uso correto da oralidade e/ou escrita para

se expressar?

Desenvolve os exercícios com autonomia?

Participa de maneira responsável das atividades

propostas dentro e fora da sala de aula?

Coopera com os colegas quando lhe solicitam

auxílio?

Demonstra empatia pelas pessoas de seu convívio?

Demonstra zelo pelos seus materiais e pelos

espaços da escola?

Informações sobre o progresso

nesse período letivo

Para que todo esse processo se efetive, valorizando suas dimensões básicas, não se po-

de perder de vista que a ação educativa no espaço escolar inclui aspectos, como aprender

a ser, desenvolver-se com o outro, compartilhar vivências, saberes, sentimentos, experiên-

cias, valores. Dessa forma, é importante que o professor crie espaços e situações em

que possa verificar se os alunos interagem, trabalham em grupos, dialogam e investigam.

Essas trocas permitem a eles que se manifestem de diferentes maneiras, ouçam diferentes

pontos de vista, encontrem diferentes formas de buscar soluções, reflitam sobre outras

formas de ser, sentir e agir. A observação e a análise dessas situações devem ser conside-

radas em um processo de avaliação de desempenho, levando em conta o desenvolvimento

individual em situações coletivas.

XXVI

A avaliação da aprendizagem não é tarefa estan-

que, tampouco aleatória. De acordo com Luckesi,

“A avaliação, diferentemente da verificação, envol-

ve um ato que ultrapassa a obtenção da configura-

ção do objeto, exigindo decisão do que fazer an-

te ou com ele” (2006, p. 93). Da mesma maneira,

Hoffmann afirma que:

[...]

Em relação à aprendizagem, uma avalia-

ção a serviço da ação não tem por objetivo a

verificação e o registro de dados do desem-

penho escolar, mas a observação permanen-

te das manifestações de aprendizagem para

proceder a uma ação educativa que otimize

os percursos

,

individuais. [...]

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do

caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação, 2014. p. 19.

A elaboração ou definição do instrumento ava-

liativo – observação, prova, debate, resumo, entre

outras possibilidades – deve estar impregnada de

intenções que contemplem propostas pedagógicas

comprometidas com a aprendizagem e que consi-

derem uma turma heterogênea.

Desse modo, ao avaliar a aprendizagem, é neces-

sária uma retomada, um olhar novamente intencional

sobre o que se avalia, refletindo em uma decisão, em

uma nova ação. Nesse sentido, os objetivos da ava-

liação devem estar claros e os princípios básicos de

cada uma das modalidades desse processo precisam

ser conhecidos, adaptando-os de acordo com as ca-

racterísticas específicas de cada proposta e da turma.

No componente de Ciências, é importante in-

centivar a aproximação efetiva dos conhecimentos

científicos às situações do cotidiano dos alunos de

forma que eles desenvolvam a capacidade de anali-

sar, compreender e interpretar fenômenos do mun-

do natural, social e tecnológico com base nesses

conhecimentos, além de propor alternativas e so-

luções aos problemas do mundo contemporâneo.

Assim, as atividades práticas investigativas, as que

envolvem a análise de situações-problema, os de-

bates, as pesquisas, aquelas voltadas à participação

da comunidade e as relacionadas à divulgação cien-

tífica, são exemplos de estratégias presentes nesta

coleção e que fornecem informações sobre o apren-

dizado dos alunos.

São três as modalidades de avaliação e sua dis-

tinção está relacionada ao momento em que o do-

cente a utilizará. Segundo Bloom (1971), a avaliação

pode ser diagnóstica, formativa e somativa.

A avaliação diagnóstica permite ao professor

utilizar diversos instrumentos de acordo com sua

criatividade, sensibilidade e recursos disponíveis.

Seu principal objetivo é indicar o ponto de partida

mais adequado para o processo de ensino-aprendi-

zagem, possibilitando verificar a situação de apren-

dizagem do aluno em relação ao que se espera dele

no decorrer do processo. Desse modo, além da ve-

rificação do ritmo da turma, atividades ou dinâmicas

propostas nortearão o professor no planejamento

das aulas, de acordo com os diagnósticos. Nesta co-

leção, a seção O que eu já sei? pode ser utilizada

como avaliação diagnóstica.

A avaliação formativa tem o propósito de infor-

mar ao professor e ao aluno o resultado da apren-

dizagem durante o desenvolvimento das atividades.

Ela deve fornecer dados sobre o progresso do aluno

e contribuir para o professor adequar suas práticas

às características e necessidades da turma, aperfei-

çoando o processo de ensino-aprendizagem. Carac-

teriza-se como informativa (informa os envolvidos

no processo), corretiva (corrige a ação e motiva

modificações) e propositiva (conscientiza sobre as

dificuldades e aponta caminhos). Nesta coleção, a

seção O que eu estudei? pode ser utilizada como

avaliação formativa.

Por sua vez, a avaliação somativa constitui-se co-

mo um ponto de parada para a análise das informa-

ções levantadas no processo de avaliação de deter-

minado período. Por meio dela, é possível classificar

os alunos e verificar os níveis de aproveitamento.

Tem caráter mais geral no que se refere à verifica-

ção do grau em que os objetivos mais amplos foram

atingidos. Geralmente, seus resultados são utiliza-

dos para indicar se os alunos estão habilitados a se-

guir para a etapa posterior. Nesta coleção, a seção

O que eu aprendi? pode ser utilizada como avalia-

ção somativa.

Esta coleção tem o intuito de auxiliar o profes-

sor a preparar seus alunos para desafios futuros.

Isso posto, apresenta atividades que possibilitam o

preparo deles para exames de provas oficiais, co-

mo as aplicadas pelo Sistema de Avaliação da Edu-

XXVII

cação Básica (Saeb), que visa mensurar a qualidade

da aprendizagem. Seja por meio da linguagem, seja

pela estrutura das atividades, os alunos entrarão em

contanto com exercícios avaliativos que se asseme-

lham aos propostos pelo Instituto Nacional de Estu-

dos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),

servindo também como parâmetro diagnóstico ou

formativo de uma avaliação.

Autoavaliação

É imprescindível considerar a importância da au-

toavaliação, um instrumento essencial para auxiliar

na avaliação formativa, que pode orientar a autor-

regulagem do processo de ensino-aprendizagem,

contribuindo para o desenvolvimento da autonomia

dos alunos.

A autoavaliação possibilita aos agentes do pro-

cesso educativo que reflitam sobre seu comporta-

mento e engajamento, além de indicar quais pontos

precisam ser trabalhados e desenvolvidos para que

sejam aprimorados.

Para atingir os objetivos, após a aplicação de uma

proposta de autoavaliação, é necessário discutir e

indicar caminhos que contribuam para gerar resulta-

dos positivos coletiva ou individualmente.

Além disso, é preciso conscientizar os alunos de

que o resultado dos esforços aplicados para mudar

ou melhorar, muitas vezes, não é conquistado a cur-

to prazo, sendo necessário refletir e rever atitudes

constantemente, por meio da autoavaliação.

Relações entre os

componentes curriculares

Com a Revolução Industrial, no século XIX, a es-

cola passou a formar pessoas para o mercado de

trabalho, que, naquele momento, se desenvolvia em

linhas de produção. Com base nesse contexto so-

cial e nas ideologias vigentes, o ensino passou a ser

compartimentado, especializado e desarticulado.

Essas relações, entretanto, modificaram-se ao

longo do tempo, exigindo uma formação universal.

Para atender a essa demanda, a educação precisou

articular-se novamente, apresentando propostas de

ensino relacionando cada vez mais os componentes

curriculares.

[...] o saber, ao mesmo tempo em que se

propõe como desvendamento dos nexos ló-

gicos do real, tornando-se então instrumento

do fazer, propõe-se também como desvenda-

mento dos nexos políticos do social, tornando-

-se instrumento do poder. Por isso mesmo,

o saber não pode se exercer interdisciplinar-

mente. Ser interdisciplinar, para o saber, é

uma exigência intrínseca, não uma circuns-

tância aleatória. Com efeito, pode-se consta-

tar que a prática interdisciplinar do saber é

a face subjetiva da coletividade política dos

sujeitos. Em todas as esferas de sua prática,

os homens atuam como sujeitos coletivos.

Por isso mesmo, o saber, como expressão da

prática simbolizadora dos homens, só será

autenticamente humano e autenticamente

saber quando se der interdisciplinarmente.

Ainda que mediado pela ação singular e dis-

persa dos indivíduos, o conhecimento só tem

seu pleno sentido quando inserido nesse te-

cido mais amplo do cultural.

[...]

SEVERINO, Antônio Joaquim. O conhecimento pedagógico e a

interdisciplinaridade: o saber como intencionalização da prática. In:

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Didática e interdisciplinaridade.

17. ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 40. (Coleção Práxis).

A relação entre componentes curriculares tem

recebido atenção especial nas últimas décadas, pois

ultrapassa a simples comunicação, sendo capaz

de conectá-los e integrá-los. Para que essa relação

ocorra, os saberes dos alunos precisam ser respeita-

dos, buscando-se finalidades, habilidades e técnicas

que favoreçam sua aprendizagem.

Em razão de seu caráter prático, a relação inter-

disciplinar precisa trabalhar com o conhecimento

vivo e dialogado. Para tal, o processo de integração

entre os componentes curriculares deve ser visto

pelos membros da escola sob um aspecto contínuo

e capaz de transformar a realidade.

Mais do que trabalhar alguns pontos comuns, ca-

da componente curricular deve procurar aproximar

metodologias, instrumentos e análises. A integração

pode derrubar as barreiras criadas no passado en-

tre os diferentes componentes curriculares sem que

eles percam sua identidade científica. Espera-se que,

dessa maneira, sejam formados alunos com visão

universal e unificadora dos conhecimentos,

,

caracte-

rísticas que os auxiliarão a desenvolver habilidades e

XXVIII

capacidades para o exercício pleno de uma cidada-

nia crítica e atuante.

Para que a aula seja realmente interdisciplinar é

preciso considerar os seguintes pontos.

• Realizar um bom planejamento, atentando às

possíveis relações entre o conteúdo do respec-

tivo componente curricular e outros.

• Pesquisar e compreender o conteúdo trabalha-

do por outros componentes curriculares.

• Conversar e envolver os professores de outros

componentes curriculares e quando possível

planejar em conjunto.

• Considerar a heterogeneidade dos alunos da

turma.

• Propor atividades contextualizadas que auxiliem

o aluno nessa visão interdisciplinar.

• Usar materiais que evidenciem a interdisciplina-

ridade.

Esta coleção propõe atividades que poderão ser

trabalhadas com base em seus temas, conteúdos,

recursos e seções, favorecendo uma abordagem in-

tegradora entre os diversos componentes curricula-

res. Essa articulação é apresentada nas orientações

ao professor, com o intuito de contribuir com su-

gestões que colaborem para a integração dos co-

nhecimentos. A seção Projeto em ação também é

utilizada para desenvolver o trabalho interdisciplinar

nesta coleção.

O aprendizado em sala de aula

A sala de aula é um espaço privilegiado de grande

significância para o desenvolvimento dos alunos. É

nesse espaço que eles interagem uns com os outros

e com o professor. É também na sala de aula que os

alunos entram em contato com conhecimentos di-

versos e sistematizam alguns deles sob a mediação

do professor.

Ao desenvolver o trabalho nesse espaço, os desa-

fios enfrentados pelo professor são cada vez maio-

res. Entre eles destacam-se a quantidade de alunos e

as dificuldades no aprendizado, situações que fazem

parte da realidade das escolas brasileiras. É evidente

que as diferenças cognitivas sempre existirão, pois

cada aluno tem formação humana e escolar única

e se apropria do conhecimento construído no de-

correr da vida acadêmica à própria maneira. Além

disso, sendo o Brasil um país rico em diversidade,

em vários aspectos, é natural que haja contrastes

educacionais, sociais e de saúde, o que impacta na

característica de cada aluno em sala de aula.

É importante ter em mente que os diferentes ní-

veis de aprendizagem em uma turma não indicam a

falta de capacidade de alguns alunos para aprender,

mas sim que o progresso de cada um ocorre de

acordo com o próprio ritmo. Lidar com esse cenário

não é uma tarefa simples, e certamente não existe

uma solução única e predeterminada. Pelo contrá-

rio, há diversas estratégias que podem ser adotadas

e agregadas à prática pedagógica, a fim de gerar

resultados significativos e contribuir para os alu-

nos aprenderem mais e melhor, considerando suas

características individuais. Com base nisso, como

proceder quando essas diferenças são percebidas

em uma mesma turma? A seguir, constam algumas

sugestões de estratégias a serem consideradas para

enfrentar essas situações.

• Apresente as atividades escolares de maneira de-

safiadora e cativante, buscando reverter a ideia,

muitas vezes incutida nos alunos, de que o ato

de estudar está relacionado ao cumprimento

de obrigações. É importante que eles tenham a

oportunidade de refletir sobre a relevância dos

estudos e de valorizar o conhecimento, o conta-

to com informações que auxiliam na compreen-

são do mundo, da realidade, da vida.

• Sempre que possível, inclua e utilize recursos

tecnológicos aliados aos objetivos da educação.

Atualmente, a tecnologia faz parte do cotidiano de

parte dos jovens e pode ser utilizada para incen-

tivar o interesse deles pelos estudos, instigando-

-lhes o pensamento e complementando assuntos

tratados em sala de aula de maneira atraente.

• Relacione os assuntos escolares com algum

evento da atualidade e da realidade dos alunos,

contribuindo para o interesse e a compreensão

de temas, muitas vezes, considerados comple-

xos. Sempre que viável, utilize diferentes ma-

teriais pedagógicos, como vídeos, músicas, ar-

tigos de jornais e revistas, propagandas, além

de estratégias diversificadas, como estudos de

campo, pesquisas e trabalhos em grupo.

XXIX

• Acompanhe o desempenho de maneira indivi-

dual, por meio de atividades diversificadas, con-

templando diferentes habilidades e competên-

cias. Assim, é possível identificar as principais

dificuldades e definir as melhores estratégias

para conduzir o processo de apoio, levando o

aluno a alcançar os objetivos propostos para o

ano em que estuda. A análise do resultado geral

da turma também pode indicar a necessidade

de revisão de estratégias para aprimorar o de-

senvolvimento das aulas e atender às diferentes

necessidades que se impõem em sala de aula.

Retomar o conteúdo com alguma periodicida-

de também é uma estratégia válida.

• Dinamize a organização do espaço da sala de

aula para contribuir para o processo de ensino-

-aprendizagem. Algumas sugestões são: dispor

as carteiras em círculo, em grupos pequenos;

organizar somente as cadeiras em um grande

círculo; reunir somente as carteiras, caso os

alunos precisem circular pelo ambiente e ne-

cessitem de uma grande estação de trabalho.

Essa dinâmica incentiva os alunos e atende à

diversidade de preferências, tornando o am-

biente mais agradável, despertando o inte-

resse e favorecendo a aprendizagem. Utilize

também outros espaços do ambiente escolar,

como pátio, jardim, biblioteca, sala multimídia

e laboratório.

• Incentive os alunos a participar de projetos de

monitoria, nos quais aqueles que apresentarem

bom desempenho em determinado componen-

te curricular auxiliem os que estiverem com di-

ficuldades, sob a orientação dos professores.

Além de contribuir para reduzir a dificuldade no

aprendizado, todos os alunos envolvidos têm a

oportunidade de desenvolver habilidades, co-

mo colaboração, empatia, antecipação e plane-

jamento, participação, decisão e resolução de

problemas, comunicação e trabalho em equipe.

• Além destas orientações para o dia a dia, al-

guns casos podem demandar esforços extras e

possibilitar aos alunos que atinjam os objetivos

propostos para a etapa em que se encontram.

Casos específicos podem exigir:

> elaboração de atividades educativas diferen-

ciadas que levem os alunos a compreender

os conteúdos ou que atendam a necessidades

cognitivas específicas;

> atendimento individualizado durante as au-

las para verificação das atividades realizadas

pelos alunos, com análise e observação mais

detalhada;

> atendimento separado da turma em casos de

dificuldades mais severas no aprendizado, por

meio da proposição de atividades diferenciadas

e da utilização de recursos complementares.

Nesse caso, o professor responsável pelo com-

ponente curricular deve estar em contato com

aquele que realizará esse trabalho de apoio,

visando compreender as dificuldades do aluno,

suas principais necessidades e a maneira como

ele será acompanhado e avaliado, de modo a

garantir a continuidade de seu progresso.

É importante ter em mente que o trabalho com

alunos que demonstram dificuldades no aprendiza-

do não é responsabilidade exclusiva do professor,

devendo ser compartilhado com toda a equipe pe-

dagógica e contar também com o suporte e apoio

da família. O ritmo de cada aluno e, portanto, seus

avanços individuais devem pautar as definições e

adequações das estratégias adotadas e a avaliação

de todo o processo.

Competência leitora

A leitura é uma atividade primordial. Mesmo an-

tes de serem alfabetizadas, as crianças costumam

procurar sentidos em placas ou inventam histórias

por meio de imagens. Depois de alfabetizadas, pa-

rece que essa prática perde espaço e, assim, o livro

passa a ser um artigo raro.

Sabe-se que a prática da leitura enriquece o vo-

cabulário, favorece a prática da escrita, desenvolve o

senso crítico e a capacidade de raciocínio e incentiva

a sensibilidade e a participação no meio social. Contu-

do, nossa cultura não é,

,

de fato, tradicionalmente lei-

tora, o que resulta de diversos fatores: a alfabetização

em nosso país é tardia; os livros não fazem parte dos

ambientes domésticos; não se valoriza a leitura, tanto

que muitas vezes o ato de ler é visto como um fardo.

Mesmo nesse contexto desfavorável, o Ensino

Fundamental é visto como a etapa em que se encon-

tra a maior parcela dos leitores no Brasil – embora

XXX

no ambiente escolar a leitura ainda seja vista como

missão dos professores das séries iniciais e de Lín-

gua Portuguesa.

[...] Ainda existe na comunidade escolar

a cultura de que a formação do aluno leitor

é de responsabilidade dos professores das

séries iniciais e de Língua Portuguesa e Li-

teratura, quando, na realidade, os níveis e

os processos de leitura não caminham em

uma só direção, nem para uma só área do

saber. Se nossos professores compartilhas-

sem entre si o conhecimento das teorias e

das práticas de leitura, o processo ensino-

-aprendizagem da comunidade escolar co-

nheceria, sem dúvida, momentos de pro-

fícuas discussões e de comprometimento

coletivo. [...]

BRETAS, Maria Luiza Batista. Leitura é fundamental: desafios

na formação de jovens leitores. Belo Horizonte: RHJ, 2012. p. 25.

A educação voltada para a formação de leitores

é responsabilidade de todos os componentes curri-

culares. Um mesmo texto pode ser trabalhado sob

diversos olhares, por isso o trabalho com as estraté-

gias de leitura aplicadas a textos de diferentes áreas

do conhecimento é fundamental para que os alunos

desenvolvam a competência leitora em diversos ní-

veis de cognição. Nessa concepção de leitura, é atri-

buída grande importância à maneira como o leitor

se relaciona com o texto.

[...]

Formar leitores autônomos também sig-

nifica formar leitores capazes de aprender

a partir de textos. Para isso, quem lê deve

ser capaz de interrogar-se sobre sua própria

compreensão, estabelecer relações entre o

que lê e o que faz parte do acervo pessoal,

questionar seu conhecimento e modificá-lo,

estabelecer generalizações que permitam

transferir o que foi aprendido para outros

contextos diferentes [...].

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 72.

Para incentivar o prazer pela leitura nos alunos

é importante levá-los a criar diferentes expectativas

(de níveis diversos) em relação a essa atividade. Nes-

se sentido, a informação deve se propagar gradativa-

mente para níveis mais complexos. Essas expectati-

vas são responsáveis por orientar o leitor, tornando

possível a compreensão textual. Além disso, a leitura

deve ser um processo constante de levantamento e

verificação de hipóteses acerca do texto, de modo

que contribua para sua compreensão.

Com a aplicação de estratégias de leitura, os alu-

nos desenvolvem habilidades, como resgatar conhe-

cimentos prévios, levantar hipóteses, localizar infor-

mações, compreender a ideia central de um texto,

fazer inferências, confirmar ou retificar as hipóteses

levantadas e argumentar.

Ao fazer inferências, o aluno atribui coerência in-

tencional aos significados, projetando-se para além

daquilo que leu e interpretou, possibilitando a recons-

trução e/ou construção de conhecimentos para si e

para o outro, por meio da interação, da comunicação

e do diálogo com o texto. Ao propor a leitura inferen-

cial, é preciso orientar o aluno a ler raciocinando e in-

terpretando, de modo que compreenda as situações

descritas em um texto e chegue às suas conclusões.

Ao trabalhar essa e outras habilidades, é impor-

tante levar os alunos a compreender, em primeiro lu-

gar, os objetivos da leitura, ou seja, deve estar claro

para todos o que se espera alcançar por meio dela.

Esses objetivos podem ser inúmeros, por exemplo,

a busca de informações, o estudo, a confirmação ou

a refutação de um conhecimento prévio e a produ-

ção de um texto.

Dessa forma, com base na teoria de Solé (1998)

sobre a competência leitora, é proposto aos alunos

apropriar-se das diferentes estratégias relacionadas

à compreensão textual. É importante enfatizar que,

como leitor proficiente, o professor deve mostrar-

-lhes os processos que levam o sentido de um texto

a ser construído. Já os alunos devem se apropriar

progressivamente dessas estratégias, aplicando-as

em suas práticas de leitura.

Trabalhando as estratégias

de leitura com os alunos

Nesta coleção, são apresentados textos dos mais

diversos gêneros, introduzindo ou contextualizan-

do determinados conteúdos. Esses momentos são

propícios para promover a competência leitora dos

alunos, possibilitando desenvolver com eles a capa-

cidade de fazer análises críticas, criativas e proposi-

XXXI

tivas, além de suscitar a reflexão e as habilidades de inferência e argumentação. Para isso,

o professor pode utilizar as estratégias de leitura agrupadas em três etapas: Antes da

leitura, Durante a leitura e Depois da leitura. Verifique, a seguir, o que é esperado dos

alunos em cada um desses momentos.

Etapas das estratégias de leitura

Antes da leitura

• Resgatar conhecimentos prévios acerca do gênero ou do assunto apresentado.

• Levantar hipóteses em relação ao autor, ao suporte e aos objetivos do texto.

• Antecipar o tema ou a ideia principal com base nos elementos paratextuais

(títulos, subtítulos, epígrafes, prefácios, sumário etc.).

• Criar expectativas quanto à estrutura do gênero.

Durante a leitura

• Localizar o tema ou a ideia principal do texto.

• Pesquisar no dicionário as palavras cujo sentido desconheçam.

• Construir o sentido global do texto.

Depois da leitura

• Confirmar ou retificar as antecipações ou expectativas de sentido criadas antes

da leitura ou durante a leitura.

• Trocar impressões com os colegas a respeito do texto lido, fornecendo

indicações para a sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições.

A leitura também auxilia o aluno na argumentação, habilidade que permite ao indivíduo

se expressar, defender suas ideias e se posicionar, de maneira oral e escrita. Por meio dela

é possível identificar e conhecer diferentes opiniões e argumentos sobre determinado

assunto, permitindo analisá-lo de diferentes maneiras e utilizar informações confiáveis na

argumentação, de acordo com o posicionamento escolhido.

É importante destacar que a maior ferramenta educativa é o exemplo, por isso o pro-

fessor tem papel ativo no desenvolvimento da competência leitora, sendo responsável não

só por orientar os alunos durante cada etapa, procurando auxiliá-los e permitindo que

alcancem a compreensão textual de forma gradativa, mas também por mostrar como a

leitura é uma atividade importante e prazerosa.

Nesta coleção, sempre que possível, em atividades que envolvem o trabalho com gêne-

ros textuais, o professor encontra orientações sobre como levar os alunos a desenvolver

diferentes habilidades, entre elas a leitura inferencial e a argumentação.

Metodologias e estratégias ativas

O contexto educacional vem passando por grande e considerável evolução. O protago-

nismo, a participação, a opinião e a experiência dos alunos têm sido tomados como ponto

de partida no processo de ensino-aprendizagem, na intenção de auxiliá-los a alcançar o

conhecimento de maneira concreta e significativa. A sala de aula costuma contemplar um

grande número de alunos que carregam consigo diferentes experiências de vida e diversas

maneiras de agir e pensar o mundo. Trabalhar com as metodologias e estratégias ativas

contribui para que o aluno seja protagonista no processo de aprendizado, possibilitando

a construção do conhecimento de maneira prática, reflexiva e autônoma. Desenvolver

estratégias como estas permitem um melhor desempenho tanto dos alunos quanto do

professor, este como mediador no contexto educacional.

[...] A ênfase na palavra ativa precisa sempre estar associada à aprendizagem

reflexiva, para tornar visíveis os processos, os conhecimentos e as competências

XXXII

do que estamos aprendendo com cada ati-

vidade. Ensinar e aprender tornam-se fasci-

nantes quando

,

se convertem em processos

de pesquisa constantes, de questionamento,

de criação, de experimentação, de reflexão e

de compartilhamento crescentes, em áreas

de conhecimento mais amplas e em níveis

cada vez mais profundos. A sala de aula po-

de ser um espaço privilegiado de cocriação,

maker, de busca de soluções empreendedo-

ras, em todos os níveis, onde estudantes e

professores aprendam a partir de situações

concretas, desafios, jogos, experiências, vi-

vências, problemas, projetos, com os recur-

sos que têm em mãos: materiais simples ou

sofisticados, tecnologias básicas ou avança-

das. O importante é estimular a criatividade

de cada um, a percepção de que todos po-

dem evoluir como pesquisadores, descobri-

dores, realizadores; que conseguem assumir

riscos, aprender com os colegas, descobrir

seus potenciais. Assim, o aprender se tor-

na uma aventura permanente, uma atitude

constante, um progresso crescente.

[...]

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In:

BACICH, Lilian; MORAN, José. (org.). Metodologias ativas para uma educação

inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 3.

Esta coleção propõe, em diversos momentos, o

trabalho com diferentes estratégias e metodologias

ativas, visando proporcionar condições de trabalho

significativo com as competências gerais, específicas

e habilidades da BNCC. A seguir, são apresentadas

as descrições das estratégias de metodologias ati-

vas que serão trabalhadas no decorrer dos volumes,

proporcionando o desenvolvimento de atividades

contextualizadas com os alunos.

Gallery walk

Esta metodologia ativa tem sua dinâmica seme-

lhante às exposições vistas em museus, pois consis-

te, como produto final, na exibição de trabalhos. O

que a difere é o protagonismo dos alunos ao traba-

lhar a argumentação no decorrer das apresentações

dos cartazes construídos em equipe. A estratégia

em questão, conhecida como caminhada na gale-

ria, ocorre seguindo estes passos.

• Em sala de aula, o professor apresenta os te-

mas, assuntos ou situações-problema que pre-

tende colocar em foco na discussão. Se oportu-

no, tópicos podem ser elencados na lousa com

o intuito de proporcionar uma melhor condu-

ção do trabalho.

• A turma deve ser organizada em duplas ou gru-

pos, considerando as suas especificidades. Isso

deve ser avaliado com base na quantidade de

assuntos apresentados. O importante é consi-

derar as tarefas que devem ser desempenhadas

para que todos os integrantes participem no

decorrer da atividade.

• O professor deve disponibilizar tempo para

que os grupos tenham condições de fazer pes-

quisa de busca, aprofundamento, exemplifica-

ção e fundamentação dos estudos de maneira

contextualizada.

• Cada grupo deve produzir cartazes que servi-

rão de recurso para exposição e apresentação

da pesquisa que fizeram. No dia previamente

agendado e conforme a ordem preestabelecida

com os alunos, eles se prepararão para as exibi-

ções dos trabalhos.

• Os cartazes devem ser fixados em local de fácil

acesso à turma (em sala de aula ou no pátio da

escola). Assim, terão condições de apreciar os

trabalhos dos colegas, fazer leitura e, em mo-

mento oportuno, fazer questionamentos aos

responsáveis pelo cartaz.

• Para cada apresentação deve ser disponibiliza-

do um tempo viável para a interação de todos.

Terminadas as trocas de informação e argumen-

tações entre os alunos, faça outras inferências

voltadas a sanar lacunas que, porventura, pos-

sam ter ficado.

Para concluir o trabalho com esta metodologia

ativa, o professor deve convidar os alunos para uma

roda de conversa com a intenção de pedir opiniões

sobre a atividade realizada. Nesse momento, deve-

-se atentar aos pontos levantados pela turma ava-

liando o que precisa ser considerado e alterado em

outros momentos semelhantes.

Brainstorming

Esta estratégia, também conhecida como tem-

pestade de ideias, consiste em fazer um levanta-

mento de tudo o que os alunos sabem sobre deter-

minado assunto, tema ou situação-problema. Alguns

XXXIII

pontos que ajudam a fazer um levantamento inicial

são curiosidades, causas ou consequências relacio-

nadas ao conteúdo em discussão. A seguir, confira

as etapas que conduzem esta atividade.

diante disso, propõe a dinâmica do debate, ex-

plicando e esclarecendo como ele ocorre.

• A turma é organizada em grupos, de acordo com

posicionamentos favoráveis ou contrários. Os alu-

nos devem ser orientados a fazer levantamentos

de materiais para ampliar o conhecimento, afir-

mar ou refutar aspectos relacionados ao assunto.

• O resultado da pesquisa deve ser levado para

a sala de aula para que os respectivos grupos

discutam e registrem os argumentos e funda-

mentações que serão utilizados no debate.

• No dia predeterminado, um aluno ou o próprio

professor coloca-se como mediador do debate,

para direcionar as perguntas e cronometrar o

tempo das respostas. A turma deve ser organi-

zada em três grupos, dos quais dois participarão

ativamente do debate, organizados em formato

meia-lua ou em dois grandes grupos. Cada um

deverá escolher um debatedor para represen-

tar sua equipe. O terceiro grupo, por sua vez,

ficará responsável por compor a plateia, com

o objetivo de analisar o debate e chegar a um

posicionamento sobre as apresentações.

Enquanto o debate acontece, o professor deve

perceber como os alunos estão se saindo, verificando

as argumentações e fundamentações utilizadas. Ao fi-

nal, abre-se espaço para que eles discutam a respei to

da realização, abordando como foi realizá-la, pontos

positivos e negativos do trabalho em grupo, entre ou-

tras questões.

One-minute paper

Esta estratégia, também conhecida como pa-

pel de minuto, propõe dinamismo e desafio para

aqueles que a praticam. Ela pode ser proposta em

diferentes momentos da aula, bem como para a ve-

rificação do conhecimento prévio, compreensão da

teoria em andamento ou conclusão de atividades,

por exemplo. Trata-se de uma estratégia de rápida

aplicabilidade e fácil contextualização.

Consiste em produzir determinado registro com

o tempo cronometrado em 1 minuto. O professor

lança uma pergunta aos alunos, que devem escrever

em tiras de papel a resposta que julgarem adequa-

da ao questionamento. O tempo é fator crucial no

decorrer da atividade, podendo ser delimitado por

meio do relógio ou do próprio celular. Após 1 minu-

É preciso providenciar, com antecedência, papel sul-

fite cortado em quadrados ou notas adesivas; car-

tolina ou papel kraft e fitas adesivas ou cola escolar.

1º.

O professor deve pedir à turma que se organi-

ze em grupos e disponibilizar os materiais a cada

um deles. Em seguida, o conteúdo é apresentado,

sem aprofundamento dos conceitos.

2º.

Cada grupo deve escrever no centro ou no topo

da cartolina ou do papel kraft o conteúdo ou as-

sunto a ser estudado.

3º.

Cada integrante do grupo deve registrar, nos pa-

péis que foram entregues, o que sabem sobre o

assunto, e colá-los na cartolina ou no papel kraft.

4º.

Cada grupo deve apresentar para a turma o cartaz

com as anotações sobre o conteúdo. Nesse mo-

mento, devem ficar atentos para verificar as seme-

lhanças e diferenças entre os pontos mencionados.

5º.

Após a realização desta estratégia ativa, o professor

deve iniciar o trabalho com o conteúdo curricular,

sempre fazendo associações com os conhecimen-

tos compartilhados pelos alunos na dinâmica.

6º.

Esta estratégia permite verificar os conhecimen-

tos prévios dos alunos de acordo com seu contexto

e vivência de mundo, além de contribuir para desen-

volver a argumentação.

Debate

Trata-se de uma metodologia que proporciona a

reflexão, a argumentação, a exposição de opiniões,

o autoconhecimento, além da socialização entre alu-

nos com respeito às diferentes maneiras de pensar.

Desse modo, para que sua realização seja possível

é necessário cumprir alguns passos, como os apre-

sentados a seguir.

• Em sala de aula, o professor apresenta deter-

minado assunto, tema ou situação-problema

,

e,

XXXIV

to, os alunos devem colocar suas tiras de papel sobre a mesa do professor (não havendo

a necessidade de identificá-las) para serem lidas e discutidas por toda a turma.

Além de desenvolver a habilidade de síntese, em seguida, os alunos são incentivados a

argumentar com base em seus registros lidos para defender ou refutar a resposta ali regis-

trada. Já o professor deve aproveitar a oportunidade para avaliar como estão se saindo e

fazer apontamentos de acordo com a necessidade.

Think-pair-share

Esta metodologia, também conhecida como pensar-conversar-compartilhar, é realiza-

da em três momentos, sendo o primeiro de maneira individual, o segundo em dupla e o

terceiro em grupo maior, isto é, agregando todos os que estiverem presentes no dia da dinâ-

mica. O professor tem condições de propô-la antes de iniciar o trabalho com um conteúdo

novo, no decorrer da discussão sobre ele ou mesmo enquanto são feitas atividades do livro,

por exemplo. Para compreender esta metodologia, verifique a seguir como ela ocorre.

O professor

lança uma

pergunta

relacionada

ao conteúdo.

Disponibiliza

tempo para os

estudantes

pensarem e

registrarem no

caderno o que

sabem sobre ela.

Permite à turma

que forme duplas

para conversar

sobre os registros

feitos na etapa

anterior.

Conclui a atividade

permitindo a todos

que se expressem,

respeitando os

turnos de fala de

cada um.

É interessante combinar com a turma a medida do tempo dispo-

nível para as etapas que sucedem a questão lançada, no caso, para

o registro no caderno, para o momento em duplas e, por fim,

para as exposições dos alunos a toda a turma. Para esta

última etapa, é interessante acordar com eles como se

manifestarão, possibilitando a todos que tenham seu

momento de fala, de maneira organizada para que

possam ser ouvidos e compreendidos. A argumen-

tação é exercitada no decorrer desta metodologia,

pois estarão constantemente em pronunciamento

de suas falas com a intenção de convencer os cole-

gas acerca das opiniões com as quais concordam

ou discordam, apresentando seus pontos de vista.

Quick writing

Trata-se de uma metodologia ativa que propor-

ciona um momento de desafio e de diversão com

os alunos. É desenvolvida com uma medida de tempo

cronometrada, para registro de conhecimento prévio

ou da compreensão de conteúdos trabalhados com a tur-

ma. Desse modo, esta estratégia, também conhecida como

escrita rápida, pode ocorrer conforme as orientações ao lado.

Um questiona-

mento é lançado

pelo professor à

sua turma.

Cada estudante deve

fazer o registro de

seus conhecimentos

em uma tira de

papel.

Após concluir

esta etapa, os

estudantes devem

entregar as

respostas ao

professor.

O professor deve

cronometrar 5

minutos para os

estudantes

registrarem a

resposta.

As tiras de papel

podem ser fixadas

na lousa ou em uma

cartolina.

Cada uma deve ser

lida e discutida entre

os estudantes, com

mediação do

professor.

Ao final, as

respostas podem

sofrer complemento

ou alteração para

que os registros se

tornem verdadeiros

e/ou completos.

Quick writing

H

EL

O

ÍS

A

PI

N

TA

RE

LL

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

M

AR

C

EL

A

PI

AL

AR

IS

SI

/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

XXXV

Esta metodologia desenvolve nos alunos as habi-

lidades de análise, síntese e registro objetivo sobre

a compreensão de determinado conteúdo. Durante

seu desenvolvimento, o professor tem o papel de

mediador das discussões, lançando posicionamen-

tos com o intuito de trabalhar com seus alunos a

argumentação, por exemplo.

Turn and talk

Trata-se de uma metodologia também conhecida

como vire e fale. O foco desta atividade é a comu-

nicação e a argumentação entre as pessoas que dela

participam. Nela, os alunos são incentivados a dar

pareceres sobre o que sabem do conteúdo, tema ou

situação-problema. No decorrer das aulas, a dinâ-

mica costuma ocorrer conforme as etapas a seguir.

• O professor lança uma pergunta, para levantar

o conhecimento prévio dos alunos, no decorrer

de uma discussão ou em meio à realização de

atividades.

• Disponibiliza tempo para que os alunos se vi-

rem uns para os outros, formando duplas, e

conversem entre si sobre o assunto. Nesse mo-

mento, é necessário esclarecer que o diálogo

consiste em trocar informações de maneira res-

peitosa, pois nem sempre as opiniões se com-

plementam, podendo haver divergências de

pensamentos e argumentos.

• Terminado o tempo, abre-se um momento pa-

ra exposição desses pareceres à turma. O pro-

fessor deve fazer registros na lousa, elencando

os apontamentos mais interessantes que foram

mencionados, os quais auxiliarão na retomada

das informações dadas pela turma, contextuali-

zando o conteúdo e a vivência de mundo.

Esta metodologia ativa permite aumentar o nível

de complexidade dos questionamentos propostos

pelo professor de maneira gradativa.

Experimentação

Quando proposta em contexto escolar, os alunos

constroem o conhecimento com base no método

científico, confirmando ou refutando hipóteses re-

lacionadas aos conteúdos em estudo, por meio de

atividades práticas. Esta metodologia proporciona o

trabalho em grupo, com alunos de diferentes níveis

de aprendizagem que, por vezes, trabalham juntos

associando o conteúdo estudado ao contexto em

que vivem, aperfeiçoando, ainda, as habilidades de

argumentação.

Confira a seguir algumas orientações para o tra-

balho com essa metodologia ativa.

• O professor apresenta a situação-problema e

organiza os grupos.

• De acordo com o assunto, tema ou situação-

-problema, cada grupo se organiza em uma ro-

da de conversa para refletir sobre a prática a

ser realizada, avaliando as diferentes maneiras

de chegar a uma solução.

• Os grupos devem ser orientados a produzir um

roteiro para que tenham um panorama do que

será feito, dos materiais necessários e para vi-

sualizar possíveis dificuldades que possam sur-

gir. Nesta etapa, também verificam se há neces-

sidade de mais pesquisas para desenvolver ou

fundamentar melhor a atividade.

• Feito o planejamento, pode-se partir para a prá-

tica. Constrói-se, verifica-se, analisa-se e regis-

tra-se o decorrer de todo o experimento. Inde-

pendentemente de ter alcançado êxito ou se

deparado com falhas, todo o experimento é vá-

lido. Isso posto, é necessário esclarecer aos alu-

nos que todo comentário, em um experimento,

é valioso, pois serve como apontamento para

tomadas de atitude. É importante que eles sai-

bam quais são os principais pontos de atenção

durante o experimento.

Experimento em andamento

DEU CERTO NÃO DEU CERTO

continua o que houve?

toma novas

atitudes

revê processo

deu certo continua

chega a um

resultado

chega a um

resultado

LA

ÍS

G

AR

BE

LI

N

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

XXXVI

• Em data marcada, os resultados dos experimen-

tos devem ser apresentados. Nesse momento,

o professor deve permitir aos alunos que deem

seus pareceres, tirem dúvidas com os colegas

ou acrescentem orientações.

• Ao final, abre-se uma roda de conversa para

que a turma fale sobre a realização do trabalho,

pontue a evolução do conhecimento e dê su-

gestões para outros experimentos.

Mapa mental

Esta metodologia ativa auxilia os alunos a orga-

nizar o conteúdo estudado de maneira visual, cria-

tiva, clara e objetiva. Auxilia, ainda, a desenvolver

as habilidades de síntese, ordenação, organização e

associação de informações.

Por meio de palavras-chave ou expressões curtas,

constrói-se um panorama, auxiliando os alunos a

agregar dados para compreender o conceito. Desse

modo, parte-se de uma expressão relacionada ao

conteúdo em estudo e dela partem as ramificações.

Em um primeiro momento, o professor pode cons-

truir o mapa mental com a turma e, em outros, per-

mitir aos próprios alunos que o façam. É interessan-

te que ambas as situações ocorram, pois na primei-

ra o professor ensina a elencar o que é interessante

pontuar; na segunda, verifica como sua turma está

se saindo em relação à seleção das

,

informações.

A produção de um mapa mental pode ser reali-

zada individualmente, em dupla, em grupo ou com

toda a turma. O professor deve estar atento ao

momento da aula e propor a melhor maneira para

produzi-lo com os alunos. Concluída a produção,

todas as ramificações, com termos ou expressões

utilizadas, devem ser avaliadas pelo professor e pela

turma, com o intuito de verificar se o registro supre

o que pretenderam produzir.

Os próprios alunos podem fazer uso desta estra-

tégia como método de estudo e para apresentações

de trabalhos, por exemplo.

Sala de aula invertida

Esta metodologia ativa propõe uma inversão de

papéis e contextos, na qual o aluno é protagonista

do seu aprendizado, favorecendo o desenvolvimen-

to de sua autonomia e responsabilidade. A dinâmica

ocorre de acordo com os passos a seguir.

• O professor verifica o conteúdo/assunto/tema

com o qual trabalhará e providencia materiais

(impressos ou em plataformas digitais) para a

turma ou solicita aos próprios alunos que bus-

quem informações sobre ele.

• Os alunos estudam o material em casa, com ante-

cedência, para que, na data combinada, exponham

as compreensões e interpretações que tiveram. De

maneira organizada e acordada com eles, cada um

deve dar seu parecer aos colegas da turma.

• No decorrer desta etapa, o professor comple-

menta, confirma ou refuta informações de ma-

neira sutil. Além de aproveitar para relacionar os

materiais extras pesquisados pelos alunos com

o conteúdo que dará início e ainda extrapolar

relacionando-os com as vivências de mundo.

• Ao término das explicações da turma, o profes-

sor trabalha o conteúdo previsto relacionando-

-o ao conhecimento compartilhado pelos alu-

nos. É uma maneira de levá-los a compreender

o conteúdo em estudo, por meio da relação

com o contexto de vivência deles, afirmando o

protagonismo no processo de construção do

próprio conhecimento.

Seminário

Esta metodologia desenvolve algumas habilidades

nos alunos, como autonomia, assiduidade, empatia,

respeito e, por vezes, cooperação. O protagonismo

dos alunos permeará todas as etapas da atividade,

e o professor será o mediador e auxiliador em cada

uma delas.

É uma atividade para ser realizada em grupo, neces-

sitando do comprometimento de todos os integrantes

no decorrer das etapas, como a distribuição de tarefas

no grupo, a pesquisa, o levantamento de referências

confiáveis, a verificação de materiais necessários pa-

ra montar uma apresentação, as produções textuais

(dos materiais a serem apresentados e de um roteiro a

ser seguido), além da organização para condução das

apresentações. Desse modo, para ser desenvolvida pe-

los alunos, ela deve ocorrer da seguinte maneira.

• Um conteúdo é trabalhado com a turma e,

após conversa, explicação e/ou discussão, o

professor propõe a produção de diferentes se-

minários sobre temas, assuntos ou diferentes

situações-problema que fazem parte do con-

XXXVII

texto deles. Os assuntos podem ser elencados

na lousa com o intuito de serem distribuídos

entre os grupos que serão formados.

• Tanto a formação dos grupos quanto a esco-

lha dos temas podem ser decididas em comum

acordo com os alunos ou por meio de sorteio.

Outra etapa importante que pode ser combi-

nada nesse momento é a ordem das apresen-

tações, para que eles saibam em que momento

será sua vez de se pronunciar.

• Cada grupo deve se organizar para pesquisar o

assunto (com base em fontes confiáveis), sele-

cionar as informações relevantes e debater sobre

os pontos que serão apresentados no seminário.

• Em seguida, deverão organizar a apresentação, dis-

tribuindo as falas de cada integrante, organizando

e confeccionando os materiais que serão utiliza-

dos, como cartazes, gráficos, tabelas e vídeos.

• Na data marcada, os grupos se apresentam e,

ao final da fala de cada um deles, pode haver

um momento de conversa com os demais gru-

pos da turma, abrindo espaço para outros pa-

receres, confirmações, contestações, questio-

namentos e conclusões sobre o tema.

• Ao final, é importante disponibilizar um momento

para que todos os alunos façam uma autoavalia-

ção e falem de sua participação nas etapas desta

atividade, do que tiveram facilidade e também de

suas dificuldades. Isso ajudará a promover melho-

rias em outros trabalhos semelhantes a este.

Esta metodologia ativa permite aos alunos com

diferentes opiniões que trabalhem juntos, aprimo-

rando a argumentação e possibilitando a todos que

conciliem o conteúdo a fatos do cotidiano, enxer-

gando o problema de maneira contextualizada.

O uso de novas tecnologias na educação

A utilização de recursos tecnológicos é algo pre-

sente no cotidiano de parte dos brasileiros. Sendo as-

sim, a escola exerce uma função predominante na for-

mação de indivíduos aptos a utilizar tais tecnologias,

levando-os a desempenhar sua cidadania ao compre-

ender o mundo em que vivem. Além disso, alguns re-

cursos tecnológicos podem trazer grandes contribui-

ções para o processo de ensino-aprendizagem.

O uso das Tecnologias da Informação e Comu-

nicação (TICs) tem demonstrado resultados satis-

fatórios na relação com os conteúdos curriculares,

tornando-os mais atrativos para os alunos, os quais,

consequentemente, assumem uma postura mais

participativa na sala de aula.

Quando falamos em tecnologia na educação, pen-

samos primeiramente no computador e na internet,

mas é importante lembrar que a lousa, a televisão,

o rádio e tantos outros recursos utilizados em sala

de aula também são tecnologias. Sendo assim, quais

são as novas tecnologias? Confira a seguir o que a

professora e pesquisadora Nuria Pons Vilardell Ca-

mas afirmou sobre esse assunto em entrevista con-

cedida ao Portal Brasil.

[...]

Segundo a professora, por novas tecno-

logias entende-se a convergência de tecno-

logias e mídias para um único dispositivo,

que pode ser o notebook, o celular, o tablet,

a lousa digital, o robô e quaisquer outras

que surjam. Para o uso educacional, interes-

sa particularmente a produção colaborativa

de conhecimento, em que alunos e professo-

res juntos também sejam coautores. [...]

CAMAS, Nuria Pons Vilardell. Novas tecnologias facilitam a aprendizagem

escolar. Entrevista ao Portal Brasil, 10 jul. 2014. Disponível em: https://

memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-

facilitam-a-aprendizagem-escolar. Acesso em: 17 maio 2022.

Portanto, o computador é uma das principais fer-

ramentas tecnológicas utilizadas na educação. Suas

possibilidades de uso são variadas, principalmente

se o computador estiver conectado à internet, per-

mitindo ao usuário pesquisar e acessar informações

de sites do mundo inteiro. No entanto, mesmo sem

conexão à internet, o professor pode utilizar o com-

putador em diversas situações, como programas de

editoração de texto que oferecem a possibilidade

de produzir e editar materiais textuais; programas

de apresentação de slides, com os quais é possível

criar formas diferentes e atrativas para apresentar

os conteúdos para os alunos e também para a apre-

sentação de trabalhos desenvolvidos por eles.

Outra ferramenta que pode ser utilizada como

recurso tecnológico é o tablet. Combinando a capa-

cidade de processamento de um computador com

a mobilidade e a interatividade dos smartphones,

os tablets podem ser de grande auxílio em diversas

atividades educacionais, dentro ou fora da escola.

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar

XXXVIII

Deve-se ter em mente, dessa forma, que instrumen-

tos, como o computador, têm por finalidade favo-

recer e tornar mais interativo o processo de ensi-

no-aprendizagem, permitindo aos alunos que reali-

zem atividades que possam levá-los a experiências

significativas

,

no ambiente escolar. Lembrando que

a utilização desses recursos deve estar associada a

uma proposta didática e metodológica.

Um exemplo interessante de como usar as novas

tecnologias em sala de aula é promover o acesso a

museus virtuais e acervos digitais. Essas atividades

favorecem o contato com uma grande diversidade

de vestígios históricos, em lugares e sociedades di-

ferentes. Usar essas ferramentas também contribui

para que os próprios alunos organizem, construam

e divulguem acervos e museus de sua própria comu-

nidade, por exemplo, reconhecendo esses recursos

como elementos a favor da memória.

Uma vez que essas tecnologias devem ser vistas

como ferramentas no processo de ensino-aprendi-

zagem, é primordial considerar que o foco do ensi-

no continua sendo o indivíduo. Muitas vezes é ne-

cessário adaptar e adequar os novos processos de

ensino ao uso desses recursos para que sirvam da

melhor forma possível ao professor e ao aluno, os

principais agentes dessa etapa.

Para que o uso das tecnologias atinja os objetivos

propostos, é importante ressaltar algumas informa-

ções. Confira o quadro a seguir.

O uso das tecnologias na educação

Escola

O uso da tecnologia deve ir além do

trabalho em sala de aula e servir de

ferramenta nas atividades e nos estudos

desenvolvidos na escola pela equipe

pedagógica e pelo corpo docente.

Professor

Cabe ao professor conhecer o

funcionamento desses recursos para

orientar o trabalho dos alunos e

auxiliá-los a organizar a aquisição de

conhecimentos diante de um repertório

tão vasto de informações.

Sala de

aula

A tecnologia não deve ser vista apenas

como uma ferramenta de busca de

respostas, mas também como um

recurso capaz de favorecer a aquisição

e organização de conhecimentos e a

produção de novas informações.

Mesmo com todas as ferramentas digitais dispo-

níveis, o professor e a escola devem utilizar esses

recursos de maneira equilibrada, sem descartar ou-

tras práticas educacionais, como a leitura de livros

e as pesquisas de campo, também importantes no

processo de ensino-aprendizagem.

Pensamento computacional

Diante de propostas criativas e inovadoras para

a educação, a relação do ensino com a tecnologia

vem sendo suprida e adaptada para uma aprendiza-

gem em que alunos, chamados de nativos digitais,

aprimorem ainda mais seu domínio sob as novas

tecnologias e aprendam a resolver problemas por

meio delas e da linguagem do pensamento compu-

tacional.

As tecnologias educacionais carregam consigo

uma maneira dinâmica e atrativa de trabalhar os

conteúdos de modo digital e tecnológico em sala de

aula. A Sociedade Brasileira de Computação (SBC)

propôs estratégias importantes para a formação dos

alunos com o ensino tecnológico e as organizou em

três eixos, considerando-os conhecimentos básicos

de computação. Entre esses eixos, encontra-se o do

pensamento computacional. A SBC o define como:

“capacidade de sistematizar, representar, analisar e

resolver problemas”.

• Letramento digital

• Cidadania digital

• Tecnologia e Sociedade

Cultura digital

• Representação de dados

• Hardware e So�ware

• Comunicação e Redes

Tecnologia digital

• Abstração

• Algoritmos

• Decomposição

• Reconhecimento de padrões

Pensamento computacional

Etapas da Educação

Fonte de pesquisa: CENTRO de Inovação para a Educação Brasileira.

Disponível em: https://curriculo.cieb.net.br/. Acesso em: 17 maio 2022.

LA

ÍS

G

AR

BE

LI

N

I/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

https://curriculo.cieb.net.br/

XXXIX

O aluno desenvolve diferentes habilidades ao rea-

lizar atividades que exploram o pensamento compu-

tacional. Com base na BNCC (BRASIL, 2018), é por

meio do pensamento computacional que os alunos

desenvolvem capacidades de compreensão, análise,

definição, modelagem, resolução, automatização de

problemas e encontram soluções, tudo isso de modo

metódico e sistemático, desenvolvendo algoritmos.

Esse pensamento está organizado em quatro pilares.

Conheça as características de cada um deles a seguir.

• Abstração: classificar e filtrar as informações

que são relevantes e que auxiliarão na resolu-

ção, descartando o que não é relevante.

• Decomposição: dividir, ordenar e analisar o

problema em partes ou em subproblemas, frag-

mentando-o para auxiliar em sua resolução.

• Reconhecimento de padrões: verificar e iden-

tificar o que gera o problema e os elementos

que o estruturam, identificando características

comuns entre os problemas e soluções.

• Algoritmo: definição e execução de estratégias

para a resolução do problema, podendo ser

entendido também como o desenvolvimento

de um passo a passo para que o objetivo seja

alcançado.

Ao trabalhar o pensamento computacional com

alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, é im-

portante ter alternativas adequadas e eficientes para

desenvolvê-lo. Ao buscar solucionar um problema,

é possível utilizar ou não todos esses pilares. Essas

formas de ação do pensamento computacional e de

seus pilares são modos de explorar o raciocínio ló-

gico e viabilizar aprendizagens, por meio da compu-

tação plugada ou desplugada.

Plugada: faz uso de ferramentas tecnológicas e di-

gitais, como vídeo, computador, tablet, smartphone,

softwares e hardwares.

Desplugada: não necessita de recursos tecnológicos,

podendo ser aplicada em qualquer contexto educa-

cional, como em jogos manuais, alinhados às meto-

dologias ativas, em dinâmicas ou situação-problema

do dia a dia e até mesmo em atividades de pesquisa.

e desplugadas de maneira contextualizada. Durante

a realização das atividades, considere as diferentes

características dos alunos, para que eles possam de-

senvolver o pensamento computacional de acordo

com as capacidades e habilidades individuais.

Práticas de pesquisa

O desejo de obter ou produzir novas informações

é construído por meio de uma inquietação, uma situa-

ção-problema, uma dúvida ou um tema a ser inves-

tigado. O desenvolvimento da pesquisa permite aos

alunos adquirir conhecimentos por meio da busca

de informações para a produção de novos saberes,

valorizando sua autonomia, argumentação, defesa de

ideias, compreensão de diversas linguagens e a pro-

dução de diferentes discursos verbais e não verbais.

Nesta coleção, serão propostas diversas pesqui-

sas relacionadas à história da Ciência, com o objeti-

vo de promover a compreensão do desenvolvimen-

to histórico de diferentes conceitos, e acerca de fa-

tos da realidade, visando identificar e desmentir fake

news. Uma possível prática de pesquisa que pode

ser desempenhada pelos alunos é a revisão biblio-

gráfica. Essa prática tem como objetivo realizar um

levantamento do que já foi escrito e debatido sobre

determinado tema ou assunto. A busca por esses

materiais pode ser feita em livros, artigos, jornais,

sites e revistas.

Lima e Mioto (2007, p. 38) defendem que “a pes-

quisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado

de procedimentos de busca por soluções, atento ao

objeto de estudo, e que, por isso, não pode ser alea-

tório”. Podemos considerar, então, que a pesquisa de

revisão bibliográfica revisa e interpreta em seu méto-

do a visão de outros autores a respeito de determi-

nado assunto, por meio de estratégias de pesquisa

histórica e sócio-histórica, gerando, assim, uma nova

visão acerca do tema. A prática de revisão bibliográfi-

ca deve ser desenvolvida da seguinte maneira.

• Definir qual tema ou assunto será investigado.

• Buscar informações sobre o tema por meio de

palavras-chave, autores, assuntos etc.

• Realizar a pesquisa em fontes importantes, sig-

nificativas e variadas.

• Selecionar os textos relevantes, de acordo com

o objetivo da pesquisa.

Esta coleção sugere em determinados momen-

tos, do Manual do professor, atividades plugadas

XL

• Fazer a leitura atenta do material selecionado.

• Produzir uma síntese com base no material se-

lecionado.

É importante orientar os alunos a sempre pes-

quisar em fontes atuais e confiáveis, bem como a

confrontar as informações obtidas.

O

,

Relações entre os

componentes curriculares ..................................................................................XXVII

O aprendizado em sala de aula ...........................................................XXVIII

Competência leitora .........................................................................................................XXIX

Metodologias e estratégias ativas ........................................................XXXI

O uso de novas tecnologias na educação ....................XXXVII

Pensamento computacional .....................................................................XXXVIII

Práticas de pesquisa .....................................................................................................XXXIX

O aluno dos Anos Finais do

Ensino Fundamental ........................................................................................................................XL

Competências socioemocionais .......................................................................XL

Cultura de paz e combate ao bullying ................................................XLI

Culturas juvenis ..................................................................................................................................XLI

Habilidades da BNCC • Ciências 9º ano ..................................XLII

Quadro de conteúdos ...........................................................................................................XLIII

Sugestões de cronograma ...................................................................................XLVII

Orientações para as seções O que eu já sei?,

O que eu estudei? e O que eu aprendi? ............................XLVII

Referências bibliográficas comentadas .....................................LX

Referências bibliográficas

complementares comentadas.......................................................................LXIII

Início da reprodução do livro do aluno ................................................1

Sumário ...............................................................................................................................................................................8

O que eu já sei? ...........................................................................................................................................12

UNIDADE 1 Universo e vida ......................................................................................16

CAPÍTULO 1 – Alguns aspectos da Ciência

e do Universo ............................................................................................................................................18

CAPÍTULO 2 – A vida na Terra .............................................................................46

O que eu estudei?............................................................................................................................65

UNIDADE 2 Genética e evolução ................................................................66

CAPÍTULO 3 – Hereditariedade .........................................................................68

CAPÍTULO 4 – Evolução dos seres vivos ........................................98

CAPÍTULO 5 – Diversidade biológica .................................................128

O que eu estudei?.........................................................................................................................149

UNIDADE 3 Matéria..................................................................................................................150

CAPÍTULO 6 – Estudando a matéria .....................................................152

CAPÍTULO 7 – Tabela periódica .....................................................................176

CAPÍTULO 8 – Transformações da matéria............................190

O que eu estudei?.......................................................................................................................223

UNIDADE 4 Ondas e luz ..............................................................................................224

CAPÍTULO 9 – Ondas ........................................................................................................226

CAPÍTULO 10 – Luz ................................................................................................................250

O que eu estudei?.......................................................................................................................273

O que eu aprendi? ...........................................................................................................................274

Sumário

V

Livro do aluno

Esta coleção é composta de quatro volumes des-

tinados aos Anos Finais do Ensino Fundamental. Os

volumes estão organizados em unidades e capítulos,

e os conteúdos em tópicos com títulos e subtítulos,

considerando as competências e as habilidades da

BNCC estabelecidas para cada ano.

Além desses elementos, esta coleção apresenta a

seguinte estrutura.

Conheça a estrutura da coleção

Seção presente no início de cada volume com atividades

que têm como objetivo propor uma avaliação diagnósti-

ca, fornecendo ao professor informações sobre os co-

nhecimentos prévios dos alunos referentes aos conteú-

dos que serão abordados no volume. Algumas atividades

propostas nesta seção também podem colaborar com a

preparação do aluno para exames de larga escala, pois

apresentam estrutura semelhante à utilizada em ques-

tões abordadas nesse tipo de exame, como as provas do

Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplica-

das aos alunos do 9º ano.

O que eu já sei?

As aberturas de unidade são trabalhadas em duas páginas,

nas quais constam imagens e textos relacionados aos as-

suntos abordados na unidade. Esses recursos visam con-

textualizar os conteúdos, aproximando-os do cotidiano

dos alunos. Nessas páginas, há também o boxe Iniciando

a conversa, com questões que buscam desenvolver com-

petências relacionadas à análise de imagens; incentivar o

compartilhamento de ideias; desenvolver a argumentação

e o respeito à opinião dos colegas; além de possibilitar aos

alunos que expressem conhecimentos prévios e façam in-

ferências com base em suas próprias vivências e experiên-

cias. No boxe Agora vamos estudar..., são apresentados

os principais assuntos que serão estudados na unidade.

Páginas de abertura das unidades

Os conteúdos são organizados por títulos e subtítulos, e

durante seu desenvolvimento são apresentados textos e

vários recursos visuais, verbais e verbo-visuais, que, além

de auxiliar os alunos no estudo dos conteúdos, incentiva

o hábito de leitura de diferentes gêneros. Ainda, ao longo

das páginas de teoria, são propostas questões que incen-

tivam a participação dos alunos, aproximando o conteú-

do da realidade deles e favorecendo a atuação de cada

um na construção do conhecimento.

Desenvolvimento dos conteúdos

Este boxe explora assuntos que complementam e am-

pliam alguns conteúdos abordados nos capítulos.

Boxe complementar

Por meio de diversos tipos de recursos, como textos e

imagens, as atividades propostas trabalham assuntos re-

ferentes aos conteúdos de cada tópico. As diferentes es-

tratégias dessas atividades contribuem para desenvolver

a autonomia e a criticidade dos alunos, além das com-

petências e habilidades descritas na BNCC, auxiliando

no desenvolvimento da capacidade deles de argumen-

tar e inferir. Algumas atividades propostas nesta seção

também podem colaborar para a preparação dos alunos

para exames de larga escala, pois apresentam o formato

semelhante ao de questões abordadas nesse tipo de exa-

me, como as provas do Sistema de Avaliação da Educa-

ção Básica (Saeb), aplicadas aos alunos do 9º ano.

Atividades

Este boxe destaca algumas competências socioemocio-

nais, como empatia, respeito, resiliência, assertividade,

persistência, curiosidade, criatividade, responsabilidade,

autonomia e autoconhecimento, que são desenvolvidas

,

aluno dos Anos Finais

do Ensino Fundamental

O ambiente escolar é composto por uma diversi-

dade de alunos, que potencialmente têm se tornado

cada vez mais protagonistas de sua aprendizagem, de

sua prática social e da formação do seu futuro. Esse

processo tem grande influência dos espaços aos quais

esses alunos pertencem, onde eles vivem experiências,

tiram dúvidas e, em seguida, obtêm o êxito daquilo

que se espera por meio do conhecimento adquirido.

Os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental

buscam por conhecimentos que os ajudarão no de-

safio da vida e também daqueles que poderão surgir

no futuro. Para isso, eles precisam ter suporte social e

emocional. Cabe, então, à educação auxiliar na forma-

ção desses cidadãos em seu processo de aprendiza-

gem em todos os seus aspectos, como cita a BNCC:

[...]

Independentemente da duração da jornada

escolar, o conceito de educação integral com

o qual a BNCC está comprometida se refere à

construção intencional de processos educati-

vos que promovam aprendizagens sintoniza-

das com as necessidades, as possibilidades e

os interesses dos estudantes e, também, com

os desafios da sociedade contemporânea. Is-

so supõe considerar as diferentes infâncias e

juventudes, as diversas culturas juvenis e seu

potencial de criar novas formas de existir.

[...]

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum

Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 14. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_

versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.

Portanto, preparar a juventude para a vida a par-

tir do agora é imprescindível para o desenvolvimento

pessoal e em sociedade, promovendo a autonomia

que se revela nas tomadas de decisões responsáveis

quanto aos estudos, aos direitos e deveres e à repre-

sentação social como adolescentes. O processo de

ensino-aprendizagem deve considerar interioridade,

sonhos, anseios, sentimentos, entre outros aspectos

humanos relevantes.

Competências socioemocionais

As competências socioemocionais podem ser

compreendidas como as habilidades que o indiví-

duo desenvolve para ser capaz de lidar com suas

emoções, pensamentos, sentimentos, mediar seus

conflitos internos e externos e resolver problemas.

Com isso, ele se torna capaz de se autoconhecer,

quando entende que precisa agir de forma respon-

sável em sociedade, adquirindo habilidades de con-

trole sobre diferentes situações.

Quando o aluno chega à sala de aula, as suas habi-

lidades cognitivas, emocionais e físicas são avaliadas

pelo professor de maneira indireta ou direta. No ca-

so das competências socioemocionais, a curiosidade,

o autoconhecimento e a autonomia, por exemplo,

são fatores que podem ser observados no primeiro

momento. É importante que o docente fique sempre

atento e conheça seus alunos para que possa auxiliar

no desenvolvimento das atitudes e valores, colaboran-

do assim para a formação integral de cada um deles.

Articulada com a construção do conhecimento e

do desenvolvimento do aluno, a formação de atitudes

e valores requer estímulos que transformem a ação

humana, em relação aos seus conhecimentos e prá-

ticas sociais, levando em consideração as dimensões

físicas, sociais, emocionais, históricas e culturais dos

indivíduos. Com base nessas características que de-

vem ser consideradas para trabalhar as competências

socioemocionais com os alunos, a coleção busca ex-

plorar, em seções e boxes, a relação dessas compe-

tências com o cotidiano deles, visando ao seu desen-

volvimento integral. A seguir, constam as principais

competências desenvolvidas nesta coleção.

autonomia responsabilidade

respeito empatia curiosidade

assertividadecriatividade persistência

autoconhecimento resiliência

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

XLI

Cultura de paz e combate ao bullying

Saber ouvir e respeitar os outros é uma maneira

de viver em sociedade de forma pacífica. Nesse sen-

tido, a cultura de paz, de acordo com Von (2003),

envolve as práticas de respeito aos valores, atitudes,

tradições, comportamentos e modos de vida que

o indivíduo deve desenvolver em relação ao outro,

aos princípios de cada ser humano, ao direito à li-

berdade de expressão de cada um, ao direito de ir e

vir e aos direitos do ser humano.

O compromisso pessoal que o cidadão firma

quando se compromete a promover a cultura de paz

é de responsabilidade com a humanidade em seus

aspectos físicos, sociais e emocionais, com intuito

de fomentar a responsabilidade social em respeitar

cada pessoa, evidenciando o bom tratamento sem

discriminação, preconceito ou violência, prezando

por atos generosos, defendendo a liberdade de ex-

pressão e a diversidade cultural, além de promover a

responsabilidade de conservação da natureza e con-

tribuir com a comunidade em que se está envolvido.

Para que essas práticas respeitosas sejam difundi-

das por meio da educação, o professor deve traba-

lhá-las de maneira contextualizada e de forma direta

ao combate de todo e qualquer tipo de violência e

preconceito aos aspectos físicos, sociais, econômi-

cos, psicológicos e sexuais, inclusive com o bullying,

que é uma das violências mais presenciadas nas ins-

tituições escolares, causando constrangimento a

quem o sofre e desfavorecendo o ambiente da sala

de aula e da escola.

O diálogo é o principal meio de combate à vio-

lência na escola, por meio da reflexão sobre o indi-

víduo e o coletivo, na discussão de ideias, de temas

sensíveis e de valores e atitudes. É também um meio

de alerta para promover a cultura de paz e os valo-

res éticos educacionais ligados a ela, como respeito,

solidariedade, amor e responsabilidade. Tais temá-

ticas são fundamentais atualmente, na busca por

fomentar o aprendizado com um olhar mais igua-

litário, de inclusão, de troca de experiências e de

valores, envolvendo os profissionais de educação e

os alunos, uma vez que a educação sem violência é

proposta nesta coleção por meio de atividades que

promovem valores, atitudes e ideais de paz.

Culturas juvenis

O olhar para a juventude é múltiplo e de contínua

construção, pois a cada dia ela vem sendo compre-

endida de maneira expressiva por meio da transfor-

mação constante de sua realidade, que se ajusta ba-

seada nos gostos musicais, artísticos, tecnológicos,

esportivos, profissionais, entre outros que envolvem

essa heterogeneidade. A identidade dessa geração é

moldada e vive em constante processo de mudança

em relação aos gostos e experiências sociais, por

meio de suas relações, fator que também a carac-

teriza. Essa modulação de identidade e preferências

é algo que torna o jovem autônomo em seu modo

de agir, de pensar seu presente e seu futuro, bem

como de produzir a si mesmo.

Uma de suas principais produções envolve seu

modo de ser e agir, de se vestir, comprar e consu-

mir o que lhe agrada, com base em influências de

um mundo globalizado cujo trânsito de informações

é veloz. A tecnologia e outros recursos influencia-

dores são fontes que alimentam essas informações

e incentivam as produções de estilos e expressões

culturais da juventude, podendo ser influenciados

pelas redes sociais, por influenciadores digitais, fil-

mes, fotos, games, entretenimentos, entre outros

recursos tecnológicos que se renovam a cada dia.

Esse momento de descoberta de coisas novas en-

volve os atos de participar, criar, interagir, dialogar

e, principalmente, mudar. A juventude se constrói,

reconstrói e planeja para si o que reconhece como

tomada de consciência, atitude voltada a alcançar o

que se almeja. Esse processo de projeção do futuro

vem da necessidade de pensar a sua vida profissio-

nal e pessoal. Diante desse desafio, eles argumen-

tam, criam projetos, pesquisam, interagem, desco-

brem inovações e vivem experiências que os fazem

pensar em seu crescimento.

Esta coleção propõe trabalhar com as culturas

,

juvenis por meio de diversos temas e atividades ex-

plorados nos volumes. Ademais, é contemplado o

trabalho com o protagonismo para a construção de

projetos particulares, tirando dúvidas e incertezas

quanto ao seu futuro pessoal e profissional, possibi-

litando a eles que o idealizem com base naquilo de

que gostam, no que pensam e no que expressam.

XLII

Habilidades da BNCC • Ciências 9º ano

Unidades temáticas Habilidades

Matéria

e energia

(EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas

transformações com base no modelo de constituição submicroscópica.

(EF09CI02) Comparar quantidades de reagentes e produtos envolvidos em

transformações químicas, estabelecendo a proporção entre as suas massas.

(EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria (constituição do

átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica.

(EF09CI04) Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas as cores de luz

podem ser formadas pela composição das três cores primárias da luz e que a cor de

um objeto está relacionada também à cor da luz que o ilumina.

(EF09CI05) Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão e recepção

de imagem e som que revolucionaram os sistemas de comunicação humana.

(EF09CI06) Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências, fontes e

aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu uso em controle remoto,

telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, fotocélulas etc.

(EF09CI07) Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na

medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no tratamento

de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etc.).

Vida e

evolução

(EF09CI08) Associar os gametas à transmissão das características hereditárias,

estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes.

(EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários,

segregação, gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas

envolvendo a transmissão de características hereditárias em diferentes organismos.

(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em

textos científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias

e sua importância para explicar a diversidade biológica.

(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção

natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo.

(EF09CI12) Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da

biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades

(parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles

relacionados.

(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas

ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo

consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.

Terra e

Universo

(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas

rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do

Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia

dentre bilhões).

(EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da Terra,

do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito,

orientação espacial e temporal etc.).

(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da

Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas

distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares.

(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no

conhecimento das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos

desse processo no nosso planeta.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 350-351.

Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 7 jul. 2022.

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

XLIII

Q

ua

d

ro

d

e

co

nt

d

o

s

Es

te

v

ol

um

e

fo

i o

rg

an

iz

ad

o

co

m

b

as

e

na

a

bo

rd

ag

em

te

ór

ic

o-

m

et

od

ol

óg

ic

a

da

c

ol

ão

, q

ue

b

us

ca

tr

an

sm

iti

r

os

co

nh

ec

im

en

to

s

de

st

e

co

m

po

ne

nt

e

cu

rr

ic

ul

ar

e

o

fe

re

ce

r s

ub

síd

io

s

pa

ra

q

ue

o

s

al

un

os

p

os

sa

m

, d

e

m

an

ei

ra

c

ad

a

ve

z

m

ai

s

au

no

m

a,

a

na

lis

ar

, s

el

ec

io

na

r,

or

ga

ni

za

r

e

qu

es

tio

na

r

as

in

fo

rm

õe

s

qu

e

fa

o

pa

rt

e

ta

nt

o

de

s

eu

p

ro

ce

ss

o

de

a

pr

en

di

za

ge

m

q

ua

nt

o

de

s

ua

fo

rm

ão

c

id

ad

ã.

D

e

ac

or

do

c

om

e

ss

a

pr

op

os

ta

, c

on

st

a

a

se

gu

ir

um

q

ua

dr

o

co

m

a

or

ga

ni

za

çã

o

do

s

pr

in

ci

pa

is

co

nt

do

s

e

co

nc

ei

to

s

tr

ab

al

ha

do

s

no

v

ol

um

e,

a

m

d

os

o

bj

et

os

d

e

co

nh

ec

im

en

to

,

da

s

ha

bi

lid

ad

es

, d

as

c

om

pe

nc

ia

s

ge

ra

is

e

es

pe

fic

as

e

d

os

te

m

as

c

on

te

m

po

ne

os

tr

an

sv

er

sa

is.

E

st

es

e

le

m

en

to

s

fo

ra

m

o

rg

an

iz

ad

os

c

om

b

as

e

no

t

ra

ba

lh

o

de

se

nv

ol

vi

do

e

m

c

ad

a

un

id

ad

e,

p

er

m

iti

nd

o

um

a

pr

og

re

ss

ão

d

a

ap

re

n-

di

za

ge

m

d

e

ac

or

do

c

om

a

s

ne

ce

ss

id

ad

es

r

ea

is

da

s

al

a

de

a

ul

a.

A

s

ju

st

ifi

ca

tiv

as

r

ef

er

en

te

s

ao

s

ob

je

tiv

os

d

e

en

sin

o

en

co

nt

ra

m

-s

e

na

s

gi

na

s

de

in

íc

io

d

e

ca

tu

lo

, n

a

pa

rt

e

da

r

ep

ro

du

çã

o

do

L

iv

ro

d

o

Al

un

o.

U

ni

d

ad

e

1

U

ni

ve

rs

o

e

v

id

a

P

ri

nc

ip

ai

s

co

nt

d

o

s

e

co

nc

ei

to

s

O

b

je

to

s

d

e

co

nh

ec

im

en

to

H

ab

il

id

ad

es

C

o

m

p

et

ên

ci

as

Te

m

as

c

o

nt

em

p

o

ne

o

s

tr

an

sv

er

sa

is

C

ap

ít

ul

o

1

A

lg

un

s

as

p

ec

to

s

d

a

C

nc

ia

e

d

o

U

ni

ve

rs

o

M

ét

od

o

ci

en

tíf

ic

o

Le

is

e

te

or

ia

s

ci

en

tíf

ic

as

O

rig

em

d

o

U

ni

ve

rs

o

(T

eo

ria

d

o

Bi

g

Ba

ng

)

Fo

rm

ão

d

o

Si

st

em

a

So

la

r

G

al

áx

ia

s

As

te

ro

id

es

, c

om

et

as

e

m

et

eo

ro

id

es

Pl

an

et

as

r

oc

ho

so

s

e

ga

so

so

s

Ev

ol

ão

d

as

e

st

re

la

s

Co

m

po

siç

ão

, e

st

ru

tu

ra

e

lo

ca

liz

ão

d

o

Si

st

em

a

So

la

r

no

U

ni

ve

rs

o.

As

tr

on

om

ia

e

c

ul

tu

ra

.

Ev

ol

ão

e

st

el

ar

.

EF

09

C

I14

EF

09

C

I15

EF

09

C

I16

EF

09

C

I17

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

1,

2

, 3

, 4

,

5

e

7.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 5

e

6.

D

iv

er

sid

ad

e

cu

ltu

ra

l.

Ed

uc

ão

a

m

bi

en

ta

l.

C

nc

ia

e

te

cn

ol

og

ia

.

Ed

uc

ão

p

ar

a

va

lo

riz

ão

do

m

ul

tic

ul

tu

ra

lis

m

o

na

s

m

at

riz

es

h

ist

ór

ic

as

e

cu

ltu

ra

is

br

as

ile

ira

s.

C

ap

ít

ul

o

2

A

v

id

a

na

T

er

ra

Co

nd

õe

s

ne

ce

ss

ár

ia

s

à

vi

da

n

a

Te

rr

a

Bu

sc

a

po

r

vi

da

e

m

ou

tr

os

p

la

ne

ta

s

H

ip

ót

es

es

s

ob

re

a

or

ig

em

d

a

vi

da

n

a

Te

rr

a

(h

et

er

ot

fic

as

,

au

to

tr

óf

ic

as

,

pa

ns

pe

rm

ia

)

Vi

da

h

um

an

a

fo

ra

d

a

Te

rr

a.

O

rd

em

d

e

gr

an

de

za

as

tr

on

ôm

ic

a.

EF

09

C

I16

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

1,

2

, 7

e

9.

Co

m

pe

nc

ia

,

s

es

pe

fic

as

: 1

, 3

,

5

e

6.

C

nc

ia

e

te

cn

ol

og

ia

.

Ed

uc

ão

p

ar

a

va

lo

riz

ão

do

m

ul

tic

ul

tu

ra

lis

m

o

na

s

m

at

riz

es

h

ist

ór

ic

as

e

cu

ltu

ra

is

br

as

ile

ira

s.

XLIV

U

ni

d

ad

e

2

G

en

ét

ic

a

e

ev

o

lu

çã

o

P

ri

nc

ip

ai

s

co

nt

d

o

s

e

co

nc

ei

to

s

O

b

je

to

s

d

e

co

nh

ec

im

en

to

H

ab

il

id

ad

es

C

o

m

p

et

ên

ci

as

Te

m

as

c

o

nt

em

p

o

ne

o

s

tr

an

sv

er

sa

is

C

ap

ít

ul

o

3

H

er

ed

it

ar

ie

d

ad

e

D

N

A

e

he

re

di

ta

rie

da

de

Ex

pe

rim

en

to

s

de

M

en

de

l

H

er

ed

og

ra

m

a

C

ro

m

os

so

m

os

e

de

te

rm

in

ão

d

o

se

xo

em

s

er

es

h

um

an

os

nd

ro

m

es

g

en

ét

ic

as

H

er

ed

ita

rie

da

de

.

EF

09

C

I0

8

EF

09

C

I0

9

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

1,

2

, 4

, 5

,

6,

7

, 9

e

10

.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 2

,

3,

5

e

8

.

D

iv

er

sid

ad

e

cu

ltu

ra

l.

C

nc

ia

e

te

cn

ol

og

ia

.

Ed

uc

ão

e

m

d

ire

ito

s

hu

m

an

os

.

C

ap

ít

ul

o

4

E

vo

lu

çã

o

d

o

s

se

re

s

vi

vo

s

Te

or

ia

s

ev

ol

ut

iv

as

(L

am

ar

ck

, D

ar

w

in

e

W

al

la

ce

)

nt

es

e

m

od

er

na

ev

ol

ut

iv

a

Es

pe

ci

ão

Ev

id

ên

ci

as

d

a

ev

ol

ão

Se

re

s

hu

m

an

os

m

od

er

no

s

e

a

ev

ol

ão

h

um

an

a

Id

ei

as

e

vo

lu

ci

on

ist

as

.

EF

09

C

I10

EF

09

C

I11

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

1,

2

, 3

, 4

,

6,

8

e

9

.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 2

,

3,

6

e

7

.

D

iv

er

sid

ad

e

cu

ltu

ra

l.

C

nc

ia

e

te

cn

ol

og

ia

.

Sa

úd

e.

Tr

ab

al

ho

.

Ed

uc

ão

p

ar

a

va

lo

riz

ão

do

m

ul

tic

ul

tu

ra

lis

m

o

na

s

m

at

riz

es

h

ist

ór

ic

as

e

cu

ltu

ra

is

br

as

ile

ira

s.

C

ap

ít

ul

o

5

D

iv

er

si

d

ad

e

b

io

g

ic

a

U

ni

da

de

s

de

co

ns

er

va

çã

o

(U

ni

da

de

s

de

Pr

ot

ão

In

te

gr

al

e

U

ni

da

de

s

de

U

so

Su

st

en

ve

l)

Co

ns

er

va

çã

o

do

am

bi

en

te

Pr

es

er

va

çã

o

da

bi

od

iv

er

sid

ad

e.

EF

09

C

I12

EF

09

C

I13

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

2

, 3

, 4

, 5

,

6,

7

, 9

e

10

.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 3

, 4

,

5,

6

e

8

.

Ed

uc

ão

a

m

bi

en

ta

l.

Tr

ab

al

ho

.

D

iv

er

sid

ad

e

cu

ltu

ra

l.

Ed

uc

ão

p

ar

a

va

lo

riz

ão

do

m

ul

tic

ul

tu

ra

lis

m

o

na

s

m

at

riz

es

h

ist

ór

ic

as

e

cu

ltu

ra

is

br

as

ile

ira

s.

XLV

U

ni

d

ad

e

3

M

at

ér

ia

P

ri

nc

ip

ai

s

co

nt

d

o

s

e

co

nc

ei

to

s

O

b

je

to

s

d

e

co

nh

ec

im

en

to

H

ab

il

id

ad

es

C

o

m

p

et

ên

ci

as

Te

m

as

c

o

nt

em

p

o

ne

o

s

tr

an

sv

er

sa

is

C

ap

ít

ul

o

6

E

st

ud

an

d

o

a

m

at

ér

ia

Pr

op

rie

da

de

s

da

m

at

ér

ia

(m

as

sa

,

vo

lu

m

e

e

de

ns

id

ad

e)

Co

ns

tit

ui

çã

o

da

m

at

ér

ia

M

od

el

os

a

m

ic

os

Pr

op

rie

da

de

s

do

s

át

om

os

As

pe

ct

os

q

ua

nt

ita

tiv

os

d

as

tr

an

sf

or

m

õe

s

qu

ím

ic

as

.

Es

tr

ut

ur

a

da

m

at

ér

ia

.

EF

09

C

I0

3

EF

09

C

I16

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

1,

2

e

3

.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 2

e

8.

C

ap

ít

ul

o

7

T

ab

el

a

p

er

d

ic

a

Ta

be

la

p

er

di

ca

(g

ru

po

s

e

pe

río

do

s)

Li

ga

çõ

es

q

m

ic

as

(iô

ni

ca

, c

ov

al

en

te

e

m

et

ál

ic

a)

Es

tr

ut

ur

a

da

m

at

ér

ia

.

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

1,

2

e

5

.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 2

,

6

e

8.

C

ap

ít

ul

o

8

T

ra

ns

fo

rm

õ

es

d

a

m

at

ér

ia

O

s

es

ta

do

s

fís

ic

os

da

m

at

ér

ia

e

s

ua

s

m

ud

an

ça

s

Tr

an

sf

or

m

õe

s

qu

ím

ic

as

d

a

m

at

ér

ia

Re

pr

es

en

ta

çõ

es

da

s

tr

an

sf

or

m

õe

s

qu

ím

ic

as

Re

ve

rs

ib

ili

da

de

d

as

tr

an

sf

or

m

õe

s

qu

ím

ic

as

Fu

õe

s

qu

ím

ic

as

ci

do

s,

b

as

es

, s

ai

s

e

óx

id

os

)

As

pe

ct

os

q

ua

nt

ita

tiv

os

d

as

tr

an

sf

or

m

õe

s

qu

ím

ic

as

.

EF

09

C

I0

1

EF

09

C

I0

2

EF

09

C

I0

3

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

2

, 3

, 7

, 8

e

9.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 2

,

3,

6

e

7

.

Ed

uc

ão

a

m

bi

en

ta

l.

Sa

úd

e.

D

iv

er

sid

ad

e

cu

ltu

ra

l.

XLVI

U

ni

d

ad

e

4

O

nd

as

e

lu

z

P

ri

nc

ip

ai

s

co

nt

d

o

s

e

co

nc

ei

to

s

O

b

je

to

s

d

e

co

nh

ec

im

en

to

H

ab

il

id

ad

es

C

o

m

p

et

ên

ci

as

Te

m

as

c

o

nt

em

p

o

ne

o

s

tr

an

sv

er

sa

is

C

ap

ít

ul

o

9

O

nd

as

C

ar

ac

te

rís

tic

as

g

er

ai

s

da

s

on

da

s

Pr

op

rie

da

de

s

da

s

on

da

s

U

ltr

as

so

m

O

nd

as

el

et

ro

m

ag

tic

as

(o

nd

as

d

e

di

o

e

TV

, m

ic

ro

-o

nd

as

,

in

fr

av

er

m

el

ho

, l

uz

vi

sív

el

, u

ltr

av

io

le

ta

,

ra

io

s

X,

r

ai

os

g

am

a)

Ap

lic

õe

s

da

s

on

da

s

el

et

ro

m

ag

tic

as

Ra

di

õe

s

e

su

as

ap

lic

õe

s

na

s

de

.

EF

09

C

I0

5

EF

09

C

I0

6

EF

09

C

I0

7

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

2

, 3

, 8

e

9.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 3

,

5,

7

e

8

.

D

ive

rs

id

ad

e

cu

ltu

ra

l.

Ed

uc

ão

p

ar

a

va

lo

riz

ão

do

m

ul

tic

ul

tu

ra

lis

m

o

na

s

m

at

riz

es

h

ist

ór

ic

as

e

c

ul

tu

ra

is

br

as

ile

ira

s.

Ed

uc

ão

e

m

d

ire

ito

s

hu

m

an

os

.

Sa

úd

e.

Tr

ab

al

ho

.

C

ap

ít

ul

o

1

Lu

z

Pr

op

rie

da

de

s

da

lu

z

vi

sív

el

In

te

ra

çã

o

da

lu

z

co

m

os

o

bj

et

os

D

ec

om

po

siç

ão

d

a

lu

z

vi

sív

el

La

se

r e

s

ua

s

ap

lic

õe

s

In

st

ru

m

en

to

s

óp

tic

os

(e

sp

el

ho

s

e

le

nt

es

)

Ra

di

õe

s

e

su

as

ap

lic

õe

s

na

s

de

.

EF

09

C

I0

4

EF

09

C

I0

7

Co

m

pe

nc

ia

s

ge

ra

is:

2

, 3

, 8

e

9.

Co

m

pe

nc

ia

s

es

pe

fic

as

: 1

, 2

,

7

e

8.

Sa

úd

e.

Ed

uc

ão

fi

na

nc

ei

ra

.

XLVII

Sugestões de cronograma

O cronograma a seguir sugere possibilidades de distribuição do conteúdo curricular

deste volume durante o ano letivo. Todos os volumes são estruturados considerando a

autonomia em sua prática pedagógica. Assim, torna-se possível analisar e verificar diferen-

tes e melhores maneiras de conduzir os estudos junto aos alunos, pois a sequência dos

conteúdos pode ser organizada da maneira que julgar conveniente.

Sugestões de cronograma

Bimestral

1º bimestre Unidade 1

2º bimestre Unidade 2

3º bimestre Unidade 3

4º bimestre Unidade 4

Trimestral

1º trimestre

Unidade 1

Unidade 2 • capítulos 3 e 4

2º trimestre

Unidade 2 • capítulo 5

Unidade 3 • capítulos 6 e 7

3º trimestre

Unidade 3 • capítulo 8

Unidade 4

Orientações para as seções O que eu já sei?,

O que eu estudei? e O que eu aprendi?

O que eu já sei? • páginas 12 a 15

1. Objetivos

• Essa atividade permite avaliar se os alunos co-

nhecem as diferenças entre estrelas, planetas e

satélites naturais.

• Também é possível avaliar o conhecimento pré-

vio dos alunos com relação aos astros do Sis-

tema Solar, o que contribui para o desenvolvi-

mento da habilidade EF09CI14.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para preen-

cher o quadro, oriente-os a analisar a ilustra-

ção, que pode auxiliá-los a recordar de

,

algu-

mas características dos astros do Sistema Solar.

Faça também alguns questionamentos para in-

duzi-los a recordar os nomes de alguns astros

e suas composições. Ressalte que, na imagem

apresentada, os planetas estão hipoteticamente

alinhados para facilitar a observação de todos

XLVIII

eles no Sistema Solar e que apenas parte dele

está representado nela, pois o sistema também

é composto de corpos como planetas-anões,

asteroides e cometas.

Ao trabalhar esta atividade, se julgar conveniente,

utilize a metodologia ativa seminário. Para isso,

confira orientações sobre essa estratégia no tópico

Metodologias e estratégias ativas nas orientações

gerais deste manual. Peça aos alunos que formem

grupos e que pesquisem informações a respeito dos

planetas, dos satélites naturais e da estrela do Siste-

ma Solar. Oriente-os a buscar diferentes fontes de

informação, coletando e analisando dados em fon-

tes confiáveis. Reserve um momento da aula para

que os grupos possam compartilhar as informações

obtidas. Essa abordagem contribui para o trabalho

com a habilidade EF09CI17, pois o grupo responsá-

vel por coletar informações sobre o Sol pode apre-

sentar informações a respeito de seu ciclo evolutivo.

Metodologias ativas

2 e 3. Objetivo

• Essas atividades abordam o tema Água e permi-

tem avaliar os conhecimentos prévios dos alunos

com relação à importância da água para a vida e

as características dos diferentes estados físicos

dela, permitindo, inclusive, o trabalho com a ha-

bilidade EF09CI01, caso as mudanças de estado

físico sejam abordadas com base no modelo de

constituição submicroscópica. Ao tratar de argu-

mentos a respeito da viabilidade da sobrevivên-

cia humana fora da Terra, a atividade 2 contribui

para o trabalho com a habilidade EF09CI16.

Como proceder

• Na atividade 2, auxilie os alunos na leitura e na

interpretação do texto. Se considerar oportu-

no, acesse com eles a matéria na íntegra. Além

da água no estado líquido, avalie se eles con-

sideram outras condições necessárias à vida,

como temperatura adequada e atmosfera com

concentração apropriada de determinados ga-

ses. Verifique se eles também mencionam as

distâncias e os tempos envolvidos em viagens

interplanetárias e interestelares.

• No momento de realizar a atividade 3, se

possível, leve para a sala de aula água nos

estados físicos sólido e líquido para que os alu-

nos analisem as características de cada um des-

ses estados físicos, salientando que existe água

no estado gasoso no ar ambiente.

4. Objetivo

• Essa atividade tem o objetivo de avaliar os

conhecimentos dos alunos relacionados às

transformações físicas e químicas da matéria.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade de reco-

nhecer o tipo de transformação que os ingre-

dientes sofreram, apresente a eles exemplos de

situações envolvendo transformações físicas e

químicas do cotidiano a fim de que eles as dife-

renciem. Depois, peça-lhes que listem os ingre-

dientes utilizados no preparo do pão e pergun-

te-lhes que tipo de transformação caracteriza a

mudança no aspecto deles.

5. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar o conhecimento

dos alunos acerca da fecundação na reprodu-

ção humana. Ela possibilita o desenvolvimento

da habilidade EF09CI08 ao associar os gametas

à transmissão das características hereditárias,

estabelecendo relações entre ancestrais e des-

cendentes.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade de comple-

tar adequadamente a frase com as palavras do

quadro, auxilie-os a procurar o significado de

cada palavra e, depois, a escolher as que com-

pletam adequadamente a frase.

6. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar o conhecimento

dos alunos com relação às cores primárias e

secundárias com base na observação de um

diagrama. Ela também contribui para o traba-

lho com a habilidade EF09CI04, pois considera

XLIX

situações em que a cor de um objeto está rela-

cionada à cor da luz que o ilumina.

Como proceder

• Caso seja necessário auxiliar os alunos a res-

ponder aos itens, verifique se eles compreen-

deram que o diagrama apresenta regiões em

que ocorre sobreposição das cores, ressaltan-

do que a luz branca é obtida no centro, onde

acontece a mistura das três cores primá rias.

Se possível, antes de os alunos responderem

aos itens, averigue a possibilidade de reali-

zar o experimento disponível em: https://fep.

if.usp.br/~profis/arquivo/gref/optica13-2.pdf.

Acesso em: 7 jul. 2022.

7. Objetivo

• Essa atividade tem o objetivo de avaliar o co-

nhecimento dos alunos acerca da importância e

das características dos fósseis. Ao tratar das di-

ferentes espécies que a descoberta dos fósseis

nos possibilita conhecer, esta atividade permite

uma reflexão sobre a habilidade EF09CI10, pois

busca explicações para a diversidade biológica.

Como proceder

• Ao abordar essa atividade, pergunte aos alunos

se já assistiram a alguma reportagem sobre fós-

seis e peça a eles que comentem o que sabem

a respeito do assunto. Se necessário, proponha

aos alunos que pesquisem sobre os tipos de

rochas em que os fósseis são encontrados, as

informações que um fóssil nos permite deter-

minar com relação à sua idade e às caracterís-

ticas do ambiente e o que as similaridades e

diferenças das espécies nos permite deduzir.

8. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é avaliar o conheci-

mento dos alunos sobre a leitura do céu feita

por diferentes povos e as influências dessas ob-

servações na vida desses povos. Esta atividade

possibilita o desenvolvimento da habilidade EF-

09CI15, pois os alunos podem trabalhar conhe-

cimentos sobre a relação entre as necessidades

de distintas culturas e as diferentes leituras do

céu e explicações acerca da origem da Terra,

do Sol e do Sistema Solar.

Como proceder

• Caso considere necessário, sugira aos alunos

materiais de pesquisa com histórias e calendá-

rios lunares de diferentes civilizações para que

eles conheçam mais informações antes de ela-

borar o texto ou proponha-lhes uma pesquisa

sobre calendários lunares que pode ser feita em

duplas e apresentada ao restante da turma.

Metodologias ativas

Aproveite textos dos alunos sobre histórias e

calendários lunares de diferentes civilizações para

desenvolver a metodologia ativa gallery walk. Pa-

ra isso, confira orientações sobre essa estratégia

no tópico Metodologias e estratégias ativas nas

orientações gerais deste manual. Peça a eles que

organizem na parede da sala de aula os textos pro-

duzidos e que os apresentem aos demais colegas,

proporcionando uma oportunidade para que eles

compartilhem seus conhecimentos.

9. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é avaliar os conheci-

mentos dos alunos sobre como ocorre a trans-

missão de som e imagem em aparelhos como

televisores e smartphones, o que possibilita de-

senvolver a habilidade EF09CI05, que trata de

investigar os principais mecanismos envolvidos

na transmissão e recepção de imagem e som

que revolucionaram os sistemas de comunica-

ção humana. Esta atividade também permite o

trabalho com a habilidade EF09CI06, que abor-

da a classificação das radiações eletromagnéti-

cas e permite uma discussão sobre as implica-

ções de seu uso em diversos dispositivos.

Como proceder

• Se os alunos tiverem dificuldade para responder

a essa atividade, faça um esquema na lousa re-

presentando um aparelho televisor, uma antena

de recepção e outra de transmissão. Em segui-

da, retrate as ondas se propagando e peça aos

alunos que reflitam a respeito da representação.

https://fep.if.usp.br/~profis/arquivo/gref/optica13-2.pdf

https://fep.if.usp.br/~profis/arquivo/gref/optica13-2.pdf

L

O que eu estudei? • página 65

1. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos com-

preenderam alguns dos procedimentos adota-

dos no método científico.

Como proceder

• Caso algum aluno tenha dificuldade para respon-

der à atividade, procure abordar alguma outra

situação do cotidiano em que uma pessoa pode

se deparar com um problema e utilizar o méto-

,

do científico em sua solução. Acompanhe se eles

mencionam as etapas de caracterização, elabo-

ração de hipóteses, teste de hipóteses e análise.

2. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alu-

nos compreenderam as diferenças entre as

teorias sobre a posição e o movimento dos

astros do Sistema Solar atual e aquelas que fo-

ram aceitas no passado, desenvolvendo a ha-

bilidade EF09CI14.

Como proceder

• Se possível, antes de os alunos responderem

a essa atividade, peça-lhes que mencionem os

nomes das teorias antigas e verifique se eles

mencionam a teoria geocêntrica e heliocêntri-

ca. Em seguida, solicite-lhes que informem as

características de cada uma delas e comparem

com as da teoria atual.

3. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é levar os alunos a

confrontar seus conhecimentos prévios a res-

peito da teoria do Big Bang com o que foi abor-

dado no estudo dessa unidade, de modo a de-

senvolver a habilidade EF09CI15.

Como proceder

• Caso os alunos precisem de auxílio para respon-

der a essa atividade, peça-lhes que produzam um

texto com as informações que sabem sobre o

Big Bang antes de recordarem a resposta dada

no início dessa unidade. Posteriormente, orien-

te-os a comparar suas respostas, solicitando-

-lhes que destaquem as informações que foram

corrigidas e complementadas.

4. Objetivos

• Essa atividade tem o objetivo de avaliar se os

alunos compreenderam a diferença entre o co-

nhecimento científico e o transmitido.

• Incentivar o respeito para com a cultura de di-

ferentes povos.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para res-

ponder a essa atividade, pergunte-lhes como

o conhecimento científico é divulgado e como as

lendas são transmitidas de uma geração a ou-

tra. Se necessário, solicite-lhes que pesquisem

sobre o assunto. Por meio dessa abordagem,

espera-se que os alunos constatem que as len-

das se baseiam e são transmitidas apenas por

intermédio de histórias, enquanto que o co-

nhecimento científico se baseia em hipóteses e

testes que podem ser reproduzidos. Contudo,

enfatize que as lendas podem fazer parte da

cultura de um povo.

5. Objetivo

• Essa atividade tem o objetivo de avaliar os co-

nhecimentos dos alunos sobre a estrutura do

Sistema Solar e sua localização no Universo,

permitindo o desenvolvimento da habilidade

EF09CI14.

Como proceder

• Caso os alunos apresentem dificuldade para

responder a essa atividade, enfatize que a fo-

to A mostra apenas uma pequena região do

espaço e que a Via Láctea é apenas uma ga-

láxia das cerca de 15 mil presentes na foto.

Diga-lhes também que o Sol é apenas uma

estrela das mais de 200 bilhões existentes na

LI

nossa galáxia. Com relação à localização da

Terra, se necessário, retome com eles a pri-

meira página do tópico Universo e Sistema

Solar, no capítulo 1.

6. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos co-

nhecem duas das principais teorias sobre a ori-

gem da vida na Terra.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para apon-

tar a diferença entre a hipótese heterotrófica

e a hipótese autotrófica, peça-lhes que expli-

quem, primeiramente, o significado dos ter-

mos heterótrofos e autótrofos. Acompanhe

se eles identificam que o termo heterótrofo

é utilizado para se designar organismos in-

capazes de produzir o próprio alimento, en-

quanto que autótrofos é utilizado para os

organismos que são capazes de produzir o

próprio alimento.

7. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alu-

nos reconhecem a importância da técnica de

pasteurização.

Como proceder

• Se os alunos não se lembrarem do nome da

técnica desenvolvida por Pasteur, diga-lhes

que ela é utilizada em diversos produtos ali-

mentícios e que seu nome está presente na

embalagem desses produtos, tais como sucos

e leites. Depois que eles identificarem que se

trata da pasteurização, incentive-os a explicar

como esse processo é realizado e como o

aquecimento dos alimentos pode contribuir

para a preservação da saúde de quem os con-

some. Se necessário, solicite aos alunos que

façam uma pesquisa ou retome com eles o

esquema apresentado na página 56 do Livro

do Aluno.

8. Objetivo

• Essa atividade tem o objetivo de avaliar o co-

nhecimento dos alunos com relação às ideias

e experimentos sobre a origem da vida dos

cientistas John Tuberville Needham e Lazzaro

Spallanzani.

Como proceder

• Caso os alunos apresentem dificuldade pa-

ra responder a essa atividade, comente que

Needham foi um defensor da hipótese da ge-

ração espontânea, enquanto Spallanzani dis-

cordava dela. Em seguida, mencione que eles

realizaram um experimento envolvendo um

recipiente de vidro, aquecimento e caldo de

carne e acompanhe se os alunos se recordam

do experimento realizado por esses cientistas.

Se necessário, desenhe na lousa esquemas que

representam os experimentos de Needham e

Spallanzani, semelhantes aos apresentados na

página 55 do Livro do Aluno.

9. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos con-

seguem relacionar os conteúdos estudados na

unidade1.

Como proceder

• Caso haja alguma dificuldade na elaboração dos

esquemas pelos alunos, mencione alguns tópi-

cos abordados nessa unidade para auxiliá-los a

se lembrarem dos conteúdos estudados, como

as teorias da origem do Universo, a formação

do Sistema Solar e as hipóteses sobre a origem

da vida na Terra.

O que eu estudei? • página 149

1 e 2. Objetivo

• Essas atividades permitem avaliar se os alunos

compreenderam o conceito de hereditariedade

e o mecanismo pelo qual ela ocorre.

LII

Como proceder

• Oriente os alunos a listar características heredi-

tárias e não hereditárias. Abra espaço para dis-

cutirem características complexas, que podem

ter elementos hereditários, mas não somente,

como certas doenças e comportamentos. Por

fim, solicite aos alunos que expliquem por que

algumas características são hereditárias e como

ocorre essa transmissão.

Metodologias ativas

Metodologias ativas

A atividade 2 permite a utilização da metodo-

logia ativa one-minute paper. Nessa estratégia, os

alunos têm apenas 60segundos para escrever em

uma folha de papel como funciona a hereditarieda-

de para uma pessoa leiga. A rapidez permite que

eles se concentrem nos pontos-chave. Confira mais

orientações sobre essa estratégia no tópico Me-

todologias e estratégias ativas nas orientações

gerais deste manual.

3, 4, 5 e 6. Objetivo

• Essas atividades possibilitam avaliar se os alunos

compreenderam a evolução biológica como re-

sultado da seleção natural e a ancestralidade

comum entre todos os seres vivos, distinguindo

as afirmações darwinistas das lamarckistas.

Como proceder

• Ao realizar as atividades 4 e 5, retome o con-

ceito de hereditariedade e incentive os alunos

a perceber que ele está relacionado ao de evo-

lução, que é a herança com modificação, ou

seja, mudança ao longo das gerações. Mostre

à turma algumas explicações lamarckistas e pe-

ça aos alunos que expliquem por que elas não

se encaixam nessa definição (é importante eles

perceberem que se deve pensar em geração,

não em indivíduo). Por fim, relembre-os de que

modificações ocorrem ao longo das gerações,

porém grande parte do genoma continua, o

que explica as similaridades entre espécies, co-

mo o ser humano e o chimpanzé.

• Ao trabalhar a atividade6, se julgar pertinente,

assista com os alunos a essa animação sobre

evolução, disponível em: https://www.youtube.

com/watch?v=rc2vA5UkMFY. Acesso em: 7 jul. 2022.

• As atividades 3 e 6 também contribuem para que

os alunos desenvolvam habilidades argumenta-

tivas e, para isso, eles devem ter compreendido

a ideia de evolução e ancestralidade comum.

Se achar pertinente, acesse o site a seguir, que

trata dos principais equívocos que podem sur-

gir no aprendizado sobre a evolução, disponí-

vel em: https://evosite.ib.usp.br/misconceps/

index.shtml. Acesso em: 7 jul. 2022.

7 e 8. Objetivo

• Essas atividades possibilitam identificar se os

alunos compreenderam a importância das

,

uni-

dades de conservação para a manutenção da

biodiversidade.

Como proceder

• Para essas atividades, retome o conceito de

biodiversidade e de unidade de conservação.

Aproveite para promover uma conversa sobre

os problemas ambientais e suas consequências

para a biodiversidade e para o ser humano. Se

necessário, incentive os alunos a pesquisar in-

formações para complementar a conversa.

Aproveite a produção dos alunos das ativida-

des 7 e 8 para desenvolver a metodologia ativa

gallery walk. Para isso, peça a eles que organi-

zem o cartum e o texto produzidos na parede da

sala de aula e que façam uma apresentação pa-

ra a turma, criando uma oportunidade para que

eles compartilhem seus conhecimentos. Leia mais

orientações sobre essa estratégia no tópico Me-

todologias e estratégias ativas nas orientações

gerais deste manual.

9. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é instigar os alunos a

refletir sobre os conteúdos trabalhados na uni-

dade2 e a identificar relações entre eles, apre-

sentando-as por meio de um esquema.

https://www.youtube.com/watch?v=rc2vA5UkMFY

https://www.youtube.com/watch?v=rc2vA5UkMFY

https://evosite.ib.usp.br/misconceps/index.shtml

https://evosite.ib.usp.br/misconceps/index.shtml

LIII

Como proceder

• Caso os alunos precisem de auxílio para realizar

essa atividade, oriente-os a considerar a repre-

sentação da hereditariedade como base para a

evolução biológica, que, por sua vez, deu ori-

gem à biodiversidade. Com os materiais pro-

duzidos, verifique a possibilidade de os alunos

divulgar os trabalhos em redes sociais ou em

uma plataforma digital específica da escola.

Metodologias ativas

O que eu estudei? • página 223

1. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos são

capazes de diferenciar massa de peso e identifi-

car a relação entre peso e gravidade.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade em respon-

der a essa atividade, oriente-os a retomar os

conceitos de massa e de peso. Verifique se

eles reconhecem que a massa está relacionada à

quantidade de matéria de um corpo, cuja unidade

de medida padrão é o quilograma, enquanto o

peso é uma força que envolve a massa do corpo

e a gravidade, ou seja, uma força de interação

que ocorre entre corpos que têm massa.

2, 3 e 4. Objetivo

• Essas atividades possibilitam identificar se os

alunos conhecem o histórico de desenvolvi-

mento dos principais modelos atômicos e se

conseguem identificar e interpretar informa-

ções da tabela periódica relacionadas às pro-

priedades dos átomos.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar a ati-

vidade 2, peça-lhes que retomem, em grupo, os mo-

delos atômicos elaborados por Dalton, Thomson,

Rutherford e Bohr, escrevendo em folhas de pa-

pel avulsas as principais características de cada

um desses modelos. Em seguida, oriente-os a

conversar sobre como uma linha do tempo é

organizada e como podem inserir as informa-

ções que escreveram nessa linha do tempo. Na

realização da atividade3, oriente-os a utilizar

o quadro da página 169 e a escolher átomos

com número atômico de 1 até 18 e 28 até 36,

para que não se deparem com questões rela-

cionadas à distribuição eletrônica que não fo-

ram tratadas até aqui. Na atividade 4, sobre

a interpretação das informações presentes na

tabela periódica, tome um elemento químico

arbitrário e avalie se os alunos se recordam das

informações presentes nas legendas da tabela.

Com relação aos nomes dos grupos e às ca-

racterísticas da classificação dos elementos, se

necessário, oriente-os a retomar o conteúdo

do tópico Estudando a tabela periódica atual.

Se julgar pertinente, aproveite os esquemas da

atividade2, sobre os modelos atômicos e suas prin-

cipais características, para trabalhar a metodologia

ativa gallery walk. Para isso, confira orientações

sobre essa estratégia no tópico Metodologias e

estratégias ativas nas orientações gerais deste ma-

nual. Para desenvolvê-la, peça aos alunos que or-

ganizem os materiais em cartazes e fixem-nos nas

paredes da sala de aula, para depois apresentá-los

aos demais colegas.

5. Objetivo

• Essa atividade possibilita verificar se os alunos

compreendem como ocorrem as ligações quími-

cas iônicas, covalentes e metálicas.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade em respon-

der a essa atividade, avalie se eles compreen-

dem que são apenas os elétrons de valência

que estão envolvidos nas ligações químicas. Pa-

ra ajudá-los a lembrar como isso ocorre e citar

exemplos, peça a eles que mencionem as carac-

terísticas de substâncias formadas em cada tipo

LIV

de ligação. Caso necessário, desenhe na lousa

os modelos que representam cada tipo de li-

gação, em seguida, pergunte aos alunos quais

são as principais características dessas ligações

com base nos desenhos que você fez.

Metodologias ativas

6 e 8. Objetivo

• Essas atividades permitem avaliar se os alunos

compreenderam as características tanto das

transformações físicas quanto das químicas, in-

cluindo a conservação da massa nesta última.

Como proceder

• Nessas atividades, se necessário, mencione al-

guns exemplos de transformações físicas e quí-

micas, pedindo aos alunos que identifiquem cada

uma delas e expliquem por que são classificadas

dessa forma. Feito isso, oriente-os a considerar

uma transformação química ocorrendo em um

recipiente fechado, então pergunte o que acon-

tece com a quantidade de reagentes e produtos

– ou a massa total das substâncias dentro do re-

cipiente – à medida que a transformação ocorre.

inicialmente, que considerem algum material

do cotidiano que possa ser encontrado nos es-

tados físicos sólido, líquido e gasoso, como a

água. Em seguida, oriente-os a resgatar os co-

nhecimentos sobre as transformações físicas,

para que relembrem que elas causam apenas

alterações na organização de suas partículas.

Assim, solicite aos alunos que ilustrem a orga-

nização das partículas nos três estados físicos e

elaborem a legenda explicativa.

Se julgar conveniente, a atividade8 permite apli-

car a metodologia ativa one-minute paper. Para is-

so, oriente os alunos a colocar os papéis com as

explicações da frase de Lavoisier sobre sua mesa e,

em seguida, leia as explicações deles em voz alta,

uma a uma, solicitando à turma que se manifeste

com pareceres contra ou favoráveis. Se possível, leia

mais orientações sobre essa estratégia no tópico

Metodologias e estratégias ativas nas orientações

gerais deste manual.

7. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alunos

compreenderam como as partículas submicros-

cópicas estão organizadas em materiais nos es-

tados físicos, sólido, líquido e gasoso.

Como proceder

• Para auxiliar os alunos que tiverem dificuldade

em responder a essa atividade, peça a eles,

9 e 10. Objetivo

• Essas atividades permitem avaliar se os alunos

são capazes de reconhecer e diferenciar sais,

ácidos, bases e óxidos, além de verificar se

compreendem como a acidez e a basicidade de

uma substância são determinadas.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade em respon-

der a essas atividades, relembre-os de que os

ácidos e as bases têm o comportamento de se

ionizarem e se dissociarem, respectivamente,

em meio aquoso, formando íons característi-

cos em cada caso. Pergunte como a extensão

desses processos pode ser determinada, com

o objetivo de avaliar a acidez e a basicidade

dessas substâncias. Quanto aos sais, lembre-os

de que eles são formados pela reação entre

substâncias de duas funções estudadas. Com

relação aos óxidos, pergunte-lhes quantos ele-

mentos químicos essas substâncias têm e se al-

gum precisa ser específico. Se os alunos não se

lembrarem das aplicações, cite situações do dia

a dia em que essas substâncias estão presentes

e peça a eles que as identifiquem.

O que eu estudei? • página 273

1. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos re-

conhecem algumas características importantes

das ondas.

LV

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade

,

para indicar

as informações solicitadas, desenhe na lousa a

representação de uma onda, acrescentando le-

tras nas cristas, nos pontos em que a onda pas-

sa pelo eixo de propagação e nos vales. Em se-

guida, peça-lhes que identifiquem em que letras

estão o eixo de propagação da onda, as cristas

e os vales. Por fim, solicite-lhes que indiquem

como o ciclo pode ser identificado.

pessoa fazendo movimentos com uma corda

presa a uma parede, gerando ondas transver-

sais, e uma pessoa fazendo movimentos em

uma mola presa a uma parede, gerando ondas

longitudinais. Em seguida, peça aos alunos que

identifiquem a classificação de cada onda de

acordo com o movimento oscilatório e que di-

gam qual exemplo se assemelha mais à onda

sonora e à eletromagnética. Solicite-lhes tam-

bém que mencionem as características destas

últimas para que fique evidente a diferença dos

exemplos representados.

2 e 3. Objetivos

• Avaliar se os alunos compreendem que as on-

das sonoras podem ser produzidas por vibra-

ções, requisito para desenvolver a habilidade

EF09CI05.

• Verificar se os alunos conhecem algumas pro-

priedades das ondas sonoras.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para respon-

der a essas atividades, verifique se compreen-

dem que o som é percebido por nós devido

às regiões de baixa e de alta pressão que se

propagam no ar, formando as ondas sonoras.

Pergunte-lhes o que gera essas regiões no ar e

acompanhe se eles as associam às vibrações,

sejam elas das cordas vocais ou de um instru-

mento musical. Aproveite para representar uma

onda sonora gerada por uma dessas fontes e

pergunte-lhes o que caracteriza um som grave

e um agudo e a sua intensidade. Avalie se eles

reconhecem que essas propriedades estão rela-

cionadas à frequência da onda e à sua amplitude.

4. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos com-

preendem como as ondas sonoras e eletromag-

néticas são classificadas de acordo com o movi-

mento oscilatório.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para respon-

der a essa atividade, represente na lousa uma

5. Objetivo

• Essa atividade tem o objetivo de avaliar se os

alunos compreendem que é a frequência das

ondas que diferencia as faixas do espectro ele-

tromagnético, desenvolvendo, assim, a habili-

dade EF09CI06.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para res-

ponder a essa atividade, reproduza na lousa

uma representação do espectro eletromagné-

tico similar àquela trabalhada no tópico Ondas

eletromagnéticas, contudo omitindo as infor-

mações do eixo horizontal. Na sequência, peça

a eles que identifiquem as informações deste

eixo e acompanhe se eles reconhecem que é a

frequência que diferencia as faixas do espectro

eletromagnético.

6. Objetivo

• Essa atividade permite verificar se os alunos re-

lacionam a decomposição da luz branca à for-

mação do arco-íris, contribuindo para o desen-

volvimento da habilidade EF09CI04.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar

a atividade 6, relembre-os dos resultados ou

execute novamente a atividade prática sugerida

na página 260 deste Manual do professor.

LVI

Incentive-os a relacionar os resultados dessa ati-

vidade prática ao fenômeno da decomposição

da luz. Em seguida, instigue-os a imaginar como

esse fenômeno pode ocorrer com as gotículas

de água suspensas no ar em períodos de chuva.

9. Objetivo

• Essa atividade permite verificar se os alunos evi-

denciam que a cor de um objeto está relaciona-

da à cor da luz que o ilumina, contribuindo para

o desenvolvimento da habilidade EF09CI04.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar

a atividade 9, proponha uma atividade prática.

Para isso, providencie uma imagem colorida de

uma bandeira do Brasil, uma lanterna e um pa-

pel celofane azul. Dobre esse papel e fixe-o na

lanterna usando um elástico. Acenda a lanterna

e aponte a luz azul para a imagem da bandeira

do Brasil. Solicite-lhes que observem e descre-

vam o que acontece.

7. Objetivo

• Essa atividade permite verificar se os alunos re-

conhecem a interação da luz com materiais de

diferentes características, relacionando-a a fenô-

menos como refração, reflexão e reflexão difusa.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para reali-

zar a atividade 7, forneça a eles uma lanterna

e promova uma atividade prática para que ana-

lisem empiricamente o que ocorre durante a

incidência da luz em cada tipo de material (vi-

dro transparente, espelho e porta de madeira)

e relacione os resultados aos fenômenos ópti-

cos. Para isso, oriente-os a acender a lanterna

e a incidir a luz na janela de vidro da escola,

em seguida, na porta de madeira e, por último,

em um espelho. Nesse caso, se não houver na

sala, forneça um espelho portátil para que eles

executem a atividade.

8. Objetivo

• Essa atividade permite verificar se os alunos di-

ferenciam uma lente convergente de uma diver-

gente.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar

a atividade 8, desenhe na lousa a representação

de uma lente convergente e de uma divergente,

sem os raios de luz. Em seguida, peça àqueles

que encontrarem dificuldade que representem

no desenho os raios paralelos incidentes e os

desvios que ocorrem em cada caso. Com base

nessas representações, eles deverão explicar o

que acontece com os raios de luz paralelos ao

atravessar uma lente convergente e uma diver-

gente.

10. Objetivo

• Essa atividade permite verificar se os alunos

percebem que a luz visível é uma onda eletro-

magnética e que corresponde a uma faixa de

frequências do espectro eletromagnético, favo-

recendo o trabalho com a habilidade EF09CI06.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para reali-

zar a atividade 10, leve-os a retomar o esque-

ma do espectro eletromagnético da página 242

e a perceber que a luz visível corresponde a

uma faixa de frequência de ondas do espectro

eletromagnético. Com base nas propriedades

das ondas, incentive os alunos a interpretar a

interação da luz com os diferentes materiais e

objetos, incluindo os instrumentos ópticos.

O que eu aprendi? •

páginas 274 a 277

1. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos são

capazes de explicar as mudanças de estado físico

LVII

da matéria com base no modelo de constituição

submicroscópica e relacionar a quantidade de

matéria antes e depois de uma transformação

química, o que contribui para o desenvolvimen-

to das habilidades EF09CI01 e EF09CI02.

Como proceder

• Nas considerações do Experimento1, oriente

os alunos a se lembrarem do comportamento

das partículas submicroscópicas nas mudanças

de estado físico, reconhecendo os espaços en-

tre elas, a energia cinética e as alterações pro-

vocadas pela mudança de temperatura. Caso

eles se baseiem na mudança de estado físico

da água, diga-lhes que a água tem um compor-

tamento anômalo na solidificação. Se os alunos

apontarem algum equívoco no Experimento2,

peça-lhes que retomem os estudos sobre trans-

formações químicas com ênfase na lei da con-

servação da massa.

3. Objetivo

• Essa atividade possibilita verificar se os alunos

compreenderam a evolução dos modelos atô-

micos e a sua constituição, colaborando para o

trabalho com a habilidade EF09CI03.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para retratar

os modelos atômicos e comparar suas diferen-

ças, ajude-os a relembrar quais foram as partícu-

las estudadas pelos cientistas citados e averigue

se eles conseguem elaborar as representações.

Aproveite e promova uma roda de conversa pa-

ra que os alunos debatam sobre o processo de

construção do conhecimento científico.

2. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos são

capazes de identificar algumas propriedades e

tipos de ondas. Ao abordar as ondas de rádio,

essa atividade contribui para o desenvolvimen-

to da habilidade EF09CI05, pois se trata de um

tipo de onda envolvida na transmissão e recep-

ção de imagem e som que revolucionou os sis-

temas de

,

comunicação humana.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para empre-

gar os termos nos locais corretos, mencione

alguns exemplos de ondas mecânicas e eletro-

magnéticas, sem distingui-las, e peça a eles que

as identifiquem e apontem suas propriedades.

Verifique se eles conseguem diferenciá-las, re-

conhecendo que as ondas mecânicas precisam

de um meio material para se propagarem, en-

quanto as ondas eletromagnéticas podem se

propagar no vácuo.

4. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos re-

conhecem a importância do desenvolvimento

tecnológico na aplicação das radiações na área

da saúde, possibilitando o desenvolvimento da

habilidade EF09CI07.

Como proceder

• Nessa atividade, oriente os alunos a relacionar

o desenvolvimento tecnológico aos avanços e

benefícios que a medicina é capaz de ofere-

cer à saúde das pessoas. Para isso, peça-lhes

que reflitam sobre os exames de diagnósticos

e tratamentos existentes na medicina atual, dos

quais eles tenham conhecimento, e pergunte-

-lhes quais utilizam radiação.

Metodologias ativas

Se achar conveniente, essa atividade permite a

aplicação da metodologia ativa think-pair-share. Pa-

ra isso, peça aos alunos que pensem e escrevam

individualmente sobre os avanços tecnológicos na

aplicação das radiações na medicina diagnóstica e

no tratamento de doenças. Na sequência, eles de-

vem conversar com um colega de turma sobre o que

escreveram e, por fim, compartilhar a informação

com o restante da turma. Confira orientações sobre

LVIII

essa estratégia no tópico Metodologias e estraté-

gias ativas nas orientações gerais deste manual.

8 e 9. Objetivo

• Essas atividades permitem avaliar se os alunos

são capazes de identificar semelhanças e di-

ferenças das ideias evolucionistas propostas

por Lamarck e por Darwin e Wallace, reconhe-

cendo sua importância para explicar a biodi-

versidade e permitindo o desenvolvimento da

habilidade EF09CI10, além de compreender

a variabilidade genética resultante da seleção

natural, o que colabora para o trabalho com a

habilidade EF09CI11.

Como proceder

• Nessas atividades, oriente os alunos a relembrar

as ideias evolucionistas propostas por Lamarck

e as ideias propostas por Darwin e Wallace.

Averigue se eles mencionam a lei do uso e de-

suso e a lei da herança de características adqui-

ridas, considerando as ideias de Lamarck, a an-

cestralidade comum e a seleção natural toman-

do as ideias de Darwin e Wallace. Com base nas

ideias de Darwin, pergunte-lhes se algum dos

gafanhotos da atividade9 apresentava alguma

características que poderia favorecer ou não a

sua sobrevivência no ambiente.

5 e 6. Objetivos

• Essas atividades possibilitam avaliar se os alunos

reconhecem as bases e conceitos da heredita-

riedade, compreendendo o papel dos gametas

na transmissão de informações genéticas e es-

tabelecendo relação entre ancestrais e descen-

dentes.

• Elas também permitem verificar se os alunos

conseguem resolver problemas envolvendo

a transmissão de características hereditárias.

Essas atividades colaboram para o desenvolvi-

mento das habilidades EF09CI08 e EF09CI09.

Como proceder

• Verifique se os alunos conseguem realizar as as-

sociações da atividade5 corretamente e, se ne-

cessário, faça um esquema na lousa em que os

conceitos possam ser identificados para auxi-

liá-los a retomar os conteúdos estudados nesta

unidade. Na atividade6, caso os alunos tenham

dificuldade para determinar os resultados dos

cruzamentos, relembre-os dos trabalhos reali-

zados por Mendel e inicie a construção do qua-

drado de Punnett na lousa.

7. Objetivo

• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alunos

conhecem as duas principais formas de se clas-

sificar as unidades de conservação, abordagem

que contribui para o desenvolvimento da habili-

dade EF09CI12 da BNCC.

Como proceder

• Antes de os alunos diferenciarem as duas prin-

cipais formas de classificação das unidades de

conservação, solicite-lhes que informem a im-

portância da criação dessas áreas. Se possível,

peça-lhes que identifiquem as características e

funções das diferentes categorias das unidades

de conservação que contribuem para a preser-

vação do patrimônio natural.

Metodologias ativas

Se achar conveniente, aproveite os esquemas da

atividade9 sobre a explicação da predominância de

gafanhotos verdes no ambiente em relação aos cor-

-de-rosa baseada na teoria da seleção natural a fim

de trabalhar a metodologia ativa gallery walk. Para

isso, peça aos alunos que organizem os materiais

em cartazes e que os fixem na parede da sala de

aula, apresentando-os aos demais colegas. Confira

mais orientações sobre essa estratégia no tópico

Metodologias e estratégias ativas nas orientações

gerais deste manual.

10. Objetivo

• Essa atividade permite avaliar se os alunos são

capazes de projetar iniciativas individuais e cole-

tivas para solucionar problemas ambientais locais

com base em ações sustentáveis, levando-os a

LIX

refletir sobre sua realidade, contribuindo, assim,

para o desenvolvimento da habilidade EF09CI13.

Como proceder

• Oriente os alunos a refletir sobre as causas dos

problemas ambientais e as características de um

ambiente poluído, para que eles possam identi-

ficar hábitos individuais e coletivos que tenham

impacto no ambiente, bem como atitudes e de-

cisões que os modifiquem. Peça-lhes que refli-

tam sobre os danos que podem ser causados à

saúde devido a um ambiente poluído. Leve-os a

retomar os estudos sobre consumo consciente

e ações sustentáveis que podem contribuir na

proposição de soluções para os problemas am-

bientais relacionados ao consumo e atividades

do cotidiano, com o foco em iniciativas para

conservação do bairro onde vivem.

sequência aos fatores que tornam possível a

existência de vida nele. Pergunte-lhes sobre a

viabilidade de vida fora do planeta Terra e os

elementos fundamentais para que ela possa

existir da forma como a conhecemos.

Metodologias ativas

11 e 12. Objetivo

• Essas atividades possibilitam verificar se os alu-

nos conhecem a composição e a estrutura do

Sistema Solar e se identificam os elementos

fundamentais para a existência de vida como a

conhecemos, o que contribui para o desenvol-

vimento das habilidades EF09CI14 e EF09CI16.

Como proceder

• Caso os alunos tenham dificuldade para respon-

der a essas atividades, retome o conteúdo deles

utilizando um esquema do Sistema Solar. Para

isso, peça-lhes que mencionem a estrutura e

composição do Sistema Solar e construam um

esquema na lousa por meio das informações for-

necidas por eles. Verifique se citam os principais

corpos celestes que formam o Sistema Solar e

suas características. Aproveite a representação

do planeta Terra presente no esquema para dar

13. Objetivo

• Essa atividade colabora para o desenvolvimento

da habilidade EF09CI04 e permite avaliar se os

alunos compreendem os fenômenos relaciona-

dos à composição das cores e que a cor dos

objetos também está relacionada à cor da luz

que o ilumina.

Como proceder

• Se os alunos tiverem dificuldade para respon-

der a essa atividade, verifique se eles com-

preendem que todas as cores de luz podem ser

formadas pela composição das três cores pri-

márias da luz. Considere situações envolvendo

a combinação das cores primárias sobre obje-

tos brancos e, depois, sobre objetos com cores

diferentes para avaliar se eles percebem que a

cor observada também está relacionada à cor

da luz que o ilumina.

Se achar conveniente, essa atividade possibilita

o trabalho com a metodologia ativa experimenta-

ção. Para isso, confira orientações sobre essa estra-

tégia no tópico Metodologias e estratégias ativas

nas orientações gerais deste manual. Essa atividade

permite a realização de experimentos investigativos,

com a proposição de problemas em que se possa

levantar hipóteses, testar e relatar aspectos identifi-

cados ao investigar a percepção das cores em dife-

rentes materiais quando expostos a diferentes cores

de iluminação.

,

LX

ACTIVE Learning. Berkeley Center for Teaching

& Learning. Disponível em: https://teaching.

berkeley.edu/resources/course-design-guide/

active-learning. Acesso em: 25 fev. 2022.

Esse site explora os benefícios de trabalhar com

metodologias ativas para desenvolver nos alunos

a chamada aprendizagem ativa em seu processo

de ensino, além de abordar metodologias ativas

que podem ser aplicadas em sala de aula dife-

rentes recursos que podem ser trabalhados em

planejamentos.

ALTET, Marguerite. As competências do professor

profissional: entre conhecimentos, esquemas de

ação e adaptação, saber analisar. In: PAQUAY,

Léopold et al. (org.). Formando professores pro-

fissionais: quais estratégias? Quais competências?

2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. Disponível

em: https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/

books/firstChapter/50097127.pdf. Acesso em:

12 maio 2022.

Esse documento apresenta contribuições para a

formação de professores, com estudos interna-

cionais e nacionais, que promovem a capacitação

de docentes às competências profissionais de

sua área. Traz entrevistas que revelam práticas

pedagógicas com base em conhecimentos e

experiências profissionais de outros professores.

BLOOM, Benjamin S.; HASTINGS, J. Thomas; MA-

DAUS, George F. Manual de avaliação formativa

e somativa do aprendizado escolar. São Paulo:

Pioneira, 1971.

Nesse livro, o professor encontra uma forma de

avaliar e como melhorar esse processo, conside-

rando diversas propostas que foram pensadas

levando em conta os diferentes contextos educa-

cionais em que acontece a prática de avaliação.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Co-

mum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018.

Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.

gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_

site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.

Esse link apresenta a Base Nacional Comum Cur-

ricular. Nele, é possível acessar e navegar pelo

documento consultando o que esse material de

referência auxilia na abordagem dos conteúdos

curriculares.

BRETAS, Maria Luiza Batista. Leitura é fundamental:

desafios na formação de jovens leitores. Belo

Horizonte: RHJ, 2012.

Esse livro busca compreender como a prática

leitora é desafiadora no que se refere ao ensi-

no da leitura com visão crítica, argumentativa

e reflexiva. Portanto, a obra apresenta como o

docente pode incentivar os alunos a ler, a con-

tar e ouvir histórias, a ter o domínio da leitura

e a usar a escrita em função social, produzindo

conhecimento e significação para o ato de ler.

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula

inovadora: estratégias pedagógicas para fomen-

tar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso,

2018.

Os autores desse livro apresentam variadas

metodologias ativas fornecendo o conceito de

cada uma delas, demonstrando a maneira como

podem funcionar na sala de aula e modos de

avaliar a metodologia aplicada.

CAMAS, Nuria Pons Vilardell. Novas tecnologias

facilitam a aprendizagem escolar. Entrevista

ao Portal Brasil, 10 jul. 2014. Disponível em:

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-

educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-

a-aprendizagem-escolar. Acesso em: 17 maio

2022.

Essa entrevista traz informações sobre o uso e a

importância da tecnologia para a aprendizagem.

Relata conceitos, menciona benefícios, comenta

a realidade de uma sala de aula e fala do papel

do professor em relação a esse recurso. Todas

as informações são apresentadas de maneira

sucinta, porém clara.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de et al. Ciências

no ensino fundamental: o conhecimento físico.

Referências bibliográficas comentadas

https://teaching.berkeley.edu/resources/course-design-guide/active-learning

https://teaching.berkeley.edu/resources/course-design-guide/active-learning

https://teaching.berkeley.edu/resources/course-design-guide/active-learning

https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/50097127.pdf

https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/50097127.pdf

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar

https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar

LXI

São Paulo: Scipione, 1998. (Coleção Pensamento

e Ação no Magistério).

O livro apresenta a construção do conhecimento

físico pela criança através de diversas atividades

no ensino de Ciências e mostra o papel do pro-

fessor nesse processo.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Da-

niel. Formação de professores de ciências: tendên-

cias e inovações. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Livro que apresenta discussões sobre as neces-

sidades formativas dos professores de Ciências,

com enfoque à ruptura das visões simplistas.

CRAVEIRO, Clélia B. A.; MEDEIROS, Simone (org.).

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educa-

ção Básica: diversidade e inclusão. Brasília: MEC,

2013.

O material em questão foi construído com a

participação de vários autores. Desse modo,

em diferentes capítulos são apresentados temas

que procuram incluir diferentes culturas e mo-

dalidades de ensino.

DEL PRETTE, Zilda Aparecida Pereira; DEL PRETTE,

Almir (org.). Habilidades sociais e competência

social para uma vida melhor. São Carlos: EdUFS-

Car, 2017.

Esse livro apresenta diferentes capítulos com

contribuições de vários autores, tratando de

maneira teórica e prática as habilidades sociais

e a competência social. Conceitua os comporta-

mentos interpessoais e oferece exercício sobre

as tarefas de mesmo cunho.

FERREIRA, Taís. Estudos culturais, recepção e tea-

tro: uma articulação possível? Fênix, Uberlândia,

ano 3, v. 3, n. 4, p. 1-20, out./nov./dez. 2006.

Disponível em: https://www.revistafenix.pro.br/

revistafenix/article/view/788/750. Acesso em: 27

abr. 2022.

Esse artigo apresenta a prática de pesquisa no

estudo de recepção, com enfoque no estudo de

produções culturais.

FONTELLES, Mauro José et al. Metodologia da pes-

quisa científica: diretrizes para a elaboração de

um protocolo de pesquisa. Cercomp. Disponível

em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/

Anexo_C8_NONAME.pdf. Acesso em: 26 abr.

2022.

Esse artigo mostra a organização de uma pes-

quisa que busca solucionar um problema e

descreve todos os procedimentos necessários

para sua prática. Os autores apontam desde

o levantamento do problema à descrição e

elaboração dos objetivos a serem alcançados,

bem como o método utilizado para resolução,

a construção de hipóteses, entre outros passos

para estruturar uma pesquisa.

GEHLEN, Simoni Tormöhlen et al. Freire e Vigotski

no contexto da educação em ciências: aproxi-

mações e distanciamentos. Ensaio, Belo Hori-

zonte, v. 10, n. 2, p. 279-298, 2008. Disponível

em: https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp

4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt.

Acesso em: 27 maio 2022.

Esse estudo teórico apresenta alguns aspec-

tos em que as ideias de Freire e Vigotski se

assemelham e explica de que modo isso pode

enriquecer propostas curriculares para o ensino

de Ciências.

HADJI, Charles. A avaliação, regras do jogo: das in-

tenções aos instrumentos. 4. ed. Portugal: Porto

Editora, 1994. (Coleção Ciências da Educação).

O autor dessa coleção analisa as práticas peda-

gógicas para definir o método avaliativo inten-

cionalmente, para que as práticas educacionais

e o conhecimento sejam desenvolvidos.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas

do caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação,

2014.

O livro sugere a proposta de avaliação que se

contextualiza com os meios físicos e sociais,

uma vez que, para a autora, o ato de avaliar é

uma maneira de transformar a realidade. Nesse

,

livro, ela leva o leitor/professor a refletir para

modificar as práticas pedagógicas em seu ato

avaliativo, buscando sempre considerar o con-

texto educacional.

https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/788/750

https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/788/750

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/Anexo_C8_NONAME.pdf

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/Anexo_C8_NONAME.pdf

https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt

https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt

LXII

KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e lingua-

gem. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

A análise da autora desse livro é voltada para

o ato de argumentar como forma de discurso,

assim apresenta em sua obra textos, ilustrações

e esquemas que permitem ao leitor refletir sobre

a noção da argumentação oral e escrita.

LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina

Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na

construção do conhecimento científico: a pesqui-

sa bibliográfica. Katál, Florianópolis, v. 10, n. esp.,

p. 37-45, 2007. Disponível em: https://www.

scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/

?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 27 abr. 2022.

O artigo apresenta a pesquisa bibliográfica como

um método de prática de pesquisa, conceituan-

do-o, abordando suas características, como ele

deve ser organizado e quais objetivos devem

ser considerados, além de apresentar etapas

exemplificadas do procedimento metodológico

da pesquisa bibliográfica.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendiza-

gem escolar: estudos e proposições. 18. ed. São

Paulo: Cortez, 2006.

Nesse livro são abordados estudos sobre a ava-

liação da aprendizagem escolar feitos pelo autor,

que propõe que a avaliação não seja mais pensa-

da apenas como um serviço teórico obrigatório

da educação e imposta de forma autoritária, mas

sim como uma prática a favor do conhecimento

de todos de forma construtiva e social.

MALHEIRO, João Manoel da Silva. Atividades ex-

perimentais no ensino de ciências: limites e

possibilidades. Actio, Curitiba, v. 1, n. 1, jul./dez.

2016. Disponível em: https://periodicos.utfpr.

edu.br/actio/article/view/4796/3150. Acesso em:

29 jul. 2022.

O artigo discute relações convergentes e diver-

gentes entre o trabalho prático, laboratorial e

experimental quando aplicados em sala de aula

no ensino de Ciências e enfatiza que a prática

do experimento é uma forma de colocar os es-

tudantes em atividades práticas e participativas.

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.;

BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e media-

ção pedagógica. Campinas: Papirus, 2017.

O livro reconhece o papel do professor como

mediador entre aluno e conhecimento e, so-

mado a isso, faz menção à nova realidade em

que a tecnologia se insere no contexto escolar.

Ademais, embora discorra sobre a compreensão

acerca da necessidade do uso dela no decorrer

das aulas, aborda a importância de utilizá-la

com cuidado para que a aprendizagem não se

restrinja à diversão, sem o devido proveito.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma

aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian;

MORAN, José. (org.). Metodologias ativas para

uma educação inovadora: uma abordagem teóri-

co-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

Nesse capítulo o autor descreve as metodolo-

gias ativas aplicadas na educação abordando

o processo de aprendizagem através de uso

de recursos tecnológicos e criativos relevantes

para a aprendizagem ativa e significativa e con-

sidera que o papel do professor é de mediador

do processo de ensino e o do aluno de um ser

autônomo em sua aprendizagem.

ROSA, Ivete Pellegrino; LAPORTA, Márcia Zorello;

GOUVÊA, Maria Elena de. Humanizando o ensino

de ciências: com jogos e oficinas psicopedagó-

gicas sobre seres microscópicos. São Paulo:

Vetor, 2006.

Esse livro apresenta uma reflexão teórica sobre

o uso de jogos e oficinas psicopedagógicas para

o ensino relativo aos seres vivos microscópicos.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; MORTIMER,

Eduardo Fleury. Tomada de decisão para ação

social responsável no ensino de ciências. Ciência

& Educação, Bauru, v. 7, n. 1, 2001. p. 95-111. Dis-

ponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QH

LvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf. Acesso

em: 27 maio 2022.

Esse artigo aborda as implicações do letramen-

to científico e tecnológico para o ensino de

Ciências.

https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt

https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt

https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt

https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150

https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150

https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf

https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf

LXIII

SEVERINO, Antônio Joaquim. O conhecimento

pedagógico e a interdisciplinaridade: o saber

como intencionalização da prática. In: FAZENDA,

Ivani Catarina Arantes (org.). Didática e interdis-

ciplinaridade. 17. ed. Campinas: Papirus, 2012.

(Coleção Práxis).

Nesse capítulo o autor analisa e reflete sobre

as relações entre o conhecimento e a prática,

bem como o exemplo que o autor dá, de que o

ensino se legitima se for mediador da educação.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre:

Artmed, 1998.

Nesse livro, a autora mostra a importância da

leitura para o alcance da interpretação, com-

preensão e autonomia dos alunos no contato

com diferentes textos.

VON, Cristina. Cultura de paz. São Paulo: Peirópolis,

2003.

Nesse livro, a autora apresenta diferentes te-

máticas de cunho sensível. Todas voltadas às

reflexões sobre igualdade, respeito às diferenças

e como isso pode ser trabalhado com os alunos

na escola e na sociedade em geral.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social

da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,

1991. p. 41. Disponível em: https://edisciplinas.

usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/

content/2/A%20formacao%20social%20da%20

mente.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.

Essa obra é uma coletânea de ensaios de Vy-

gotsky que representa sua produção teórica na

relação entre pensamento e linguagem.

ZIMMERMANN, Narjara; SILVA, Henrique César

da. Os diferentes modos de leitura no ensino

de ciências. In: CONGRESSO DE LEITURA DO

BRASIL, 16., 2007, Campinas. Anais... Campinas:

Unicamp, 10-13 jul. 2007. Disponível em: https://

alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/

anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf. Acesso em:

29 jul. 2022.

O artigo apresenta os resultados parciais de uma

pesquisa que aborda o processo de leitura por

meio do olhar de professores de química e de

biologia, que enxergam a leitura científica como

uma forma de trabalhar a linguagem dos textos

em sua forma cotidiana, mas também científica,

possibilitando a compreensão dos conteúdos

pelos alunos.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de

ciências por investigação: condições para imple-

mentação em sala de aula. São Paulo: Cengage

Learning, 2013.

Esse livro traz discussões sobre diferentes face-

tas do ensino de Ciências em uma abordagem

investigativa, com dados extraídos de situações

de ensino-aprendizagem, de modo a proporcio-

nar aos professores, além da ampliação de seu

rol de estratégias, a compreensão dos cuidados

envolvidos nas práticas investigativas realizadas

em sala de aula.

ENSINO de ciências: história e situação atual. UNIVESP.

Disponível em: https://www.youtube.com/

watch?v=nh1ruCC0yA4. Acesso em: 7 jun. 2022.

Programa em vídeo que mostra como a inves-

tigação científica pode ajudar no ensino de

Ciências.

ENSINO de ciências: passado, presente e futuro.

USP. Disponível em: https://eaulas.usp.br/portal/

video.action?idItem=4457. Acesso em: 7 jun.

2022.

Vídeo que debate a finalidade do ensino de

Ciências.

Referências bibliográficas complementares comentadas

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf

,

ao trabalhar alguns assuntos. O desenvolvimento dessas

competências ajuda o aluno a conviver em sociedade e

atuar como sujeito ativo na construção de um mundo

mais justo e solidário. Além disso, o trabalho com o de-

senvolvimento dessas competências socioemocionais co-

labora para promover a saúde mental dos alunos, uma

vez que pode possibilitar reflexões e análises a respeito

de situações apresentadas na obra e vivenciadas por eles

no dia a dia.

Competência socioemocional

A fim de enriquecer o trabalho em sala de aula, são apre-

sentadas neste boxe sugestões de livros, filmes, sites,

vídeos e visitas a lugares físicos, de modo a incentivar

o gosto pela leitura e pela busca por informações em

outras fontes além do livro didático.

Sugestões complementares

Seção que sugere atividades práticas de rápida execução,

que podem ser feitas na sala de aula. Essas atividades

possibilitam criar situações-problema para desenvolver

alguns conteúdos de forma instigante e desafiadora.

Além disso, elas incentivam a participação dos alunos e o

trabalho em grupo, colaborando para o desenvolvimento

da empatia e da cooperação.

Vamos praticar

VI

Seção que sugere atividades práticas que permitem aos

alunos investigar fenômenos relacionados aos conteúdos

trabalhados em cada capítulo. A estrutura dessas ativi-

dades incentiva os alunos a levantar e testar hipóteses,

montar modelos, trocar ideias com os colegas sobre os

resultados obtidos e a formular conclusões. Além disso,

elas possibilitam aos alunos elaborar diferentes maneiras

de investigar outros fenômenos relacionados aos conteú-

dos. Essas atividades também incentivam a participação

dos alunos e o trabalho em grupo, colaborando para o

desenvolvimento da empatia e da cooperação.

Hora de investigar ção e divulgação para alcançar determinado objetivo. As

atividades possibilitam aos alunos atuar de forma ativa na

resolução de problemas locais ou na reflexão acerca de

questões mais amplas, que influenciam a vida de muitas

pessoas. Além disso, as atividades que compõem o pro-

jeto têm graus de complexidade que respeitam a faixa

etária dos alunos, seguindo uma progressão cognitiva a

cada ano. Apesar de localizada no final do volume, não

necessariamente deve ser a última seção trabalhada. Ao

longo das unidades, sugerimos momentos em que o pro-

jeto poderá ser desenvolvido, e você poderá escolher o

que for mais conveniente de acordo com seu planeja-

mento. Além disso, as questões propostas nesta seção

estabelecem relações com outros componentes e exer-

citam habilidades contempladas em outros momentos

do volume. Neste Manual do professor, há orientações

para auxiliá-lo na condução de todo o processo.

Seção que aborda diversos temas relacionados à contem-

poraneidade e a fatos que podem fazer parte do cotidia-

no dos alunos relacionados aos temas contemporâneos

transversais elencados na BNCC. Esses temas são desen-

volvidos mediante o trabalho com textos e recursos vi-

suais que incentivam os alunos a expor as habilidades

de análise e síntese das informações de forma crítica,

contribuindo, assim, para a formação de cidadãos éticos,

responsáveis e respeitosos com a diversidade. No decor-

rer de toda a coleção, são trabalhados os seguintes te-

mas contemporâneos transversais nesta seção: Educação

para o consumo; Educação ambiental; Ciência e tecno-

logia; Direitos da criança e do adolescente; Diversidade

cultural; Educação em direitos humanos; Educação para

o trânsito; Educação para a valorização do multicultura-

lismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras; Vida

familiar e social; Saúde.

O tema é ...

Seção presente ao final de cada unidade com atividades

em diferentes formatos, inclusive as com características

dos exames de larga escala, que têm como objetivo pro-

por uma avaliação formativa dos alunos, permitindo a

eles que verifiquem suas aprendizagens e retomem con-

teúdos trabalhados, sempre que for necessário.

O que eu estudei?

Seção presente ao final de cada volume que apresenta

atividades com o objetivo de propor uma avaliação de re-

sultado (ou somativa) aos alunos, permitindo a eles que

consolidem as aprendizagens acumuladas no ano letivo.

Também são propostas nesta seção algumas atividades

com características de exame de larga escala.

O que eu aprendi?

O desenvolvimento desta seção favorece o envolvimento

de toda a turma, de maneira cooperativa, em uma ativi-

dade prática dividida em etapas de planejamento, execu-

Projeto em ação

Esta seção apresenta, ao final de cada volume, as refe-

rências bibliográficas que foram usadas na elaboração do

livro, com um breve comentário sobre cada uma delas.

Referências bibliográficas comentadas

Apresenta o significado e informações complementares

acerca de algumas expressões e termos destacados no

texto, que os alunos possam desconhecer ou não com-

preender totalmente. O glossário se encontra no final do

volume.

Glossário

Apresenta o significado de termos destacados no texto

que os alunos possam desconhecer ou não compreender

totalmente.

Vocabulário

Indica que as atividades devem ser feitas em grupo.

Em grupo

Indica que as atividades podem ser feitas oralmente.

Atividade oral

Apresenta orientações para a segurança do aluno ao rea-

lizar algumas atividades.

Cuidado!

Apresenta orientações para auxiliar o aluno ao realizar

algumas atividades.

Dica!

Apresenta as dimensões de alguns seres vivos ou partes

deles.

Medida de ser vivo

VII

Manual do professor

Este manual é dividido em duas partes. A primeira

parte apresenta orientações gerais sobre os aspec-

tos teórico-metodológicos que fundamentam a co-

leção, além da estrutura e da organização do Livro

do Aluno e do Manual do professor. Ainda nesta

primeira parte, apresentamos orientações para o

desenvolvimento das seções O que eu já sei?, O

que eu estudei? e O que eu aprendi?, destacando

os conteúdos e habilidades a respeito dos quais se

pretende avaliar o aprendizado dos alunos, orienta-

ções de estratégias de remediação para as possíveis

dificuldades e como trabalhar as defasagens.

A segunda parte, chamada orientações ao pro-

fessor, apresenta a reprodução reduzida do Livro

do Aluno com respostas de questões e de ativida-

des e algumas orientações pontuais. As respostas

que não constam na reprodução do Livro do Aluno

podem ser facilmente localizadas nas laterais e nos

rodapés deste manual, assim como as orientações

específicas para enriquecer e complementar o tra-

balho com as páginas. Em alguns momentos, para

deixar mais evidente o sentido de leitura, na lateral

e no rodapé de algumas páginas ímpares é utilizado

o seguinte recurso visual: .

A estrutura do manual está descrita a seguir.

Apresenta as orientações específicas para atividades

que envolvem metodologias ativas, podendo remeter às

orientações gerais de cada metodologia ativa, encontra-

das nas orientações gerais deste Manual do professor.

Metodologias ativas

São apresentadas as respostas das atividades que não cons-

tam na reprodução do Livro do Aluno. As orientações re-

ferentes a essas seções são apresentadas na primeira parte

deste manual, no tópico Orientações para as seções O

que eu já sei?, O que eu estudei? e O que eu aprendi?.

Seções O que eu já sei?, O que

eu estudei? e O que eu aprendi?

Apresenta o contexto da imagem das páginas de abertu-

ra, seguido de informações complementares sobre ela.

Também são abordadas as orientações necessárias para

que o professor trabalhe essas páginas com os alunos, e

em algumas delas é proposto o trabalho com as meto-

dologias ativas.

Páginas de abertura das unidades

As respostas das atividades são apresentadas, preferen-

cialmente, na reprodução do Livro do Aluno, mas, em

alguns casos, elas aparecem nas orientações ao profes-

sor, sempre com a sinalização Respostas.

Respostas

Na primeira página do capítulo, constam os objetivos que

evidenciam o que se espera alcançar no trabalho com o

respectivo capítulo.

Objetivos do capítulo

,

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf

https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf

https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf

https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=nh1ruCC0yA4

https://www.youtube.com/watch?v=nh1ruCC0yA4

https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4457

https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4457

LXIV

EXPERIMENTAÇÃO investigativa. GEPEQ IQ-USP.

Disponível em: https://www.youtube.com/

watch?v=US8GsVi2bXY. Acesso em: 7 jun. 2022.

Vídeo que apresenta algumas ideias sobre a

importância da experimentação do ensino de

Química.

ESPINOZA, Ana. Ciências na escola: novas perspec-

tivas para a formação dos alunos. Camila Bogéa.

São Paulo: Ática, 2010.

Esse livro analisa diferentes maneiras de dar aulas

de Ciências na escola, oferecendo sugestões

objetivas para os professores, a fim de tornar

as aulas mais atraentes e participativas para os

alunos.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Interdiscipli-

naridade: pensar, pesquisar e intervir. São Paulo:

Cortez, 2014.

Essa obra é uma espécie de manual de pesquisa

de conteúdos sobre interdisciplinaridade que

apresenta intervenções para colocar em prática

a proposta de uma educação interdisciplinar.

FIORIN, José Luiz. Argumentação. São Paulo: Con-

texto, 2015.

Esse livro tem como proposta expor os varia-

dos tipos de argumentação com propósito de

persuasão, isto é, aquilo que é de seu caráter,

uma vez que argumentar é defender um ponto

de vista. Assim, o livro mostra as bases da argu-

mentação e como explorá-la.

FOFONCA, Eduardo. A cultura digital e seus multile-

tramentos: repercussões na educação contem-

porânea. Curitiba: Appris, 2019.

O autor considera que a sala de aula se relacio-

na estreitamente com as tecnologias digitais.

Nesse sentido, ele escreve as concepções de

multiletramentos com base no uso das novas

tecnologias e no trato com a cultura digital na

educação, além de ampliar o trabalho de forma

interdisciplinar.

GONÇALVES, Mariza Lima. Iniciação às práticas

científicas. São Paulo: Paulus, 2015. (Coleção

Cadernos de Comunicação).

A autora demonstra nessa coleção os devidos

procedimentos do ato de planejar e organizar,

como também os desafios, as técnicas e os

modos de apresentação de uma pesquisa ou

de um trabalho escolar. Além disso, ela enfatiza

a importância desses tipos de trabalho para o

desenvolvimento e o conhecimento dos alunos.

GUIMARÃES, Ana Lucia. Aprendizagem colaborativa

e redes sociais: experiências inovadoras. Curitiba:

Appris, 2019.

Nesse livro, a autora aponta conceitos e dife-

rentes propostas de aplicações de metodologias

ativas para desenvolver a aprendizagem dos

alunos, em especial com o uso das redes sociais

associadas a esse método de trabalho.

HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensi-

no-aprendizagem. 6. ed. São Paulo: Ática, 2008.

A autora apresenta, nesse livro, técnicas e ins-

trumentos avaliativos para que o ensino seja um

processo cada vez mais inovador e competente.

SOARES, Cristine. Metodologias ativas: uma nova

experiência de aprendizagem. São Paulo: Cortez,

2021.

Esse livro tem o intuito de auxiliar professores

a dar novo significado às suas práticas peda-

gógicas, revendo e repensando as maneiras de

trabalhar em sala de aula ou em outros espaços,

a fim de proporcionar aos alunos a construção

do conhecimento de maneira significativa.

https://www.youtube.com/watch?v=US8GsVi2bXY

https://www.youtube.com/watch?v=US8GsVi2bXY

1a edição

São Paulo, 2022

Componente curricular: CIÊNCIAS

Vanessa Michelan

Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Especialista em Ensino de Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Mestra em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Autora de livros didáticos para o ensino básico.

Realiza trabalhos de assessoria pedagógica no desenvolvimento de materiais

didáticos para o ensino básico.

Elisangela Andrade

Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Mestra em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).

Doutora em Ciências Biológicas na área de concentração: Biologia Celular e Molecular pela Universidade

Estadual de Maringá (UEM-PR).

Professora dos níveis básico, técnico e superior no Instituto Federal do Paraná (IFPR-PR).

Autora de livros didáticos para o ensino básico.

CIENCIAS

1

1 3 5 7 9 10 8 6 4 2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Todos os direitos reservados

EDITORA MODERNA LTDA.

Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho

São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904

Atendimento: Tel. (11) 3240-6966

www.moderna.com.br

2022

Impresso no Brasil

Projeto e produção editorial: Scriba Soluções Editoriais

Edição: Kelly Cristina dos Santos, Ana Carolina Navarro dos Santos Ferraro,

Everton Amigoni Chinellato, Maira Renata Dias Balestri

Assistência editorial: Angélica Alves de Paula, Felipe Revoredo Benatti,

Marissa Kimura, Priscila Boneventi Pacheco

Colaboração técnico-pedagógica: Maria Regina da Costa Sperandio

Coordenação de preparação de texto e revisão: Moisés M. da Silva

Supervisão de produção: Priscilla de Freitas Cornelsen

Assistência de produção: Lorena França Fernandes Pelisson

Projeto gráfico: Laís Garbelini

Coordenação de arte: Tamires R. Azevedo

Coordenação de diagramação: Adenilda Alves de França Pucca (Nil)

Diagramação: Ana Rosa Cordeiro de Oliveira, Carlos Cesar Ferreira,

Fernanda Miyabe Lantmann, Leda Cristina Teodorico, Globaltec

Pesquisa iconográfica: André Silva Rodrigues

Autorização de recursos: Diana Katia Alves de Araújo

Tratamento de imagens: Janaina Oliveira e Jéssica Sinnema

Gerência de design e produção gráfica: Patricia Costa

Coordenação de produção: Denis Torquato

Gerência de planejamento editorial: Maria de Lourdes Rodrigues

Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite

Capa: Mariza de Souza Porto, Tatiane Porusselli, Daniela Cunha e Apis Design

Foto: Jovem construindo um veículo robótico. © SDI Productions/E+/Getty Images

Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero

Coordenação de pesquisa iconográfica: Flávia Aline de Morais

Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues

Pré-impressão: Alexandre Petreca, Fabio Roldan, José Wagner Lima Braga,

Marcio H. Kamoto, Selma Brisolla de Campos

Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro

Impressão e acabamento:

2

Caro aluno, cara aluna,

Todos os dias você realiza diversas atividades, como ir

à escola, alimentar-se, brincar, conversar com os colegas,

tomar banho, escovar os dentes e dormir. Você sabia

que cada uma dessas atividades pode causar impactos

no ambiente e em sua saúde? Tudo isso está relacionado

a Ciências!

Dessa forma, este livro foi elaborado para te ajudar

a compreender essas relações. Nele, você encontrará

conteúdos que permitirão observar, investigar, refletir e

discutir maneiras de conservar o ambiente e de cuidar

do nosso corpo. Além disso, você poderá perceber a

influência da tecnologia na sociedade e no ambiente.

Para tornar o seu aprendizado mais divertido, esta

obra utiliza diversos recursos, como músicas, imagens,

pinturas e histórias em quadrinhos.

Bom ano e bons estudos!

Apresentação

3

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

P

en

al

e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Conheça seu livro

O que eu já sei?

Abertura da unidade

,

Esta coleção aborda assuntos interessantes e atuais, que o auxiliarão a

desenvolver autonomia, criticidade e outras habilidades e competências

importantes para a sua aprendizagem. Veja a seguir como seu livro está

organizado.

Nessa seção, presente no início de

cada volume, você tem a oportunidade

de refletir sobre o que já sabe a

respeito dos principais assuntos que

estudará no volume em questão.

Essas páginas marcam o início de cada unidade.

Elas apresentam uma imagem e um texto instigante,

que se relacionam aos assuntos da unidade.

1.

2.

2.

1.

Esse boxe apresenta atividades que

incentivam você a saber mais sobre a

imagem de abertura, a relembrar os

conhecimentos que já tem sobre o

tema e a se aprofundar nos assuntos

da unidade.

3. Iniciando a conversa

Esse boxe apresenta os

principais assuntos que você

estudará em cada unidade.

4. Agora vamos estudar...

4.

3.

4

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

P

en

al

e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

5. 5.

Essa seção contém

atividades que vão

auxiliá-lo a refletir

sobre os conteúdos

estudados, a organizar

os conhecimentos e a

conectar ideias.

8. Atividades

Os conteúdos são organizados por títulos

e subtítulos e, sempre que necessário,

são propostas questões que incentivam a

interação entre você e seus colegas. Tudo

isso contribui para a sua participação ativa

no processo de aprendizagem.

8.

6.

6. Boxe complementar

Esse boxe trata de assuntos que

complementam o tema estudado.

7.

Esse boxe destaca algumas competências

socioemocionais que são desenvolvidas nos

assuntos da página. Essas competências

ajudam você a conviver em sociedade e

atuar como sujeito ativo na construção de

um mundo mais justo e solidário.

7. Competências socioemocionais

9.

Os significados de algumas

palavras que talvez você não

conheça serão apresentados na

página para que você se familiarize

com elas. Essas palavras estão

destacadas nos textos.

9. Vocabulário

5

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

P

en

al

e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

10.

12.

12.

Vamos praticar

O tema é ...

Nessa seção, você

encontrará sugestões

de atividades práticas,

instigantes e de rápida

execução para fazer

em sala de aula com o

professor e os colegas.

Essa seção contém informações que o incentivarão

a refletir criticamente sobre assuntos relevantes e a

estabelecer relações entre diversos temas, contribuindo

para sua formação cidadã. Os assuntos dessa seção são

baseados nos temas contemporâneos transversais.

Essa seção contém sugestões de atividades práticas que lhe

permitem investigar fenômenos do cotidiano relacionados aos

temas que você vai estudar. Nessas atividades, você levantará

e testará hipóteses, montará modelos e trocará ideias

com seus colegas sobre o que observou. Além disso, você

será desafiado a encontrar maneiras de investigar outros

fenômenos referentes aos assuntos que está estudando.

11.

10.

13.

Hora de investigar

Nessa seção, você pode

avaliar sua aprendizagem

por meio de atividades que

o farão refletir sobre o que

você estudou na unidade.

13. O que eu estudei?

11.

6

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

P

en

al

e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

14.

17.

Nessa seção, você vai se engajar no desenvolvimento

de um projeto que envolve os colegas, a comunidade

escolar e a externa. As atividades que fazem parte desse

projeto permitem que você e seus colegas atuem de

forma ativa na resolução de problemas locais ou na

reflexão de questões mais amplas, que influencia a vida

de muitas pessoas. Então, mãos à obra!

15.

15.

Projeto em ação

Ícones e boxes

Nessa seção, presente

ao final de cada volume,

você pode verificar o

que aprendeu sobre

os principais assuntos

estudados no volume.

14. O que eu aprendi?

16.

Essa seção apresenta

sugestões de livros, filmes,

sites, vídeos e visitas a

lugares físicos. Aproveite

essas dicas para aprender

um pouco mais sobre o

conteúdo estudado.

16.

Sugestões

complementares

Essa seção apresenta, ao

final de cada volume, as

referências bibliográficas

que foram usadas na

elaboração do livro, com

um breve comentário

sobre cada uma delas.

17.

Referências

bibliográficas

comentadas

Em grupo

Atividades que devem ser reali-

zadas em duplas ou em grupos.

Atividade oral

Atividades que devem ser

respondidas oralmente. Glossário

Indica que no parágrafo há algum

termo científico que você pode não

conhecer. As explicações desses

termos estão na seção Glossário,

ao final do volume.

Dica!

Boxe que apresenta sugestões

que auxiliam você a realizar

algumas atividades.

Cuidado!

Boxe que apresenta orientações

para sua segurança ao realizar

algumas atividades.

7

8

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Sumário

O que eu já sei? ..............................................................................................12

UNIDADE 1

Universo e vida .....................................................................................................16

CAPÍTULO 1

Alguns aspectos

da Ciência e do Universo ...............................................................18

Método científico .........................................................................................................19

Leis e teorias científicas..............................................................................20

A origem do Universo .....................................................................................21

Teoria do Big Bang .............................................................................................23

Atividades ...............................................................................................................................26

A formação do Sistema Solar ......................................................27

Universo e Sistema Solar .........................................................................29

Galáxias ...........................................................................................................................................30

Asteroides, cometas

e meteoroides ...............................................................................................................31

Sistema Solar ............................................................................................................................32

Planetas rochosos ................................................................................................33

Mercúrio ..................................................................................................................................33

Vênus ................................................................................................................................................34

Marte ...............................................................................................................................................34

Terra ...................................................................................................................................................34

Planetas gasosos .....................................................................................................35

Júpiter ..............................................................................................................................................35

Saturno .........................................................................................................................................35

Urano ...............................................................................................................................................36

Netuno ..........................................................................................................................................36

,

Evolução das estrelas ........................................................................................37

O tema é ...

• A origem do Universo ...............................................................................40

Atividades ...............................................................................................................................42

CAPÍTULO 2

A vida na Terra ..............................................................................................................46

Condições necessárias

à vida na Terra ......................................................................................................................47

A busca por vida em

outros planetas ..................................................................................................................50

Origem da vida na Terra............................................................................53

Hipóteses sobre a origem

da vida na Terra .........................................................................................................58

Hipóteses heterotróficas ...................................................................58

Hipóteses autotróficas ............................................................................60

Panspermia ..........................................................................................................................61

Atividades ...............................................................................................................................62

O que eu estudei? ........................................................................................65

UNIDADE 2

Genética e evolução ...........................................................................66

CAPÍTULO 3

Hereditariedade ......................................................................................................68

DNA e hereditariedade ................................................................................69

Cromossomos ...............................................................................................................72

Os experimentos de Mendel ........................................................75

Atividades ...............................................................................................................................81

8

9

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Heredograma ..........................................................................................................................83

Cromossomos e determinação

do sexo em seres humanos .............................................................86

Síndromes genéticas ............................................................................................89

O tema é ...

• Bioética: reflexão sobre a Ciência ................................93

Atividades ...............................................................................................................................95

CAPÍTULO 4

Evolução dos seres vivos ..............................................................98

As teorias evolutivas ............................................................................................99

As ideias evolucionistas

de Lamarck ......................................................................................................................100

As ideias evolucionistas

de Darwin e Wallace ..............................................................................102

Ancestral comum ..........................................................................................104

Seleção natural .....................................................................................................105

Seleção sexual .......................................................................................................108

Síntese moderna evolutiva ......................................................109

Especiação ...................................................................................................................................110

Atividades ...........................................................................................................................111

Evidências da evolução .............................................................................113

Registro fóssil ...............................................................................................................113

Análises genéticas ............................................................................................113

Anatomia comparada .............................................................................114

A evolução e a espécie humana .......................................115

Seres humanos modernos ...............................................................116

Evolução humana .............................................................................................120

O tema é ...

• Cultura e educação ....................................................................................124

Atividades ..........................................................................................................................126

CAPÍTULO 5

Diversidade biológica .......................................................................128

Unidades de conservação ................................................................130

Unidades de Proteção Integral ....................................131

Unidades de Uso Sustentável ..........................................134

Atividades ..........................................................................................................................139

Conservação do ambiente .............................................................141

O tema é ...

• Etnociência: os saberes

populares ............................................................................................................................144

Atividades ..........................................................................................................................146

O que eu estudei? ..................................................................................149

UNIDADE 3

Matéria ......................................................................................................................................150

CAPÍTULO 6

Estudando a matéria ............................................................................152

Propriedades da matéria .....................................................................153

Massa ...............................................................................................................................................154

Massa e peso ...........................................................................................................155

Volume .........................................................................................................................................157

Densidade ............................................................................................................................157

Atividades ..........................................................................................................................159

Constituição da matéria ........................................................................161

9

10

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Modelos atômicos ........................................................................................162

Modelo atômico de Dalton ....................................................162

Modelo atômico de Thomson .........................................163

Modelo atômico de Rutherford ..................................165

,

Modelo atômico de Rutherford-Bohr ...........167

Íons .........................................................................................................................................................170

Propriedades dos átomos.........................................................171

Número atômico (Z) .............................................................................171

Número de massa (A) .........................................................................171

Atividades ...........................................................................................................................174

CAPÍTULO 7

Tabela periódica .................................................................................................176

Estudando a tabela periódica atual ........................179

Utilizando a tabela periódica ..................................................182

Atividades ..........................................................................................................................184

Ligações químicas ..................................................................................................186

Ligação iônica ............................................................................................................187

Ligação covalente ............................................................................................187

Ligação metálica .................................................................................................188

Atividades ..........................................................................................................................189

CAPÍTULO 8

Transformações da matéria ...........................................190

Estados físicos da matéria ................................................................191

Estado físico líquido ..................................................................................192

Estado físico sólido .....................................................................................192

Estado físico gasoso .................................................................................194

Fusão e solidificação ...............................................................................195

Vaporização e condensação ..............................................196

Sublimação e deposição ...............................................................198

Fatores que influenciam nas

mudanças de estados físicos ............................................198

Atividades ..........................................................................................................................201

Transformações químicas

da matéria ...................................................................................................................................203

Representação das

transformações químicas ...........................................................203

A lei da conservação da massa .................................205

A lei das proporções definidas ..................................206

Balanceamento das

equações químicas.......................................................................................207

Atividades ..........................................................................................................................209

Reversibilidade das

transformações químicas ...................................................................210

Algumas funções químicas .............................................................210

Ácidos .............................................................................................................................................211

Bases ..................................................................................................................................................212

Medindo a concentração

de ácidos e bases ............................................................................................212

A escala de pH ......................................................................................................213

Sais ..........................................................................................................................................................214

Óxidos ............................................................................................................................................215

O tema é ...

• A lenda do Boitatá e o fogo-fátuo .........................216

Hora de investigar ...............................................................................218

Atividades ..........................................................................................................................220

O que eu estudei? ..................................................................................223

10

11

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

UNIDADE 4

Ondas e luz ...................................................................................................................224

CAPÍTULO 9

Ondas ..................................................................................................................................................226

Características gerais

das ondas .....................................................................................................................................227

Ondas transversais

e ondas longitudinais ............................................................................230

Ondas mecânicas e ondas

eletromagnéticas ...............................................................................................231

Ondas sonoras .....................................................................................................231

Propriedades das

ondas sonoras ...............................................................................................233

Ultrassom .................................................................................................................236

O tema é ...

• A deficiência auditiva

e a música .........................................................................................................................237

Atividades ..........................................................................................................................239

Ondas eletromagnéticas ...............................................................241

Ondas de rádio e TV ......................................................................242

Micro-ondas ......................................................................................................244

Raios infravermelhos ......................................................................244

Luz visível ...................................................................................................................245

Raios ultravioleta ......................................................................................245

Raios X..............................................................................................................................245

Raios gama .............................................................................................................246

Atividades ..........................................................................................................................248

CAPÍTULO 10

Luz ................................................................................................................................................................250

Propriedades da luz visível ............................................................252

Projeto em ação�

• Cuidando do ambiente do bairro ..........278

Glossário ..................................................................................................283

Referências bibliográ�cas

,

comentadas

.....................288

A luz e os objetos ..........................................................................................254

O tema é ...

• O sono e a luz de alguns

aparelhos eletrônicos ...........................................................................256

Atividades ..........................................................................................................................258

Decomposição da luz visível ....................................................260

Laser .............................................................................................................................................................262

Hora de investigar ...............................................................................264

Atividades ..........................................................................................................................266

Instrumentos ópticos ....................................................................................267

Espelhos ....................................................................................................................................267

Formação de imagem em

espelho plano .........................................................................................................268

Lentes ..............................................................................................................................................269

Lente convergente .......................................................................................269

Lente divergente ...............................................................................................270

Atividades ..........................................................................................................................271

O que eu estudei? ..................................................................................273

O que eu aprendi?� ...........................................................................274

11

12

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

O que eu já sei? Faça as atividades em uma

folha de papel avulsa.

1. Analise a imagem a seguir.

Reproduza o quadro a seguir em uma folha de papel avulsa. Com base na ima-

gem e em seus conhecimentos prévios, complete-o com as características e

exemplos dos astros citados.

a ) De acordo com o trecho de reportagem, há evidência de água em esta-

do líquido em outro astro, além da Terra, por que essa descoberta é

importante?

Representação de parte do Sistema Solar e alguns de

seus astros.

Fonte de pesquisa: NASA.

Photojournal Home Page Graphic

2009 (Artist Concept). 7 jul. 2009.

Disponível em: https://www.

jpl.nasa.gov/images/pia12114-

photojournal-home-page

-graphic-2009-artist-concept.

Acesso em: 11 maio 2022.

Representação com elementos

não proporcionais entre si e

sem proporção de distância

entre os astros. Cores-fantasia.

Astro do Sistema Solar Característica(s) Exemplo(s)

Estrela

Planeta

Satélite natural

N

AS

A

2. Leia o trecho de reportagem a seguir.

Além da Lua: onde mais há água no universo

A Nasa anunciou a descoberta de água na Lua, mas o astro

não é o primeiro do Sistema Solar além da Terra a ter água

[…]

Pelo menos desde 2006, há evidências de água em estado líquido em Encélado,

uma das luas do planeta Saturno. […] Em 2019, outro estudo da Nasa fala sobre

Encélado ter um oceano sob sua superfície gelada.

[...]

AGRELA, Lucas. Além da Lua: onde mais há água no universo. Exame, 26 out. 2020. Ciência.

Disponível em: https://exame.com/ciencia/alem-da-lua-onde-mais-ha-agua-no-universo/.

Acesso em: 9 maio 2022.

1. Respostas: Estrela (característica) - tem luz própria; estrela (exemplo) – Sol; planeta (característica) -

não apresenta luz própria e realiza órbita ao redor de uma estrela; planeta (exemplo) – Terra, Marte,

Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno; satélite natural (característica) - não apresenta luz

própria e realiza órbita ao redor de um planeta; satélite natural (exemplo) – Lua.

2. a) Resposta: Espera-se que os alunos

respondam que a água no estado líquido é

essencial para a vida como a conhecemos.

Assim, a presença de água pode ser um

indicativo de vida, no caso, fora da Terra.

12

• Confira orientações para cada

atividade dessa seção no tópico

Orientações para as seções O

que eu já sei?, O que eu estudei?

e O que eu aprendi? da primeira

parte deste Manual do professor.

https://exame.com/ciencia/alem-da-lua-onde-mais-ha-agua-no-universo/

https://www.jpl.nasa.gov/images/pia12114-photojournal-home-page-graphic-2009-artist-concept

13

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

b ) Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de verificar a

viabilidade de o ser humano colonizar outro planeta que não seja a Terra.

De acordo com seus conhecimentos sobre a Terra e os seres vivos, faça

uma lista com características que um possível planeta candidato a essa

colonização deve ter.

3. Analise as imagens a seguir.

a ) Copie as afirmativas a seguir em uma folha de papel avulsa, substituindo

os █ e ▲ pelas palavras adequadas entre parênteses.

I ) A água no estado físico █ (sólido/líquido/gasoso) se caracteriza por

não apresentar volume nem formato definidos, como mostrado na

imagem ▲ (A/B/C).

II ) A água no estado físico █ (sólido/líquido/gasoso) se caracteriza por

ter volume definido. No entanto, nesse estado, a água pode adquirir

o formato do recipiente que a contém, como mostrado na imagem ▲

(A/B/C).

III ) A água no estado █ (sólido/líquido/gasoso) se caracteriza por ter vo-

lume e forma definidos, como mostrado na imagem ▲ (A/B/C).

b ) Explique como é possível a água mudar de um estado físico para outro.

4. A fim de produzir pão, foram misturados os seguintes ingredientes: fer-

mento, farinha, água, óleo, sal e açúcar. Após misturá-los, formou-se uma

massa, que foi colocada na forma de pão e mantida em repouso por

3 horas. Após esse tempo, a massa havia crescido e o pão, aumentado de

tamanho. A massa foi, então, colocada no forno para assar. Ao final, obte-

ve-se um pão delicioso e fofinho.

Tigela com cubos de gelo. Copo com água. Chaleira liberando vapor

de água no ambiente.

KI

T

SA

N

AN

AN

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

AN

TO

N

S

TA

RI

KO

V/

SH

U

TT

ER

ST

O

C

K

O

LE

G

D

O

RO

SH

IN

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

Imagens não proporcionais entre si.

A. B. C.

2. b) Resposta nas orientações ao professor.

3. a) I. Resposta: gasoso; C.

3. a) II. Resposta: líquido; B.

3. a) III. Resposta: sólido; A.

3. b) Resposta: Espera-se que os alunos respondam que as mudanças de estado físico da água

são possíveis por meio do ganho ou da perda de calor para o ambiente, pois isso interfere no

grau de agitação das moléculas e na ligação entre elas.

13

2. b) O objetivo desta atividade é

verificar os conhecimentos prévios

dos alunos a respeito de caracterís-

ticas que um planeta deve ter para

abrigar vida como a conhecemos

hoje e, com base nisso, analisar a

viabilidade de sobrevivência huma-

na fora da Terra. Eles podem listar

características como presença de

água no estado líquido, temperatu-

ra adequada à vida, atmosfera com

concentração adequada de deter-

minados gases, entre outras.

Resposta

14

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Diagrama representando as cores

primárias e secundárias da luz.

Fonte de pesquisa: GRUPO BACCAN DE

QUÍMICA ANALÍTICA. Teoria física sobre a

luz, a cor e a visão. Disponível em: https://

www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/teoria_

cores.pdf. Acesso em: 11 maio 2022.

a ) De acordo com o diagrama, quais cores da luz são primárias e quais são

secundárias?

,

Justifique sua resposta.

b ) Reescreva as sentenças a seguir substituindo os símbolos pela cor da luz

correspondente ao resultado da mistura.

I ) Luz vermelha + luz azul = █

II ) Luz vermelha + luz verde = ▲

III ) Luz verde + luz azul = ◆

c ) Considere duas fontes de luz, uma vermelha e uma verde, incidindo sobre

a mesma região de uma parede branca. De que cor enxergaríamos essa

região da parede? Explique.

d ) Cite duas situações do cotidiano nas quais são obtidas diferentes cores de

luz com a mistura de cores primárias de luz.

PH

YS

IC

X

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

branco

ciano

azul

magenta

vermelho

amarelo

verde

a ) Explique com suas palavras se a situação descrita anteriormente envolve

transformação física ou química.

b ) Liste os reagentes da transformação que você citou no item a.

5. Copie a frase em uma folha de papel avulsa, completando-a corretamente. Para

isso, substitua os símbolos pelas palavras adequadas apresentadas a seguir.

• ovócito

a ) Durante a █, o gameta masculino, chamado ▲, une-se ao gameta femini-

no, chamado ◆, para formar um novo ser humano. Esse ser humano em

formação apresenta características tanto do pai quanto da mãe. Isso

ocorre porque ele se desenvolve a partir do ◖, que contém as informa-

ções ● dos pais.

6. O diagrama a seguir apresenta as cores primárias e secundárias da luz.

• genéticas • fecundação • zigoto • espermatozoide

6. c) Resposta: Espera-se que os alunos respondam que

veríamos a região da parede com cor amarela, pois é

a cor resultante da mistura de luz vermelha com luz

verde. Isso ocorre porque a parede branca reflete todas

as cores de luz, de modo que a enxergamos com a

cor da luz que a ilumina; nesse caso, a mistura de luz

vermelha e verde, que resulta em amarelo.

6. b) Resposta: I) luz magenta; II) luz

amarela; III) luz ciano.

6. d) Resposta: Os alunos podem

citar monitores de computador, telas de televisores, telas de smartphones, entre outros dispositivos.

4. a) Resposta nas orientações ao professor.

4. b) Resposta: fermento, farinha, água, óleo, sal e açúcar.

5. a) Durante a fecundação, o gameta masculino, chamado espermatozoide, une-se ao gameta femini no, chamado

ovócito, para formar um novo ser humano. Esse ser humano em formação apresenta características tanto do pai quanto

da mãe. Isso ocorre porque ele se desenvolve a partir do zigoto, que contém as informa ções genéticas dos pais.

6. a) Resposta nas orientações ao professor.

14

4. a) Espera-se que os alunos reco-

nheçam que a produção de um pão

envolve diversas transformações

químicas. A mistura de ingredientes

que dá origem à massa de pão é

um exemplo de transformação quí-

mica, pois a combinação dos ingre-

dientes formou um produto com

características diferentes dos mate-

riais de partida. Além disso, o assar

da massa envolve a transformação

química dela e, consequentemente,

dos ingredientes que a compõem.

6. a) Espera-se que os alunos re-

conheçam o azul, o verde e o

vermelho como cores primárias,

pois, quando misturadas, elas dão

origem a novas cores, ou seja, não

podem ser obtidas pela mistura de

outras. Já as cores ciano, amarelo e

magenta são consideradas secun-

dárias, pois são obtidas pela mistu-

ra das cores primárias.

Respostas

https://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/teoria_cores.pdf

15

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Agora, copie as frases a seguir em uma fo-

lha de papel avulsa, classificando-as em ver-

dadeiras ou falsas. Para as que você classi-

ficar como falsas, justifique sua resposta.

a ) Os fósseis são comumente encontra-

dos associados a rochas sedimentares.

b ) Os fósseis podem revelar informações

como a idade aproximada da camada

de rocha onde foram encontrados, algu-

mas condições ambientais da época e

como eram os seres vivos no passado.

c ) Os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos que existiram na Terra. Esses

seres vivos, embora extintos, são exatamente iguais aos que existem hoje,

pois as espécies se mantêm as mesmas desde a origem do planeta Terra.

8. Os calendários lunares têm como base o ciclo da Lua. Esse ciclo possibilitou

a elaboração de calendários e também foi utilizado por diferentes povos

para a orientação de atividades cotidianas, como a melhor época para pes-

car, plantar ou colher. A observação do céu e sua influência nas atividades e

crenças humanas faz parte de diferentes culturas há muito tempo.

Em uma folha de papel avulsa, produza um breve texto expondo o que você

sabe sobre as diferentes leituras do céu feitas em diferentes culturas e como

essas observações influenciavam ou ainda influenciam a vida desses povos.

9. Os aparelhos apresentados nas fotos a seguir estão envolvidos na transmis-

são de sons e imagens. Analise-os.

Em uma folha de papel avulsa, elabore um esquema explicativo, com textos e

imagens, sobre como é feita a transmissão de som e imagem nesses aparelhos.

7. A foto a seguir apresenta um fóssil encontrado no Brasil. Analise-a e reflita

sobre os fósseis.

Fóssil de crocodilo Caipirasuchus mineirus

com cerca de 80 milhões de anos,

exposto no Complexo Cultural e Científico

de Peirópolis, da Universidade Federal

do Triângulo Mineiro, no município de

Uberaba, MG, em 2018.

Televisor. Celular smartphone.

N

ET

O

T

AL

M

EL

I/

FO

LH

AP

RE

SS

N

IK

M

ER

KU

LO

V/

SH

U

TT

ER

ST

O

C

K

ST

EF

AN

B

AL

AZ

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

Imagens não

proporcionais

entre si.

7. a) Resposta: Verdadeira.

7. b) Resposta: Verdadeira.

9. Resposta nas orientações ao professor.

8. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito

das diferentes leituras do céu feitas em diferentes culturas. Eles podem mencionar tanto as observações

relacionadas às atividades cotidianas como as relacionadas a mitos e lendas.

7. c) Resposta nas orientações ao professor.

15

Respostas

7. c) Falsa. Espera-se que os alunos

justifiquem suas respostas reconhe-

cendo que os seres vivos extintos

preservados em registros fósseis

não são exatamente iguais aos exis-

tentes atualmente. Isso porque as

espécies de seres vivos evoluem,

ou seja, sofrem mudanças ao longo

do tempo, que podem resultar na

extinção de uma espécie ou no sur-

gimento de outras, por exemplo.

9. O objetivo desta questão é le-

vantar os conhecimentos prévios

dos alunos a respeito da trans-

missão de sons e imagens em

aparelhos de comunicação. Além

disso, objetiva-se levá-los a re-

fletir sobre o funcionamento de

um televisor e de um smartphone,

dois aparelhos comuns no coti-

diano de muitos adolescentes.

Espera-se que os alunos incluam

em seus esquemas informações que

tratem da transmissão de sons e de

imagens via ondas eletromagnéti-

cas, que são utilizadas nos sistemas

de comunicação via satélite e nas

redes de internet sem fio (Wi-Fi),

por exemplo. Nesses sistemas, som

e imagem são convertidos em on-

das eletromagnéticas, que podem

ser enviadas e recebidas por trans-

missores e receptores no interior

dos televisores e smartphones.

B.

A.

16

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Estromatólitos na baía de Shark

Bay, Austrália, em 2019.

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

EQ

RO

Y/

AL

AM

Y/

FO

TO

AR

EN

A

M

AR

TI

N

L

AN

D

/S

PL

/F

O

TO

AR

EN

A

Universo e vida1

UNIDADE

Fóssil de estromatólito do período

Pré-Cambriano (4 000 a 570 milhões de anos

atrás), encontrado no Marrocos, África.

16

• Ao analisar a imagem dos es-

tromatólitos na baía de Shark Bay,

comente com os alunos que essas

estruturas, geralmente, apresentam

formato colunar e são formadas

por inúmeras camadas de seres

vivos e sedimentos depositados

ao longo de milhares de anos. O

,

crescimento dessas estruturas é da

ordem de milímetros ao ano, por

isso, quanto maior o número de

camadas, mais antigo o estroma-

tólito. Os seres vivos presentes nos

estromatólitos secretam carbonato

de cálcio, que ajuda a cimentar as

partículas de sedimento, resultan-

do na formação de camadas.

Houve um momento do tempo

geológico em que essas estruturas

eram abundantes e encontradas

em diversas regiões da Terra. Atu-

almente, porém, elas estão restritas

à Austrália, mais especificamente

à baía da foto. Comente com os

alunos que o termo baía se refere

a uma porção de mar envolta por

terra.

• Explique aos alunos que com-

preender como o Universo e a vida

surgiram são questões que intrigam

os seres humanos há muito tem-

po e que diversos estudiosos se

empenham e se dedicam a buscar

respostas para esses questiona-

mentos. Aproveite o momento e

pergunte se eles também se inte-

ressam por essas questões e como

imaginam que isso ocorreu.

• Para auxiliar no trabalho com as questões1 e3

da próxima página, pergunte aos alunos se os se-

res vivos encontrados atualmente são exatamente

iguais aos do passado. Pergunte a eles se já ouvi-

ram falar de seres que não existem mais, como

os dinossauros. Retome também o conteúdo de

registros fósseis, que mostram a diversidade de

seres vivos em cada período geológico.

17

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Você já pensou sobre qual é a origem de nós, seres huma-

nos, e dos demais seres vivos? E qual é a origem do Universo?

Essas são algumas das inúmeras questões feitas pelo ser hu-

mano. E é essa curiosidade em questionar e compreender o

passado, o presente e o futuro da vida na Terra que hoje nos

permite conhecer grande parte dessa história.

Afinal, em que a ciência se baseia para elaborar expli-

cações sobre a origem e a evolução dos seres vivos e do

Universo? Os fósseis são uma importante ferramenta nesses

estudos. Já o Universo é estudado, por exemplo, com equi-

pamentos que registram imagens e coletam informações do

espaço e de seus astros.

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Iniciando a conversa

1. Graças ao estudo dos fósseis, hoje sabemos que os

estromatólitos são formados há milhões de anos.

Pesquise sobre o que são estromatólitos e a importância

deles e dos fósseis para a compreensão da história da

vida na Terra.

2. Compartilhe com os colegas o que você sabe a respeito

da teoria do Big Bang.

3. Para você, o que significa dizer que os seres vivos evoluem?

Agora vamos estudar...

• o método científico;

• o que são leis e teorias científicas;

• a origem do Universo na visão de diferentes culturas;

• a teoria do Big Bang;

• a formação e os componentes do Sistema Solar;

• os componentes do Universo;

• a evolução das estrelas;

• as condições necessárias à vida na Terra;

• a busca por vida em outros planetas;

• as teorias e hipóteses sobre a origem da vida na Terra.

Questões 1 a 3. Respostas nas orientações ao professor.

17

• Converse com os alunos sobre a

importância da curiosidade para o

desenvolvimento da ciência. Essa

competência socioemocional leva

os cientistas a questionar o que es-

tá ao seu redor e a buscar respos-

tas utilizando métodos científicos.

Além de ressaltar a relevância da

curiosidade, essa abordagem co-

labora para o desenvolvimento da

Competência geral2 da BNCC.

Ao trabalhar a questão1, avalie a

possibilidade de utilizar a metodo-

logia ativa sala de aula invertida.

Para isso, obtenha as orientações

sobre essa estratégia no tópico

Metodologias e estratégias ati-

vas, nas orientações gerais deste

manual. Peça aos alunos que pes-

quisem informações sobre os es-

tromatólitos e os fósseis e que le-

vem as informações para a sala de

aula, bem como possíveis dúvidas

a respeito do tema. Depois, junto

aos demais colegas, solicite-lhes

que apresentem os dados e con-

versem sobre eles.

Metodologias ativas

• O objetivo das questões 2 e 3 é

que os alunos reflitam sobre o te-

ma, levantando seus conhecimen-

tos prévios. Verifique se eles co-

nhecem as ideias fundamentais das

teorias sobre a formação do Uni-

verso e da evolução das espécies.

a conhecer algumas dessas espécies extintas e

as condições ambientais dos períodos em que

viveram, colaborando para o estudo da evolu-

ção dos seres vivos atuais.

Questão 2. Resposta pessoal. Os alunos po-

dem comentar que a teoria do Big Bang expli-

ca a origem do Universo e afirma que de um

único ponto toda a matéria e a energia exis-

tentes começaram a se expandir. Em seguida,

por ação da gravidade, essa matéria formou

aglomerados que originaram os diferentes as-

tros do Universo, inclusive a Terra.

Questão 3. Resposta pessoal. Espera-se que

os alunos relacionem a evolução com as mu-

danças que ocorrem nos seres vivos ao lon-

go do tempo. Alguns deles podem comentar

que essas mudanças permitem, por exemplo,

o surgimento de novas espécies.

Respostas

Questão 1. Espera-se que os alunos

respondam que os estromatólitos

são estruturas formadas por colô-

nias de cianobactérias (microrganis-

mos fotossintetizantes). Estes são

considerados os mais antigos vestí-

gios de vida na Terra e continuam

em formação nos dias atuais, sendo

importante fonte de informações

sobre a vida terrestre. Já os fósseis,

por serem vestígios de seres vivos

que não existem mais, ajudam-nos a

entender a história da vida na Terra,

18

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

O texto a seguir descreve uma situação cotidiana. Leia-o e responda às questões.

Você chega em casa, cansado da escola, faculdade ou trabalho, e decide

ligar a televisão. Ao apertar o botão, no entanto, nada acontece. Imediata-

mente, começa a formular hipóteses que expliquem o porquê da TV não estar

ligando.

Primeira hipótese: ela não está conectada à tomada. Você, então, observa o

cabo de alimentação e vê que ele está em seu devido lugar. Assim, a primeira

hipótese foi refutada.

Segunda hipótese: está faltando energia elétrica. Para testar sua nova pro-

posição, você aperta o interruptor de luz ou tenta ligar algum aparelho elétri-

co. Você observa que não há problemas com a energia elétrica, e sua segunda

hipótese também é refutada.

Parabéns! Você pode não ter descoberto o motivo da sua TV não estar fun-

cionando, mas aplicou o método científico em uma situação do dia a dia bas-

tante corriqueira.

[…]

O MÉTODO científico. ProfiCiência, 5 maio 2021. Disponível em:

http://www.proficiencia.org.br/2021/05/05/o-metodo-cientifico/. Acesso em: 28 mar. 2022.

Descreva a sequência das ações citadas no texto.

Como as ações do rapaz se relacionam com a in-

vestigação científica? Registre sua resposta no caderno.

Cite o nome de pelo menos uma teoria científica

que você conhece.

Questão 1.

Questão 2.

Questão 3.

Alguns aspectos da Ciência

e do Universo1

CAPÍTULO

Representação de

pessoa tentando ligar

o televisor utilizando

o controle remoto.

Glossário

Toda vez que você encontrar

essa indicação, procure o termo

no glossário, que se encontra

no final deste volume.

FA

BI

O

E

IJI

S

IR

AS

U

M

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

Questão 3. Resposta nas orientações ao professor.

Questão 1. Resposta nas orientações ao professor.

Questão 2. Resposta nas orientações ao professor.

18

• Perceber a importância do méto-

do científico para o desenvolvimen-

to do conhecimento científico.

• Localizar o Sistema Solar no Uni-

verso e suas características.

• Conhecer lendas relacionadas à

origem do Universo.

• Conhecer a teoria do Big Bang.

• Conhecer a hipótese da nebulosa

para a origem do Sistema Solar.

• Compreender as características

de uma galáxia.

• Identificar as características de

asteroides, cometas e meteoroides.

,

• Conhecer explicações mitoló-

gicas de diferentes culturas para a

origem do Universo.

• Aprender sobre o processo de

evolução das estrelas.

Objetivos do capítulo

Os conteúdos abordados neste

capítulo são importantes para que

os alunos conheçam o que é o mé-

todo científico e como ele contribui

para o desenvolvimento do conhe-

cimento científico. O trabalho com

temas relacionados às explicações

mitológicas e científicas sobre a for-

mação do Universo e às caracterís-

ticas do Sistema Solar e dos corpos

celestes colabora para que os alunos

compreendam alguns fenômenos da

natureza e como a ciência se desen-

volve com os conhecimentos acu-

mulados historicamente, além de in-

centivar o respeito a outras culturas.

Justificativas

• Ao abordar as questões1 e2,

caso os alunos tenham dificulda-

des para reconhecer a investigação

científica na situação apresentada,

peça-lhes que listem, de forma ob-

jetiva, quais foram os possíveis pro-

blemas ao ligar a TV e as medidas

para testar cada um deles.

• Na questão3, caso os alunos

não se recordem de alguma teo-

ria, mencione alguns exemplos que

eles possam conhecer.

Questão 1. Espera-se que os alunos citem

que, inicialmente, um problema foi detecta-

do – o fato de a TV não ligar. Posteriormente,

formulou-se uma hipótese sobre o problema:

a TV estar desconectada da rede elétrica. Na

sequência, foi feita uma observação para tes-

tar a hipótese: o cabo de alimentação da TV

estava conectado. Essa observação levou à

não aceitação da hipótese. Então, uma nova

hipótese foi efetuada: a TV não liga, pois não

há energia elétrica na casa. Por fim, o inter-

ruptor é acionado ou liga-se outro aparelho

elétrico, que funciona. Assim como a primei-

ra, a segunda hipótese foi refutada.

Questão 2. Os alunos podem responder que

as ações do rapaz se referem a um conjunto

de procedimentos realizados para compre-

ender um problema (ou fenômeno) e tentar

resolvê-lo.

Questão 3. Resposta pessoal. Os alunos po-

dem citar, por exemplo, a teoria celular, a teo-

ria atômica, a teoria da evolução por seleção

natural e a teoria sobre a deriva continental.

Respostas

http://www.proficiencia.org.br/2021/05/05/o-metodo-cientifico/

19

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Método científico

Como você pôde perceber, mesmo as situações cotidianas podem ser investiga-

das. No meio científico, métodos e procedimentos podem auxiliar na investigação

e no desenvolvimento de teorias, como a da origem do Universo e a da evolução

dos seres vivos.

A elaboração e o teste de hipóteses são etapas bastante comuns no meio cien-

tífico e podem ajudar no desenvolvimento do conhecimento científico. Além disso,

elas podem fazer parte de um método científico, ou seja, de um conjunto de ações

e procedimentos utilizados para desenvolver o estudo de um fenômeno ou objeto.

Leia a seguir alguns dos procedimentos que compõem um método científico.

Elaboração de hipóteses: nesta etapa são levan-

tadas suposições teóricas para explicar o problema

proposto. Com base nas hipóteses, são feitas pre-

visões e se planejam maneiras de como testá-las.

Teste de hipóteses: nesta etapa são feitos testes,

experiências e observações para verificar se as hi-

póteses elaboradas estão corretas.

Caracterização: nesta etapa, a situação ou o

problema a ser investigado é definido. Isso é neces-

sário para que ele seja analisado de acordo com os

conhecimentos científicos que temos.

Representação de pessoa tentando ligar

o televisor utilizando o controle remoto.

Representação de pessoa elaborando uma hipótese.

Na situação representada, a hipótese é de o televisor

não estar conectado à tomada.

Pessoa testando a hipótese ao realizar uma observação

e verificar que o televisor está conectado à tomada.

IL

U

ST

RA

ÇÕ

ES

: F

AB

IO

E

IJI

S

IR

AS

U

M

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

19

• Explique aos alunos que a experi-

mentação de apenas um investigador

não garante a confiabilidade/credibili-

dade de uma investigação científica.

Assim, é necessário que a comunida-

de científica analise os resultados.

• Esclareça aos alunos que, em

uma pesquisa experimental, o pes-

quisador pode intervir no ambiente

investigado, alterando-o e anali-

sando se sua intervenção produziu

resultados que apoiam ou refutam

suas hipóteses iniciais.

• Pergunte aos alunos se toda pes-

quisa científica necessita de experi-

mentação. Espera-se que eles per-

cebam que não. Explique-lhes que

existem algumas pesquisas científicas

em que o pesquisador não intervém

no ambiente pesquisado, mas o ob-

serva, analisa, registra e relaciona

os fatos. Para exemplificar, peça aos

alunos que elaborem uma pesquisa

com o objetivo de determinar os

motivos que levaram os professores

da escola a escolher a carreira do-

cente. Para isso, oriente-os a elaborar

um questionário a fim de entrevistar

seus professores sobre a escolha de

sua profissão. Sugira questões como:

a ) Por que se tornou professor?

b ) Você sempre gostou de ensinar?

c ) Por que escolheu a matéria que

leciona?

d ) O que o motiva a continuar mi-

nistrando aulas?

• Peça aos alunos que registrem os

resultados na forma textual ou por

meio de tabelas ou gráficos.

• Oriente-os a analisar as respos-

tas e a elaborar um texto que tente

responder seu problema de pesqui-

sa (a escolha da carreira docente).

• Solicite aos alunos que apresen-

tem seus resultados e conclusões e

que conversem sobre as diferenças

e semelhanças em suas análises.

Averigue se eles concluem que não

foi necessário utilizar a experimen-

tação, mas que se trata de uma

pesquisa científica.

Atividade a mais

20

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

M

U

SE

U

S

RE

AI

S

D

E

G

RE

EN

W

IC

H

, L

O

N

D

RE

S,

IN

G

LA

TE

RR

A

Representação de pessoa analisando os

resultados do teste de hipóteses ao evidenciar

que não há falta de energia elétrica.

Retrato de Galileu Galilei, de Justus Sustermans.

Óleo sobre tela, 86,7 cm × 68,6 cm , entre 1636 e 1640.

Com base nessa análise, ideias e conceitos podem ser estabelecidos ou novas hipó-

teses podem ser propostas. Nesse caso, novos testes possivelmente serão realizados.

A sequência de etapas descrita é uma maneira de construção do conhecimento cientí-

fico. No entanto, há outras maneiras e métodos para realizar uma investigação científica.

Alguns estudiosos, como o italiano Galileu Galilei (1564-1642),

não se baseavam apenas em observações, mas também na

experimentação e em representações matemáticas.

Com base nesse método, Galileu descreveu o movimento

de queda dos corpos e a composição de movimentos. Esses

estudos fundamentaram trabalhos posteriores, como os do in-

glês Isaac Newton (1643-1727), para explicar as causas de mo-

vimentos terrestres e celestes.

Com base em observação e experimentação, os pesquisadores verificam os fatos

científicos, ou seja, fazem constatações. Nesse contexto, é importante ressaltar que

o método científico é uma construção humana e, portanto, não é isento de falhas e

influências, como sociais e econômicas. Ou seja, os resultados podem ser questiona-

dos e, eventualmente, refutados.

Leis e teorias científicas

Possivelmente, você já deve ter ouvido falar em leis e teorias científicas. Afinal,

qual é a diferença entre elas?

Em geral, os cientistas procuram analisar várias situações a fim de verificar em

quais delas os fatos se repetem. Por exemplo, no caso do televisor, além de verificar

a tomada, a pessoa também analisou se não havia falta de energia elétrica. Outra

possibilidade seria avaliar outros televisores do mesmo modelo, comparando o fun-

cionamento deles, para ver se a falha de funcionamento também ocorria com os

demais aparelhos.

Análise: nesta etapa, os resultados do teste de

hipóteses são analisados e as hipóteses são revistas,

,

a fim de verificar se elas se confirmaram ou não.

FA

BI

O

E

IJI

S

IR

AS

U

M

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

20

• Enfatize aos alunos que o co-

nhecimento científico é baseado

em evidências que podem ser des-

cobertas e analisadas ao longo do

tempo. Um exemplo disso é tudo

o que sabemos atualmente sobre

a sífilis, conhecida desde o sécu-

loXV. Apesar de sua importância,

parte da estrutura e do metabo-

lismo da bactéria causadora dessa

doença só foi identificada recen-

temente, graças aos avanços da

ciência e da tecnologia. Portanto, o

conhecimento sobre essa doença

veio aumentando até os dias de ho-

je e, no futuro, mais informações a

respeito dela podem ser desco-

bertas. Dessa forma, esse exemplo

permite mostrar aos alunos que a

ciência, como construção humana,

encontra-se em constante desen-

volvimento – principalmente nos

momentos de surgimento de no-

vas tecnologias e métodos de pes-

quisa. Essa abordagem contribui

para o desenvolvimento da Com-

petência específica de Ciências

da Natureza1 da BNCC. Ressalte

que a ciência não trabalha em ci-

ma de verdades absolutas, mas

de fatos e evidências, que podem

ser testados por meio de métodos

científicos controlados.

21

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Com base nas análises dos fatos, os cientistas podem propor uma explicação para

os fenômenos. Quando essas explicações se concretizam e apresentam regularidade,

são denominadas leis científicas.

Os estudos de Newton, por

exemplo, reafirmaram o conceito

de inércia, proposto anteriormente

por Galileu. Isso resultou em uma

das três leis do movimento de

Newton, a chamada Lei da Inércia.

Em nosso dia a dia, dizer que

algo é uma teoria significa que é

algo especulativo. Já em Ciências

da Natureza, teoria é o conjunto

de conhecimentos utilizados na in-

vestigação de determinada área do

conhecimento.

Imagem de Isaac Newton publicada

em uma enciclopédia, em 1962.

Uma teoria científica inclui hipóteses, leis, evidências, princípios e conceitos que

permitem explicar os fatos e até mesmo prevê-los. Dessa maneira, a teoria científica

é uma explicação com embasamento científico, exaustivamente testada, apoiada por

diversos testes e aceita pela maior parte dos pesquisadores.

A teoria celular afirma que todo ser vivo é composto por uma ou mais

células. Considerando-a, se disserem a você que foi observado um ser vivo ainda

não estudado no fundo de um oceano, como você espera que ele seja constituído?

Justifique sua resposta.

O conhecimento científico é dinâmico, ou seja, uma teoria científica não é uma

verdade absoluta. Caso sejam encontrados fatos que contradigam uma determinada

teoria, ela pode e deve ser questionada. No caso do ser vivo encontrado no fundo

do oceano, se ele apresentar todas as características de um ser vivo, exceto a de ser

composto de células, a teoria celular poderia ser questionada e, caso refutada, uma

nova teoria que contemple esse novo fato poderia ser elaborada.

A origem do Universo

Como você estudou anteriormente, o ser humano questiona e investiga aquilo que

está ao seu redor, inclusive o Universo e sua origem. Esse é um tema que desperta

a curiosidade do ser humano há muito tempo. Por isso, vários povos criaram explica-

ções sobre a origem e a evolução do Universo. Essas explicações são elaboradas com

base nas crenças e conhecimentos desses povos, por exemplo.

Questão 4.

IR

YN

A

1/

SH

U

TT

ER

ST

O

C

K

Glossário

Questão 4. Resposta: Espera-se que os alunos

respondam que tal ser vivo é composto por célula(s).

Isso é possível prever porque, de acordo com a

teoria celular, aceita atualmente, todo ser vivo é

formado por uma ou mais células.

21

• Ao abordar as três Leis de

Newton, especificamente a Lei da

Inércia, caso considere pertinente e

necessário, retome com os alunos

o conceito de inércia e a definição

da Primeira Lei de Newton. Este

conteúdo é trabalhado no 7ºano.

• Quando disser que o conheci-

mento científico é dinâmico, men-

cione aos alunos algumas teorias

do passado que já foram refutadas,

como a teoria da Terra plana, do

geocentrismo, do átomo indivisível,

da geração espontânea etc.

• Caso os alunos apresentem di-

ficuldade para responder à ques-

tão4, informe-os de que o enun-

ciado desta questão não apresen-

tou nenhuma característica do ser

observado, tratando-se apenas de

um ser vivo, portanto devemos nos

basear apenas nessa informação e

na teoria celular.

• Leia o texto a seguir, sobre como

a explicação dos fenômenos natu-

rais em diversas culturas pode estar

relacionada às crenças de cada po-

pulação.

A observação do céu sempre

esteve na base do conhecimento

de todas as sociedades do passa-

do, submetidas em conjunto ao

desdobramento cíclico de fenô-

menos como o dia e a noite, as fa-

ses da Lua e as estações do ano.

Os indígenas há muito percebe-

ram que as atividades de caça,

pesca, coleta e lavoura estão

sujeitas a flutuações sazonais e

procuraram desvendar os fasci-

nantes mecanismos que regem

esses processos cósmicos, para

utilizá-los em favor da sobrevi-

vência da comunidade.

Diferentes entre si, os grupos

indígenas tiveram em comum a

necessidade de sistematizar o

acesso a um rico e variado ecos-

sistema de que sempre se consi-

deraram parte. Mas não bastava

Um texto a mais

saber onde e como obter alimentos. Era preciso

definir também a época apropriada para cada

uma das atividades de subsistência. Esse ca-

lendário era obtido pela leitura do céu. Há re-

gistros escritos sobre sua ligação com os astros

desde a chegada dos europeus ao Brasil, mas é

possível que se utilizassem desse conhecimen-

to desde que deixaram de ser nômades.

[…]

A astronomia envolveu todos os aspectos

da cultura indígena. O caráter prático dos seus

conhecimentos pode ser reconhecido na orga-

nização social e em condutas cotidianas que

eram orientadas por rituais cujas datas eram

definidas pela posição dos astros.

[…]

AFONSO, Germano. Mitos e estações no céu tupi-guarani.

Scientific American Brasil. Disponível em: https://www.mat.uc.pt/

mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.

https://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf

https://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf

22

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Leia a seguir uma lenda contada pelos indígenas falantes da língua nheengatu sobre

a origem do mundo.

No princípio, contam, havia só água, céu.

Tudo era vazio, tudo noite grande.

Um dia, contam, Tupana desceu de cima no meio de vento grande, quando

já queria encostar na água saiu do fundo uma terra pequena, pisou nela.

Nesse momento Sol apareceu no tronco do céu, Tupana olhou para ele.

Quando Sol chegou no meio do céu seu calor rachou a pele de Tupana, a pele

de Tupana começou logo a escorregar pelas pernas dele abaixo. Quando Sol

ia desaparecer para o outro lado do céu

a pele de Tupana caiu do corpo dele, es-

tendeu-se por cima da água para já ficar

terra grande.

No outro Sol [no dia seguinte] já havia

terra, ainda não havia gente.

Quando Sol chegou no meio do céu

Tupana pegou em uma mão cheia de

terra, amassou-a bem, depois fez uma

figura de gente, soprou-lhe no nariz,

deixou no chão. Essa figura de gente

começou a engatinhar, não comia, não

chorava, rolava à toa pelo chão. Ela foi

crescendo, ficou grande como Tupana,

ainda não sabia falar.

Tupana, ao vê-lo já grande, soprou

fumaça dentro da boca dele, então co-

meçou já querendo falar. No outro dia

Tupana soprou também na boca dele,

então, contam, ele falou. […]

MARTINS, Roberto de Andrade. O universo: teorias sobre

sua origem e evolução. 2. ed. São Paulo:

Livraria da Física, 2012. p. 5-6.

Não é só a Ciência que busca ex-

plicar e compreender o que nos ro-

deia. Diferentes povos, influenciados

por crenças

,

e tradições, também ela-

boram as próprias explicações para

a origem do Universo e para outros

fenômenos naturais.

Representação de Tupana modelando

a massa da Terra.

O respeito está relacionado ao agir de maneira

correta com o próximo, compreendendo e respeitando

as diferentes tradições, crenças, pensamentos, direitos

e sentimentos. Ao respeitar as diferenças, somos

capazes de compreender e acolher direitos, crenças e

tradições diferentes dos nossos. É importante respeitar

as crenças e culturas de cada povo.

FA

BI

O

E

IJI

S

IR

AS

U

M

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

De acordo com a lenda, como o Universo se formou?Questão 5.

Questão 5. Resposta nas orientações ao professor.

22

• Comente com os alunos que a

língua nheengatu pertence à família

linguística tupi-guarani. Esse idioma

permaneceu na comunicação co-

tidiana de colonizadores, pessoas

escravizadas, colonos e indígenas,

até que foi proibida pela Coroa

portuguesa no séculoXVIII. Por

um período de 200anos, essa

língua foi a mais falada no Brasil.

Atualmente, o nheengatu ainda é

falado na região do Amazonas.

• O estudo da lenda desta página

permite a abordagem da habilidade

EF09CI15 da BNCC, pois discute

diferentes leituras sobre o céu em

culturas distintas, além de contri-

buir para o desenvolvimento do

tema contemporâneo transversal

Diversidade cultural e Educação

para valorização do multicultu-

ralismo nas matrizes históricas

culturais brasileiras.

• A questão5 explora a interpreta-

ção da lenda indígena apresentada.

Peça aos alunos que compartilhem

o que entenderam sobre ela. Caso

eles tenham dificuldade para loca-

lizar as informações sobre a for-

mação do Universo, peça-lhes que

leiam novamente, buscando iden-

tificar os trechos que mencionam

componentes do ambiente.

Questão 5. Espera-se que os alu-

nos respondam que, de acordo

com a lenda, o Universo se formou

quando Tupana desceu no meio de

uma grande ventania e, ao encos-

tar na água, surgiu uma pequena

porção de terra na qual ela pisou.

Posteriormente, o Sol apareceu e

derreteu a pele de Tupana, que se

estendeu por cima da água e for-

mou uma grande porção de terra.

Resposta

• Ressalte aos alunos que os pen-

samentos e as tradições dos dife-

rentes povos devem ser respeita-

dos, pois eles representam parte

da cultura de cada uma dessas

civilizações.

23

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

A ciência busca analisar fatos e, com base neles, propor explicações para os fenô-

menos. Apesar disso, ela não é isenta de influências da época em que ocorre. Por isso,

ao longo do tempo, foram propostas diferentes teorias científicas sobre o Universo,

sua formação e evolução. A seguir, estudaremos a teoria científica mais aceita atual-

mente para explicar a origem e a evolução do Universo.

Teoria do Big Bang

O Universo é composto, por exemplo, por galáxias, estrelas, planetas, satélites

naturais, poeira, gases, pelo espaço entre os astros, pela energia e por tudo o que é

composto por matéria, que, por sua vez, é composta por átomos.

Para compreender a origem do Universo, os cientistas estudam não apenas os as-

tros, mas também os elementos químicos e as interações da matéria. Com base em

observações e estudos como esses, foi proposta a teoria do Big Bang. Analise a seguir.

De acordo com a teoria do Big Bang, inicialmente, toda matéria e energia se encontravam

em um estado infinitamente denso. Por volta de 14 bilhões de anos atrás, iniciou-se uma

rápida expansão, caracterizando o Big Bang. Após esse evento, a matéria começou a se

organizar, dando origem a tudo o que existe no Universo. Aliás, de acordo com essa

teoria, o Universo continua se expandindo.

Representação da

evolução do Universo

de acordo com a

teoria do Big Bang.

Nessa imagem, o lado

esquerdo representa o

instante do Big Bang, há

aproximadamente

14 bilhões de anos, e o

lado direito da imagem

corresponde à atualidade.

Representação com

elementos não proporcionais

entre si. Cores-fantasia.

Fonte de pesquisa: O UNIVERSO como um todo. Cosmologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/univ/#MAP. Acesso em: 28 mar. 2022.

Para o meio científico, os principais fatos que o Big Bang tenta explicar são a expan-

são do Universo, a origem dos elementos químicos e a radiação cósmica de fundo.

Glossário

AN

D

RE

A

D

AN

TI

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

23

• Depois de trabalhar a represen-

tação da evolução do Universo

segundo a teoria do Big Bang, dis-

tribua cartolina e tintas guache aos

alunos e peça-lhes que elaborem

uma pintura sobre a origem do

Universo com base nessa teoria.

Solicite a eles que produzam uma

sequência cronológica do que teria

acontecido até que a Terra fosse

finalmente formada. Trata-se de

uma maneira de exercitar o senso

estético e a criatividade dos alunos,

o que permite uma relação com a

Competência geral3 da BNCC.

Atividade a mais

• Informe aos alunos que existe

outra teoria de origem do Univer-

so chamada Big Bounce, segundo a

qual ele teria se originado após o

colapso de um Universo anterior.

Ela defende que a expansão do Uni-

verso acontece há mais tempo do

que o previsto pelo Big Bang e con-

tinua ocorrendo. Porém, enfatize

que, ainda hoje, a teoria mais aceita

é a do Big Bang.

• Esta abordagem permite mostrar

aos alunos que a ciência se encon-

tra em contínuo desenvolvimento,

contribuindo para o trabalho com a

Competência geral1 da BNCC. Ex-

plique-lhes que uma nova teoria po-

de se incorporar a uma teoria an-

terior ou refutá-la completamente.

• Se necessário, retome o conceito

de densidade com os alunos, re-

lembrando que ela é a razão entre

a massa e o volume de um corpo.

http://astro.if.ufrgs.br/univ/#MAP

24

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Ao observar o Universo e investigar as distâncias das galáxias em relação à Terra,

os astrônomos estadunidenses Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-

-1972) constataram que elas estão se afastando umas das outras e da Terra. Isso

sugere que o Universo está em expansão. Supõe-se que ela ocorra em relação ao

estado inicial infinitamente denso, do qual teria ocorrido o Big Bang.

Para compreendermos o que é a

radiação cósmica de fundo, vamos

conhecer um pouco da história de

sua descoberta.

Em 1964, o astrofísico alemão Arno

Allan Penzias (1933-) e o astrônomo es-

tadunidense Robert Woodrow Wilson

(1936-) perceberam chiados em seus

estudos com ondas de rádio. Eles ten-

taram eliminá-los, reposicionando a

antena que utilizavam ou retirando

possíveis interferências. Porém, não

obti veram sucesso. Após vários testes,

eles perceberam que sempre existia

uma pequena interferência com o

mesmo comprimento de onda.

Na mesma época, o astrofísico estadunidense Robert Henry Dicke (1916-1997), o

astrofísico canadense Phillip James Edwin Peebles (1935-) e o astrofísico britânico David

Todd Wilkinson (1935-2002) chegaram à conclusão de que os ruídos percebidos por

Penzias e Wilson eram, na verdade, a radiação cósmica de fundo.

Atualmente, sabe-se que o Universo está

em expansão acelerada. Uma das cientistas

que realiza estudos para tentar descobrir

por que isso está acontecendo é a astrofísica

brasileira Marcelle Soares-Santos (1983-). Ela é

uma das líderes do projeto Dark Energy Survey

(em português, Levantamento sobre Energia

Escura), que usa dados de observações de

galáxias e estrelas distantes para tentar com-

preender a expansão acelerada do Universo.

Marcelle também participou da construção

de equipamentos desse projeto, como a câ-

mera do telescópio utilizado nesses estudos.

Arno A. Penzias (à esquerda) e Robert W. Wilson

(à direita), em 1978. Nessa imagem, eles estão em

frente à antena com a qual detectaram a radiação

cósmica de fundo.

Câmera

,

Após os objetivos do capítulo, são contempladas as justi-

ficativas dos principais objetivos propostos, abrangendo

a pertinência deles para a formação dos alunos e relacio-

nando-os às habilidades da BNCC.

Justificativas

Apresenta textos complementares para auxiliar o traba-

lho com o assunto da página ou para contribuir com a

formação do professor. O trabalho com esse recurso

também tem o intuito de proporcionar ao professor a

possibilidade de conduzir o conteúdo de maneira alter-

nativa e/ou ampliar os próprios conhecimentos sobre o

tema abordado.

Um texto a mais

Apresenta sugestões de atividades complementares pa-

ra o professor trabalhar com os alunos. Podem ser pro-

postas de atividades envolvendo o trabalho com filmes,

músicas, livros, sites, visitas a espaços não formais, além

de dinâmicas individuais ou em grupo que proporcionem

aos alunos o exercício do convívio em sociedade, o re-

conhecimento e respeito às diferenças, a discussão, o

combate a qualquer tipo de violência, sem contar que

promove a saúde mental e trabalha de maneira interdisci-

plinar com os componentes curriculares.

Atividade a mais

Indica momentos e estratégias para auxiliar o professor

no processo de avaliação da aprendizagem dos alunos.

Tais propostas são condizentes com as características

desta obra e têm intuito tanto de preparar a turma para

exames quanto de verificar o andamento dos alunos em

contexto formativo. As informações obtidas pelo profes-

sor por meio deste boxe contribuem para que ele reava-

lie seu planejamento e o modifique, se necessário.

Sugestão de avaliação

Apresenta sugestões de livros, filmes, vídeos e sites que

contribuem para a formação do professor.

Algo a mais

VIII

Destaca as competências socioemocionais trabalhadas

na página, evidenciando suas relações com os conteúdos

trabalhados e como elas podem ser desenvolvidas no dia

a dia do aluno.

Comentários sobre as

competências socioemocionais

Apresenta os objetivos metodológicos do trabalho com

os projetos e as orientações relacionadas ao desenvol-

vimento e divulgação dessas atividades, destacando as

relações interdisciplinares envolvidas, assim como as ha-

bilidades e competências da BNCC desenvolvidas. Além

disso, esses comentários apresentam ao professor as res-

postas das questões e sugestões relacionadas ao envolvi-

mento da comunidade escolar e extraescolar.

Comentários da seção Projeto em ação

além da capacidade de argumentar e inferir o conteúdo,

aspectos essenciais na formação de cidadãos críticos e

atuantes na sociedade.

Em atividades que envolvem o trabalho com gêneros tex-

tuais, o professor encontra orientações sobre como levar

os alunos a desenvolver a leitura inferencial e a prática de

argumentação.

A fim de valorizar e incentivar a autonomia docente, os

comentários das orientações ao professor contam com

diferentes maneiras de abordar determinados conteúdos

ao iniciar uma aula, com destaque a contextualizações e

situações-problema. Essa estratégia, além de aumentar o

interesse dos alunos, contribui para aproximar os conteú-

dos trabalhados ao cotidiano deles. Além disso, sempre

que necessário, o professor é orientado a providenciar

materiais, recursos ou a reservar locais ou equipamentos

antes de iniciar determinadas atividades.

Em atividades práticas, que envolvem o manuseio de di-

ferentes materiais e ferramentas ou a visita a locais fora

da escola, o professor conta ainda com orientações es-

pecíficas acerca dos cuidados que devem ser tomados a

fim de manter a integridade de todos os envolvidos no

processo educacional.

A respeito do trabalho com o pensamento computacio-

nal há comentários referentes a atividades e abordagens

que o favorecem, além de orientações de como o profes-

sor pode desenvolver esse trabalho.

Em atividades e abordagens que possibilitam uma articu-

lação com outros componentes curriculares, os comentá-

rios das orientações ao professor explicitam essas articu-

lações e abordam sugestões de diferentes estratégias para

obter o melhor proveito dessas articulações, em conjunto

com os professores dos outros componentes envolvidos.

Além das orientações e dos comentários apresentados

nos boxes indicados anteriormente, nas orientações

ao professor são organizados os tópicos em que cons-

tam comentários, curiosidades, sugestões e informações

complementares para o trabalho com as páginas de teo-

ria, atividades e seções.

Nesses comentários, sempre que possível, são eviden-

ciados os códigos das habilidades e das competências

gerais e específicas, além dos temas contemporâneos

transversais da BNCC que foram trabalhados na página,

destacando as relações entre esses itens e o desenvolvi-

mento dos conteúdos. Além disso, nesses comentários

são expostas orientações claras sobre como trabalhar a

empatia e a cooperação, desenvolver o pensamento críti-

co, o pluralismo de ideias, a análise criativa e propositiva,

Outras orientações específicas ao professor

Fundamentação e orientações gerais

A BNCC e os Anos Finais do

Ensino Fundamental

Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB), no ano de 1996, ampliaram-se as dis-

cussões sobre a criação de um documento que nor-

matizasse os processos de ensino-aprendizagem no

Brasil e norteasse os currículos da Educação Básica.

Desde então, alguns documentos-referências

foram criados com esse propósito, contribuindo

para promover uma educação voltada à formação

cidadã e valorizar a diversidade étnica e cultural de

nosso país. As leis número 10.639/2003 e número

11.645/2008, por exemplo, instituíram a obrigatorie-

dade do ensino de História e cultura afro-brasileira

e indígena nos currículos escolares.

Do mesmo modo, no ano de 2013, foram publi-

cadas as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais pa-

ra a Educação Básica, com o objetivo de garantir a

diversidade nos projetos políticos pedagógicos das

escolas, por meio de sistemas educacionais inclu-

sivos que contemplassem a educação escolar no

IX

campo, a educação ambiental, a educação especial,

a educação escolar indígena e quilombola, a educa-

ção para as relações étnico-raciais e a educação em

direitos humanos. De acordo com o documento:

Um dos desafios posto pela contempo-

raneidade às políticas educacionais é o de

garantir, contextualizadamente, o direito

humano universal, social inalienável à edu-

cação. O direito universal deve ser analisa-

do isoladamente em estreita relação com

outros direitos, especialmente, dos direitos

civis e políticos e dos direitos de caráter

subjetivo, sobre os quais a educação incide

decisivamente.

[...]

CRAVEIRO, Clélia B. A.; MEDEIROS, Simone (org.). Diretrizes

Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica: diversidade e

inclusão. Brasília: MEC, 2013. p. 7.

Com vistas a dar continuidade a essas políticas e

estabelecê-las em um documento norteador para a

Educação Básica de todo o país, em 2017, foi hom*o-

logada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamen-

tal, e em 2018 a BNCC para o Ensino Médio, com-

pletando o conjunto. As aprendizagens essenciais

definidas na BNCC dizem respeito a habilidades e

competências que se espera que os alunos desen-

volvam ao longo dos anos escolares. Porém, elas

não determinam o currículo que toda instituição de

ensino deve seguir, uma vez que, em razão da gran-

de diversidade sociocultural do Brasil, cada realida-

de demanda um currículo específico.

No caso dos Anos Finais do Ensino Fundamental,

a BNCC propõe que os componentes curriculares

retomem e ressignifiquem as aprendizagens dos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com o intuito

de aprofundar e ampliar o repertório dos alunos, o

que deve ocorrer por meio do fortalecimento da

autonomia desses adolescentes para que possam

interagir de maneira crítica com diferentes tipos de

conhecimento e de informação.

Nesse sentido, esta coleção está organizada

considerando as unidades temáticas, os objetos de

conhecimento e as habilidades

,

do telescópio utilizado pelo

projeto Dark Energy Survey.

KE

YS

TO

N

E

PR

ES

S/

AL

AM

Y/

FO

TO

AR

EN

A

D

O

E/

FN

AL

/D

EC

AM

/R

. H

AH

N

/C

TI

O

/N

O

IR

LA

B/

N

SF

/A

U

RA

24

• O breve histórico sobre a des-

coberta da radiação cósmica de

fundo é uma oportunidade de tra-

balhar noções de práticas de pes-

quisa. Peça que os alunos realizem

uma pesquisa sobre os fatos e des-

cobertas que levaram ao desenvol-

vimento da teoria do Big Bang. Des-

sa maneira, eles terão contato com

elementos da História das Ciências

e compreenderão as Ciências da

Natureza como empreendimento

humano e construído historicamen-

te, desenvolvendo a Competência

geral 1 e a Competência específi-

ca de Ciências da Natureza 1 da

BNCC.

• Comente com os alunos sobre

Marcelle Soares-Santos, que é as-

trofísica e professora na Universida-

de Brandeis, em Boston. Diga-lhes

que ela foi premiada com uma bol-

sa da Fundação Alfred P. Sloan para

realizar suas pesquisas. Esse é um

reconhecimento importante e pro-

missor, pois 47 dos cientistas que

receberam a Bolsa Sloan a partir de

1955 foram laureados com o prê-

mio Nobel.

Marcelle é bacharel em Física pela

Universidade Federal do Espíri-

to Santo (UFES), fez mestrado e

doutorado na área de Astronomia

e Cosmografia pela Universidade

de São Paulo (USP), concluindo o

doutorado em 2010. Suas pesquisas

foram sobre ondas gravitacionais e

aglomerados de galáxias.

Mais informações sobre Marcelle

Soares-Santos podem ser obtidas

no link indicado a seguir. Disponível

em: https://museucatavento.org.br/

mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-

santos/FOLDER.pdf. Acesso em: 14

jun. de 2022.

https://museucatavento.org.br/mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-santos/FOLDER.pdf

https://museucatavento.org.br/mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-santos/FOLDER.pdf

https://museucatavento.org.br/mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-santos/FOLDER.pdf

A observação do céu noturno é uma atividade realizada por diferentes povos,

como os indígenas brasileiros. Essas observações são realizadas com diferentes

finalidades, como identificação das estações do ano e de condições climáticas.

Essas informações, por sua vez, ajudam a organizar atividades cotidianas, como

pesca, caça, plantio e colheita.

O posicionamento aparente das estrelas que formam uma constelação possibi-

lita identificar algumas figuras. Diversos povos indígenas têm um modo particular

de interpretar essas figuras, identificando itens próprios de sua cultura. Confira a

seguir alguns exemplos da visão dos indígenas Guarani para algumas constelações.

25

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

IL

U

ST

RA

ÇÕ

ES

: H

EL

O

ÍS

A

PI

N

TA

RE

LL

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

Astronomia indígena brasileira

Representação da constelação

da Anta do Norte.

Representação da constelação do Cervo.

a ) Em sua opinião, qual é a importância do conhecimento dos povos indígenas

sobre as estrelas e constelações para a sociedade atual?

Representação da constelação

do Homem velho.

Representação da constelação da Ema.

B.A.

C. D.

Dica!

Nessas imagens, as linhas foram inseridas para auxiliar na identificação das figuras aparentes.

Representações com elementos não proporcionais entre si e

sem proporção de distância entre os astros. Cores-fantasia.

Questão a. Resposta nas orientações ao professor.

25

• Se julgar interessante, consulte

o artigo a seguir para identificar

os astros que fazem parte das

constelações observadas pelos in-

dígenas e peça aos alunos que as

localizem no céu utilizando algum

aplicativo de visualização do céu

para auxiliá-los.

AFONSO, Bruno Germano. As Cons-

telações Indígenas Brasileiras. Ob-

servatórios Virtuais. Disponível em:

http://www.telescopiosnaescola.

pro.br/indigenas.pdf. Acesso em:

14 jun. 2022.

Atividade a mais

• O objetivo da questãoa é levar

os alunos a refletir sobre a impor-

tância dos conhecimentos cons-

truídos por esses povos, esses

conhecimentos ajudam a orientar

suas atividades.

Questão a. Espera-se que os alu-

nos respondam que esses conhe-

cimentos são importantes para a

história e para a ciência, pois foram

um dos primeiros povos que ob-

servaram e se utilizaram da obser-

vação das estrelas e constelações

para organizar suas atividades.

Resposta

http://www.telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf

http://www.telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf

26

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Atividades

26

Atividades Faça as atividades

no caderno.

1. Imagine que você esteja com sua família em uma viagem de carro e, de repente,

ele pare de funcionar. Descreva como você poderia resolver essa situação utili-

zando o que aprendeu sobre as etapas da investigação científica.

2. Analise a situação apresentada a seguir.

Carlos acordou cedo para preparar o café da manhã de seu filho João e levá-lo

à escola. Quando foi fazer um sanduíche, ele abriu o saco de pão francês

comprado na padaria há três dias e percebeu que os pães estavam com bolor.

Carlos constatou que os pães ficaram guardados em um saco de papel fechado.

Ele também se lembrou de que nos últimos dias o calor e a chuva tinham sido

intensos. Intrigado com o acontecido, Carlos se questionou sobre a possível

razão de o pão estar com bolor e se a temperatura e a umidade estavam

relacionadas com isso. Para evitar problemas de saúde, ele não permitiu que seu

filho comesse os pães.

a ) Identifique na situação descrita qual é o problema e quais são as possíveis

hipóteses para ele.

b ) Cite outras etapas que podem fazer parte dos métodos científicos, além das

citadas no item a.

c ) Junte-se a um colega e pesquisem sobre o que é uma hipótese, um fato,

uma lei e uma teoria científica. Em seguida, elaborem uma explicação

diferenciando-os.

Escultura de Rá, o deus Sol, em El Giza, Egito.

Imagem capturada em 2018.

3. A imagem a seguir representa o deus egípcio Rá.

VI

X

IT

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

EL

G

IZ

A,

E

G

IT

O

a ) Pesquise sobre a relação do deus egípcio

Rá e a criação do Universo.

b ) Pesquise e cite outra explicação não cien-

tífica sobre a origem do Universo.

c ) Explique, com suas palavras, a teoria do

Big Bang, descrevendo dois fatos atuais

que buscam ser explicados por ela.

3. b) Resposta pessoal. Os alunos poderão citar

a explicação da tradição judaico-cristã, dos povos

indígenas, dos antigos gregos e romanos, dos povos da

Mesopotâmia, dos hindus, entre outros.

2. c) Resposta nas orientações ao professor.

1. Resposta nas orientações ao professor.

2. a) Resposta nas orientações ao professor.

2. b) Resposta nas orientações ao professor.

3. a) Resposta: De acordo com a tradição dos

egípcios antigos, Rá representa o Sol, e, sob seus

raios de luz, surgiu tudo o que existe, como o

Universo, seus astros e a humanidade.

3. c) Resposta nas orientações ao professor.

26

• Na atividade1, se necessário,

identifique previamente alguns

componentes de um veículo. Es-

ta atividade permite empregar o

pensamento computacional em

sua solução, pois os alunos podem

dividir os tipos de problemas pas-

síveis de acontecer, como proble-

mas elétricos, mecânicos e falta de

combustível. No reconhecimento

de padrões, os alunos podem reco-

nhecer os efeitos associados a cada

tipo de problema que impede um

carro de funcionar.

Na atividade2, avalie a possibi-

lidade de utilizar a metodologia

ativa experimentação. Para isso,

obtenha indicações sobre essa es-

tratégia no tópico Metodologias e

estratégias ativas, nas orientações

gerais deste manual.

Metodologias ativas

• O trabalho com a atividade3

tem o objetivo de fazer os alunos

apresentarem o conhecimento que

adquiriram sobre o Big Bang e rela-

cioná-lo a explicações não científi-

cas de outras culturas. Se possível,

estabeleça uma integração com o

componente

,

curricular de Histó-

ria, abordando a importância da

mitologia para os egípcios.

1. Os alunos poderão elencar hipó-

teses como falta de combustível;

problemas no motor; a bateria ter

descarregado etc. Os testes de hi-

póteses podem se basear na verifi-

cação do nível de combustível, das

peças do motor, da bateria etc. Por

fim, a análise consistiria em concluir

onde está o problema.

2. a ) Espera-se que os alunos re-

conheçam que o problema é a

presença do bolor no pão. Já as

hipóteses são que a temperatura e

a umidade podem favorecer o de-

senvolvimento do bolor do pão ou

são indiferentes para o seu apare-

cimento.

b ) Os alunos podem citar o teste

das hipóteses por meio de expe-

rimentos e observações a fim de

confirmá-las ou refutá-las.

c ) Os alunos podem citar que hipó-

tese é uma suposição teórica para

um problema. Já o fato científico é uma constata-

ção feita com base na observação de testes ou de

experimentos. Lei científica, por sua vez, é a descri-

ção de fenômenos que têm regularidade. Por fim, a

teoria é o conjunto de conhecimentos utilizados na

investigação de determinada área, abarcando hipó-

teses, evidências, leis, princípios e conceitos.

3. c ) Os alunos podem explicar que a teoria do

Big Bang propõe que toda matéria e energia do

Universo estavam concentradas em um estado

muito denso e se expandiu drasticamente. Duas

evidências que podem ser mencionadas são a ex-

pansão do Universo e a presença da radiação re-

manescente.

Respostas

27

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

A formação do Sistema Solar

Como você estudou anteriormente, após o Big Bang, iniciou-se a formação dos

diferentes componentes do Universo. Entre eles, o Sistema Solar e seus astros.

A formação desse sistema planetário é explicada por meio da chamada hipótese

da nebulosa, que associa essa formação a uma nebulosa. Leia a seguir.

No início, a matéria da qual a nebulo-

sa é composta começou a girar lenta-

mente, devido à força de atração entre

suas partículas, chamada gravidade.

Na imagem, as setas que formam um

círculo em torno da massa central in-

dicam a direção do movimento. Já as

que apontam em direção à nebulosa

indicam a acreção de matéria.

Devido à gravidade, a matéria começou

a deslocar-se para o centro, onde se

acumulou, dando origem ao chamado

protossol. À medida que a matéria foi

se acumulando no centro, o protossol

foi se tornando mais denso e quente.

A maior parte da matéria concentrou-se

no protossol, que, posteriormente, deu

origem ao Sol. O restante da matéria,

como poeira e gás, continuou a girar

ao redor do protossol. Ao colidirem,

essas partículas de poeira formaram

pequenos blocos.

Os planetas rochosos teriam se for-

mado da colisão desses pequenos

blocos que, com o tempo, foram se

agregando. Além disso, devido à gra-

vidade, esses planetas em formação

foram atraindo cada vez mais blocos

pequenos.

Durante a formação dos planetas gaso-

sos, além dos blocos de partículas, eles

teriam atraído parte dos gases, o que

explicaria sua composição gasosa.

1.

2.

3.

4.

5.

Representação da hipótese da nebulosa.

Fonte de pesquisa: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra.

4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 28.

Representação com elementos não proporcionais

entre si e sem proporção de distância entre os astros.

Cores-fantasia.

Acreção: nesse contexto, refere-se ao

processo em que um astro atrai matéria,

acrescentando-a e aumentando sua massa.

1.

2.

3.

4. 5.

protossol

Sol

H

EL

O

ÍS

A

PI

N

TA

RE

LL

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

Glossário

27

• Explique aos alunos que a teoria

apresentada nesta coleção é a mais

aceita atualmente. Mostre a eles

que já existiram outras sobre a ori-

gem do Sistema Solar. As primeiras

teorias sobre o tema foram propos-

tas pelo filósofo francês René Des-

cartes (1596-1650) no séculoXVII,

que defendia a contração iniciada

por uma nebulosa. Essa teoria foi

modificada pelo filósofo prussiano

Immanuel Kant (1724-1804) e pelo

astrônomo e matemático francês

Pierre-Simon Laplace (1749-1827).

Esclareça aos alunos que Kant acre-

ditava que o Sistema Solar poderia

ter se originado da rotação de uma

nuvem de gases (oxigênio, hidro-

gênio, nitrogênio e hélio) e poeira

fina (ferro, ouro e urânio), segun-

do uma teoria conhecida como a

Hipótese nebular (antiga).

28

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Para o meio científico, o estudo das nebulosas forneceu evidências sobre a forma-

ção do Sol e do Sistema Solar. Durante esses estudos, astrônomos detectaram que

nebulosas são compostas principalmente por hidrogênio (H ) e hélio (He ) , os princi-

pais elementos químicos do Sol. Além disso, elas são constituídas por partículas de

poeira com composição química semelhante àquela que forma os planetas.

A hipótese da nebulosa também consegue explicar satisfatoriamente as caracte-

rísticas dos planetas rochosos e gasosos, que estudaremos com mais detalhes ainda

neste capítulo.

Teoria geocêntrica e teoria heliocêntrica

Gravura do cosmógrafo alemão/holandês

Andreas Cellarius (1596-1665), publicada

no Atlas Harmonia Macrocosmica, entre 1660

e 1661. Nessa imagem, está representado

o sistema geocêntrico, com a Terra

ocupando posição central no sistema.

Gravura de Andreas Cellarius, publicada

no Atlas Harmonia Macrocosmica, em 1708.

Nessa imagem está representado o sistema

heliocêntrico, com o Sol na região central

do sistema e os planetas ao seu redor.

Ao longo do tempo, os seres huma-

nos discutiram e apresentaram teorias

sobre o Sistema Solar e sua organização.

Entre elas, destacam-se a geocêntrica e

a heliocêntrica.

Na teoria geocêntrica, considerou-se

que a Terra estava no centro do Univer-

so e os demais planetas se moviam em

uma órbita circular ao redor dela. As

estrelas estariam posicionadas em torno

dos planetas.

Essa teoria predominou no meio

científico por, aproximadamente, 1500

anos. Ela era defendida por diferentes

estudiosos, como os gregos Aristóteles

(384 a.C.-322 a.C.) e Ptolomeu (90 d.C.-

-168 d.C.).

A teoria heliocêntrica foi publicada

em 1543, no livro do astrônomo polonês

Nicolau Copérnico (1473-1543). Essa te-

oria defendeu a ideia, que também foi

proposta pelo estudioso grego Aristarco

(310 a.C.-230 a.C.) de que o Sol estava

no centro do Sistema Solar. De acordo

com ela, a Terra e os demais planetas

giravam em torno do Sol, em órbitas.

BI

BL

IO

TE

C

A

BL

IC

A

D

E

N

O

VA

Y

O

RK

, E

U

A

BI

BL

IO

TE

C

A

BL

IC

A

D

E

N

O

VA

Y

O

RK

, E

U

A

Professor, professora: Ao finalizar a explicação das teorias geocêntrica e heliocêntrica, comente com

os alunos que, por volta de 1610, Galileu Galilei utilizou uma luneta e observou quatro satélites naturais

de Júpiter. Com isso, ele notou a existência de astros que não giravam ao redor da Terra. Esse fato

reforçou a teoria heliocêntrica e contribuiu para que a teoria geocêntrica perdesse sua credibilidade.

Professor, professora: Os símbolos

dos elementos químicos e as fórmulas

químicas das substâncias serão

apresentadas na primeira

ocorrência, por capítulo.

28

• Explique aos alunos que as teo-

rias heliocêntrica e geocêntrica se

baseavam nos conhecimentos e

nas observações da época em que

foram elaboradas. Assim, os estu-

diosos desse período formularam

suas teorias com base nas percep-

ções da época e em suas crenças,

e, conforme a ciência e a tecnolo-

gia evoluíram, as pesquisas científi-

cas foram aprimoradas e o conhe-

cimento ampliado. Enfatize que

a ciência continua em constante

desenvolvimento. Esta abordagem

contribui para o trabalho com a

Competência específica de Ciên-

cias da Natureza1 da BNCC.

• Comente com os alunos que,

devido ao desenvolvimento de re-

cursos tecnológicos, atualmente,

temos contínuas

,

descobertas cien-

tíficas na Astronomia. Um exemplo

disso é a quantidade de mais de

5 mil planetas identificados fora do

Sistema Solar, conhecidos como

exoplanetas.

planeta Terra

país - Brasil

Universo

observável

6.

Sistema Solar

5.

7.

superaglomerado

de galáxias

2.1.

grupo local

de galáxias3.

Via Láctea4.

29

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Universo e Sistema Solar

Muitas vezes, quando nos perguntam “Qual é o seu endereço?”, nos limitamos a

dizer o nome da rua em que moramos e o número da residência, por exemplo. E se

a pergunta for: “Qual é o seu ‘endereço’ no Universo?”? Para ajudar você a responder

a essa questão, verifique a imagem a seguir.

Em seu caderno, faça um esquema semelhante ao apresentado anteriormente,

representando o seu “endereço” no Universo.

Como você pode perceber no esquema, a Terra é apenas uma ínfima porção de

um Universo imenso. Estudar essa imensidão, seus astros e os fenômenos que se

relacionam a eles é o objetivo da Astronomia. Essa ciência nos permite não apenas

conhecer melhor o Universo e seus astros, como também compreender fenômenos

que observamos na Terra, como as estações do ano, a duração do dia e da noite e

os eclipses.

Questão 6.

Representação da localização de uma residência localizada

no centro do município de Uberlândia, MG, considerando

dimensões astronômicas e locais.

Fonte de pesquisa: OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima O. A escala do Universo.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/escala/escala.htm.

Acesso em: 2 ago. 2022.

Representação com

elementos não proporcionais

entre si e sem proporção

de distância entre os astros.

Cores-fantasia.

estado8. município9. bairro10.

Minas Gerais Uberlândia Centro

H

EL

O

ÍS

A

PI

N

TA

RE

LL

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

Questão 6. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos façam um esquema que apresente Universo

observável → superaglomerado de galáxias → grupo local de galáxias → Via Láctea → Sistema

Solar → planeta Terra → Brasil → estado → município → bairro. Os alunos também podem

completar com o nome da rua e o número da residência, por exemplo.

29

• Para auxiliar os alunos na ques-

tão6, faça cópias do diagrama a

seguir e distribua para eles, orien-

tando-os a preenchê-lo.

Eu moro na

rua/avenida

Que fica

no bairro

Que se localiza

no município

A qual se localiza

no estado

E que está

inserida no país

O qual faz parte

do continente

Que se localiza

no planeta

Que faz parte

do Sistema

E que faz parte

da galáxia

Com outras

galáxias e astros,

esses elementos

compõem o

A resposta depende

do local em que o

aluno vive.

A resposta depende

do local em que o

aluno vive.

A resposta depende

do local em que o

aluno vive.

A resposta depende

do local em que o

aluno vive.

Brasil.

Americano.

Terra.

Solar.

Via Láctea.

Universo.

LA

ÍS

G

AR

BE

LI

N

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

http://astro.if.ufrgs.br/escala/escala.htm

Os estudos de Astronomia envolvem distâncias tão grandes que se torna in-

conveniente utilizar o quilômetro como unidade de medida, por exemplo. Por

isso, os astrônomos desenvolveram uma unidade de medida especial, conhecida

como ano-luz.

30

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Galáxias

As galáxias são grandes agrupamentos de estrelas que podem apresentar dife-

rentes formatos e tamanhos. Além de estrelas, as galáxias são formadas por outros

astros, poeira e gás.

Estima-se que existam bilhões de galáxias no Universo. Uma delas é a Via Láctea,

onde se encontra o Sistema Solar. Ao observar o céu noturno, da superfície da Terra,

é possível ver parte dessa galáxia, semelhante a uma faixa luminosa esbranquiçada e

com aparência leitosa. Analise as imagens a seguir.

Parte da Via Láctea observada no céu noturno

em Agoudal, Marrocos, em 2021.

Imagem da Via Láctea no espaço, produzida

em computador com base em informações e

estudos sobre essa galáxia.

Imagem da Proxima

Centauri obtida pelo

telescópio Hubble.

Ano-luz

Vácuo: em Astronomia, refere-se a uma região do espaço que não contém matéria.

Essa unidade de medida equivale à distância que a

luz percorre em um ano, no vácuo. Nessa condição, a luz

percorre, aproximadamente, 300 000 quilômetros em um

segundo. Em um ano, esse valor equivale a 9,5 trilhões de

quilômetros.

Depois do Sol, a estrela mais próxima da Terra é a

Proxima Centauri, que se encontra a uma distância apro-

ximada de 4,2 anos-luz da Terra. Assim, a luz captada pela

câmera do telescópio Hubble, para obter a imagem dessa

estrela, foi emitida por ela há, aproximadamente, 4,2 anos.

AC

H

RA

F

LA

Z

RA

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

M

AR

K

G

AR

LI

C

K/

SP

L/

FO

TO

AR

EN

A

ES

A/

H

U

BB

LE

/N

AS

A

Professor, professora: Ao comentar sobre a Via Láctea, explique que esse nome

significa "caminho de leite" devido a sua aparência leitosa.

30

• O conteúdo das páginas29 a41

favorece o desenvolvimento da ha-

bilidade EF09CI14 da BNCC, pois

aborda a composição e a estrutura

do Sistema Solar, bem como sua lo-

calização na galáxia e no Universo.

• Ao abordar o conceito de ano-luz,

apresente aos alunos o site indicado a

seguir. Disponível em: https://www.

ufmg.br/espacodoconhecimento/

adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-

ano-luz/. Acesso em: 23 jul. 2022.

Ele também aborda os conceitos

de minutos-luz e segundos-luz.

Após a leitura pergunte a eles por

que consideram que não é adequa-

do utilizar o sistema de medidas

convencional para distâncias quan-

do pensamos em corpos celestes.

• Informe aos alunos que a Via

Láctea tem diâmetro de aproxi-

madamente 100 000 anos-luz, e

sua espessura tem cerca de 16000

anos-luz.

• Ao trabalhar a imagem da Proxi-

ma Centauri obtida pelo telescó-

pio Hubble, diga aos alunos que

esse telescópio se encontra a uma

distância de aproximadamente

600 km de altura da superfície da

Terra. Considerando a dimensão da

distância em anos-luz, a distância

do Telescópio Hubble até a super-

fície terrestre é quase insignifican-

te. Por isso, considera-se que a luz

captada pelo telescópio foi emitida

há aproximadamente 4,2anos.

https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/

https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/

https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/

https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/

1.

2.

3.

31

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Asteroides, cometas e meteoroides

Possivelmente, você já deve ter ouvido os termos asteroide, cometa e meteoroide.

Afinal, o que são esses corpos celestes e qual é a diferença entre eles?

Os asteroides são corpos celestes rochosos que giram ao redor do Sol e apre-

sentam formatos irregulares, com dimensões que variam em torno de 1000 km de

diâmetro. Já os cometas são corpos celestes menores, em órbita ao redor do Sol,

constituídos principalmente por gelo e poeira.

Cometa Halley em sua última aparição, no dia 12 de março de 1986.

A imagem foi obtida por um telescópio.

O núcleo (1) dos cometas é rochoso e contém materiais congelados e grãos

de material rochoso. Quando se aproximam do Sol, os materiais congelados se

tornam gasosos. Esses gases arrastam os grãos sólidos, formando uma nuvem de

gás e poeira ao redor do núcleo, a chamada cabeleira (2). Além dela, forma-se uma

cauda (3), composta de gás e poeira, que se torna brilhante ao refletir a luz solar.

Essa cauda pode atingir milhões de quilômetros de comprimento.

Cometa Halley: aproximadamente 11 km

de diâmetro quando próximo da Terra.

,

Corpos celestes rochosos menores do que os asteroides, ou pedaços de aste-

roides e cometas, são chamados meteoroides. Quando um meteoroide penetra na

atmosfera terrestre, ele é aquecido devido ao atrito com o ar e se torna incandes-

cente, deixando um rastro de luz. Esse fenômeno é chamado meteoro e é conhecido

popularmente como estrela cadente.

Geralmente, os meteoroides são destruídos durante sua passagem pela atmosfera

terrestre. Caso isso não aconteça, os fragmentos que atingem a superfície terrestre

recebem o nome de meteoritos.

RO

YA

L

O

BS

ER

VA

TO

RY

, E

D

IN

BU

RG

H

/S

PL

/F

O

TO

AR

EN

A

O cometa Halley leva aproximadamente 76 anos para dar uma volta comple-

ta em torno do Sol. Sabendo-se o ano de sua última aparição, quando é esperado que

ele possa ser avistado novamente da superfície da Terra?

Questão 7.

Questão 7. Resposta: O objetivo desta questão é incentivar os

alunos a analisar a situação e os dados apresentados a fim de

formular a resposta. Espera-se que eles citem que a próxima aparição está prevista para o ano de 2062.

Para esse cálculo, devem somar 1986 – ano da última aparição – a 76 – valor do tempo que o cometa

leva para dar uma volta completa em torno do Sol. Auxilie-os, caso necessário.

31

• A penúltima passagem do co-

meta Halley pode ser utilizada pa-

ra articular os conhecimentos do

componente curricular de Ciên-

cias com o componente curricular

de História. Para que os alunos

vivenciem o contexto histórico da

época, acesse com eles algumas

reportagens do jornal O paiz de 17

de maio, 18 de maio e 19 de maio

de 1910. Explique a eles que foi a

penúltima vez que esse cometa foi

avistado no Brasil. Mostre a eles

que os jornais, como outros docu-

mentos históricos, auxiliam-nos a

compreender o contexto dos acon-

tecimentos do passado.

O PAIZ, Rio de Janeiro, nº 9 355,

17 maio 1910. Disponível em:

http://memoria.bn.br/docreader/

DocReader.aspx?bib=178691_04&

pagfis=1810.

Acesso em: 14 jun. 2022.

O PAIZ, Rio de Janeiro, nº 9 356,

18 maio 1910. Disponível em:

http://memoria.bn.br/docreader/

DocReader.aspx?bib=178691_04&p

agfis=1824.

Acesso em: 14 jun. 2022.

O PAIZ, Rio de Janeiro, nº 9 357,

19 maio 1910. Disponível em:

http://memoria.bn.br/DocReader/

DocReader.aspx?bib=178691_04&p

agfis=1836.

Acesso em: 14 jun. 2022.

• Comente que o cometa passou

no dia 18 de maio daquele ano, mas

a notícia repercutiu por dias e as-

sustou parte da população. Mostre

que a ortografia de várias palavras

foi alterada ao longo do tempo,

estabelecendo conexão com o

componente curricular de Língua

Portuguesa. Auxilie os alunos na

busca dos significados das palavras

desconhecidas.

• Questione-os sobre por que a

passagem do cometa assustava a

população, o que as pessoas imagi-

navam que aconteceria.

Atividade a mais

• Peça aos alunos que leiam um texto do

ano de 1986, última vez que o cometa Hal-

ley passou próximo à Terra. Disponível em:

https://www.revistas.usp.br/rusp/article/

view/132123/128232. Acesso em: 14 jun. 2022.

• Questione-os sobre como a ampliação de

informações sobre o cometa e os corpos ce-

lestes contribuiu para desmistificar esse fenô-

meno natural.

• Comente com os alunos que o cometa Hal-

ley recebeu esse nome em homenagem ao

seu descobridor, o astrônomo inglês Edmond

Halley (1656-1742). Por meio de cálculos e de

observações dos astros, Halley verificou que

esse cometa apresentava aparições periódi-

cas. O tempo que tal corpo celeste leva para

completar sua órbita em torno do Sol é de

aproximadamente 76anos.

• A questão7 aborda a próxima aparição do

cometa Halley. Verifique se os alunos sabem

que a última passagem foi em 1986, sendo

necessário realizar a soma de 76anos para

descobrir.

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1810

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1810

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1810

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1824

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1824

http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1824

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1836

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1836

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1836

https://www.revistas.usp.br/rusp/article/view/132123/128232

https://www.revistas.usp.br/rusp/article/view/132123/128232

32

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Sistema Solar

O texto a seguir apresenta informações sobre sondas espaciais. Leia-o.

Projetadas e desenvolvidas pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), as sondas

Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas ao espaço em 1977, com objetivo de conduzir

estudos sobre os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Foi por meio dessas sondas, por exemplo, que o ser humano descobriu vulcanismo

em outro astro do Sistema Solar. Um dos satélites naturais de Júpiter, chamado IO,

tinha vulcões ativos.

Em 2012 e 2018, as duas sondas Voyager entraram no espaço interestelar. Atual-

mente, a bilhões de quilômetros de distância da Terra, ambas possibilitam o estudo

desse espaço pelos cientistas. Glossário

Além das missões espaciais que enviaram as sondas Voyager 1 e 2 ao espaço, inú-

meras outras foram realizadas ao longo dos anos. Elas possibilitaram ao ser humano,

por exemplo, conhecer mais sobre o Sistema Solar e seus astros e, então, propor

sua estrutura e organização. Atualmente, sabe-se que os planetas e outros astros que

compõem tal sistema giram ao redor do Sol em órbita elíptica.

O Sol, por sua vez, concentra 99% da massa presente no Sistema Solar. Isso explica

por que ele exerce uma forte atração gravitacional sobre os demais corpos, como os

planetas, fazendo-os girar ao seu redor.

Representação da estrutura das sondas espaciais Voyager 1 e 2.

Glossário

Sonda espacial: veículo espacial não tripulado, utilizado para o estudo do Universo e seus astros.

N

AS

A

Professor, professora: Ao abordar

o tema sonda espacial, comente com os alunos que as sondas Voyager 1 e 2 são idênticas.

32

• Pesquise com os alunos histó-

rias em quadrinhos que abordem

temas sobre o Universo. A fim de

desenvolver a interpretação de tex-

to, peça a eles que observem as

imagens e tentem descobrir qual

é o assunto tratado na história.

Solicite-lhes que leiam os diálogos

e expliquem o que entenderam da

narrativa. Além de estabelecer uma

conexão com o componente cur-

ricular de Língua Portuguesa no

trabalho com os gêneros textuais,

esta atividade permite o desenvol-

vimento da Competência geral4

da BNCC, pois incentiva a interpre-

tação de diferentes linguagens (vi-

sual e escrita).

• Após a leitura, peça aos alunos

que elaborem uma tira baseada na

história em quadrinhos na qual ex-

plorem as principais ideias aborda-

das no material analisado. Trabalhe

esta atividade em parceria com o

professor do componente curricu-

lar de Língua Portuguesa.

• Ao final, solicite aos alunos que

troquem as tiras entre si, propor-

cionando um intercâmbio de expe-

riências e de ideias.

Atividade a mais

33

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

A seguir, vamos estudar com mais detalhes o Sistema Solar e seus planetas

constituintes.

Representação do Sistema Solar e seus

planetas constituintes.

Representação do planeta Mercúrio.

Fonte de pesquisa: NASA. Planets. Disponível em:

https://solarsystem.nasa.gov/planets/overview/.

Acesso em: 3 maio 2022.

Planetas rochosos

Os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são classificados como planetas

rochosos. Eles se caracterizam por ter superfície com grande quantidade de rochas,

a chamada crosta. Além disso, os planetas rochosos têm poucos ou nenhum satélite

natural

,

e são menores e mais densos que os planetas gasosos.

Devido à maior proximidade com o Sol, as órbitas dos planetas rochosos são

menores e, por isso, eles levam menos tempo para dar uma volta completa ao redor

dessa estrela. Conheça a seguir mais informações sobre cada um dos planetas rochosos.

Mercúrio

Localiza-se a, aproximadamente, 58 milhões de km

do Sol e leva cerca de 88 dias terrestres para

dar uma volta completa ao redor dessa estrela.

Esse planeta tem diâmetro de 4,9 mil km e tempe-

ratura média na superfície variando de − 180 ° C

a 430 ° C .

A atmosfera de Mercúrio é quase inexistente.

Ela contém, principalmente, sódio (Na ) e gás hélio,

além de uma pequena quantidade de outros gases.

Representação com elementos não proporcionais entre si

e sem proporção de distância entre os astros. Cores-fantasia.

MercúrioSol

Terra

Vênus

Marte

Júpiter

Urano

Netuno

Saturno

D

1

M

IN

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

KS

AN

AW

O

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

Representação com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

33

• Se julgar interessante, promova

uma peça teatral sobre o Sistema

Solar. Uma referência possível pa-

ra a peça pode ser encontrada no

link indicado a seguir. Disponível

em: http://www.oba.org.br/mural/

pecateatral.htm. Acesso em: 14

jun. 2022. Esta atividade permite

uma conexão com o componente

curricular de Arte e a abordagem

da Competência geral3 da BNCC,

pois encoraja os alunos a fruir algu-

mas manifestações artísticas.

• Verifique com a direção da esco-

la se há um espaço disponível para

a apresentação da peça e um local

para os alunos realizarem os en-

saios. Averigue a possibilidade de

utilizar materiais acessíveis e de bai-

xo custo. Verifique também se é vi-

ável convidar a comunidade escolar

para assistir à apresentação teatral

dos alunos.

• Divida os alunos em grupos, sen-

do um deles responsável pela inter-

pretação, necessitando ensaiar as

falas e os movimentos, e outro pela

confecção de adereços, vestimen-

tas e cenário, além da maquiagem

dos atores.

Atividade a mais

http://www.oba.org.br/mural/pecateatral.htm

http://www.oba.org.br/mural/pecateatral.htm

https://solarsystem.nasa.gov/planets/overview/

34

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Vênus

Localiza-se a 108 milhões de km do Sol e leva,

aproximadamente, 225 dias terrestres para dar uma

volta ao redor dessa estrela. Vênus tem cerca de

12 mil km de diâmetro, e a temperatura média na

sua superfície é de 470 ° C .

A atmosfera desse planeta é formada, principal-

mente, por dióxido de carbono ( CO 2 ) . Em virtude de

sua atmosfera e da proximidade com o Sol, Vênus é

o planeta mais quente do Sistema Solar. Esse planeta

pode ser visto a olho nu da superfície terrestre e é co-

nhecido como Estrela-d’alva ou Estrela Vespertina. As-

sim como Mercúrio, Vênus não tem satélites naturais.

Representação do planeta Vênus.

Representação do planeta Terra.

Representação do planeta Marte.

Representações com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

KS

AN

AW

O

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

M

IC

H

AE

L

RO

SS

KO

TH

EN

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

TY

RA

N

N

O

SA

U

RU

S

RE

X

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

Marte

Localiza-se a, aproximadamente, 228 milhões de km

do Sol e leva cerca de 687 dias terrestres para com-

pletar uma volta ao redor dessa estrela. Marte tem

cerca de 6,8 mil km de diâmetro, e a temperatura

média na sua superfície varia de − 153 ° C a 20 ° C .

Terra

Localiza-se a, aproximadamente, 149,5 milhões

de km do Sol e leva cerca de 365 dias para

completar uma volta ao redor dessa estrela.

A Terra tem cerca de 12,7 mil km de diâmetro, e

a temperatura média na sua superfície varia de

− 88 ° C a 58 ° C .

Quais são os principais gases que compõem a atmosfera da Terra?Questão 8.

Marte apresenta atmosfera rica em dióxido de carbono com pequenas quanti-

dades de outros gases. Além disso, tem dois satélites naturais e é conhecido como

Planeta Vermelho, pois a olho nu é visto da superfície terrestre com uma coloração

avermelhada.

Questão 8. Resposta: O objetivo desta questão é os alunos expressarem seus conhecimentos prévios sobre

o tema. Espera-se que eles citem o gás nitrogênio, o gás oxigênio, o gás carbônico, o vapor de água, entre

outros gases.

34

• Acesse com os alunos o simulador

indicado a seguir. Disponível em:

https://www.solarsystemscope.

com/. Acesso em: 9 jun. 2022. Ne-

le, eles podem clicar nos corpos

celestes e obter informações gerais

sobre a órbita e a estrutura de cada

um deles. Ao clicar nos planetas,

os alunos poderão ver os corpos

presentes nas órbitas, como as lu-

as. Esse simulador permite maior

interatividade com eles, contribuin-

do para a aprendizagem do tema,

além de contemplar a Competên-

cia geral5 da BNCC, pois incentiva

o uso de tecnologias digitais para

acessar informações e conheci-

mentos.

• Relembre os alunos da importân-

cia da atmosfera para a manuten-

ção da temperatura. Averigue se

eles percebem que a composição

química da atmosfera dos plane-

tas interfere em suas temperaturas

médias.

• Ao comentar sobre a tempera-

tura da Terra, apresente aos alunos

a reportagem indicada a seguir.

Disponível em: https://www.unep.

org/pt-br/noticias-e-reportagens/

reportagem/o-aumento-alarmante-

da-temperatura-global. Acesso em:

14 jun. 2022.

• Questione os alunos sobre como as ações hu-

manas têm alterado a temperatura média da Terra.

Trata-se de um momento oportuno para abordar

o tema contemporâneo transversal Educação am-

biental e desenvolver um trabalho com a Compe-

tência geral7 e a Competência específica de Ci-

ências da Natureza5 da BNCC, pois encoraja os

alunos a argumentar e a expor pontos de vista que

promovam a consciência socioambiental.

https://www.solarsystemscope.com/

https://www.solarsystemscope.com/

https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global

https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global

https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global

https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global

35

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

TR

IS

TA

N

3

D

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

M

AR

C

EL

C

LE

M

EN

S/

SH

U

TT

ER

ST

O

C

K

Planetas gasosos

Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são conhecidos como planetas gasosos. Eles são

os mais distantes do Sol, constituídos principalmente por gases e apresentam muitos

satélites naturais e anéis, compostos por poeira, pequenas rochas e gelo. Conheça a

seguir mais informações sobre esses planetas.

Saturno

Localiza-se a 1,42 bilhão de km do Sol e leva,

aproximadamente, 29 anos terrestres para com-

pletar uma volta ao redor dessa estrela. Tem

120,5 mil km de diâmetro, e a temperatura média

é de − 170 ° C .

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema

Solar e o último dos planetas visíveis a olho nu.

Ele ficou conhecido como planeta dos anéis. De

acordo com a Nasa, até o ano de 2018, haviam

sido confirmados 53 satélites naturais na órbita

de Saturno.

A atmosfera desse planeta é composta, prin-

cipalmente, por gases hidrogênio e hélio.

Representação do planeta Júpiter.

Representação do planeta Saturno.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Júpiter

Localiza-se a, aproximadamente, 778 milhões

de km do Sol e leva cerca de 11,8 anos terrestres

para completar uma volta ao redor dessa estrela.

Tem 142,9 mil km de diâmetro e temperatura

média de − 140 ° C .

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar –

seu diâmetro é cerca de 11 vezes maior que o

da Terra.

De acordo com a Agência Espacial

,

Americana (Nasa), até o ano de 2018, haviam

sido identificados 79 satélites naturais de Júpiter. Desses satélites, quatro são chama-

dos luas galileanas, pois foram descobertos em 1610 por Galileu Galilei. São eles: Io,

Europa, Ganimedes e Calisto.

Júpiter é constituído, principalmente, pelos gases hidrogênio ( H 2 ) e hélio. Esse pla-

neta também apresenta três anéis finos, embora eles não sejam facilmente visíveis.

35

• Divida a turma em quatro grupos

e peça a cada equipe que pesqui-

se informações sobre os planetas

gasosos. Sugira os seguintes sites a

eles:

JÚPITER. Centro Ciência Viva do Al-

garve. Disponível em: http://www.

ccvalg.pt/astronomia/sistema_

solar/jupiter.htm. Acesso em: 14

jun. 2022.

HAMILTON, Calvin J. Saturno. As-

tronomia e Astrofísica – UFRGS. Dis-

ponível em: http://astro.if.ufrgs.br/

solar/saturn.htm. Acesso em: 14

jun. 2022.

URANO. Centro Ciência Viva do Al-

garve. Disponível em: http://www.

ccvalg.pt/astronomia/sistema_

solar/urano.htm. Acesso em: 14 jun.

2022.

NEPTUNO. Centro Ciência Viva do

Algarve. Disponível em: https://

ccvalg.pt/astronomia/sistema_

solar/neptuno.htm. Acesso em: 14

jun. 2022.

• Distribua cartolina e lápis de cor

para cada grupo e peça aos alunos

que ilustrem e escrevam as princi-

pais informações sobre o planeta

escolhido. Solicite-lhes, ainda, que

apresentem seus trabalhos aos co-

legas. É importante incentivar o tra-

balho em grupo, a troca de ideias e

a cooperação entre os alunos.

• Questione sobre a estrutura e a

atmosfera de cada planeta e peça-

-lhes que listem as semelhanças e

as diferenças entre cada um eles e

a Terra. Pergunte também se seria

possível haver vida em algum deles.

Espera-se que os alunos concluam

que não, pois, mesmo que hou-

vesse água, ela permaneceria no

estado sólido por causa das baixas

temperaturas em suas atmosferas.

Esta abordagem permite o traba-

lho com a habilidade EF09CI16 da

BNCC, pois incentiva os alunos a

selecionar argumentos sobre a via-

bilidade de vida fora da Terra.

Atividade a mais

http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/jupiter.htm

http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/jupiter.htm

http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/jupiter.htm

http://astro.if.ufrgs.br/solar/saturn.htm

http://astro.if.ufrgs.br/solar/saturn.htm

http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm

http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm

http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm

https://ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/neptuno.htm

https://ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/neptuno.htm

https://ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/neptuno.htm

36

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Urano

Localiza-se a, aproximadamente, 2,8 bi-

lhões de km do Sol e leva cerca de 84 anos

terrestres para completar uma volta ao redor

dessa estrela. Tem diâmetro de 51,1 mil km , e

a temperatura média é de − 220 ° C .

Urano é o terceiro maior planeta do Sistema Solar e o que apresenta maior

quantidade de anéis, totalizando 13. De acordo com a Nasa, até 2018, já tinham sido

identificados 27 satélites naturais de Urano.

A atmosfera de Urano é composta, basicamente, pelos gases hidrogênio, hélio e

metano ( CH 4 ) .

Representação

do planeta Urano.

Representação do planeta Netuno.

Netuno

Localiza-se a, aproximadamente, 4,5 bi-

lhões de km do Sol e leva cerca de 165 anos

terrestres para completar uma volta ao

redor dessa estrela. Netuno tem cerca de

49 mil km de diâmetro, e sua temperatura

média é de − 200 ° C .

De acordo com a Nasa, até 2018, já ha-

viam sido identificados seis anéis e confir-

mados 13 satélites naturais de Netuno.

Netuno foi o primeiro planeta a ser

previsto por meio de cálculos matemáticos

e só depois foi observado por telescópios.

Nos planetários podemos observar detalhes do céu noturno e dos astros celestes

por meio de projeções e simulações que ocorrem em uma cúpula. Para saber se há um

planetário perto de você, acesse o site da Associação Brasileira de Planetários e realize uma

pesquisa.

PLANETÁRIOS do Brasil. Associação Brasileira de Planetários. Disponível em:

https://planetarios.org.br/planetarios-do-brasil/. Acesso em: 20 abr. 2022.

Sugestões complementares

A atmosfera desse planeta é composta de hidrogênio, hélio e outros gases.

Representações com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

BL

U

E

C

RA

YO

LA

/S

H

U

TT

ER

ST

O

C

K

M

AR

C

EL

C

LE

M

EN

S/

SH

U

TT

ER

ST

O

C

K

36

• Averigue com a escola a possi-

bilidade de visitar um planetário

próximo. No site da Associação

Brasileira de Planetários, presente

no Livro do Aluno, é possível pes-

quisar planetários fixos ou móveis,

disponíveis em cada estado do Bra-

sil. Se não for viável, peça aos alunos

que utilizem algum aplicativo de vi-

sualização do céu para dispositivos

móveis e localizem os planetas do

Sistema Solar no céu noturno. Com

antecedência, verifique um dia de

boa percepção e quais planetas es-

tarão visíveis no dia e na região de

observação, para instruir os alunos

sobre quais planetas eles devem

localizar e a direção em que deve-

rão olhar. A utilização de tecnolo-

gia nas observações astronômicas

possibilita que os alunos utilizem

ferramentas que fazem parte das

culturas juvenis.

https://planetarios.org.br/planetarios-do-brasil/

37

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Imagem do Sol, visto do espaço, com destaque às

explosões que ocorrem em sua superfície. Imagem

capturada pela sonda Solar Dynamics Observatory

(SDO), em 2014.

Evolução das estrelas

Analise a imagem e leia o trecho da reportagem a seguir.

O que será do Sol

quando ele morrer?

Restam-lhe 5 bilhões de anos

de vida. Mas o que será de nossa

estrela maior depois disso? [...]

[...]

O Sol está na metade da sua

existência. Seu fim será marcado

pela falta de hidrogênio em seu

núcleo, que provocará um colapso

em seu centro.

Essas reações nucleares fazem

com que o Sol inche em uma gi-

gante vermelha que eventualmen-

te pode engolir Mercúrio e Vênus.

Mas este não é o fim da história.

[...]

O QUE SERÁ do Sol quando ele morrer?

Tilt Uol, 18 jul. 2021. Disponível em: https://www.

uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/07/18/

o-que-sera-do-sol-quando-ele-morrer.htm.

Acesso em: 29 mar. 2022.

De acordo com pesquisas científicas, à medida que o Sol envelhece, ele se

torna mais brilhante e libera maior quantidade de energia luminosa e calor para o Sis-

tema Solar. Considerando esse fato, o que pode acontecer com a vida no planeta Terra

à medida que o Sol envelhece?

Questão 9.

O Sol é uma estrela. As estrelas são corpos luminosos com temperaturas muito

elevadas. Em seu interior ocorrem reações químicas que liberam grande quantidade

de energia, sendo a luz uma das formas dela. A energia gerada no núcleo da estrela

chega à sua superfície e é irradiada para o espaço. É por esse motivo que as estrelas

brilham.

As estrelas podem ser classificadas de acordo com diferentes aspectos, como sua

massa, composição química, brilho, idade, luminosidade, dimensão e temperatura.

A cor de uma estrela, por exemplo, indica a temperatura de sua superfície. Estrelas

que têm temperaturas mais elevadas emitem luz azulada ou branca, enquanto as que

apresentam temperaturas mais baixas emitem luz laranja ou vermelha.

SD

O

/N

AS

A

Questão 9. Resposta nas orientações ao professor.

37

• A questão9 aborda pesquisas

científicas acerca do envelhecimen-

to do Sol. Se necessário, peça aos

alunos que realizem uma pesquisa

sobre o assunto, para que eles pos-

sam apresentar mais detalhes em

suas respostas.

Esses corpos celestes são consti-

tuídos principalmente pelo gás hi-

drogênio, que é transformado em

gás hélio por meio de reações nu-

cleares que também liberam gran-

de quantidade de energia.

,

• Explique aos alunos que o Sol

tem uma vida estimada de 10bi-

lhões de anos. Como supõe-se que

o Sistema Solar tenha cerca de 5bi-

lhões de anos, o Sol atingirá seu fim

em 5bilhões de anos. Acredita-se

que, quando isso ocorrer, a superfí-

cie da Terra registrará a temperatu-

ra de 700 ° C , ou seja, haverá passa-

gem da água do estado líquido para

o gasoso.

• Estima-se que o centro desse as-

tro chegará a uma temperatura de

100milhões de graus kelvin. Expli-

que que o Sol se tornará uma es-

trela gigante vermelha com grande

luminosidade e consumirá Mercú-

rio, Vênus, a Terra e parte da órbita

de Marte.

Questão 9. O objetivo desta questão é levar os

alunos a refletir sobre como esse processo de

envelhecimento que está em andamento pode in-

terferir na vida da Terra e, consequentemente, na

própria existência humana, retomando os conhe-

cimentos prévios deles sobre a relação entre a luz

solar e a vida na Terra. Espera-se que os alunos res-

pondam que a vida como conhecemos hoje pode

ser muito prejudicada ou, até mesmo, desapare-

cer, visto que a temperatura média da superfície

da Terra aumentará significativamente, tornando-

-se inadequada às formas de vida. Além disso, a

água de rios, mares e oceanos poderá evaporar

por completo, inviabilizando a existência da quase

totalidade das espécies.

Resposta

https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/07/18/o-que-sera-do-sol-quando-ele-morrer.htm

1.

2.

3.

4.

5.

6.

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

38

Assim como as demais estrelas, o Sol apresenta um ciclo evolutivo, o qual envolve

nascimento, vida e morte. Confira a seguir.

No início do nascimento de uma estrela, a atra-

ção gravitacional faz ocorrer a aglomeração de

uma grande nuvem de gás e poeira existentes

nas galáxias, formando estruturas chamadas

protoestrelas. Essas estruturas apresentam uma

região central densa e uma área de poeira e

gases ao seu redor.

O acúmulo de massa faz a temperatura da

protoestrela aumentar a ponto de iniciar rea-

ções de fusão nuclear do hidrogênio.

Conforme o gás hidrogênio da estrela é con-

sumido, ela realiza fusão nuclear do gás hélio

em seu núcleo. Nessa fase, o núcleo estelar se

contrai e a parte externa se expande, aumen-

tando sua luminosidade e se tornando mais

avermelhada. Essa fase é conhecida como gi-

gante vermelha.

Nas estrelas que têm massa até oito vezes

maior que a do Sol, pode ocorrer a transfor-

mação de gás hélio em carbono (C ) e oxigê-

nio (O ) . Esse processo aumenta ainda mais sua

luminosidade e resulta nas chamadas supergi-

gantes vermelhas.

Após as fases mencionadas anteriormente, a

massa da estrela reduz e a parte externa dela

é lançada para fora, restando apenas o nú-

cleo envolto por gases. Essa fase é conhecida

como nebulosa planetária.

As estrelas que apresentam menor massa,

como o Sol, transformam-se em anãs brancas.

Esse tipo de corpo celeste se caracteriza por

ser denso e formado por carbono e oxigênio.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

Representação do ciclo evolutivo de uma

estrela de tamanho semelhante ao do Sol,

desde seu nascimento até sua morte.

Representação com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fonte de pesquisa: SARAIVA, Maria de Fátima O.

Etapas evolutivas das estrelas. Universidade Federal do

Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/

~fatima/ead/estrelas.htm. Acesso em: 16 mar. 2022.

GlossárioH

EL

O

ÍS

A

PI

N

TA

RE

LL

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

38

• A abordagem dos conteúdos

das páginas37 e38 contribui para

o desenvolvimento da habilidade

EF09CI17 da BNCC, pois eles tra-

tam do ciclo evolutivo de uma es-

trela, incluindo o Sol.

http://www.if.ufrgs.br/~fatima/ead/estrelas.htm

protoestrela

supergigante supernova

estrela

de

nêutrons

estrela

estrela

gigante

A.

protoestrela

supergigante supernova

buraco

negroestrela

B.

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

39

Representação do ciclo evolutivo de dois grupos de estrelas: as que apresentam massa entre

oito e 25 vezes a massa do Sol (grupo A) e as que apresentam massa superior a 25 massas

solares (grupo B).

Representações com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

O Sol é classificado como uma estrela anã amarela, que tem tamanho e tempera-

tura de uma estrela média. A temperatura média em seu núcleo é de 15 milhões ºC,

enquanto em sua superfície a temperatura média é de 5,5 mil ºC.

A estrela do Sistema Solar se formou há, aproximadamente, 4,6 bilhões de anos, sendo

composta basicamente de hidrogênio e hélio. Atualmente, o Sol se encontra na fase em

que ocorre a fusão nuclear do hidrogênio, representada na etapa 2 do esquema sobre

o ciclo evolutivo estelar, na página anterior. Estudos científicos sobre o Sol indicam que

ele se encontrará na fase de gigante vermelha em aproximadamente 6,5 bilhões de anos.

Se a estrela tiver uma massa inicial maior que oito vezes a massa do Sol, o ciclo

evolutivo é diferente do apresentado anteriormente. Verifique a seguir.

Como você pôde analisar, dependendo da massa inicial da estrela, nas fases finais,

é possível, por exemplo, haver a formação de uma supernova, em vez de uma nebu-

losa planetária. Além disso, dependendo da massa da estrela, a supernova poderá

dar origem a um buraco negro (imagem B) ou a uma estrela de nêutrons.

Fonte de pesquisa: COMINS, Neil F.; KAUFMANN III,

William J. Descobrindo o universo. Tradução: Eduardo Neto

Ferreira. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. p. 424.

Navegando pelo site do Zênite, você encontrará curiosidades, imagens de astros do

Universo e mais informações sobre a Astronomia. Vale a pena conferir.

Zênite. Disponível em: https://www.zenite.nu/. Acesso em: 20 abr. 2022.

Sugestões complementares

IL

U

ST

RA

ÇÕ

ES

: A

LE

X

AN

D

RE

D

E

SO

U

Z

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

Glossário

Professor, professora: Antes de explorar

a ilustração do ciclo evolutivo estelar,

se achar conveniente, comente com os alunos que o hidrogênio é considerado o combustível da estrela

e que o tempo de esgotamento dele depende da massa inicial da estrela. Além disso, estrelas de menor

tamanho têm maior tempo de vida estável. Isso ocorre porque estrelas de dimensões menores

consomem menos combustível do que as de dimensões maiores.

39

• O conteúdo abordado nesta pá-

gina favorece o desenvolvimento

da habilidade EF09CI17 da BNCC,

pois incentiva os alunos a analisar o

ciclo evolutivo das estrelas.

• Enfatize aos alunos que o ciclo

evolutivo das estrelas depende de

suas massas, ocorrendo, no caso

de estrelas com até oito vezes a

massa do Sol, a formação de uma

nebulosa planetária e, se a massa

inicial for maior, a constituição de

uma supernova, que, posterior-

mente, pode originar um buraco

negro ou uma estrela de nêutrons.

• É relevante reforçar a importân-

cia da tecnologia nas descobertas

astronômicas. Esse assunto permite

a abordagem do tema contempo-

râneo transversal Ciência e tecno-

logia. Explique aos alunos que mui-

tas representações são construídas

com base nos dados de diversos

equipamentos. Algumas informa-

ções captadas por esses instrumen-

tos não são visíveis ao olho do ser

humano.

https://www.zenite.nu/

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

40

A origem do Universo

Registros históricos mostram que diversas civilizações criaram narrativas mi-

tológicas sobre a origem do Universo. Nesses mitos, transmitidos de geração a

geração, seres com poderes sobrenaturais criaram o céu e a Terra, a noite e o

dia, as estrelas e outros astros do Universo.

Em geral, as explicações mitológicas sobre a origem do Universo são bem

diferentes das que consideramos atualmente, com base em

,

estudos científicos.

No entanto, elas foram importantes ao longo do tempo, pois levantaram muitas

questões sobre o Universo.

Verifique, a seguir, algumas explicações mitológicas sobre a origem do Universo.

Egito Antigo

Uma explicação do Egito antigo so-

bre a origem do Universo inclui nove

divindades, que surgiram do deus cria-

dor, Atum, e do deus dos oceanos pri-

mordiais, Nun. Atum criou Shu, deusa

do ar, e Tefnut, deus da umidade. Shu

e Tefnut geraram Geb, deus da terra, e

Nut, a deusa dos céus. Os seres huma-

nos vieram das lágrimas de Rá.

Grécia Antiga

Inicialmente existia somente o Caos,

a desordem. Caos gerou Érebo, a es-

curidão profunda, que se casou com

Nix, a noite. Nasceu então Hemera, o

dia. Assim, começou a haver ordem e

se formou Gaia, a Terra. Da união en-

tre Gaia e Tártaro (o mundo subterrâ-

neo) surgiram Urano, o céu, Montes,

as montanhas, e Pontos, o mar.

Diversidade

culturalRepresentações com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Representação das divindades egípcias

Nun – à esquerda – e Atum – à direita.

Representação de explicação mitológica

grega sobre a origem do Universo. IL

U

ST

RA

ÇÕ

ES

: R

O

D

RI

G

O

G

AF

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

O tema é ...

40

Objetivos

• Conhecer registros históricos de

diferentes civilizações sobre a ori-

gem do Universo.

• Valorizar a diversidade cultural.

• Esta seção permite o trabalho

da Competência geral1 da BNCC,

pois ela mostra que o conhecimen-

to é uma construção histórica e

cultural, e do tema contemporâneo

transversal Diversidade cultural

ao apresentar as explicações de

diferentes povos para a origem do

Universo.

• Questione se, nos dias atuais, os

agricultores e os pescadores ainda

observam os astros nas suas ativi-

dades. Averigue se os alunos reco-

nhecem que alguns profissionais

continuam se baseando nos astros.

Explique que os pescadores ainda

seguem um calendário lunar para

escolherem os melhores períodos

para a pesca. Assim, a astronomia

influencia o dia a dia de muitas pes-

soas e, independentemente das

explicações utilizadas para compre-

ender os fenômenos astronômicos,

elas ainda orientam suas atividades

por meio de suas observações.

• Acesse com os alunos a lenda babilônica

para a origem do Universo indicada a seguir e

peça-lhes que eles realizem sua leitura.

> O MITO babilônico da criação. GHTC. Dis-

poníveis em:

https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag07.html

https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag08.html

https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag09.html

Acessos em: 14 jun. 2022.

• Em seguida, distribua folhas sulfite e lápis de

cor aos alunos. Peça-lhes que façam uma ilus-

tração com base na lenda de criação do Uni-

verso apresentada. Aproveite a oportunidade

para estabelecer uma conexão com o com-

ponente curricular de Arte e a Competên-

cia geral3 da BNCC, encorajando os alunos

a fruir manifestações artísticas. Peça-lhes que

apresentem seus desenhos e expliquem sua

interpretação da lenda. Trata-se de uma opor-

tunidade de trabalhar o tema contemporâneo

transversal Diversidade cultural. É importan-

te conhecer as crenças dos povos antigos so-

bre a origem do Universo, dos astros e dos

seres vivos e valorizar esses conhecimentos.

Atividade a mais

https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag07.html

https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag08.html

https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag09.html

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

41

Agora, responda às questões a seguir no caderno.

1. Comente sobre a teoria científica e as explicações dos fenômenos naturais

feitas por diferentes povos, comparando-as.

2. Converse com um colega sobre a importância dessas explicações para as

antigas civilizações.

3. Atualmente, a teoria científica mais aceita sobre a origem do Universo é a do

Big Bang. Em sua opinião, ela é definitiva ou poderá mudar com o passar do

tempo? Justifique sua resposta.

China Antiga

No começo havia um ovo e dentro

dele estavam Yin e Yang, a escuridão e a

luz, o feminino e o masculino, o frio e o

calor, o seco e o molhado. Essas forças

opostas quebraram o ovo, e o que era

pesado desceu e formou a terra e o que

era leve flutuou e constituiu o céu.

Índia Antiga

De acordo com a cultura da Índia An-

tiga, o Universo não é criado uma única

vez, mas sim recriado e destruído em

intervalos de tempo específicos. Nessa

cultura, o Universo é representado por

um deus chamado Brahman.

Quando Brahman acorda, o mundo

se cria, e após 8,76 bilhões de anos, ele

dorme e o mundo se desfaz. Trata-se

de um ciclo sem começo específico, em

que o período de um dia para esse deus

equivale a 4 bilhões e 380 milhões de

anos terrestres.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Representação do deus Brahman,

criador do Universo na mitologia indiana.

Representação de explicação mitológica

chinesa sobre a origem do Universo.

RO

G

ÉR

IO

C

AS

AG

RA

N

D

E/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

RO

D

RI

G

O

G

AF

A/

AR

Q

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

Questões 1, 2 e 3. Respostas e instruções nas orientações ao professor.

41

• Ao abordar a questão1, se preci-

so, peça aos alunos que retomem

o conteúdo sobre as teorias cientí-

ficas na página20 e analisem se as

lendas têm explicações baseadas

em dados e informações que po-

dem ser averiguadas.

• Caso eles tenham dificuldades

para responder à questão2, per-

gunte-lhes se as lendas têm apenas

o objetivo de explicar as observa-

ções dos fenômenos da natureza

ou se elas faziam parte de suas

crenças.

• Aproveite para acompanhar o

aprendizado dos alunos na ques-

tão3, verificando se eles compre-

endem que uma teoria científica

não é uma verdade absoluta.

Questão 1. Os alunos podem co-

mentar que muitas das explicações

dos fenômenos feitas pelos diferen-

tes povos são narrativas fantásticas

baseadas em crenças e deuses, e

que o conhecimento científico é

baseado em observações e fatos.

Questão 2. Os alunos podem co-

mentar que as explicações feitas

pelos diferentes povos não serviam

apenas para tentar esclarecer os

fenômenos, mas também tinham

utilidades práticas no cotidiano das

pessoas, pois elas acreditavam que

os deuses podiam curar doenças,

animar os indivíduos, trazer fertili-

dade ao solo, entre outras funções.

Questão 3. Espera-se que os alu-

nos reconheçam que a ciência está

em constante construção. Na As-

tronomia e na Física, novos equi-

pamentos podem trazer dados

que reforçarão, complementarão

ou, até mesmo, refutarão as ideias

atuais.

Respostas

• A fim de complementar as questões, faça ou-

tras perguntas aos alunos: “O que eles gostariam

de aprender com pessoas de outra cultura?” e “O

que gostariam de ensinar a elas?”. Assim, pergun-

te a eles sobre a importância de pessoas de dife-

rentes culturas colaborarem entre si na troca de

conhecimentos.

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

42

Atividades Faça as atividades

no caderno.

1. Quais são as principais características dos planetas rochosos e dos planetas

gasosos?

2. Se observarmos o céu noturno durante algumas horas seguidas, poderemos no-

tar um movimento aparente das estrelas.

• A luz das estrelas é emitida no momento em que as observamos no céu? Jus-

tifique sua resposta.

3. O Sol é considerado uma estrela média, tanto em seu tamanho como em sua

temperatura. Ele é muito menor que diversas outras estrelas, e seu brilho tam-

bém é menos intenso. Porém, da Terra, percebemos o Sol como a estrela de

maior tamanho e brilho. Por quê?

4. A ilustração a seguir representa a órbita de um cometa ao redor do Sol. Verifique

a cauda dele nas diferentes posições ao redor da estrela.

a ) O que é um cometa?

b ) Por que sua cauda é mais brilhante próxima ao Sol?

Representação da órbita de um cometa ao redor do Sol.

cometa

cauda

Sol

,

Fonte de pesquisa:

OLIVEIRA FILHO, Kepler

de Souza; SARAIVA, Maria

de Fátima O. Corpos

menores do Sistema

Solar. Instituto de Física

da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul.

Disponível em:

http://astro.if.ufrgs.br/

comast/comast.htm.

Acesso em: 2 ago. 2022.

H

EL

O

ÍS

A

PI

N

TA

RE

LL

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA Representações

com elementos

não proporcionais

entre si.

Cores-fantasia.

1. Resposta nas orientações ao professor.

2. Resposta nas orientações ao professor.

3. Resposta: Porque o Sol está bem mais próximo da

Terra do que as outras estrelas.

4. a) Resposta: Cometas são corpos celestes constituídos

principalmente por gelo e poeira e orbitam o Sol.

4. b) Resposta nas orientações ao professor.

42

• A atividade 1 tem o objetivo de

relembrar as principais caracterís-

ticas dos planetas rochosos e dos

planetas gasosos. Se necessário,

revise o conteúdo das páginas33

a36 com os alunos.

• Se for preciso auxiliar os alunos

na resposta à atividade2, pergunte-

-lhes se a luz tem velocidade e pe-

ça-lhes que digam o que sabem so-

bre a unidade de medida anos-luz.

• A atividade 3 trata da proximi-

dade do Sol em relação ao planeta

Terra e da sua classificação como

estrela média. Se necessário, realize

uma atividade prática com os alu-

nos para que eles constatem a influ-

ência da distância na percepção do

tamanho de um objeto. Para isso,

disponha um objeto volumoso bas-

tante distante de um objeto menor

para que os alunos percebam que

o objeto volumoso pode parecer

menor devido à distância.

• Caso os alunos tenham dificulda-

des para responder à atividade4,

peça-lhes que relembrem as dife-

renças entre asteroides, cometas e

meteoroides.

1. Espera-se que os alunos comentem que os

planetas rochosos têm superfície com gran-

de quantidade de rochas, poucos ou nenhum

satélite e são menores, porém densos. Por

sua vez, os planetas gasosos, em cuja consti-

tuição prevalecem gases, apresentam muitos

satélites naturais e anéis, além de terem ta-

manhos proporcionalmente maiores quando

comparados aos planetas terrestres.

2. A luz das estrelas que observamos no céu

não corresponde àquela que está sendo emi-

tida naquele momento. Isso porque as estre-

las estão muito distantes da Terra. Em geral,

elas se encontram a anos-luz da Terra, ou se-

ja, a luz foi emitida há muitos anos.

4. b ) Porque, ao passar próximo ao Sol,

a temperatura elevada faz com que maior

quantidade de materiais congelados se torne

gasosa. Os gases arrastam os grãos de poeira,

formando uma nuvem chamada cabeleira ao

redor do núcleo e uma cauda que, ao refletir

a luz solar, torna-se brilhante.

Respostas

http://astro.if.ufrgs.br/comast/comast.htm

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

43

Gravura de

Leon Benett

representando

astrônomos

babilônicos

observando

os astros, feita

em 1877.

5. Há muito tempo, o ser humano se interessa pelos astros. Já foram encontrados re-

gistros astronômicos que datam de aproximadamente 7000 anos na China, na Babi-

lônia e no Egito. Com base nesses registros, os pesquisadores acreditam que a ob-

servação dos astros era feita principalmente com a finalidade de explicar aconteci-

mentos do cotidiano, como a cheia de rios e a melhor época para colheita e plantio.

a ) Além da determinação da cheia de rios e melhor época para colheita, por

quais outros motivos os povos da Antiguidade observavam os astros? Faça

uma pesquisa para responder a essa questão.

b ) Você já ouviu falar sobre algum povo que utilizava observações dos astros para

explicar algum acontecimento? Em caso afirmativo, o que você sabe sobre eles?

c ) O conhecimento é influenciado pela cultura. Pensando nisso, você considera

importante haver trocas de conhecimento entre os diferentes povos? Por quê?

d ) Em épocas como a representada na gravura, a comunicação entre diferentes re-

giões e povos, quando possível, era demorada. Atualmente, uma informação po-

de ser compartilhada com um grande número de pessoas em poucos segundos.

Converse com um colega sobre como esse fato pode impactar a produção de

conhecimento atualmente. Depois, compartilhem com a turma suas conclusões.

RO

YA

L

AS

TR

O

N

O

M

IC

AL

S

O

C

IE

TY

/S

PL

/F

O

TO

AR

EN

A

CO

LE

Ç

ÃO

P

AR

TI

C

U

LA

R

5. b) Resposta nas orientações ao professor.

5. c) Resposta nas orientações ao professor.

5. d) Resposta nas orientações ao professor.

5. a) Resposta: Espera-se que

os alunos respondam que,

além de determinar a cheia

de rios e a melhor época para

colheita, os povos utilizavam

a observação dos astros para

marcar o tempo, determinar

a reprodução dos animais,

orientar a época de caça; na

religiosidade, principalmente

na mitologia, em orientações

espaciais, entre outras

aplicações.

43

5. b ) Resposta pessoal. O objetivo

desta questão é que os alunos ex-

ponham seus conhecimentos sobre

a observação dos astros por dife-

rentes povos. Eles podem citar que,

no Egito Antigo, previa-se as cheias

anuais do rio Nilo observando os

astros. Essa informação era impor-

tante para determinar as épocas de

cultivo em suas margens.

c ) Resposta pessoal. Esta questão

visa levar os alunos a refletir sobre

a importância das trocas e colabo-

rações entre os povos e fazê-los re-

conhecer que o próprio desenvol-

vimento técnico-científico e cultural

não se deu de uma maneira isolada,

mas por meio de interações entre

diversos grupos afastados ou não,

contemporâneos ou não.

d ) Resposta pessoal. O objetivo

desta questão é levar os alunos a re-

fletir sobre como o conhecimento

atual é produzido e a importância

de seu compartilhamento. Como

sugestão de resposta, os alunos

Respostas

• A atividade 5 aborda a observa-

ção dos astros que ocorre há mi-

lhares de anos por diferentes civi-

lizações e para várias finalidades,

portanto trata-se de conhecimen-

tos que foram construídos histori-

camente pela humanidade. Esta ati-

vidade permite o trabalho sobre a

produção e a evolução do conheci-

mento científico, contribuindo para

o desenvolvimento da Competên-

cia geral1.

• Ao discutir os itensc ed, apro-

veite para relacioná-los com a pan-

demia da COVID-19 citando que a

colaboração e a troca de conheci-

mento entre vários laboratórios ao

redor do mundo possibilitaram o

desenvolvimento de vacinas em um

tempo menor do que se praticava

até então. Comente também que

isso só foi possível graças a pesqui-

sas anteriores e ao conhecimento

acumulado historicamente.

podem concluir que a partilha de informações e o

rápido acesso de outras pessoas contribuem para

o fortalecimento de determinados conhecimentos,

a reelaboração ou a rejeição de outros e a produ-

ção de novos conhecimentos. Além disso, permite

o acesso deles a tecnologias em diferentes regiões

do planeta e facilita pesquisas nas mais variadas áre-

as, fazendo com que muitos desses trabalhos se-

jam iniciados por meio de diversos conhecimentos

já produzidos.

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

44

6. O trecho da reportagem a seguir apresenta um fenômeno astronômico. Leia-o e

em seguida responda às questões.

Os buracos negros se formam de estrelas A (menores/muito maiores) que o Sol,

após o estágio conhecido como B (supernova/gigante vermelha). Eles são regiões

com grande C (massa/luminosidade) e, por isso, produzem campos gravitacio-

nais D (fracos/intensos).

Representação de

um buraco negro

elaborada pela Nasa.

Representação com

elementos não

proporcionais entre si.

Cores-fantasia.

M

AR

K

G

AR

LI

C

K/

SP

L/

FO

TO

AR

EN

A

Chuva de meteoros Lírida tem pico nesta madrugada

Até 18 meteoros por hora poderão ser vistos em céu limpo

[...]

Segundo o Observatório Nacional, até 18 meteoros por hora poderão ser vis-

tos nas condições ideais: céu limpo e local pouco iluminado. [...]

,

FRAGA, Fernando. Chuva de meteoros Lírida tem pico nesta madrugada. Agência Brasil, 22 abr. 2022. Disponível

em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/chuva-de-meteoros-lirida-tem-pico-nesta-madrugada.

Acesso em: 27 jul. 2022.

a ) Como os meteoros são popularmente conhecidos? Em sua opinião, por que

eles recebem esse nome?

b ) Explique por que o trecho da reportagem deu a recomendação reproduzida

a seguir.

“[...]

Segundo o Observatório Nacional, até 18 meteoros por hora poderão ser

vistos nas condições ideais: céu limpo e local pouco iluminado. [...]”

7. Analise a imagem e reescreva a frase a seguir no caderno, substituindo as letras

A, B, C e D pelas palavras ou expressões entre parênteses que a completam

corretamente.

6. a) Resposta: Os meteoros são popularmente conhecidos como

estrelas cadentes. Espera-se que os alunos digam que esse fenômeno

6. b) Resposta nas orientações ao professor.

7. Resposta: A – muito maiores; B – supernova; C – massa; D – intensos.

é conhecido por esse termo porque, quando os meteoroides atravessam a atmosfera terrestre, eles

se tornam incandescentes e deixam um rastro de luz no céu, ou seja, parece que o céu é “cortado”

por estrelas.

44

• Na atividade6, se for necessário

auxiliar os alunos na resposta aos

itens, lembre-os de que os mete-

oros parecem estrelas caindo do

céu. Com relação à luminosidade

durante a observação do céu, per-

gunte se eles já observaram o céu

longe da área urbana.

Se julgar oportuno, acesse a maté-

ria completa e leia-a com os alunos.

A utilização de um gênero textual

diferente na abordagem desta ati-

vidade contribui para o desenvolvi-

mento da Competência específica

de Ciências da Natureza6.

• Caso os alunos tenham dificulda-

des para responder à atividade7,

explique-lhes a qual ilustração da

página39 a imagem desta atividade

corresponde. Oriente-os a ler nova-

mente o ciclo evolutivo das estrelas

caso eles não completem a frase

corretamente.

6. b ) Os meteoros são visíveis a

olho nu porque ficam incandescen-

tes, ou seja, emitem luz, e fenô-

menos luminosos são mais visíveis

quando em ambientes escuros.

Assim, as luzes artificiais urbanas da

superfície terrestre podem ofuscar

a luz proveniente dos meteoros

no céu. Aproveite e diga que, para

enxergar os meteoros, é necessá-

rio que o céu não esteja nublado,

pois a presença das nuvens dificulta

a observação deles por alguém na

superfície da Terra. Nesse caso, as

nuvens, que se formam principal-

mente na troposfera, ocultam os

meteoros que atingem as camadas

superiores.

Resposta

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/chuva-de-meteoros-lirida-tem-pico-nesta-madrugada

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

45

Transporte do meteorito de Bendegó,

em 1887.

Meteorito de Bendegó armazenado,

durante a recuperação do Museu Nacional

do Rio de Janeiro, em 2020.

8. O maior meteorito encontrado no Brasil foi o Bendegó, em 1784. Ele recebeu

esse nome porque foi descoberto próximo ao riacho Bendegó, no interior da

Bahia. Com massa de 5,6 toneladas e com 2, 2 m de comprimento, seu choque

com o solo deu origem a uma pequena cratera. Pesquisadores acreditam que ele

tenha 1 bilhão de anos, mas a data em que chegou à Terra continua desconhecida.

Depois de muito esforço, ele foi transportado para o Rio de Janeiro, onde se

encontrava em exposição, no Museu Nacional. Mesmo com o incêndio ocorrido

em 2 de setembro de 2018, que destruiu a maior parte do Museu Nacional do

Rio de Janeiro, o meteorito de Bendegó permaneceu praticamente intacto.

a ) Pesquise qual é a composição do meteorito de Bendegó.

b ) Muitas vezes, as pessoas usam os termos meteoroide, meteoro e meteorito

como sinônimos. No entanto, eles têm significados diferentes. Explique com

suas palavras o que são cada um deles.

c ) Comente com os colegas sobre o que acidentes como o ocorrido no Museu

Nacional do Rio de Janeiro podem ocasionar para a sociedade.

9. Relacione as palavras apresentadas a seguir com as respectivas frases, formando

pares de letras e números.

estrelas planetas galáxias meteorito1. 2. 3. 4.

a ) Corpos esféricos rochosos ou gasosos, sem luz própria e que têm órbita

definida em torno de uma estrela.

b ) Regiões do espaço com grande concentração de gases e poeira interestelar

contendo bilhões de estrelas e que podem abrigar sistemas planetários.

c ) Corpos luminosos e esféricos, constituídos predominantemente por hidrogê-

nio e hélio em altas temperaturas.

d ) Parte de corpo celeste que penetrou na atmosfera terrestre e atingiu a super-

fície do planeta.

H

IS

TO

RI

C

IM

AG

ES

/A

LA

M

Y/

FO

TO

AR

EN

A

C

H

IC

O

F

ER

RE

IR

A/

PU

LS

AR

IM

AG

EN

S

8. a) Resposta: O meteorito de Bendegó é do tipo siderito, composto principalmente por ferro e níquel.

8. b) Resposta nas orientações ao professor.

8. c) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que desastres como o ocorrido no Museu

Nacional do Rio de Janeiro prejudicam estudos científicos e históricos que ajudam a compreender o

passado, o presente e o futuro da humanidade.

9. Resposta: a – 2; b – 3; c – 1; d – 4.

45

8. b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos

respondam que meteoroides são corpos rochosos

de tamanho menor que os asteroides, podendo

ser apenas pedaços destes. Meteoro é um fenô-

meno causado pelo atrito do meteoroide com o

ar quando penetra na atmosfera, tornando-se in-

candescente e deixando um rastro de luz. Meteori-

tos, por sua vez, são partes dos meteoroides que,

ao passarem pela atmosfera terrestre, não foram

queimadas por inteiro e, então, atingem a super-

fície terrestre.

Resposta

• Ao trabalhar a atividade8, acom-

panhe se os alunos conseguem

compreender que o meteorito de

Bendegó é formado principalmen-

te por ferro e níquel e auxilie-os na

identificação de fontes de pesquisa

confiáveis.

Quando os alunos responderem ao

itema, pergunte-lhes se é possível

relacionar a composição do mete-

orito Bendegó ao fato de este ter

resistido ao incêndio ocorrido em

2018. Averigue se eles associam o

alto ponto de fusão de seus com-

ponentes como uma possível expli-

cação para que tenha resistido ao

incêndio.

• Aproveite o assunto do itemc

para enfatizar a importância dos

museus e acervos para a conserva-

ção da história e da ciência de um

país. Sobre o desenvolvimento dos

museus, leia o trecho do texto a

seguir.

Foi no Renascimento que sur-

giram os primeiros sinais de uma

organização que se pode deno-

minar de Museu, a partir de cole-

ções particulares de nobres e es-

tudiosos que cultivavam o prazer

de reunir os mais variados obje-

tos. Agrupados aleatoriamente

em pequenos espaços, esses ob-

jetos eram visitados apenas por

convidados privilegiados [...]

GRUZMAN, Carla; SIQUEIRA, Vera Helena F.

de. O papel educacional do Museu de Ciências:

desafios e transformações conceituais. Re-

vista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias,

v. 6, n. 2, 2007. Disponível em: http://reec.

uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_

N2.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.

Um texto a mais

• Na atividade 9, se necessário, pe-

ça aos alunos que retomem os con-

ceitos de estrela, planeta, galáxia e

meteorito deste capítulo.

http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N2.pdf

http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N2.pdf

http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N2.pdf

46

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Leia o trecho de reportagem a seguir.

Como podemos perceber no trecho de reportagem, o planeta Terra nem sempre

apresentou características como as que conhecemos atualmente. Ele teria surgido há

cerca de 4,6 bilhões de anos e, desde então, passou por diversas transformações que

permitiram o surgimento e a evolução da vida como a conhecemos hoje.

Representação

,

preconizadas pela

BNCC para o respectivo ano de ensino, com uma se-

leção de conteúdos que possibilita a progressão das

aprendizagens dos alunos, a cada ano de ensino.

Os objetos de conhecimento

e as habilidades

De acordo com as aprendizagens essenciais, a

BNCC definiu um conjunto de habilidades para ca-

da componente curricular. Essas habilidades estão

relacionadas a diferentes objetos de conhecimento,

compreendidos como conteúdos, conceitos e pro-

cessos. Nesse sentido, a descrição das habilidades

é pautada nos seguintes elementos: nos processos

cognitivos envolvidos, nos objetos de conhecimen-

to mobilizados e nos contextos específicos em que

elas devem se desenvolver, considerando também a

faixa etária dos alunos.

Desenvolvido de acordo com a BNCC, cada vo-

lume desta coleção foi organizado de maneira a

contemplar as habilidades e suas respectivas rela-

ções com os objetos de conhecimento. Essas re-

lações podem ser identificadas pela maneira co-

mo os conteúdos foram estruturados e por suas

abordagens, bem como nas questões ao longo do

desenvolvimento dos conteúdos, nas seções e nas

atividades.

No Manual do professor, estão destacadas as

relações entre as habilidades desenvolvidas e seus

respectivos objetos de conhecimento e conteúdos,

a fim de que o professor tenha a segurança de, ao

utilizar o livro didático como apoio e ferramenta no

processo de ensino, contemplar as habilidades des-

critas na BNCC.

Os temas contemporâneos

transversais e a formação cidadã

De acordo com a BNCC, a inserção dos temas

contemporâneos transversais nos currículos e nas

propostas pedagógicas de maneira transversal e in-

tegradora favorece a participação social cidadã dos

alunos com base em princípios e valores democráti-

cos. Nesse sentido, o documento ressalta que:

[...] a abordagem de temas contemporâ-

neos [...] [afeta] a vida humana em escala lo-

cal, regional e global, preferencialmente de

forma transversal e integradora.

[...]

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum

Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 19. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_

versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

X

Apesar do destaque dado a esses temas no documento, essa demanda não é inédita. Ela

consolida orientações pedagógicas que estão presentes em diversos documentos oficiais

da área da Educação publicados nos últimos anos, os quais determinam que essas ques-

tões sejam abordadas com urgência e de forma contextualizada, incentivando o respeito

mútuo e a reflexão crítica dos alunos acerca de cada tema.

Entre os documentos que norteiam o trabalho com os temas contemporâneos trans-

versais da BNCC temos, por exemplo, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Básica (DCN), além de diversas leis e decretos, como o Estatuto da Criança e do Ado-

lescente (Lei número 8.069/1990), a Lei de Educação Ambiental (Lei número 9.795/1999,

Parecer CNE/CP número 14/2012 e Resolução CNE/CP número 2/2012), o Código de Trân-

sito Brasileiro (Lei número 9.503/1997), o Estatuto do Idoso (Lei número 10.741/2003), as

Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (Decreto número 7.037/2009,

Parecer CNE/CP número 8/2012 e Resolução CNE/CP número 1/2012), as leis que instituem

a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena (Leis número

10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP número 3/2004 e Resolução CNE/CP número

1/2004), o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE (Lei número 11.947/2009) e

as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos (Parecer

CNE/CEB número 11/2010 e Resolução CNE/CEB número 7/2010).

A seguir, consta uma breve explicação sobre os temas contemporâneos transversais

abordados nesta coleção.

Temas contemporâneos transversais

Educação

ambiental

Esse tema propicia o desenvolvimento da capacidade de identificar-se como parte

integrante da natureza e da sociedade, comprometendo-se com a proteção e a

conservação ambiental tanto em âmbito local quanto global. Desse modo, ele

desenvolve a consciência crítica do aluno sobre os problemas ambientais e o que é

possível fazer para resolvê-los.

Educação para

o consumo

O padrão de consumo está intrinsecamente ligado a ideologias, posicionamentos sociais,

escolhas políticas, compromisso ambiental etc. Esse caráter múltiplo permite que o

consumo se relacione facilmente com os temas contemporâneos Ciência e tecnologia,

Educação ambiental e Saúde. Assim, o trabalho com esse tema possibilita aos alunos

compreender de forma crítica a sua condição de consumidores.

Educação

financeira

A educação financeira está diretamente ligada à educação para o consumo, pois

possibilita conscientizar o aluno para utilizar bem o dinheiro. O trabalho com esse

tema desde a infância pode ajudar na formação de adultos mais cuidadosos em relação

ao que consomem, pois contribui na administração dos próprios recursos financeiros,

tendo em vista o consumo consciente.

Educação

fiscal

A educação fiscal é importante para o aluno conhecer o sistema tributário do país,

o valor da moeda, a importância dos impostos e como é feita a aplicação desses

recursos, incentivando atitudes cidadãs para reivindicar a melhoria de produtos e

serviços públicos ofertados com base nos impostos coletados pelo governo. Além

disso, a educação fiscal contribui para a prevenção de situações de fraudes.

Trabalho

Esse tema evidencia as relações de dependência, a distribuição desigual da riqueza

na maioria dos países e a importância de todas as profissões. Ao trabalhar esse tema,

deve-se considerar sua importância para a vida das pessoas e seu impacto tanto na

sociedade quanto na natureza.

XI

Ciência e

tecnologia

O estudo desse tema possibilita compreender como o ser humano se relaciona com

o ambiente ao seu redor e com os outros seres vivos, por meio das técnicas que

desenvolve, assim como ponderar as complexidades e consequências dessas relações.

Por meio dele, é possível abordar aspectos sociais e humanos da ciência e da tecnologia

e sua influência nos campos político, cultural, econômico e ambiental, trabalhando de

maneira crítica e expondo seus impactos positivos e negativos na sociedade.

Direitos da criança

e do adolescente

Uma das maneiras de colocar os direitos das crianças e dos adolescentes como parte

da cultura escolar é compreender a escola como espaço aberto para interação e troca

de ideias. Assim, o trabalho com esse tema visa conscientizar os alunos sobre seus

direitos e deveres, aliando-se diretamente à construção do diálogo para a paz e da

cidadania no espaço escolar.

Diversidade

cultural

Esse tema compreende o reconhecimento da diversidade étnica e cultural,

sensibilizando os alunos para a importância do respeito a essa diversidade. Nesse

aspecto, abordagens que embasem a valorização da diversidade cultural são propícias

para superar e combater qualquer situação de discriminação.

Educação em

direitos humanos

A educação em direitos humanos está claramente entrelaçada com a diversidade

cultural, pois nos dois casos são necessários o reconhecimento e o respeito à

diversidade étnica e cultural para valorizar as mais diversas formas de viver, de

expressar ideias, de manifestar crenças e tradições. Além disso, a educação em direitos

humanos é propícia para aproximar a noção de igualdade aos direitos e à dignidade do

indivíduo, incentivando a consciência crítica sobre a garantia de direitos como um dos

caminhos para o desenvolvimento pleno dos indivíduos em sociedade.

Educação para

o trânsito

O trabalho com esse tema em sala de aula contribui para que a escola transcenda o

conteúdo dos componentes curriculares, a fim de abarcar assuntos que promovam

a interação dos alunos com o meio social em que

,

com

elementos não

proporcionais entre si.

Cores-fantasia.

Representação da

Terra primitiva.

M

AR

K

G

AR

LI

C

K/

SP

L/

FO

TO

AR

EN

A

[…]

Do surgimento do planeta, 4,6 bilhões de anos atrás, até o fim do Arqueano,

período geológico encerrado há 2,5 bilhões de anos, a atmosfera terrestre pra-

ticamente não tinha oxigênio: era anóxica, assim como os mares, que tam-

bém eram mais rasos e ácidos. Apenas seres unicelulares primitivos, como

bactérias e arqueias, prosperavam naquelas condições. Uma transformação

importante começou por volta de 2,4 bilhões de anos atrás, quando as condi-

ções químicas desses ambientes mudaram e permitiram vicejar os microrga-

nismos (cianobactérias) capazes de fazer fotossíntese e liberar oxigênio. […]

ZORZETTO, Ricardo. Testemunhas de uma Terra primitiva. Pesquisa Fapesp, São Paulo, fev. 2022.

Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/testemunhas-de-uma-terra-primitiva/. Acesso em: 26 abr. 2022.

Qual é o assunto abordado no trecho de reportagem?

De acordo com o texto, quais eram as características da Terra primitiva?

Que condições existentes na Terra atualmente permitem a existência da vida

como a conhecemos hoje?

Questão 1.

Questão 2.

Questão 3.

CAPÍTULO

2 A vida na Terra

GlossárioAnóxico: refere-se àquilo que é desprovido de oxigênio.

Vicejar: desenvolver-se.

Questão 1. Resposta: O trecho de reportagem trata das condições extremas da Terra primitiva e de seres

vivos capazes de sobreviver nessas situações (bactérias e arqueias), além das condições que permitiram o

surgimento de cianobactérias, capazes de realizar a

fotossíntese, resultando na liberação do gás oxigênio.

Questão 2. Resposta:

A Terra primitiva era

anóxica, ou seja, não

tinha oxigênio na

atmosfera. Além disso, os

mares eram rasos, ácidos

e sem gás oxigênio.

Questão 3. Resposta nas orientações ao professor.

46

• Conhecer alguns eventos relacio-

nados à origem e à diversificação

dos seres vivos na Terra.

• Conhecer hipóteses científicas

sobre a origem da vida na Terra.

• Compreender o conceito de ge-

ração espontânea.

• Conhecer a astrobiologia e as evi-

dências de vida em outros planetas.

Objetivos do capítulo

Os conteúdos abordados no ca-

pítulo são importantes para que

os alunos conheçam os estudos

científicos sobre a origem da vi-

da na Terra, compreendendo as

condições que outros planetas do

Sistema Solar devem ter a fim de

que seja possível a presença de

vida nesses locais, bem como a

sobrevivência humana. Dessa for-

ma, este estudo fornece subsídios

para o trabalho com a habilidade

EF09CI16 da BNCC. Os temas do

capítulo permitem, ainda, a valo-

rização do conhecimento cien-

tífico construído historicamente

e a compreensão de fenômenos

naturais, de modo que os alunos

desenvolvam as Competências

gerais 1 e 2 e as Competências

específicas de Ciências da Natu-

reza 1 e 3.

Justificativas

• Antes de iniciar o trabalho com

esta página, pergunte aos alunos

quantos anos eles acham que o pla-

neta Terra tem.

• Ao abordar as questões 1 a 3,

peça-lhes que ilustrem como ima-

ginam a Terra no início de sua for-

mação. Em seguida, oriente-os a

apresentar seus desenhos e a expli-

car como eles imaginam que era a

superfície da Terra e quais mudan-

ças ocorreram ao longo do tempo

para possibilitar a existência da vida

como a conhecemos. Aproveite as

informações e as percepções ini-

ciais deles para introduzir o tema

tratado neste capítulo.

Auxilie os alunos a perceber que a

temperatura do planeta e a compo-

sição da atmosfera se modificaram

ao longo do tempo, permitindo o

surgimento e a manutenção da vida

na Terra.

Questão 3. Temperaturas médias adequadas, dis-

ponibilidade de água em estado líquido, luz solar

e atmosfera terrestre. Esta última, por exemplo,

apresenta disponibilidade de gases essenciais pa-

ra a vida, como o gás oxigênio e o gás carbônico,

auxilia na manutenção da temperatura terrestre e

protege os seres vivos da ação nociva dos raios

solares.

Resposta

https://revistapesquisa.fapesp.br/testemunhas-de-uma-terra-primitiva/

47

R

ep

ro

du

çã

o

pr

oi

bi

da

. A

rt

. 1

84

d

o

C

ód

ig

o

Pe

na

l e

L

ei

9

.6

10

d

e

19

d

e

fe

ve

re

iro

d

e

19

98

.

Representação com elementos não

proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Acredita-se que a Terra primitiva apresentava condições extremas, como intensa ati-

vidade vulcânica, altas temperaturas e bombardeamento por asteroides, as quais são

consideradas inapropriadas para abrigar formas de vida como as que conhecemos hoje.

Com o passar do tempo, a superfície terrestre foi resfriando e parte do vapor de

água da atmosfera se condensou e se transformou em água ( H 2 O ) no estado líquido,

formando os primeiros oceanos. Nessa época, possivelmente, surgiram os primeiros

seres vivos. Posteriormente, a concentração de gás oxigênio ( O 2 ) na atmosfera ter-

restre foi se estabilizando e formou-se uma camada de gás ozônio ( O 3 ) . Essas condi-

ções possibilitaram o surgimento de novas formas de vida.

As diversas transformações mencionadas anteriormente e algumas características

da Terra permitiram que, com o tempo, ela passasse a abrigar grande diversidade de

seres vivos, como observamos atualmente. A seguir, vamos conhecer algumas dessas

características.

Condições necessárias à vida na Terra

A Terra localiza-se em uma região do Sistema Solar conhecida como zona habitá-

vel. A zona habitável de uma estrela refere-se à região na qual é possível encontrar

condições favoráveis ao desenvolvimento da vida, como a presença de água líquida.

Ela está diretamente relacionada à distância em que o corpo celeste se encontra em

relação à sua estrela.

Além de estar localizado na zona habitável, que possibilita temperaturas nem muito

elevadas nem muito baixas, outras condições são importantes para que um astro abrigue

formas de vida. Leia a seguir.

• O corpo celeste deve estar próximo o suficiente de uma estrela para que ela seja

sua fonte de energia (luz e calor), a fim de manter o metabolismo dos seres vivos.

• O corpo celeste deve ser estável e durar bilhões de anos, possibilitando que a vida

se origine e evolua.

Representação dos primeiros

oceanos no éon Arqueano.

Nessa imagem é possível

identificar estromatólitos.

C

H

RI

ST

IA

N

JE

G

O

U

/

PU

BL

IP

H

O

TO

/S

C

IE

N

C

E

SO

U

RC

E/

FO

TO

AR

EN

A

estromatólito

Professor, professora: Os símbolos

dos elementos químicos e as fórmulas químicas das substâncias serão apresentadas na primeira ocorrência,

por capítulo.

47

• Comente com os alunos que o

surgimento da vida na Terra de-

pendeu de diversos fatores, como

a composição e a estrutura interna

do planeta, a presença de atmosfe-

ra e até mesmo a posição da Terra

no Sistema Solar.

• Ao trabalhar com os alunos os

conteúdos desta página, apresen-

te-lhes mais informações sobre a

zona habitável.

[...]

Zona de Habitabilidade é o

termo científico para uma região

de um sistema estelar, planetário

ou galáctico que reúne as condi-

ções físico-químicas necessárias

para o desenvolvimento da vida.

[...]

O que é necessário ao desen-

volvimento da vida?

Para que se estabeleça a possi-

bilidade de desenvolvimento de

vida fora da Terra, três condições

iniciais devem ser satisfeitas:

• O objeto não pode ser muito

quente ou muito frio, deve ter

temperatura adequada para con-

ter água líquida.

• O objeto deve ter alguma fonte

que forneça energia (luz estelar,

calor interno ou energia quími-

ca), para manter o metabolismo

dos seres vivos.

• O objeto deve ser estável a

ponto de durar bilhões de anos,

permitindo que a vida surja e se

desenvolva.

Resumindo, Zona de Habita-

bilidade (ZH) é a resposta para a

pergunta: onde procurar vida no

Universo?

SOUZA, Alexandre B. de; MARTINS, Evelyn C.

F. M.; BONFIM, Víctor de Souza. Aula 8: Zona

de habitabilidade: estelar, planetária e galáctica.

Univap. Disponível em: https://www1.univap.

br/spilling/AB/Aula_8%20Zona%20de%20

habitabilidade.pdf.

,

vivem. Assim, é possível propor

dinâmicas que sejam desenvolvidas com base em situações reais e contextualizadas e

que permitam a reflexão a respeito do tema.

Educação para a

valorização do

multiculturalismo nas

matrizes históricas e

culturais brasileiras

O trabalho com esse tema visa à valorização cultural pluriétnica, além de problematizar

adequadamente as tensões nas relações étnico-raciais do passado e do presente. Tal

abordagem tem o objetivo de levar os alunos a se conscientizarem de que o racismo é uma

construção social e histórica, devendo ser combatido em todas as suas formas, contribuindo

assim para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, democrática e inclusiva.

Saúde

A abordagem do tema tem como objetivo propiciar ao ambiente escolar condições

necessárias para a promoção da saúde e sua valorização, fornecendo elementos que

capacitem os alunos a agir em prol de sua saúde.

Educação alimentar

e nutricional

Por meio desse tema, é possível promover abordagens que desenvolvam habilidades

e práticas favoráveis à saúde, fortalecendo comportamentos e hábitos saudáveis, e

que repercutam na qualidade de vida do aluno e da coletividade. Além disso, o tema é

propício para desenvolver a tolerância e o respeito pela diversidade cultural brasileira

ao envolver os costumes alimentares das diferentes regiões do Brasil.

Processo de

envelhecimento,

respeito e

valorização do idoso

Esse tema envolve a importante ideia de que todos somos sujeitos em processo de

envelhecimento. Assim, o trabalho com ele visa reforçar a importância do respeito e da

valorização do idoso, desconstruindo imagens estereotipadas e negativas da velhice, além

de promover discussões que tratem dos direitos previstos no Estatuto do Idoso.

Vida familiar

e social

Esse tema é bastante amplo e envolve abordagens que visam reforçar a importância da

tolerância e do respeito aos diferentes arranjos familiares, bem como de compreender

o papel da família e abordar as complexidades dos convívios sociais. Além disso, é

um tema que possibilita discutir o papel das mulheres nas famílias ao longo do tempo

(transformações e permanências e desconstrução de estereótipos e preconceitos).

XII

Para aprofundar as noções dos alunos sobre a importância dos temas contemporâneos

transversais e auxiliar o professor nesse trabalho, esta coleção promove a abordagem de

alguns temas em uma seção específica, intitulada O tema é ....

Nesta seção, cada questão ou tema é apresentado de modo contextualizado, sempre

explorando as relações com os conteúdos estudados. Assim, um dos principais objetivos é

possibilitar ao aluno a reflexão sobre sua postura em relação ao assunto abordado e à sua

realidade, o que contribui para a formação cidadã. Além de tratar de questões que podem

se relacionar à realidade próxima dos alunos, os temas englobam discussões que transitam

entre diferentes componentes curriculares e que proporcionam reflexões relevantes volta-

das a assuntos que extrapolam o conteúdo curricular.

Além da abordagem da seção O tema é ..., os temas contemporâneos transversais da

BNCC também são explorados por meio de diferentes recursos e atividades e em momen-

tos oportunos tanto no Livro do Aluno quanto no Manual do professor.

As competências gerais

Um dos compromissos da BNCC é com a educação integral, entendida no documento

como uma educação condizente com a realidade do aluno e alinhada às demandas da

sociedade contemporânea, ao mesmo tempo em que se compromete com a formação e

com o desenvolvimento de forma global, priorizando o “aprender a aprender” e lidando

com as informações disponíveis de maneira analítico-crítica.

Assim, o aprendizado deve ser entendido como algo que possa ser aplicado na vida real

e que faça sentido nas vivências e situações cotidianas. Para alcançar tal objetivo, a BNCC

estabelece como um dos seus fundamentos pedagógicos que “os conteúdos curriculares

estão a serviço do desenvolvimento de competências” (BRASIL, 2018, p. 11).

Alicerçada nos princípios éticos, políticos e estéticos recomendados nas Diretrizes Cur-

riculares Nacionais, a BNCC adota dez competências gerais que, no decorrer da Educação

Básica, vão se inter-relacionar, perpassando todos os componentes curriculares, os quais

se sobrepõem e se interligam contribuindo para a construção dos conhecimentos e para

o desenvolvimento das habilidades de cada componente curricular, além de favorecer o

desenvolvimento de atitudes e valores fundamentais para a formação cidadã.

Confira a seguir a lista com as dez Competências gerais da BNCC.

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital

para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade

justa, democrática e inclusiva.

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão,

a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e

resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de

práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora

e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e

partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que

levem ao entendimento mútuo.

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva

e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,

produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

1.

2.

3.

4.

5.

XIII

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe

possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da

cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender

ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência

socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em

relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e

reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo

o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de

grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,

tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.

6.

7.

8.

9.

10.

Dicas para o professor

Nas orientações ao professor, estão indicados momentos que possibilitam desenvol-

ver as competências gerais da BNCC. Porém, é possível desenvolvê-las utilizando diferen-

tes estratégias e recursos, de acordo com o currículo

,

adotado e com a realidade da turma.

Pensando nisso, a seguir constam algumas sugestões de abordagens que propiciam o

trabalho com essas competências.

Orientações que incentivam o aluno a:

• perceber a realidade que o cerca;

• analisar e questionar processos do cotidiano,

inclusive os que fazem parte do meio digital;

• explicar fatos e fenômenos com base nos

estudos realizados;

• expressar opinião e debater sobre temáticas;

• perceber a construção coletiva e contínua do

conhecimento científico;

• relacionar o conhecimento científico aos aspectos

sociais de cada época.

Competência geral 1

Orientações que incentivam o aluno a:

• analisar situações, elaborar e testar hipóteses

e propor soluções;

• elaborar conclusões coletivas;

• verificar e analisar resultados;

• levantar problemas da comunidade e propor soluções;

• analisar textos científicos;

• pesquisar em fontes científicas para solucionar

situações-problema;

• buscar conhecimentos de diferentes áreas para

explicar fenômenos e solucionar problemas;

• propor soluções que utilizem os meios tecnológicos.

Competência geral 2

Orientações que incentivam o aluno a:

• participar de diferentes manifestações artísticas

e culturais, reconhecendo e valorizando o trabalho

dos artistas;

• elaborar trabalhos envolvendo diferentes

manifestações artísticas;

• relacionar as expressões artísticas aos diferentes

contextos sociais;

• conhecer as principais manifestações artístico-

-culturais da região onde residem;

• conhecer e respeitar as manifestações artístico-

-culturais de diferentes localidades, regiões e países;

• identificar elementos presentes em diferentes

manifestações artístico-culturais;

• identificar o uso da tecnologia nas manifestações

culturais.

Competência geral 3

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

XIV

Orientações que incentivam o aluno a:

• ler, interpretar e produzir informações em linguagem

matemática, como gráficos, fórmulas, expressões,

mapas e esquemas;

• apresentar e registrar dados obtidos por meio de

pesquisas, experimentos e observações utilizando

diferentes recursos, como seminários, panfletos,

cartazes e imagens;

• apresentar às comunidades escolar e extraescolar

informações relacionadas a diferentes assuntos, por

meio de feiras, campanhas, exposições, cartazes,

panfletos, cartilhas, entre outros;

• elaborar e divulgar na internet vídeos, apresentações

e fotos com informações de interesse social e

relacionadas aos conteúdos estudados;

• montar jornais e podcasts com publicação periódica

na comunidade escolar, divulgando conteúdos

científicos, socioculturais e informações relevantes

para a comunidade escolar.

Competência geral 4

Orientações que incentivam o aluno a:

• analisar criticamente as informações provenientes

de meios digitais;

• confrontar informações veiculadas em diferentes

fontes na internet, percebendo os diferentes pontos

de vista;

• reconhecer a influência das informações veiculadas

em mídias digitais na sociedade (pontos de vista

político, social e cultural);

• agir de forma ética e crítica ao replicar informações

veiculadas em mídias digitais;

• identificar fontes confiáveis de pesquisa

na internet;

• conhecer os cuidados necessários referentes

ao uso de redes sociais e outros serviços

na internet;

• participar, de maneira protagonista, de fóruns

de discussão relacionados a uma situação-problema

sugerida pelo professor, expondo suas experiências

e sua ideias;

• fazer consultas públicas na internet.

Competência geral 5

Orientações que incentivam o aluno a:

• reconhecer e valorizar o papel de diferentes

profissionais na sociedade;

• participar de debates e discussões sobre a

importância da postura ética na atuação profissional;

• refletir sobre áreas de interesse profissional;

• visitar indústrias, instituições, companhias, entre

outros locais, reconhecendo a rotina e organização

desses ambientes de trabalho;

• conversar com profissionais de diferentes áreas,

buscando compreender contextos e fazer escolhas

engajadas no exercício da cidadania;

• discutir a respeito dos cuidados no trabalho, como

a importância dos equipamentos de proteção

individual – EPI;

• discutir sobre a importância da igualdade de gênero

nas profissões e no trabalho.

Competência geral 6

Orientações que incentivam o aluno a:

• debater ou trocar ideias acerca dos direitos

humanos, da saúde pessoal e da coletiva,

dos cuidados com o planeta e da consciência

socioambiental, com base em pesquisas feitas

em fontes confiáveis;

• expressar seus pontos de vista sobre assuntos

relacionados à saúde pessoal e coletiva, aos direitos

humanos, ao ambiente e aos cuidados com o planeta;

• discutir o que são fatos, o que são opiniões e os

diferentes interesses que operam nos diversos

segmentos da sociedade.

Competência geral 7

Orientações que incentivam o aluno a:

• reconhecer que a saúde envolve o bem-estar físico,

mental e social;

• refletir sobre seu papel na manutenção da própria

saúde e da saúde coletiva;

Competência geral 8

XV

• participar de atividades práticas voltadas à prevenção

de doenças e à manutenção da saúde envolvendo a

comunidade escolar e extraescolar;

• ser atuante e participativo nas questões relacionadas

ao saneamento básico e à manutenção da saúde do

bairro onde reside;

• refletir sobre o respeito ao próprio corpo e aos dos

colegas, de modo a compreender-se como parte

da diversidade humana, valorizando as diferenças

e atuando de forma crítica em relação aos padrões

estabelecidos pela mídia;

• participar de atividades práticas envolvendo atividades

físicas e discutir sua importância.

Orientações que incentivam o aluno a:

• participar de conversas em grupo nas quais

ocorram trocas de ideias, respeito à opinião dos

colegas, bem como valorização e acolhimento

da diversidade;

• se envolver em atividades práticas nas quais seja

necessário dividir tarefas, cooperar e cumprir regras;

• participar de debates sobre os mais variados

assuntos, envolvendo um mediador e grupos com

pontos de vista conflitantes;

• valorizar a cultura de diferentes grupos sociais.

Competência geral 9

Orientações que incentivam o aluno a:

• criar soluções para problemas com base em valores

e princípios éticos, democráticos e inclusivos;

• ter autonomia e responsabilidade na realização de

trabalhos em sala de aula e fora dela.

Competência geral 10

As competências de área

Além das competências gerais, a BNCC também define as competências específicas de

áreas de conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Nature-

za). Essas competências abarcam o desenvolvimento de habilidades, conceitos e noções

que promovem o raciocínio relacionado a cada componente, envolvendo diretamente

suas habilidades e competências específicas.

De acordo com o documento, o propósito dessas competências é formar sujeitos éti-

cos e responsáveis, além de garantir o desenvolvimento de conhecimentos que incentivam

a formação de valores para a vida em sociedade ao longo de toda a Educação Básica.

Assim, o trabalho com as competências de área deve ocorrer de maneira gradativa, con-

forme a faixa etária e o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

A BNCC orienta que, no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos desenvolvam as

seguintes competências específicas da área de Ciências da Natureza.

Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como

provisório, cultural e histórico.

Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar

processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de

questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar

para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

,

Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social

e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a

curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos

conhecimentos das Ciências da Natureza.

1.

2.

3.

XVI

Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para

propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.

Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e

pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e

valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.

Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar

e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma

crítica, significativa, reflexiva e ética.

Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-

-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.

Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e

determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões

científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios

éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 324. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf . Acesso em: 23 maio 2022.

4.

5.

6.

7.

8.

No processo de desenvolvimento das competências gerais, é preciso que os alunos apri-

morem os princípios das competências específicas de cada área do conhecimento, o que é

assegurado por meio do trabalho com as habilidades de cada componente curricular.

Competências gerais

Competências específicas de área As competências específicas de área orientam os estudantes a respeito da expressão

das competências gerais em relação às áreas do conhecimento.

Habilidades O conjunto de habilidades de cada componente curricular possibilita desenvolver

as competências específicas de área e as competências específicas do compo-

nente curricular. Essas habilidades referem-se aos conteúdos, conceitos e proces-

sos que os estudantes devem adquirir.

Competências específicas do

componente curricular

Em articulação com as competências gerais e com as competências específicas de

área, cada componente curricular deve garantir o desenvolvimento de competên-

cias específicas.

Esta coleção foi elaborada buscando contemplar habilidades e competências especí-

ficas relacionadas à área do conhecimento, a fim de fornecer aos alunos subsídios para

desenvolver as competências gerais propostas na BNCC. Tais relações estão presentes nas

abordagens dos conteúdos, em textos, seções e atividades. Confira um exemplo de como

essa orientação é feita nos volumes da coleção.

No capítulo 4 deste volume, por exemplo, ao abordar algumas ideias evolucionistas e o papel da seleção natural

para a diversidade biológica e para o processo evolutivo, desenvolve-se as habilidade EF09CI10 e EF09CI11. Ao

trabalhar essas habilidades, evidencia-se que o conhecimento científico é provisório, cultural, construído histo-

ricamente e nos auxilia a explicar a realidade, contribuindo para o desenvolvimento da Competência geral 1 e da

Competência específica de Ciências da Natureza 1.

LA

ÍS

G

AR

BE

LI

N

I/A

RQ

U

IV

O

D

A

ED

IT

O

RA

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

XVII

Ao final das orientações gerais deste Manual do

professor, há o Quadro de conteúdos que apre-

senta as relações entre as habilidades e/ou compe-

tências e os conteúdos da área, explicitando como

esses elementos são desenvolvidos.

O ensino de Ciências nos Anos

Finais do Ensino Fundamental

O avanço da tecnologia e as consequências das

interferências humanas nos ambientes, como os de-

sequilíbrios ambientais e a manutenção da saúde

pessoal e coletiva, são alguns dos temas de muitas

discussões em nossa sociedade atual.

Todos esses assuntos estão relacionados, direta

ou indiretamente, aos conhecimentos científicos.

Diante disso, percebe-se que o ensino de Ciências,

em conjunto com conhecimentos éticos, políticos e

culturais, é essencial para a formação de um cida-

dão crítico, que cumpre seus deveres, busca fazer

valer os seus direitos e luta por uma sociedade jus-

ta, inclusiva, ética e sustentável.

Para a formação do cidadão crítico e atuante na

sociedade, o ensino de Ciências deve promover o

letramento científico, que envolve a capacidade de

compreender os fenômenos naturais e as relações

entre os organismos, a natureza e a sociedade, de

forma a aplicar esses conceitos na vida cotidiana.

Além disso, o ensino de Ciências também deve in-

centivar o desenvolvimento da autonomia dos alu-

nos, fornecendo subsídios para que eles sejam capa-

zes de argumentar, tomar decisões e agir de forma

consciente e responsável.

[...]

O letramento científico e tecnológico tor-

nou-se, então, a principal meta do ensino de

ciências, em contraste com os movimentos

ocorridos nas décadas de 50 e 60, que eram

centrados na preparação dos jovens para

agirem na sociedade como cientistas ou op-

tarem pela carreira científica. Nesse novo

contexto, o letramento científico objetiva le-

var os alunos a compreenderem como C&T

[Ciência e Tecnologia] influenciam-se mu-

tuamente; a tornarem-se capazes de usar

o conhecimento científico e tecnológico na

solução de seus problemas no [dia a dia]; e

a tomarem decisões com responsabilidade

social [...]

[...]

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; MORTIMER, Eduardo Fleury. Tomada

de decisão para ação social responsável no ensino de ciências. Ciência &

Educação, Bauru, v. 7, n. 1, 2001. p. 96. Disponível em: https://www.scielo.

br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf&lang=pt. Acesso

em: 23 maio 2022.

O ensino de Ciências deve considerar os conhe-

cimentos provenientes da vivência dos alunos, os

quais devem ser explorados e confrontados com os

conhecimentos construídos. Isso contribui para dar

significado ao conhecimento científico.

[...]

É importante lembrar que o processo

cognitivo evolui sempre numa reorganiza-

ção do conhecimento, que os alunos não

chegam diretamente ao conhecimento cor-

reto. Este é adquirido por aproximações su-

cessivas, que permitem a reconstrução dos

conhecimentos que o aluno já tem.

Assim, é importante fazer com que as

crianças discutam os fenômenos que as cer-

cam, levando-as a estruturar esses conheci-

mentos e a construir, com seu referencial lógi-

co, significados dessa parte da realidade. [...]

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de et al. Ciências no ensino

fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.

p. 13. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).

O ensino de Ciências também deve garantir aos alu-

nos o contato com os conhecimentos científicos pro-

duzidos ao longo da história, de forma que eles perce-

bam que a ciência é uma construção humana que está

em constante desenvolvimento, aproximando-os das

principais práticas e procedimentos científicos.

O processo investigativo é o elemento central

do processo de ensino-aprendizagem em Ciências,

levando os alunos a retomar conhecimentos a res-

peito do mundo onde vivem e a refletir sobre eles.

Proposta teórico-metodológica do

componente curricular de Ciências

Esta coleção busca conhecer a realidade

,

dos alu-

nos, propondo questões e situações por meio das

quais eles possam expor suas vivências e seus pon-

tos de vista, contextualizando a aprendizagem dos

https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf&lang=pt

https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf&lang=pt

XVIII

conteúdos. Dessa maneira, a coleção os incentiva a

expressar seus conhecimentos prévios, partindo de-

les para a construção dos conhecimentos científicos.

[...] Em Freire (1987, 1993, 1996), com-

preendemos que o ponto de partida do pro-

cesso educacional está vinculado à vivência

dos sujeitos, seus contextos, seus proble-

mas, suas angústias e, acima de tudo, às

contradições presentes no “mundo vivido”.

Considerando a educação como um ato polí-

tico, no sentido de estar engajada em ações

transformadoras, a qual consiste na cons-

trução/elaboração do conhecimento de for-

ma crítica pelos excluídos, este educador

enfatiza como fundamental levar em conta

o “saber de experiência feito” como ponto

de partida.

[...]

GEHLEN, Simoni Tormöhlen et al. Freire e Vigotski no contexto

da educação em ciências: aproximações e distanciamentos. Ensaio,

Belo Horizonte, v. 10, n. 2, 2008. p. 286. Disponível em: https://www.scielo.

br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt.

Acesso em: 3 jun. 2022.

O diálogo e a discussão sobre diversos temas

permitem aos alunos expor suas vivências e seus

conhecimentos, construindo saberes também nas

relações com o outro, de acordo com os contextos

sociais e culturais nos quais estão inseridos.

[...]

Todas as funções no desenvolvimento

da criança aparecem duas vezes: primeiro

no nível social e depois no nível individual;

primeiro entre pessoas (interpsicológica) e,

depois, no interior da criança (intrapsicoló-

gica). Isso se aplica igualmente para a aten-

ção voluntária, para a memória lógica e para

a formação de conceitos. Todas as funções

superiores originam-se das relações sociais

entre indivíduos humanos.

[...]

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social da mente.

4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 41. Disponível em: https://

edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20

formacao%20social%20da%20mente.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.

Os alunos, como sujeitos da aprendizagem, en-

tram em contato com o conhecimento por meio

dos símbolos, mediante a linguagem, e das media-

ções que fazem com as pessoas com as quais con-

vivem. Assim, a construção do conhecimento tem

base na interação do indivíduo com o meio social e

nas diversas relações que ele estabelece.

Os conteúdos desta coleção apresentam diver-

sas atividades que permitem aos alunos a troca de

ideias e a análise de situações práticas do dia a dia.

Também são propostas atividades que incentivam a

investigação científica por meio da pesquisa de fe-

nômenos do cotidiano, nas quais eles podem con-

versar entre si, testar hipóteses, seguir procedimen-

tos, analisar resultados e elaborar conclusões. Esse

conjunto de competências contribui para a aprendi-

zagem em Ciências.

Esta coleção também busca colaborar para a for-

mação de cidadãos capazes de argumentar e de se

posicionarem criticamente diante de situações que

envolvem os impactos da ciência e da tecnologia na

sociedade, no ambiente e no próprio corpo. Busca-

-se, dessa maneira, incentivar os alunos a questionar

a realidade que os cerca e a ter uma postura respon-

sável diante dos acontecimentos no mundo, incenti-

vando-os a atuar ativamente na construção de uma

sociedade justa, inclusiva, ética e sustentável.

Em Ciências, o processo de ensino-aprendizagem

é diversificado, exigindo do professor certa flexibili-

dade com relação a diferentes perspectivas teórico-

-metodológicas. Assim, propomos a seguir algumas

estratégias que auxiliam o professor a articular a pro-

posta pedagógica desta coleção com sua prática.

Problematização com base nos conhecimentos prévios

Ao chegar à sala de aula, os alunos já têm di-

versos conhecimentos que construíram com base

em sua vivência e que consideram concretos. Para

incentivá-los a construir o conhecimento científico,

é preciso mobilizar seus conhecimentos prévios, le-

vando-os a refletir sobre eles de forma a articulá-los

ao saber científico.

[...]

Aproximar os conceitos científicos dos

contextos vivenciados pelos alunos facilita

o processo de aprendizagem: o aluno pode

estabelecer uma relação entre os diferentes

conhecimentos desenvolvidos e sua reali-

dade. O aluno também pode ser desafiado

diante de uma situação que mobiliza sua

https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt

https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf

XIX

atenção, envolvendo-se em um processo de

pesquisa ou descoberta.

ROSA, Ivete Pellegrino; LAPORTA, Márcia Zorello; GOUVÊA, Maria Elena de.

Humanizando o ensino de ciências: com jogos e oficinas psicopedagógicas

sobre seres microscópicos. São Paulo: Vetor, 2006. p. 17.

Uma maneira de verificar o que os alunos já sa-

bem e comparar com os conhecimentos científicos

é propor situações-problema para incentivar a busca

de informações. Assim, eles podem reelaborar seus

modelos preconcebidos, relacionando-os ao saber

científico. Essas propostas devem ser significativas

para eles e, preferencialmente, estar relacionadas

ao seu cotidiano.

[...]

O problema é a mola propulsora das va-

riadas ações dos alunos: ele motiva, desafia,

desperta o interesse e gera discussões. Re-

solver um problema intrigante é motivo de

alegria, pois promove a autoconfiança ne-

cessária para que o aluno conte o que fez e

tente dar explicações.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de et al. Ciências no ensino

fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.

p. 20-21. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).

Busca de informações com base

em diferentes estratégias

A busca de informações contribui para a forma-

ção de ideias e incentiva a autonomia dos alunos

com relação à construção do conhecimento. Além

disso, momentos como esse são oportunos pa-

ra criar discussões nas quais eles possam levantar

suposições com base em novas ideias. A pesquisa

escolar poderá ajudá-los ao ampliar seu repertório

de informações e conhecimentos, além de auxiliá-

-los a desenvolver práticas de pesquisa. Para isso,

é importante que essa busca seja feita em fontes

variadas e confiáveis.

O uso de tecnologias digitais em pesquisas deve

ser um processo crítico e ético. É importante que

os alunos se habituem a ter uma postura questio-

nadora com relação à veracidade das informações

que encontram, procurando identificar fontes con-

fiáveis e comparar fatos a fim de verificar diferentes

pontos de vista e possíveis manipulações. Também é

interessante que eles tenham o mesmo cuidado ao

compartilhar informações.

Entre as estratégias para a busca de informações,

destacam-se a observação, a leitura de textos e a

experimentação.

Observação

A observação é uma prática cotidiana diária. Em

Ciências, ela faz parte do processo de ampliação

dos conhecimentos, pois nos permite interagir visu-

almente com o mundo ao redor.

No entanto, para que seja efetiva, essa ativida-

de deve ser bem-orientada. O papel do professor

é fundamental nesse processo, pois deve motivar

e orientar os alunos a perceber os detalhes do que

se pretende observar. Além dessa percepção, eles

devem registrar o que examinam, seja por meio de

escrita ou desenho, seja por meio da verbalização.

Durante a observação, os alunos são incentivados

a exercitar a curiosidade intelectual, investigando,

refletindo e analisando, o que possibilita a proposi-

ção de soluções e a resolução de problemas.

A observação pode ser direta ou indireta. A pri-

meira pode ser exercitada com atividades que en-

volvam contato direto com ambientes, animais,

plantas, máquinas, fenômenos e

EDIT-Superação-Ciências-9-ano- - Português (2024)
Top Articles
«Ήταν παγκοσμίου κλάσης ερωτύλος» - Η Anjelica Huston έβγαινε με τον Jack Nicholson για 17 χρόνια
‘Tolyamory’ is just letting your partner cheat on you – I’ve lived it, I know
Spasa Parish
The Machine 2023 Showtimes Near Habersham Hills Cinemas
Gilbert Public Schools Infinite Campus
Rentals for rent in Maastricht
159R Bus Schedule Pdf
11 Best Sites Like The Chive For Funny Pictures and Memes
Finger Lakes 1 Police Beat
Craigslist Pets Huntsville Alabama
Paulette Goddard | American Actress, Modern Times, Charlie Chaplin
Red Dead Redemption 2 Legendary Fish Locations Guide (“A Fisher of Fish”)
What's the Difference Between Halal and Haram Meat & Food?
Rugged Gentleman Barber Shop Martinsburg Wv
Jennifer Lenzini Leaving Ktiv
Havasu Lake residents boiling over water quality as EPA assumes oversight
Justified - Streams, Episodenguide und News zur Serie
Epay. Medstarhealth.org
Olde Kegg Bar & Grill Portage Menu
Half Inning In Which The Home Team Bats Crossword
Amazing Lash Bay Colony
Cato's Dozen Crossword
Cyclefish 2023
What’s Closing at Disney World? A Complete Guide
New from Simply So Good - Cherry Apricot Slab Pie
Ohio State Football Wiki
Find Words Containing Specific Letters | WordFinder®
FirstLight Power to Acquire Leading Canadian Renewable Operator and Developer Hydromega Services Inc. - FirstLight
Webmail.unt.edu
When Is Moonset Tonight
Metro By T Mobile Sign In
Restored Republic December 1 2022
Dl 646
Apple Watch 9 vs. 10 im Vergleich: Unterschiede & Neuerungen
12 30 Pacific Time
Operation Carpe Noctem
Nail Supply Glamour Lake June
Anmed My Chart Login
No Compromise in Maneuverability and Effectiveness
Adventhealth Employee Handbook 2022
Gun Mayhem Watchdocumentaries
Ice Hockey Dboard
Infinity Pool Showtimes Near Maya Cinemas Bakersfield
Dermpathdiagnostics Com Pay Invoice
A look back at the history of the Capital One Tower
Alvin Isd Ixl
Maria Butina Bikini
Busted Newspaper Zapata Tx
Rubrankings Austin
2045 Union Ave SE, Grand Rapids, MI 49507 | Estately 🧡 | MLS# 24048395
Upgrading Fedora Linux to a New Release
Latest Posts
Article information

Author: Gov. Deandrea McKenzie

Last Updated:

Views: 5931

Rating: 4.6 / 5 (66 voted)

Reviews: 81% of readers found this page helpful

Author information

Name: Gov. Deandrea McKenzie

Birthday: 2001-01-17

Address: Suite 769 2454 Marsha Coves, Debbieton, MS 95002

Phone: +813077629322

Job: Real-Estate Executive

Hobby: Archery, Metal detecting, Kitesurfing, Genealogy, Kitesurfing, Calligraphy, Roller skating

Introduction: My name is Gov. Deandrea McKenzie, I am a spotless, clean, glamorous, sparkling, adventurous, nice, brainy person who loves writing and wants to share my knowledge and understanding with you.