ISBN 978-85-16-13592-8
9 7 8 8 5 1 6 1 3 5 9 2 8
Componente curricular:
CIÊNCIAS
CIENCIAS
VANESSA MICHELAN
ELISANGELA ANDRADE
G MP PDF FINAL Formato papel capa papel miolo # Págs LOMBADA
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AS laminação
220 x 275 cartão 250 g off-set 75 g 352 18 mm BRILHO
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MANUAL DO MANUAL DO
PROFESSORPROFESSOR
PDF_FINAL_SuAC9_CAPA_GUIA_Impresso_F2_G24.indd All PagesPDF_FINAL_SuAC9_CAPA_GUIA_Impresso_F2_G24.indd All Pages 02/08/22 18:1702/08/22 18:17
Componente curricular: CIÊNCIAS
Vanessa Michelan
Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em Ensino de Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Autora de livros didáticos para o ensino básico.
Realiza trabalhos de assessoria pedagógica no desenvolvimento de materiais
didáticos para o ensino básico.
Elisangela Andrade
Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Doutora em Ciências Biológicas na área de concentração: Biologia Celular e Molecular pela Universidade
Estadual de Maringá (UEM-PR).
Professora dos níveis básico, técnico e superior no Instituto Federal do Paraná (IFPR-PR).
Autora de livros didáticos para o ensino básico.
1a edição
São Paulo, 2022
CIENCIAS
MANUAL DO MANUAL DO
PROFESSORPROFESSOR
Projeto e produção editorial: Scriba Soluções Editoriais
Edição: Kelly Cristina dos Santos, Ana Carolina Navarro dos Santos Ferraro,
Everton Amigoni Chinellato, Maira Renata Dias Balestri
Assistência editorial: Angélica Alves de Paula, Felipe Revoredo Benatti,
Marissa Kimura, Priscila Boneventi Pacheco
Colaboração técnico-pedagógica: Maria Regina da Costa Sperandio
Coordenação de preparação de texto e revisão: Moisés M. da Silva
Supervisão de produção: Priscilla de Freitas Cornelsen
Assistência de produção: Lorena França Fernandes Pelisson
Projeto gráfico: Laís Garbelini
Coordenação de arte: Tamires R. Azevedo
Coordenação de diagramação: Adenilda Alves de França Pucca (Nil)
Diagramação: Ana Rosa Cordeiro de Oliveira, Carlos Cesar Ferreira,
Fernanda Miyabe Lantmann, Leda Cristina Teodorico, Globaltec
Pesquisa iconográfica: André Silva Rodrigues
Autorização de recursos: Diana Katia Alves de Araújo
Tratamento de imagens: Janaina Oliveira e Jéssica Sinnema
Gerência de design e produção gráfica: Patricia Costa
Coordenação de produção: Denis Torquato
Gerência de planejamento editorial: Maria de Lourdes Rodrigues
Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite
Capa: Mariza de Souza Porto, Tatiane Porusselli, Daniela Cunha e Apis Design
Foto: Jovem construindo um veículo robótico. © SDI Productions/E+/Getty Images
Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero
Coordenação de pesquisa iconográfica: Flávia Aline de Morais
Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues
Pré-impressão: Alexandre Petreca, Fabio Roldan, José Wagner Lima Braga,
Marcio H. Kamoto, Selma Brisolla de Campos
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:
1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904
Atendimento: Tel. (11) 3240-6966
www.moderna.com.br
2022
Impresso no Brasil
Apresentação
Este Manual do professor é um material de apoio que fornece orientações para
auxiliar seu dia a dia em sala de aula. Esta coleção tem como objetivo ensinar aos
alunos, além dos conhecimentos específicos do componente curricular, habilidades,
atitudes e valores, por meio de diferentes temas, atividades e práticas pedagógicas
que desenvolvam a argumentação, o pensamento crítico, a autonomia, a empatia e a
cooperação, de maneira prática e contextualizada.
No tópico Conheça a estrutura da coleção, você vai encontrar informações deta-
lhadas e organizadas sobre a estrutura da coleção, tanto do Livro do Aluno quanto do
Manual do professor. Na sequência, apresentamos subsídios teórico-metodológicos
acerca do trabalho com o componente curricular de Ciências, sua relação com a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), dicas e orientações relativas à prática docente,
ao processo de avaliação, à relação com outras áreas de conhecimento e ao aprendi-
zado em sala de aula.
Ao final da primeira parte deste manual, disponibilizamos a transcrição das habili-
dades de Ciências da BNCC, seguidas pelo quadro de conteúdos e pela proposta de
sugestões de cronograma, ambos referentes a este volume, para este ano letivo. Além
disso, apresentamos subsídios específicos para o trabalho com as seções O que eu
já sei?, O que eu estudei? e O que eu aprendi?, também deste volume. Esses ele-
mentos estão apresentados de maneira organizada, com o intuito de auxiliá-lo em seu
planejamento diário, colaborando para que ele seja mais prático e dinâmico.
Na segunda parte deste manual, você vai encontrar a reprodução do Livro do Aluno,
acompanhada de explicações sobre como trabalhar os conteúdos e diversas orientações
e comentários, como os objetivos e as justificativas do trabalho com os conteúdos, co-
mentários explicativos relativos às atividades, sugestões de atividades complementares
e de avaliação, propostas de integração com outros componentes curriculares, para
que você possa enriquecer ainda mais o processo de ensino-aprendizagem.
Esperamos, assim, que este manual contribua para o seu trabalho e favoreça a for-
mação de alunos aptos a exercer sua cidadania de maneira crítica e ética, respeitando
o outro e a diversidade em suas diferentes formas.
Desejamos a você um ótimo ano letivo!
IV
Conheça a estrutura da coleção ............................................................................V
Livro do aluno ....................................................................................................................................................V
Manual do professor .....................................................................................................................VII
Fundamentação e orientações gerais ..........................................VIII
A BNCC e os Anos Finais do
Ensino Fundamental ......................................................................................................................VIII
Os objetos de conhecimento e as habilidades ....................IX
Os temas contemporâneos transversais
e a formação cidadã ....................................................................................................................IX
As competências gerais ......................................................................................................XII
As competências de área ...............................................................................................XV
O ensino de Ciências nos Anos Finais
do Ensino Fundamental....................................................................................................XVII
Proposta teórico-metodológica do
componente curricular de Ciências .....................................................XVII
A prática docente ...........................................................................................................................XXII
Planejamento ......................................................................................................................................XXIII
Avaliação............................................................................................................................................................XXIV
Autoavaliação ................................................................................................................................XXVII
,outros objetos de
estudo, envolvendo práticas como visitas e manipu-
lação de materiais. Já a observação indireta pode ser
feita por meio de instrumentos (como microscópio,
lupa e telescópio), fotos, filmes, textos ou imagens
obtidas mediante recursos variados (ultrassonogra-
fias, radiografias e micrografias).
Nesta coleção, a observação é incentivada con-
tinuamente nos textos, nas imagens e nas questões
ao longo de cada capítulo. Também são propostas
atividades que envolvem a interpretação de ima-
gens, gráficos e situações do cotidiano.
Leitura de textos
A busca de informações está diretamente relacio-
nada à leitura de textos. Para que essa estratégia se
consolide como ferramenta no processo de ensino-
-aprendizagem, é essencial incentivar os alunos a
procurar informações em textos de fontes diversas,
como jornais, revistas, artigos, livros e na internet.
Essas fontes apresentam estruturas e finalidades di-
versificadas e podem contribuir para o desenvolvi-
mento da competência leitora, da escrita e, conse-
quentemente, do hábito de ler.
XX
No âmbito da pesquisa em ensino de
ciências, questões sobre leitura, uso e fun-
cionamento de textos têm sido foco de mui-
tos trabalhos nos quais a leitura adquire
diferentes sentidos, associados a diferentes
concepções de linguagem, de ensino e de
ciência. Entre essas questões, alguns au-
tores propõem a leitura na perspectiva da
formação de sujeitos-leitores, visando à cria-
ção de hábitos de leitura, e, para tal, privi-
legiando uma leitura polissêmica, propician-
do uma relação mais estreita, e, portanto,
mais diversificada, entre os diferentes sujei-
tos, com suas diferentes histórias de leitura
e de vida, e os textos (ALMEIDA & RICON,
1993; ZANETIC, 1997; SILVA & ALMEIDA,
1998; SOUZA, 2000; SILVA, 2004).
[...]
ZIMMERMANN, Narjara; SILVA, Henrique César da. Os diferentes
modos de leitura no ensino de ciências. In: CONGRESSO DE LEITURA DO
BRASIL, 16., 2007, Campinas. Anais... Campinas: Unicamp, 10-13 jul. 2007.
Disponível em: https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/
sem07pdf/sm07ss08_08.pdf. Acesso em: 23 maio 2022.
Diante do acesso atual à diversidade de informa-
ções disponíveis nos meios digitais, é importante que
os alunos desenvolvam o senso crítico acerca do que
é disseminado nesses canais, aprendendo a filtrar o
que é pertinente. Assim, é fundamental identificar as
informações mais relevantes de sua busca. Espera-se
que, com o tempo, eles aprimorem a capacidade de
perceber os diferentes pontos de vista dos autores,
consultando a veracidade do que leem e assumindo,
dessa maneira, uma postura crítica e ética.
Experimentação
A experimentação contribui para que os alunos
estabeleçam relações efetivas entre os fenômenos
naturais e os conceitos científicos. Ela pode gerar si-
tuações-problema que motivem a turma, desafiando
sua curiosidade, despertando seu interesse e propi-
ciando discussões.
[...]
O processo de investigação que deve ser
realizado pelos estudantes, a partir do pro-
blema proposto pelo professor e que preci-
sa de um procedimento experimental para
a sua resolução, apresenta-se como uma
possibilidade real de ser implementada nas
aulas de ciências. A maioria dos estudantes
gosta de experimentar desafios, enfrentar
dificuldades, resolver problemas. Há que
aproveitar esta potencialidade para uma
aprendizagem eficiente e, ao mesmo tempo,
do seu agrado (LOPES, 1994).
[...]
MALHEIRO, João Manoel da Silva. Atividades experimentais no ensino
de ciências: limites e possibilidades. Actio, Curitiba, v. 1, n. 1, jul./dez.
2016. p. 121. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/
view/4796/3150. Acesso em: 23 maio 2022.
Nesse contexto, a experimentação é uma impor-
tante ferramenta deflagradora, que problematiza
e desestabiliza os modelos prévios dos alunos. O
professor atua como um orientador crítico, que os
questiona sobre as possíveis variáveis que influem
nos resultados dos experimentos e, com base nelas,
promove discussões coletivas.
A experimentação também promove a interação
entre os alunos, exercitando a empatia, o diálogo e
a cooperação, permitindo que eles reconheçam e
valorizem os diferentes saberes e pontos de vista.
Durante os experimentos, podem surgir situações
não esperadas, como a dificuldade no desenvolvimen-
to de alguma atividade ou a falha de algum equipa-
mento. Esses cenários podem incentivar a resiliência
e a flexibilidade dos alunos, pois os levam a propor
novas soluções para os problemas. Eles permitem
mostrar que o conhecimento científico não é algo
completo e acabado, e sim uma construção humana
coletiva, que envolve o trabalho de várias pessoas que
tiveram dificuldades e insucessos e buscaram novas
formas de encontrar respostas para as adversidades.
Nesta coleção, a experimentação é proposta na
seção Hora de investigar, na qual os alunos são in-
centivados a analisar e a interpretar situações. A es-
trutura dessa seção foi planejada com a finalidade de
incentivá-los a uma das possibilidades de investigação
científica, iniciada por uma ou mais questões pro-
blematizadoras. Dessa maneira, durante a atividade
prática, eles são instigados a refletir e a argumentar
sobre os procedimentos e os fenômenos percebidos.
A observação e o registro dos resultados obtidos
são orientados por meio de questões e da troca de
ideias entre os alunos. Ao final, eles são levados a
confrontar as ideias iniciais com os resultados obtidos
após a realização dessa investigação. Nessa seção, o
roteiro visa auxiliar na execução das atividades propos-
tas. Contudo, ele não é imutável e cabe ao professor
https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf
https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf
https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150
https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150
XXI
optar pela melhor forma de conduzi-lo. Por isso, é muito importante propor a eles que elabo-
rem uma metodologia própria para investigar situações-problema, sem necessariamente seguir
o passo a passo do experimento.
A seção Hora de investigar, embora localizada ao final dos conteúdos, também pode
ser utilizada para iniciar o estudo ou durante o desenvolvimento dos temas.
Orientações sobre as atividades experimentais
Confira a seguir algumas orientações importantes que podem ser empregadas durante
as atividades experimentais e outras atividades práticas.
Nos experimentos em sala de aula, incentive a participa-
ção de todos os alunos durante as etapas e os procedi-
mentos de montagem (exceto quando for exigida a ma-
nipulação de objetos perfurantes ou cortantes), durante
a troca de ideias e na observação dos resultados.
Promova uma discussão sobre o desperdício de mate-
riais a fim de conscientizá-los de que outras pessoas
precisarão utilizá-los posteriormente. Ao finalizar as
atividades, solicite-lhes que ajudem na organização do
laboratório ou da sala de aula.
Selecione antecipadamente os materiais necessários.
Se possível, organize na sala de aula ou em outro local
da escola um espaço para armazenar os materiais que
restarem das atividades práticas, a fim de reaproveitá-
-los, conscientizando os alunos a respeito de evitar o
desperdício.
Quando possível, desenvolva com os alunos as ativi-
dades experimentais no laboratório, caso a escola te-
nha um. Nesses casos, oriente-os a se comportarem
adequadamente nesse ambiente. Peça-lhes que não
toquem nas vidrarias e nos reagentes, pois podem ofe-
recer riscos. Durante as atividades, mostre a eles como
manusear os instrumentos laboratoriais e como guar-
dá-los ao final da atividade.
Alguns materiais e reagentes precisam ser descartados
em locais adequados. Oriente os alunos quanto ao des-
carte desses resíduos.
Alguns experimentos podem ser feitos individualmen-
te ou em grupos. Escolha a estratégia que melhor se
adapta ao seu planejamento, considerando
,sua pro-
posta pedagógica, os materiais disponíveis e a facilida-
de para obtê-los.
Nas atividades experimentais, podem surgir problemas que interferem nos resultados
obtidos. Esses casos podem ser vistos como oportunidades para incentivar os alunos a
buscar soluções alternativas para essas situações e explicações para os problemas ou
resultados divergentes encontrados. Isso contribui para desenvolver a autonomia e a fle-
xibilidade deles e para que aprendam a reagir diante das dificuldades, levando-os a ser
personagens ativas na construção do próprio conhecimento.
O esquema a seguir sugere como os experimentos podem ser trabalhados nesta cole-
ção, de acordo com a estrutura da seção Hora de investigar ou de forma livre.
Coletar
materiais.
Discutir as dificuldades
e os problemas com
os colegas.
Adequar os
procedimentos de
montagem de acordo
com as necessidades.
Sugerir alterações no
experimento, de
acordo com a influência
de possíveis variáveis.
Confrontar
com a análise
inicial.
Apresentar as
informações descrevendo
o problema, as hipóteses,
os procedimentos, os
resultados e a conclusão.
Discutir com os
colegas sobre os
resultados obtidos.
Registrar
os resultados
observados.
Análise da questão
problematizadora
inicial.
Observação
e registro dos
resultados.
Elaboração de estratégias
e procedimentos para
investigar as hipóteses ou a
leitura das etapas propostas,
caso sigam a seção.
Montagem de acordo
com os procedimentos
indicados na seção ou
planejados pelos alunos.
Conclusão. Divulgação.
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XXII
A elaboração de relatórios após a atividade prá-
tica pode auxiliar os alunos a organizar os resul-
tados encontrados. Ao apresentar esses relatórios
oralmente aos colegas, cria-se a oportunidade de
desenvolver a comunicação científica. Essa etapa
pode ser realizada de forma escrita ou por meio de
registro multimodal (gráficos, tabelas, esquemas),
permitindo aos alunos reelaborar as observações,
os dados, os resultados e as conclusões de sua in-
vestigação.
A apresentação dos resultados também favorece
momentos de discussões de caráter científico entre
os alunos, os professores e a comunidade em ge-
ral, o que permite a conexão entre os componentes
curriculares. O registro escrito, por exemplo, favo-
rece a conexão com o componente curricular de
Língua Portuguesa. O registro por meio de tabelas
e gráficos integra conhecimentos dos componentes
curriculares de Ciências e de Matemática.
Algumas etapas da montagem e da observação
dos resultados podem ser registradas por meio de
vídeos e fotos, para fazer parte do relatório e da
divulgação dos resultados obtidos.
Para que a produção científica cumpra seu pa-
pel social, é essencial que os conhecimentos sejam
compartilhados e divulgados para toda a sociedade.
Nesse cenário, a escola tem um importante papel na
formação de cidadãos que reconheçam a função da
divulgação científica.
É importante planejar a exposição e/ou as feiras
dos experimentos e das práticas realizados pelos
alunos. Esse tipo de abordagem contribui para a
formação cidadã, pois pode motivá-los na execu-
ção de atividades, além de incentivar a empatia, o
diálogo e a cooperação entre eles, favorecendo a
socialização dos conhecimentos científicos produ-
zidos na escola para toda a comunidade escolar,
além de ser uma oportunidade de promover a par-
ticipação da família na escola.
Sugerimos a organização de uma Feira de Ciên-
cias ao final do 2º semestre, pois nessa etapa os alu-
nos já terão um repertório suficiente de atividades
experimentais para apresentar. Incentive-os a verifi-
car todos os preparativos para a montagem da feira,
sob sua supervisão. Eles também deverão escolher
as atividades experimentais que serão exibidas.
Atividades em grupo
As atividades em grupo favorecem a interação
entre os alunos, contribuem para o desenvolvimen-
to da empatia e do senso de cooperação, reforçam
a importância da coletividade e incentivam o diá-
logo, o respeito às ideias e às opiniões alheias, o
acolhimento, a valorização da diversidade social e
cultural e a participação ativa do sujeito, de maneira
que ele se reconheça como parte de uma sociedade
plural e coletiva.
O planejamento minucioso é fundamental para o
desenvolvimento do trabalho em grupo, pois aju-
da a prever os materiais necessários, os objetivos
a serem atingidos e a melhor forma de expor os
resultados. Confira a seguir outras orientações im-
portantes para o trabalho em grupo.
• Procure orientar os alunos a diversificar os gru-
pos a cada atividade. Isso contribui para que to-
dos se conheçam e troquem ideias, promoven-
do a cooperação entre eles nas tarefas exigidas
e desenvolvendo o respeito mútuo.
• As atividades em grupo devem apresentar situa-
ções que sejam relevantes para os alunos, a fim
de que possam praticar a troca de ideias.
• Todas as orientações necessárias para a ativi-
dade devem ser fornecidas. Os alunos devem
ser corretamente orientados quanto ao registro
dos resultados.
• Ao final da atividade, é interessante que os alu-
nos averiguem e relatem a participação de cada
membro da equipe, além de mostrarem as difi-
culdades que tiveram.
A prática docente
A sociedade passa por mudanças ao longo do
tempo, assim como a educação. No centro dessas
mudanças encontram-se a escola e seus sujeitos, es-
pecialmente o professor e os alunos. Ao professor
cabe pensar no ensino para que seus alunos viven-
ciem a aprendizagem.
Até pouco tempo, os professores eram formados
com base em uma racionalidade técnica cujas ações
deveriam ser eficazes para executar os objetivos
previamente propostos. Assim, o ensino era conce-
bido como uma intervenção pedagógica realizada
XXIII
pela figura do professor, o detentor do saber histo-
ricamente construído. As informações eram, então,
transmitidas aos alunos por meio de aulas expositi-
vas e relativamente autoritárias. Dessa forma, con-
siderava-se o aluno um sujeito passivo que deveria
receber e memorizar as informações.
No contexto atual, é necessário que o professor,
além de dominar os conhecimentos específicos da
sua área, esteja em constante formação. Ele deve
ser um profissional reflexivo, um agente de mudan-
ças na escola e, consequentemente, na socieda-
de. Esse docente, portanto, tem intenção em suas
ações, visa ao ensino-aprendizagem e busca o de-
senvolvimento de autonomia, de valores e de critici-
dade nos alunos, preparando-os para as mudanças,
incertezas e desafios da sociedade. De acordo com
Marguerite Altet:
[...] a dialética entre a teoria e a prática é
substituída por um ir e vir entre PRÁTICA-
-TEORIA-PRÁTICA; o professor torna-se
um profissional reflexivo, capaz de analisar
suas próprias práticas, de resolver proble-
mas, de inventar estratégias; a formação
apoia-se nas contribuições dos praticantes
e dos pesquisadores; ela visa a desenvolver
no professor uma abordagem das situações
vividas do tipo AÇÃO-CONHECIMENTO-
-PROBLEMA, utilizando conjuntamente prá-
tica e teoria para construir no professor ca-
pacidades da análise de suas práticas e de
metacognição.
[...]
ALTET, Marguerite. As competências do professor profissional: entre
conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In: PAQUAY,
Léopold et al. (org.). Formando professores profissionais: quais estratégias?
Quais competências? 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 26.
O professor deve então atuar como mediador
entre o conhecimento e o aluno, refletindo sobre
a própria prática pedagógica, modificando seu pla-
nejamento e sua metodologia quando necessário, a
fim de buscar estratégias para que todos os alunos
tenham condições de desenvolver as habilidades e
as competências evidenciadas na BNCC não somen-
te em sala de aula, como também fora dela.
Para desempenhar a função de mediador, o pro-
fessor deve propor situações desafiadoras que des-
pertem a curiosidade e o interesse dos alunos. Ao
priorizar a construção
,coletiva do conhecimento,
deve criar em sala de aula um ambiente de cons-
tante diálogo, possibilitando aos alunos o desenvol-
vimento de condições para analisar o mundo que
os cerca, fazendo escolhas e propondo soluções de
problemas com base nos conhecimentos científicos,
visando ao exercício pleno da cidadania.
A formação do professor deve ser contínua. Além
de manter-se atualizado nas diferentes vertentes
pedagógicas e didáticas, deve estar atento às mu-
danças sociais que podem impactar a realidade dos
alunos e discutir com eles as consequências dessas
transformações, possibilitando que se reconheçam
como sujeitos integrantes da sociedade e capazes
de intervir nela. Para que essa realidade seja alcan-
çada, os professores e a equipe pedagógica devem
trabalhar de forma integrada, conectando as dife-
rentes áreas do conhecimento a objetivos comuns
para evitar a fragmentação.
A reflexão conjunta das diferentes áreas do saber,
associada ao conhecimento sobre a realidade social
dos alunos e ao estudo de práticas pedagógicas, po-
de favorecer o processo de ensino-aprendizagem.
Esta coleção incentiva a autonomia do profes-
sor, pois foi planejada como um apoio para a cons-
trução de conhecimentos pautados nas habilidades
e competências da BNCC. Você poderá adaptar
seu planejamento de acordo com a necessidade
da turma em que estiver lecionando, incluindo, ex-
cluindo ou modificando a ordem dos conteúdos e
das atividades.
Planejamento
Como parte da prática docente, o planejamento
tem o intuito de auxiliar o professor a se organizar
quanto ao conteúdo curricular a ser trabalhado e
às situações cotidianas de uma turma numerosa.
Trata-se de uma estratégia de organização para
elencar os objetivos que se pretende alcançar; as
habilidades e as competências que se pretende de-
senvolver; os conteúdos que necessita preparar; a
maneira como o ensino pode ser conduzido; além
da verificação dos materiais que utilizará visando
ao êxito nas aulas.
Embora tenha a intenção de programar o anda-
mento diário ou semanal dos conteúdos e práticas,
o planejamento deve ser pensado e produzido de
maneira flexível, permitindo alterações no decorrer
XXIV
do percurso, considerando a ocorrência de eventua-
lidades que exijam a proposição de uma nova condu-
ção do ensino, visando à aprendizagem dos alunos.
O planejamento pode ser considerado um roteiro
norteador, construído de acordo com experiências
de falhas e acertos do docente no dia a dia. Torna-se
um instrumento de grande utilidade, principalmente
quando o professor já conhece seus alunos e os rit-
mos do processo de aprendizado deles.
Avaliação
A avaliação tem sido tema de intensas reflexões,
o que indica um olhar cada vez mais crítico dos
educadores aos modelos praticados até então e o
anseio por propostas mais adequadas às realidades
dos atuais processos de ensino-aprendizagem.
Todo educador deve compreender a importância
do processo de avaliação como uma parte integrante
de um percurso que o auxilia no desenvolvimento de
seu trabalho e no alcance do objetivo maior de ensinar,
que consiste em capacitar o aluno a atingir um saber
competente, visando à superação, ao desenvolvimen-
to e à evolução. Assim, o processo avaliativo em sala
de aula deve ser empregado a favor desse objetivo.
[...]
Avaliar para promover significa, assim,
compreender a finalidade dessa prática a
serviço da aprendizagem, da melhoria da
ação pedagógica, visando à promoção mo-
ral e intelectual dos alunos. O professor as-
sume o papel de investigador, de esclarece-
dor, de organizador de experiências signifi-
cativas de aprendizagem. [...]
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas
do caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação, 2014. p. 20.
Infelizmente, muitas vezes, essa etapa tão impor-
tante do processo de ensino-aprendizagem tem si-
do relegada a momentos estanques, perdendo sua
finalidade educativa e transformando-se em uma
prática voltada apenas à obtenção de uma informa-
ção classificatória.
No entanto, profissionais da educação têm
compreendido melhor a cada dia que entender
a avaliação apenas como a realização de exames
pontuais com a atribuição de notas, calculando-
-se a média dos resultados da turma, não reflete
a quantidade nem a qualidade do aprendizado. É
preciso utilizar esse processo para contribuir com
a prática pedagógica.
Segundo pesquisadores da área, como Hadji
(1994), o objetivo da avaliação escolar deve ser con-
tribuir para a aprendizagem tanto do aluno quanto
do professor. Assim, a avaliação oferece ao profes-
sor informações relativas ao processo de aprendi-
zagem do aluno e à sua conduta na sala de aula.
Ao aluno, a avaliação possibilita a análise da própria
aprendizagem, instruindo-o acerca de seu percurso,
seus êxitos e suas dificuldades.
Na tarefa avaliativa realizada na escola, são feitas
perguntas cujas respostas devem orientar as deci-
sões no decorrer do processo de ensino. As respos-
tas obtidas por meio dos mais diferentes instrumen-
tos e práticas avaliativas auxiliam nesse momento,
uma vez que o objetivo da avaliação é informar a
respeito de determinado panorama, com base no
qual se deve tomar uma decisão.
A seguir, consta o modelo de uma ficha para au-
xiliar no acompanhamento do desenvolvimento in-
dividual dos alunos, com o objetivo de avaliar seus
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
XXV
Modelo de ficha de acompanhamento individual
Nome do aluno: Componente curricular:
Turma: Período letivo de registro:
Acompanhamento de aprendizagem por
objetivos e/ou habilidades
Não consegue
executar
Executa com
dificuldade
Executa com
facilidade Observações
Exemplo por objetivo:
Conhecer e analisar modelos científicos que
explicam a posição dos astros no Universo.
Exemplo por habilidade:
(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura
de gases, identificando sua composição, e
discutir fenômenos naturais ou antrópicos que
podem alterar essa composição.
Acompanhamento socioemocional
Desenvolvimento do aluno
Sim Às vezes Não Observações
Escuta com atenção a explicação dos conteúdos?
Questiona quando não compreende o conteúdo?
Faz uso correto da oralidade e/ou escrita para
se expressar?
Desenvolve os exercícios com autonomia?
Participa de maneira responsável das atividades
propostas dentro e fora da sala de aula?
Coopera com os colegas quando lhe solicitam
auxílio?
Demonstra empatia pelas pessoas de seu convívio?
Demonstra zelo pelos seus materiais e pelos
espaços da escola?
Informações sobre o progresso
nesse período letivo
Para que todo esse processo se efetive, valorizando suas dimensões básicas, não se po-
de perder de vista que a ação educativa no espaço escolar inclui aspectos, como aprender
a ser, desenvolver-se com o outro, compartilhar vivências, saberes, sentimentos, experiên-
cias, valores. Dessa forma, é importante que o professor crie espaços e situações em
que possa verificar se os alunos interagem, trabalham em grupos, dialogam e investigam.
Essas trocas permitem a eles que se manifestem de diferentes maneiras, ouçam diferentes
pontos de vista, encontrem diferentes formas de buscar soluções, reflitam sobre outras
formas de ser, sentir e agir. A observação e a análise dessas situações devem ser conside-
radas em um processo de avaliação de desempenho, levando em conta o desenvolvimento
individual em situações coletivas.
XXVI
A avaliação da aprendizagem não é tarefa estan-
que, tampouco aleatória. De acordo com Luckesi,
“A avaliação, diferentemente da verificação, envol-
ve um ato que ultrapassa a obtenção da configura-
ção do objeto, exigindo decisão do que fazer an-
te ou com ele” (2006, p. 93). Da mesma maneira,
Hoffmann afirma que:
[...]
Em relação à aprendizagem, uma avalia-
ção a serviço da ação não tem por objetivo a
verificação e o registro de dados do desem-
penho escolar, mas a observação permanen-
te das manifestações de aprendizagem para
proceder a uma ação educativa que otimize
os percursos
,individuais. [...]
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do
caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação, 2014. p. 19.
A elaboração ou definição do instrumento ava-
liativo – observação, prova, debate, resumo, entre
outras possibilidades – deve estar impregnada de
intenções que contemplem propostas pedagógicas
comprometidas com a aprendizagem e que consi-
derem uma turma heterogênea.
Desse modo, ao avaliar a aprendizagem, é neces-
sária uma retomada, um olhar novamente intencional
sobre o que se avalia, refletindo em uma decisão, em
uma nova ação. Nesse sentido, os objetivos da ava-
liação devem estar claros e os princípios básicos de
cada uma das modalidades desse processo precisam
ser conhecidos, adaptando-os de acordo com as ca-
racterísticas específicas de cada proposta e da turma.
No componente de Ciências, é importante in-
centivar a aproximação efetiva dos conhecimentos
científicos às situações do cotidiano dos alunos de
forma que eles desenvolvam a capacidade de anali-
sar, compreender e interpretar fenômenos do mun-
do natural, social e tecnológico com base nesses
conhecimentos, além de propor alternativas e so-
luções aos problemas do mundo contemporâneo.
Assim, as atividades práticas investigativas, as que
envolvem a análise de situações-problema, os de-
bates, as pesquisas, aquelas voltadas à participação
da comunidade e as relacionadas à divulgação cien-
tífica, são exemplos de estratégias presentes nesta
coleção e que fornecem informações sobre o apren-
dizado dos alunos.
São três as modalidades de avaliação e sua dis-
tinção está relacionada ao momento em que o do-
cente a utilizará. Segundo Bloom (1971), a avaliação
pode ser diagnóstica, formativa e somativa.
A avaliação diagnóstica permite ao professor
utilizar diversos instrumentos de acordo com sua
criatividade, sensibilidade e recursos disponíveis.
Seu principal objetivo é indicar o ponto de partida
mais adequado para o processo de ensino-aprendi-
zagem, possibilitando verificar a situação de apren-
dizagem do aluno em relação ao que se espera dele
no decorrer do processo. Desse modo, além da ve-
rificação do ritmo da turma, atividades ou dinâmicas
propostas nortearão o professor no planejamento
das aulas, de acordo com os diagnósticos. Nesta co-
leção, a seção O que eu já sei? pode ser utilizada
como avaliação diagnóstica.
A avaliação formativa tem o propósito de infor-
mar ao professor e ao aluno o resultado da apren-
dizagem durante o desenvolvimento das atividades.
Ela deve fornecer dados sobre o progresso do aluno
e contribuir para o professor adequar suas práticas
às características e necessidades da turma, aperfei-
çoando o processo de ensino-aprendizagem. Carac-
teriza-se como informativa (informa os envolvidos
no processo), corretiva (corrige a ação e motiva
modificações) e propositiva (conscientiza sobre as
dificuldades e aponta caminhos). Nesta coleção, a
seção O que eu estudei? pode ser utilizada como
avaliação formativa.
Por sua vez, a avaliação somativa constitui-se co-
mo um ponto de parada para a análise das informa-
ções levantadas no processo de avaliação de deter-
minado período. Por meio dela, é possível classificar
os alunos e verificar os níveis de aproveitamento.
Tem caráter mais geral no que se refere à verifica-
ção do grau em que os objetivos mais amplos foram
atingidos. Geralmente, seus resultados são utiliza-
dos para indicar se os alunos estão habilitados a se-
guir para a etapa posterior. Nesta coleção, a seção
O que eu aprendi? pode ser utilizada como avalia-
ção somativa.
Esta coleção tem o intuito de auxiliar o profes-
sor a preparar seus alunos para desafios futuros.
Isso posto, apresenta atividades que possibilitam o
preparo deles para exames de provas oficiais, co-
mo as aplicadas pelo Sistema de Avaliação da Edu-
XXVII
cação Básica (Saeb), que visa mensurar a qualidade
da aprendizagem. Seja por meio da linguagem, seja
pela estrutura das atividades, os alunos entrarão em
contanto com exercícios avaliativos que se asseme-
lham aos propostos pelo Instituto Nacional de Estu-
dos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
servindo também como parâmetro diagnóstico ou
formativo de uma avaliação.
Autoavaliação
É imprescindível considerar a importância da au-
toavaliação, um instrumento essencial para auxiliar
na avaliação formativa, que pode orientar a autor-
regulagem do processo de ensino-aprendizagem,
contribuindo para o desenvolvimento da autonomia
dos alunos.
A autoavaliação possibilita aos agentes do pro-
cesso educativo que reflitam sobre seu comporta-
mento e engajamento, além de indicar quais pontos
precisam ser trabalhados e desenvolvidos para que
sejam aprimorados.
Para atingir os objetivos, após a aplicação de uma
proposta de autoavaliação, é necessário discutir e
indicar caminhos que contribuam para gerar resulta-
dos positivos coletiva ou individualmente.
Além disso, é preciso conscientizar os alunos de
que o resultado dos esforços aplicados para mudar
ou melhorar, muitas vezes, não é conquistado a cur-
to prazo, sendo necessário refletir e rever atitudes
constantemente, por meio da autoavaliação.
Relações entre os
componentes curriculares
Com a Revolução Industrial, no século XIX, a es-
cola passou a formar pessoas para o mercado de
trabalho, que, naquele momento, se desenvolvia em
linhas de produção. Com base nesse contexto so-
cial e nas ideologias vigentes, o ensino passou a ser
compartimentado, especializado e desarticulado.
Essas relações, entretanto, modificaram-se ao
longo do tempo, exigindo uma formação universal.
Para atender a essa demanda, a educação precisou
articular-se novamente, apresentando propostas de
ensino relacionando cada vez mais os componentes
curriculares.
[...] o saber, ao mesmo tempo em que se
propõe como desvendamento dos nexos ló-
gicos do real, tornando-se então instrumento
do fazer, propõe-se também como desvenda-
mento dos nexos políticos do social, tornando-
-se instrumento do poder. Por isso mesmo,
o saber não pode se exercer interdisciplinar-
mente. Ser interdisciplinar, para o saber, é
uma exigência intrínseca, não uma circuns-
tância aleatória. Com efeito, pode-se consta-
tar que a prática interdisciplinar do saber é
a face subjetiva da coletividade política dos
sujeitos. Em todas as esferas de sua prática,
os homens atuam como sujeitos coletivos.
Por isso mesmo, o saber, como expressão da
prática simbolizadora dos homens, só será
autenticamente humano e autenticamente
saber quando se der interdisciplinarmente.
Ainda que mediado pela ação singular e dis-
persa dos indivíduos, o conhecimento só tem
seu pleno sentido quando inserido nesse te-
cido mais amplo do cultural.
[...]
SEVERINO, Antônio Joaquim. O conhecimento pedagógico e a
interdisciplinaridade: o saber como intencionalização da prática. In:
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Didática e interdisciplinaridade.
17. ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 40. (Coleção Práxis).
A relação entre componentes curriculares tem
recebido atenção especial nas últimas décadas, pois
ultrapassa a simples comunicação, sendo capaz
de conectá-los e integrá-los. Para que essa relação
ocorra, os saberes dos alunos precisam ser respeita-
dos, buscando-se finalidades, habilidades e técnicas
que favoreçam sua aprendizagem.
Em razão de seu caráter prático, a relação inter-
disciplinar precisa trabalhar com o conhecimento
vivo e dialogado. Para tal, o processo de integração
entre os componentes curriculares deve ser visto
pelos membros da escola sob um aspecto contínuo
e capaz de transformar a realidade.
Mais do que trabalhar alguns pontos comuns, ca-
da componente curricular deve procurar aproximar
metodologias, instrumentos e análises. A integração
pode derrubar as barreiras criadas no passado en-
tre os diferentes componentes curriculares sem que
eles percam sua identidade científica. Espera-se que,
dessa maneira, sejam formados alunos com visão
universal e unificadora dos conhecimentos,
,caracte-
rísticas que os auxiliarão a desenvolver habilidades e
XXVIII
capacidades para o exercício pleno de uma cidada-
nia crítica e atuante.
Para que a aula seja realmente interdisciplinar é
preciso considerar os seguintes pontos.
• Realizar um bom planejamento, atentando às
possíveis relações entre o conteúdo do respec-
tivo componente curricular e outros.
• Pesquisar e compreender o conteúdo trabalha-
do por outros componentes curriculares.
• Conversar e envolver os professores de outros
componentes curriculares e quando possível
planejar em conjunto.
• Considerar a heterogeneidade dos alunos da
turma.
• Propor atividades contextualizadas que auxiliem
o aluno nessa visão interdisciplinar.
• Usar materiais que evidenciem a interdisciplina-
ridade.
Esta coleção propõe atividades que poderão ser
trabalhadas com base em seus temas, conteúdos,
recursos e seções, favorecendo uma abordagem in-
tegradora entre os diversos componentes curricula-
res. Essa articulação é apresentada nas orientações
ao professor, com o intuito de contribuir com su-
gestões que colaborem para a integração dos co-
nhecimentos. A seção Projeto em ação também é
utilizada para desenvolver o trabalho interdisciplinar
nesta coleção.
O aprendizado em sala de aula
A sala de aula é um espaço privilegiado de grande
significância para o desenvolvimento dos alunos. É
nesse espaço que eles interagem uns com os outros
e com o professor. É também na sala de aula que os
alunos entram em contato com conhecimentos di-
versos e sistematizam alguns deles sob a mediação
do professor.
Ao desenvolver o trabalho nesse espaço, os desa-
fios enfrentados pelo professor são cada vez maio-
res. Entre eles destacam-se a quantidade de alunos e
as dificuldades no aprendizado, situações que fazem
parte da realidade das escolas brasileiras. É evidente
que as diferenças cognitivas sempre existirão, pois
cada aluno tem formação humana e escolar única
e se apropria do conhecimento construído no de-
correr da vida acadêmica à própria maneira. Além
disso, sendo o Brasil um país rico em diversidade,
em vários aspectos, é natural que haja contrastes
educacionais, sociais e de saúde, o que impacta na
característica de cada aluno em sala de aula.
É importante ter em mente que os diferentes ní-
veis de aprendizagem em uma turma não indicam a
falta de capacidade de alguns alunos para aprender,
mas sim que o progresso de cada um ocorre de
acordo com o próprio ritmo. Lidar com esse cenário
não é uma tarefa simples, e certamente não existe
uma solução única e predeterminada. Pelo contrá-
rio, há diversas estratégias que podem ser adotadas
e agregadas à prática pedagógica, a fim de gerar
resultados significativos e contribuir para os alu-
nos aprenderem mais e melhor, considerando suas
características individuais. Com base nisso, como
proceder quando essas diferenças são percebidas
em uma mesma turma? A seguir, constam algumas
sugestões de estratégias a serem consideradas para
enfrentar essas situações.
• Apresente as atividades escolares de maneira de-
safiadora e cativante, buscando reverter a ideia,
muitas vezes incutida nos alunos, de que o ato
de estudar está relacionado ao cumprimento
de obrigações. É importante que eles tenham a
oportunidade de refletir sobre a relevância dos
estudos e de valorizar o conhecimento, o conta-
to com informações que auxiliam na compreen-
são do mundo, da realidade, da vida.
• Sempre que possível, inclua e utilize recursos
tecnológicos aliados aos objetivos da educação.
Atualmente, a tecnologia faz parte do cotidiano de
parte dos jovens e pode ser utilizada para incen-
tivar o interesse deles pelos estudos, instigando-
-lhes o pensamento e complementando assuntos
tratados em sala de aula de maneira atraente.
• Relacione os assuntos escolares com algum
evento da atualidade e da realidade dos alunos,
contribuindo para o interesse e a compreensão
de temas, muitas vezes, considerados comple-
xos. Sempre que viável, utilize diferentes ma-
teriais pedagógicos, como vídeos, músicas, ar-
tigos de jornais e revistas, propagandas, além
de estratégias diversificadas, como estudos de
campo, pesquisas e trabalhos em grupo.
XXIX
• Acompanhe o desempenho de maneira indivi-
dual, por meio de atividades diversificadas, con-
templando diferentes habilidades e competên-
cias. Assim, é possível identificar as principais
dificuldades e definir as melhores estratégias
para conduzir o processo de apoio, levando o
aluno a alcançar os objetivos propostos para o
ano em que estuda. A análise do resultado geral
da turma também pode indicar a necessidade
de revisão de estratégias para aprimorar o de-
senvolvimento das aulas e atender às diferentes
necessidades que se impõem em sala de aula.
Retomar o conteúdo com alguma periodicida-
de também é uma estratégia válida.
• Dinamize a organização do espaço da sala de
aula para contribuir para o processo de ensino-
-aprendizagem. Algumas sugestões são: dispor
as carteiras em círculo, em grupos pequenos;
organizar somente as cadeiras em um grande
círculo; reunir somente as carteiras, caso os
alunos precisem circular pelo ambiente e ne-
cessitem de uma grande estação de trabalho.
Essa dinâmica incentiva os alunos e atende à
diversidade de preferências, tornando o am-
biente mais agradável, despertando o inte-
resse e favorecendo a aprendizagem. Utilize
também outros espaços do ambiente escolar,
como pátio, jardim, biblioteca, sala multimídia
e laboratório.
• Incentive os alunos a participar de projetos de
monitoria, nos quais aqueles que apresentarem
bom desempenho em determinado componen-
te curricular auxiliem os que estiverem com di-
ficuldades, sob a orientação dos professores.
Além de contribuir para reduzir a dificuldade no
aprendizado, todos os alunos envolvidos têm a
oportunidade de desenvolver habilidades, co-
mo colaboração, empatia, antecipação e plane-
jamento, participação, decisão e resolução de
problemas, comunicação e trabalho em equipe.
• Além destas orientações para o dia a dia, al-
guns casos podem demandar esforços extras e
possibilitar aos alunos que atinjam os objetivos
propostos para a etapa em que se encontram.
Casos específicos podem exigir:
> elaboração de atividades educativas diferen-
ciadas que levem os alunos a compreender
os conteúdos ou que atendam a necessidades
cognitivas específicas;
> atendimento individualizado durante as au-
las para verificação das atividades realizadas
pelos alunos, com análise e observação mais
detalhada;
> atendimento separado da turma em casos de
dificuldades mais severas no aprendizado, por
meio da proposição de atividades diferenciadas
e da utilização de recursos complementares.
Nesse caso, o professor responsável pelo com-
ponente curricular deve estar em contato com
aquele que realizará esse trabalho de apoio,
visando compreender as dificuldades do aluno,
suas principais necessidades e a maneira como
ele será acompanhado e avaliado, de modo a
garantir a continuidade de seu progresso.
É importante ter em mente que o trabalho com
alunos que demonstram dificuldades no aprendiza-
do não é responsabilidade exclusiva do professor,
devendo ser compartilhado com toda a equipe pe-
dagógica e contar também com o suporte e apoio
da família. O ritmo de cada aluno e, portanto, seus
avanços individuais devem pautar as definições e
adequações das estratégias adotadas e a avaliação
de todo o processo.
Competência leitora
A leitura é uma atividade primordial. Mesmo an-
tes de serem alfabetizadas, as crianças costumam
procurar sentidos em placas ou inventam histórias
por meio de imagens. Depois de alfabetizadas, pa-
rece que essa prática perde espaço e, assim, o livro
passa a ser um artigo raro.
Sabe-se que a prática da leitura enriquece o vo-
cabulário, favorece a prática da escrita, desenvolve o
senso crítico e a capacidade de raciocínio e incentiva
a sensibilidade e a participação no meio social. Contu-
do, nossa cultura não é,
,de fato, tradicionalmente lei-
tora, o que resulta de diversos fatores: a alfabetização
em nosso país é tardia; os livros não fazem parte dos
ambientes domésticos; não se valoriza a leitura, tanto
que muitas vezes o ato de ler é visto como um fardo.
Mesmo nesse contexto desfavorável, o Ensino
Fundamental é visto como a etapa em que se encon-
tra a maior parcela dos leitores no Brasil – embora
XXX
no ambiente escolar a leitura ainda seja vista como
missão dos professores das séries iniciais e de Lín-
gua Portuguesa.
[...] Ainda existe na comunidade escolar
a cultura de que a formação do aluno leitor
é de responsabilidade dos professores das
séries iniciais e de Língua Portuguesa e Li-
teratura, quando, na realidade, os níveis e
os processos de leitura não caminham em
uma só direção, nem para uma só área do
saber. Se nossos professores compartilhas-
sem entre si o conhecimento das teorias e
das práticas de leitura, o processo ensino-
-aprendizagem da comunidade escolar co-
nheceria, sem dúvida, momentos de pro-
fícuas discussões e de comprometimento
coletivo. [...]
BRETAS, Maria Luiza Batista. Leitura é fundamental: desafios
na formação de jovens leitores. Belo Horizonte: RHJ, 2012. p. 25.
A educação voltada para a formação de leitores
é responsabilidade de todos os componentes curri-
culares. Um mesmo texto pode ser trabalhado sob
diversos olhares, por isso o trabalho com as estraté-
gias de leitura aplicadas a textos de diferentes áreas
do conhecimento é fundamental para que os alunos
desenvolvam a competência leitora em diversos ní-
veis de cognição. Nessa concepção de leitura, é atri-
buída grande importância à maneira como o leitor
se relaciona com o texto.
[...]
Formar leitores autônomos também sig-
nifica formar leitores capazes de aprender
a partir de textos. Para isso, quem lê deve
ser capaz de interrogar-se sobre sua própria
compreensão, estabelecer relações entre o
que lê e o que faz parte do acervo pessoal,
questionar seu conhecimento e modificá-lo,
estabelecer generalizações que permitam
transferir o que foi aprendido para outros
contextos diferentes [...].
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 72.
Para incentivar o prazer pela leitura nos alunos
é importante levá-los a criar diferentes expectativas
(de níveis diversos) em relação a essa atividade. Nes-
se sentido, a informação deve se propagar gradativa-
mente para níveis mais complexos. Essas expectati-
vas são responsáveis por orientar o leitor, tornando
possível a compreensão textual. Além disso, a leitura
deve ser um processo constante de levantamento e
verificação de hipóteses acerca do texto, de modo
que contribua para sua compreensão.
Com a aplicação de estratégias de leitura, os alu-
nos desenvolvem habilidades, como resgatar conhe-
cimentos prévios, levantar hipóteses, localizar infor-
mações, compreender a ideia central de um texto,
fazer inferências, confirmar ou retificar as hipóteses
levantadas e argumentar.
Ao fazer inferências, o aluno atribui coerência in-
tencional aos significados, projetando-se para além
daquilo que leu e interpretou, possibilitando a recons-
trução e/ou construção de conhecimentos para si e
para o outro, por meio da interação, da comunicação
e do diálogo com o texto. Ao propor a leitura inferen-
cial, é preciso orientar o aluno a ler raciocinando e in-
terpretando, de modo que compreenda as situações
descritas em um texto e chegue às suas conclusões.
Ao trabalhar essa e outras habilidades, é impor-
tante levar os alunos a compreender, em primeiro lu-
gar, os objetivos da leitura, ou seja, deve estar claro
para todos o que se espera alcançar por meio dela.
Esses objetivos podem ser inúmeros, por exemplo,
a busca de informações, o estudo, a confirmação ou
a refutação de um conhecimento prévio e a produ-
ção de um texto.
Dessa forma, com base na teoria de Solé (1998)
sobre a competência leitora, é proposto aos alunos
apropriar-se das diferentes estratégias relacionadas
à compreensão textual. É importante enfatizar que,
como leitor proficiente, o professor deve mostrar-
-lhes os processos que levam o sentido de um texto
a ser construído. Já os alunos devem se apropriar
progressivamente dessas estratégias, aplicando-as
em suas práticas de leitura.
Trabalhando as estratégias
de leitura com os alunos
Nesta coleção, são apresentados textos dos mais
diversos gêneros, introduzindo ou contextualizan-
do determinados conteúdos. Esses momentos são
propícios para promover a competência leitora dos
alunos, possibilitando desenvolver com eles a capa-
cidade de fazer análises críticas, criativas e proposi-
XXXI
tivas, além de suscitar a reflexão e as habilidades de inferência e argumentação. Para isso,
o professor pode utilizar as estratégias de leitura agrupadas em três etapas: Antes da
leitura, Durante a leitura e Depois da leitura. Verifique, a seguir, o que é esperado dos
alunos em cada um desses momentos.
Etapas das estratégias de leitura
Antes da leitura
• Resgatar conhecimentos prévios acerca do gênero ou do assunto apresentado.
• Levantar hipóteses em relação ao autor, ao suporte e aos objetivos do texto.
• Antecipar o tema ou a ideia principal com base nos elementos paratextuais
(títulos, subtítulos, epígrafes, prefácios, sumário etc.).
• Criar expectativas quanto à estrutura do gênero.
Durante a leitura
• Localizar o tema ou a ideia principal do texto.
• Pesquisar no dicionário as palavras cujo sentido desconheçam.
• Construir o sentido global do texto.
Depois da leitura
• Confirmar ou retificar as antecipações ou expectativas de sentido criadas antes
da leitura ou durante a leitura.
• Trocar impressões com os colegas a respeito do texto lido, fornecendo
indicações para a sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições.
A leitura também auxilia o aluno na argumentação, habilidade que permite ao indivíduo
se expressar, defender suas ideias e se posicionar, de maneira oral e escrita. Por meio dela
é possível identificar e conhecer diferentes opiniões e argumentos sobre determinado
assunto, permitindo analisá-lo de diferentes maneiras e utilizar informações confiáveis na
argumentação, de acordo com o posicionamento escolhido.
É importante destacar que a maior ferramenta educativa é o exemplo, por isso o pro-
fessor tem papel ativo no desenvolvimento da competência leitora, sendo responsável não
só por orientar os alunos durante cada etapa, procurando auxiliá-los e permitindo que
alcancem a compreensão textual de forma gradativa, mas também por mostrar como a
leitura é uma atividade importante e prazerosa.
Nesta coleção, sempre que possível, em atividades que envolvem o trabalho com gêne-
ros textuais, o professor encontra orientações sobre como levar os alunos a desenvolver
diferentes habilidades, entre elas a leitura inferencial e a argumentação.
Metodologias e estratégias ativas
O contexto educacional vem passando por grande e considerável evolução. O protago-
nismo, a participação, a opinião e a experiência dos alunos têm sido tomados como ponto
de partida no processo de ensino-aprendizagem, na intenção de auxiliá-los a alcançar o
conhecimento de maneira concreta e significativa. A sala de aula costuma contemplar um
grande número de alunos que carregam consigo diferentes experiências de vida e diversas
maneiras de agir e pensar o mundo. Trabalhar com as metodologias e estratégias ativas
contribui para que o aluno seja protagonista no processo de aprendizado, possibilitando
a construção do conhecimento de maneira prática, reflexiva e autônoma. Desenvolver
estratégias como estas permitem um melhor desempenho tanto dos alunos quanto do
professor, este como mediador no contexto educacional.
[...] A ênfase na palavra ativa precisa sempre estar associada à aprendizagem
reflexiva, para tornar visíveis os processos, os conhecimentos e as competências
XXXII
do que estamos aprendendo com cada ati-
vidade. Ensinar e aprender tornam-se fasci-
nantes quando
,se convertem em processos
de pesquisa constantes, de questionamento,
de criação, de experimentação, de reflexão e
de compartilhamento crescentes, em áreas
de conhecimento mais amplas e em níveis
cada vez mais profundos. A sala de aula po-
de ser um espaço privilegiado de cocriação,
maker, de busca de soluções empreendedo-
ras, em todos os níveis, onde estudantes e
professores aprendam a partir de situações
concretas, desafios, jogos, experiências, vi-
vências, problemas, projetos, com os recur-
sos que têm em mãos: materiais simples ou
sofisticados, tecnologias básicas ou avança-
das. O importante é estimular a criatividade
de cada um, a percepção de que todos po-
dem evoluir como pesquisadores, descobri-
dores, realizadores; que conseguem assumir
riscos, aprender com os colegas, descobrir
seus potenciais. Assim, o aprender se tor-
na uma aventura permanente, uma atitude
constante, um progresso crescente.
[...]
MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In:
BACICH, Lilian; MORAN, José. (org.). Metodologias ativas para uma educação
inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 3.
Esta coleção propõe, em diversos momentos, o
trabalho com diferentes estratégias e metodologias
ativas, visando proporcionar condições de trabalho
significativo com as competências gerais, específicas
e habilidades da BNCC. A seguir, são apresentadas
as descrições das estratégias de metodologias ati-
vas que serão trabalhadas no decorrer dos volumes,
proporcionando o desenvolvimento de atividades
contextualizadas com os alunos.
Gallery walk
Esta metodologia ativa tem sua dinâmica seme-
lhante às exposições vistas em museus, pois consis-
te, como produto final, na exibição de trabalhos. O
que a difere é o protagonismo dos alunos ao traba-
lhar a argumentação no decorrer das apresentações
dos cartazes construídos em equipe. A estratégia
em questão, conhecida como caminhada na gale-
ria, ocorre seguindo estes passos.
• Em sala de aula, o professor apresenta os te-
mas, assuntos ou situações-problema que pre-
tende colocar em foco na discussão. Se oportu-
no, tópicos podem ser elencados na lousa com
o intuito de proporcionar uma melhor condu-
ção do trabalho.
• A turma deve ser organizada em duplas ou gru-
pos, considerando as suas especificidades. Isso
deve ser avaliado com base na quantidade de
assuntos apresentados. O importante é consi-
derar as tarefas que devem ser desempenhadas
para que todos os integrantes participem no
decorrer da atividade.
• O professor deve disponibilizar tempo para
que os grupos tenham condições de fazer pes-
quisa de busca, aprofundamento, exemplifica-
ção e fundamentação dos estudos de maneira
contextualizada.
• Cada grupo deve produzir cartazes que servi-
rão de recurso para exposição e apresentação
da pesquisa que fizeram. No dia previamente
agendado e conforme a ordem preestabelecida
com os alunos, eles se prepararão para as exibi-
ções dos trabalhos.
• Os cartazes devem ser fixados em local de fácil
acesso à turma (em sala de aula ou no pátio da
escola). Assim, terão condições de apreciar os
trabalhos dos colegas, fazer leitura e, em mo-
mento oportuno, fazer questionamentos aos
responsáveis pelo cartaz.
• Para cada apresentação deve ser disponibiliza-
do um tempo viável para a interação de todos.
Terminadas as trocas de informação e argumen-
tações entre os alunos, faça outras inferências
voltadas a sanar lacunas que, porventura, pos-
sam ter ficado.
Para concluir o trabalho com esta metodologia
ativa, o professor deve convidar os alunos para uma
roda de conversa com a intenção de pedir opiniões
sobre a atividade realizada. Nesse momento, deve-
-se atentar aos pontos levantados pela turma ava-
liando o que precisa ser considerado e alterado em
outros momentos semelhantes.
Brainstorming
Esta estratégia, também conhecida como tem-
pestade de ideias, consiste em fazer um levanta-
mento de tudo o que os alunos sabem sobre deter-
minado assunto, tema ou situação-problema. Alguns
XXXIII
pontos que ajudam a fazer um levantamento inicial
são curiosidades, causas ou consequências relacio-
nadas ao conteúdo em discussão. A seguir, confira
as etapas que conduzem esta atividade.
diante disso, propõe a dinâmica do debate, ex-
plicando e esclarecendo como ele ocorre.
• A turma é organizada em grupos, de acordo com
posicionamentos favoráveis ou contrários. Os alu-
nos devem ser orientados a fazer levantamentos
de materiais para ampliar o conhecimento, afir-
mar ou refutar aspectos relacionados ao assunto.
• O resultado da pesquisa deve ser levado para
a sala de aula para que os respectivos grupos
discutam e registrem os argumentos e funda-
mentações que serão utilizados no debate.
• No dia predeterminado, um aluno ou o próprio
professor coloca-se como mediador do debate,
para direcionar as perguntas e cronometrar o
tempo das respostas. A turma deve ser organi-
zada em três grupos, dos quais dois participarão
ativamente do debate, organizados em formato
meia-lua ou em dois grandes grupos. Cada um
deverá escolher um debatedor para represen-
tar sua equipe. O terceiro grupo, por sua vez,
ficará responsável por compor a plateia, com
o objetivo de analisar o debate e chegar a um
posicionamento sobre as apresentações.
Enquanto o debate acontece, o professor deve
perceber como os alunos estão se saindo, verificando
as argumentações e fundamentações utilizadas. Ao fi-
nal, abre-se espaço para que eles discutam a respei to
da realização, abordando como foi realizá-la, pontos
positivos e negativos do trabalho em grupo, entre ou-
tras questões.
One-minute paper
Esta estratégia, também conhecida como pa-
pel de minuto, propõe dinamismo e desafio para
aqueles que a praticam. Ela pode ser proposta em
diferentes momentos da aula, bem como para a ve-
rificação do conhecimento prévio, compreensão da
teoria em andamento ou conclusão de atividades,
por exemplo. Trata-se de uma estratégia de rápida
aplicabilidade e fácil contextualização.
Consiste em produzir determinado registro com
o tempo cronometrado em 1 minuto. O professor
lança uma pergunta aos alunos, que devem escrever
em tiras de papel a resposta que julgarem adequa-
da ao questionamento. O tempo é fator crucial no
decorrer da atividade, podendo ser delimitado por
meio do relógio ou do próprio celular. Após 1 minu-
É preciso providenciar, com antecedência, papel sul-
fite cortado em quadrados ou notas adesivas; car-
tolina ou papel kraft e fitas adesivas ou cola escolar.
1º.
O professor deve pedir à turma que se organi-
ze em grupos e disponibilizar os materiais a cada
um deles. Em seguida, o conteúdo é apresentado,
sem aprofundamento dos conceitos.
2º.
Cada grupo deve escrever no centro ou no topo
da cartolina ou do papel kraft o conteúdo ou as-
sunto a ser estudado.
3º.
Cada integrante do grupo deve registrar, nos pa-
péis que foram entregues, o que sabem sobre o
assunto, e colá-los na cartolina ou no papel kraft.
4º.
Cada grupo deve apresentar para a turma o cartaz
com as anotações sobre o conteúdo. Nesse mo-
mento, devem ficar atentos para verificar as seme-
lhanças e diferenças entre os pontos mencionados.
5º.
Após a realização desta estratégia ativa, o professor
deve iniciar o trabalho com o conteúdo curricular,
sempre fazendo associações com os conhecimen-
tos compartilhados pelos alunos na dinâmica.
6º.
Esta estratégia permite verificar os conhecimen-
tos prévios dos alunos de acordo com seu contexto
e vivência de mundo, além de contribuir para desen-
volver a argumentação.
Debate
Trata-se de uma metodologia que proporciona a
reflexão, a argumentação, a exposição de opiniões,
o autoconhecimento, além da socialização entre alu-
nos com respeito às diferentes maneiras de pensar.
Desse modo, para que sua realização seja possível
é necessário cumprir alguns passos, como os apre-
sentados a seguir.
• Em sala de aula, o professor apresenta deter-
minado assunto, tema ou situação-problema
,e,
XXXIV
to, os alunos devem colocar suas tiras de papel sobre a mesa do professor (não havendo
a necessidade de identificá-las) para serem lidas e discutidas por toda a turma.
Além de desenvolver a habilidade de síntese, em seguida, os alunos são incentivados a
argumentar com base em seus registros lidos para defender ou refutar a resposta ali regis-
trada. Já o professor deve aproveitar a oportunidade para avaliar como estão se saindo e
fazer apontamentos de acordo com a necessidade.
Think-pair-share
Esta metodologia, também conhecida como pensar-conversar-compartilhar, é realiza-
da em três momentos, sendo o primeiro de maneira individual, o segundo em dupla e o
terceiro em grupo maior, isto é, agregando todos os que estiverem presentes no dia da dinâ-
mica. O professor tem condições de propô-la antes de iniciar o trabalho com um conteúdo
novo, no decorrer da discussão sobre ele ou mesmo enquanto são feitas atividades do livro,
por exemplo. Para compreender esta metodologia, verifique a seguir como ela ocorre.
O professor
lança uma
pergunta
relacionada
ao conteúdo.
Disponibiliza
tempo para os
estudantes
pensarem e
registrarem no
caderno o que
sabem sobre ela.
Permite à turma
que forme duplas
para conversar
sobre os registros
feitos na etapa
anterior.
Conclui a atividade
permitindo a todos
que se expressem,
respeitando os
turnos de fala de
cada um.
É interessante combinar com a turma a medida do tempo dispo-
nível para as etapas que sucedem a questão lançada, no caso, para
o registro no caderno, para o momento em duplas e, por fim,
para as exposições dos alunos a toda a turma. Para esta
última etapa, é interessante acordar com eles como se
manifestarão, possibilitando a todos que tenham seu
momento de fala, de maneira organizada para que
possam ser ouvidos e compreendidos. A argumen-
tação é exercitada no decorrer desta metodologia,
pois estarão constantemente em pronunciamento
de suas falas com a intenção de convencer os cole-
gas acerca das opiniões com as quais concordam
ou discordam, apresentando seus pontos de vista.
Quick writing
Trata-se de uma metodologia ativa que propor-
ciona um momento de desafio e de diversão com
os alunos. É desenvolvida com uma medida de tempo
cronometrada, para registro de conhecimento prévio
ou da compreensão de conteúdos trabalhados com a tur-
ma. Desse modo, esta estratégia, também conhecida como
escrita rápida, pode ocorrer conforme as orientações ao lado.
Um questiona-
mento é lançado
pelo professor à
sua turma.
Cada estudante deve
fazer o registro de
seus conhecimentos
em uma tira de
papel.
Após concluir
esta etapa, os
estudantes devem
entregar as
respostas ao
professor.
O professor deve
cronometrar 5
minutos para os
estudantes
registrarem a
resposta.
As tiras de papel
podem ser fixadas
na lousa ou em uma
cartolina.
Cada uma deve ser
lida e discutida entre
os estudantes, com
mediação do
professor.
Ao final, as
respostas podem
sofrer complemento
ou alteração para
que os registros se
tornem verdadeiros
e/ou completos.
Quick writing
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XXXV
Esta metodologia desenvolve nos alunos as habi-
lidades de análise, síntese e registro objetivo sobre
a compreensão de determinado conteúdo. Durante
seu desenvolvimento, o professor tem o papel de
mediador das discussões, lançando posicionamen-
tos com o intuito de trabalhar com seus alunos a
argumentação, por exemplo.
Turn and talk
Trata-se de uma metodologia também conhecida
como vire e fale. O foco desta atividade é a comu-
nicação e a argumentação entre as pessoas que dela
participam. Nela, os alunos são incentivados a dar
pareceres sobre o que sabem do conteúdo, tema ou
situação-problema. No decorrer das aulas, a dinâ-
mica costuma ocorrer conforme as etapas a seguir.
• O professor lança uma pergunta, para levantar
o conhecimento prévio dos alunos, no decorrer
de uma discussão ou em meio à realização de
atividades.
• Disponibiliza tempo para que os alunos se vi-
rem uns para os outros, formando duplas, e
conversem entre si sobre o assunto. Nesse mo-
mento, é necessário esclarecer que o diálogo
consiste em trocar informações de maneira res-
peitosa, pois nem sempre as opiniões se com-
plementam, podendo haver divergências de
pensamentos e argumentos.
• Terminado o tempo, abre-se um momento pa-
ra exposição desses pareceres à turma. O pro-
fessor deve fazer registros na lousa, elencando
os apontamentos mais interessantes que foram
mencionados, os quais auxiliarão na retomada
das informações dadas pela turma, contextuali-
zando o conteúdo e a vivência de mundo.
Esta metodologia ativa permite aumentar o nível
de complexidade dos questionamentos propostos
pelo professor de maneira gradativa.
Experimentação
Quando proposta em contexto escolar, os alunos
constroem o conhecimento com base no método
científico, confirmando ou refutando hipóteses re-
lacionadas aos conteúdos em estudo, por meio de
atividades práticas. Esta metodologia proporciona o
trabalho em grupo, com alunos de diferentes níveis
de aprendizagem que, por vezes, trabalham juntos
associando o conteúdo estudado ao contexto em
que vivem, aperfeiçoando, ainda, as habilidades de
argumentação.
Confira a seguir algumas orientações para o tra-
balho com essa metodologia ativa.
• O professor apresenta a situação-problema e
organiza os grupos.
• De acordo com o assunto, tema ou situação-
-problema, cada grupo se organiza em uma ro-
da de conversa para refletir sobre a prática a
ser realizada, avaliando as diferentes maneiras
de chegar a uma solução.
• Os grupos devem ser orientados a produzir um
roteiro para que tenham um panorama do que
será feito, dos materiais necessários e para vi-
sualizar possíveis dificuldades que possam sur-
gir. Nesta etapa, também verificam se há neces-
sidade de mais pesquisas para desenvolver ou
fundamentar melhor a atividade.
• Feito o planejamento, pode-se partir para a prá-
tica. Constrói-se, verifica-se, analisa-se e regis-
tra-se o decorrer de todo o experimento. Inde-
pendentemente de ter alcançado êxito ou se
deparado com falhas, todo o experimento é vá-
lido. Isso posto, é necessário esclarecer aos alu-
nos que todo comentário, em um experimento,
é valioso, pois serve como apontamento para
tomadas de atitude. É importante que eles sai-
bam quais são os principais pontos de atenção
durante o experimento.
Experimento em andamento
DEU CERTO NÃO DEU CERTO
continua o que houve?
toma novas
atitudes
revê processo
deu certo continua
chega a um
resultado
chega a um
resultado
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XXXVI
• Em data marcada, os resultados dos experimen-
tos devem ser apresentados. Nesse momento,
o professor deve permitir aos alunos que deem
seus pareceres, tirem dúvidas com os colegas
ou acrescentem orientações.
• Ao final, abre-se uma roda de conversa para
que a turma fale sobre a realização do trabalho,
pontue a evolução do conhecimento e dê su-
gestões para outros experimentos.
Mapa mental
Esta metodologia ativa auxilia os alunos a orga-
nizar o conteúdo estudado de maneira visual, cria-
tiva, clara e objetiva. Auxilia, ainda, a desenvolver
as habilidades de síntese, ordenação, organização e
associação de informações.
Por meio de palavras-chave ou expressões curtas,
constrói-se um panorama, auxiliando os alunos a
agregar dados para compreender o conceito. Desse
modo, parte-se de uma expressão relacionada ao
conteúdo em estudo e dela partem as ramificações.
Em um primeiro momento, o professor pode cons-
truir o mapa mental com a turma e, em outros, per-
mitir aos próprios alunos que o façam. É interessan-
te que ambas as situações ocorram, pois na primei-
ra o professor ensina a elencar o que é interessante
pontuar; na segunda, verifica como sua turma está
se saindo em relação à seleção das
,informações.
A produção de um mapa mental pode ser reali-
zada individualmente, em dupla, em grupo ou com
toda a turma. O professor deve estar atento ao
momento da aula e propor a melhor maneira para
produzi-lo com os alunos. Concluída a produção,
todas as ramificações, com termos ou expressões
utilizadas, devem ser avaliadas pelo professor e pela
turma, com o intuito de verificar se o registro supre
o que pretenderam produzir.
Os próprios alunos podem fazer uso desta estra-
tégia como método de estudo e para apresentações
de trabalhos, por exemplo.
Sala de aula invertida
Esta metodologia ativa propõe uma inversão de
papéis e contextos, na qual o aluno é protagonista
do seu aprendizado, favorecendo o desenvolvimen-
to de sua autonomia e responsabilidade. A dinâmica
ocorre de acordo com os passos a seguir.
• O professor verifica o conteúdo/assunto/tema
com o qual trabalhará e providencia materiais
(impressos ou em plataformas digitais) para a
turma ou solicita aos próprios alunos que bus-
quem informações sobre ele.
• Os alunos estudam o material em casa, com ante-
cedência, para que, na data combinada, exponham
as compreensões e interpretações que tiveram. De
maneira organizada e acordada com eles, cada um
deve dar seu parecer aos colegas da turma.
• No decorrer desta etapa, o professor comple-
menta, confirma ou refuta informações de ma-
neira sutil. Além de aproveitar para relacionar os
materiais extras pesquisados pelos alunos com
o conteúdo que dará início e ainda extrapolar
relacionando-os com as vivências de mundo.
• Ao término das explicações da turma, o profes-
sor trabalha o conteúdo previsto relacionando-
-o ao conhecimento compartilhado pelos alu-
nos. É uma maneira de levá-los a compreender
o conteúdo em estudo, por meio da relação
com o contexto de vivência deles, afirmando o
protagonismo no processo de construção do
próprio conhecimento.
Seminário
Esta metodologia desenvolve algumas habilidades
nos alunos, como autonomia, assiduidade, empatia,
respeito e, por vezes, cooperação. O protagonismo
dos alunos permeará todas as etapas da atividade,
e o professor será o mediador e auxiliador em cada
uma delas.
É uma atividade para ser realizada em grupo, neces-
sitando do comprometimento de todos os integrantes
no decorrer das etapas, como a distribuição de tarefas
no grupo, a pesquisa, o levantamento de referências
confiáveis, a verificação de materiais necessários pa-
ra montar uma apresentação, as produções textuais
(dos materiais a serem apresentados e de um roteiro a
ser seguido), além da organização para condução das
apresentações. Desse modo, para ser desenvolvida pe-
los alunos, ela deve ocorrer da seguinte maneira.
• Um conteúdo é trabalhado com a turma e,
após conversa, explicação e/ou discussão, o
professor propõe a produção de diferentes se-
minários sobre temas, assuntos ou diferentes
situações-problema que fazem parte do con-
XXXVII
texto deles. Os assuntos podem ser elencados
na lousa com o intuito de serem distribuídos
entre os grupos que serão formados.
• Tanto a formação dos grupos quanto a esco-
lha dos temas podem ser decididas em comum
acordo com os alunos ou por meio de sorteio.
Outra etapa importante que pode ser combi-
nada nesse momento é a ordem das apresen-
tações, para que eles saibam em que momento
será sua vez de se pronunciar.
• Cada grupo deve se organizar para pesquisar o
assunto (com base em fontes confiáveis), sele-
cionar as informações relevantes e debater sobre
os pontos que serão apresentados no seminário.
• Em seguida, deverão organizar a apresentação, dis-
tribuindo as falas de cada integrante, organizando
e confeccionando os materiais que serão utiliza-
dos, como cartazes, gráficos, tabelas e vídeos.
• Na data marcada, os grupos se apresentam e,
ao final da fala de cada um deles, pode haver
um momento de conversa com os demais gru-
pos da turma, abrindo espaço para outros pa-
receres, confirmações, contestações, questio-
namentos e conclusões sobre o tema.
• Ao final, é importante disponibilizar um momento
para que todos os alunos façam uma autoavalia-
ção e falem de sua participação nas etapas desta
atividade, do que tiveram facilidade e também de
suas dificuldades. Isso ajudará a promover melho-
rias em outros trabalhos semelhantes a este.
Esta metodologia ativa permite aos alunos com
diferentes opiniões que trabalhem juntos, aprimo-
rando a argumentação e possibilitando a todos que
conciliem o conteúdo a fatos do cotidiano, enxer-
gando o problema de maneira contextualizada.
O uso de novas tecnologias na educação
A utilização de recursos tecnológicos é algo pre-
sente no cotidiano de parte dos brasileiros. Sendo as-
sim, a escola exerce uma função predominante na for-
mação de indivíduos aptos a utilizar tais tecnologias,
levando-os a desempenhar sua cidadania ao compre-
ender o mundo em que vivem. Além disso, alguns re-
cursos tecnológicos podem trazer grandes contribui-
ções para o processo de ensino-aprendizagem.
O uso das Tecnologias da Informação e Comu-
nicação (TICs) tem demonstrado resultados satis-
fatórios na relação com os conteúdos curriculares,
tornando-os mais atrativos para os alunos, os quais,
consequentemente, assumem uma postura mais
participativa na sala de aula.
Quando falamos em tecnologia na educação, pen-
samos primeiramente no computador e na internet,
mas é importante lembrar que a lousa, a televisão,
o rádio e tantos outros recursos utilizados em sala
de aula também são tecnologias. Sendo assim, quais
são as novas tecnologias? Confira a seguir o que a
professora e pesquisadora Nuria Pons Vilardell Ca-
mas afirmou sobre esse assunto em entrevista con-
cedida ao Portal Brasil.
[...]
Segundo a professora, por novas tecno-
logias entende-se a convergência de tecno-
logias e mídias para um único dispositivo,
que pode ser o notebook, o celular, o tablet,
a lousa digital, o robô e quaisquer outras
que surjam. Para o uso educacional, interes-
sa particularmente a produção colaborativa
de conhecimento, em que alunos e professo-
res juntos também sejam coautores. [...]
CAMAS, Nuria Pons Vilardell. Novas tecnologias facilitam a aprendizagem
escolar. Entrevista ao Portal Brasil, 10 jul. 2014. Disponível em: https://
memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-
facilitam-a-aprendizagem-escolar. Acesso em: 17 maio 2022.
Portanto, o computador é uma das principais fer-
ramentas tecnológicas utilizadas na educação. Suas
possibilidades de uso são variadas, principalmente
se o computador estiver conectado à internet, per-
mitindo ao usuário pesquisar e acessar informações
de sites do mundo inteiro. No entanto, mesmo sem
conexão à internet, o professor pode utilizar o com-
putador em diversas situações, como programas de
editoração de texto que oferecem a possibilidade
de produzir e editar materiais textuais; programas
de apresentação de slides, com os quais é possível
criar formas diferentes e atrativas para apresentar
os conteúdos para os alunos e também para a apre-
sentação de trabalhos desenvolvidos por eles.
Outra ferramenta que pode ser utilizada como
recurso tecnológico é o tablet. Combinando a capa-
cidade de processamento de um computador com
a mobilidade e a interatividade dos smartphones,
os tablets podem ser de grande auxílio em diversas
atividades educacionais, dentro ou fora da escola.
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar
XXXVIII
Deve-se ter em mente, dessa forma, que instrumen-
tos, como o computador, têm por finalidade favo-
recer e tornar mais interativo o processo de ensi-
no-aprendizagem, permitindo aos alunos que reali-
zem atividades que possam levá-los a experiências
significativas
,no ambiente escolar. Lembrando que
a utilização desses recursos deve estar associada a
uma proposta didática e metodológica.
Um exemplo interessante de como usar as novas
tecnologias em sala de aula é promover o acesso a
museus virtuais e acervos digitais. Essas atividades
favorecem o contato com uma grande diversidade
de vestígios históricos, em lugares e sociedades di-
ferentes. Usar essas ferramentas também contribui
para que os próprios alunos organizem, construam
e divulguem acervos e museus de sua própria comu-
nidade, por exemplo, reconhecendo esses recursos
como elementos a favor da memória.
Uma vez que essas tecnologias devem ser vistas
como ferramentas no processo de ensino-aprendi-
zagem, é primordial considerar que o foco do ensi-
no continua sendo o indivíduo. Muitas vezes é ne-
cessário adaptar e adequar os novos processos de
ensino ao uso desses recursos para que sirvam da
melhor forma possível ao professor e ao aluno, os
principais agentes dessa etapa.
Para que o uso das tecnologias atinja os objetivos
propostos, é importante ressaltar algumas informa-
ções. Confira o quadro a seguir.
O uso das tecnologias na educação
Escola
O uso da tecnologia deve ir além do
trabalho em sala de aula e servir de
ferramenta nas atividades e nos estudos
desenvolvidos na escola pela equipe
pedagógica e pelo corpo docente.
Professor
Cabe ao professor conhecer o
funcionamento desses recursos para
orientar o trabalho dos alunos e
auxiliá-los a organizar a aquisição de
conhecimentos diante de um repertório
tão vasto de informações.
Sala de
aula
A tecnologia não deve ser vista apenas
como uma ferramenta de busca de
respostas, mas também como um
recurso capaz de favorecer a aquisição
e organização de conhecimentos e a
produção de novas informações.
Mesmo com todas as ferramentas digitais dispo-
níveis, o professor e a escola devem utilizar esses
recursos de maneira equilibrada, sem descartar ou-
tras práticas educacionais, como a leitura de livros
e as pesquisas de campo, também importantes no
processo de ensino-aprendizagem.
Pensamento computacional
Diante de propostas criativas e inovadoras para
a educação, a relação do ensino com a tecnologia
vem sendo suprida e adaptada para uma aprendiza-
gem em que alunos, chamados de nativos digitais,
aprimorem ainda mais seu domínio sob as novas
tecnologias e aprendam a resolver problemas por
meio delas e da linguagem do pensamento compu-
tacional.
As tecnologias educacionais carregam consigo
uma maneira dinâmica e atrativa de trabalhar os
conteúdos de modo digital e tecnológico em sala de
aula. A Sociedade Brasileira de Computação (SBC)
propôs estratégias importantes para a formação dos
alunos com o ensino tecnológico e as organizou em
três eixos, considerando-os conhecimentos básicos
de computação. Entre esses eixos, encontra-se o do
pensamento computacional. A SBC o define como:
“capacidade de sistematizar, representar, analisar e
resolver problemas”.
• Letramento digital
• Cidadania digital
• Tecnologia e Sociedade
Cultura digital
• Representação de dados
• Hardware e So�ware
• Comunicação e Redes
Tecnologia digital
• Abstração
• Algoritmos
• Decomposição
• Reconhecimento de padrões
Pensamento computacional
Etapas da Educação
Fonte de pesquisa: CENTRO de Inovação para a Educação Brasileira.
Disponível em: https://curriculo.cieb.net.br/. Acesso em: 17 maio 2022.
LA
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XXXIX
O aluno desenvolve diferentes habilidades ao rea-
lizar atividades que exploram o pensamento compu-
tacional. Com base na BNCC (BRASIL, 2018), é por
meio do pensamento computacional que os alunos
desenvolvem capacidades de compreensão, análise,
definição, modelagem, resolução, automatização de
problemas e encontram soluções, tudo isso de modo
metódico e sistemático, desenvolvendo algoritmos.
Esse pensamento está organizado em quatro pilares.
Conheça as características de cada um deles a seguir.
• Abstração: classificar e filtrar as informações
que são relevantes e que auxiliarão na resolu-
ção, descartando o que não é relevante.
• Decomposição: dividir, ordenar e analisar o
problema em partes ou em subproblemas, frag-
mentando-o para auxiliar em sua resolução.
• Reconhecimento de padrões: verificar e iden-
tificar o que gera o problema e os elementos
que o estruturam, identificando características
comuns entre os problemas e soluções.
• Algoritmo: definição e execução de estratégias
para a resolução do problema, podendo ser
entendido também como o desenvolvimento
de um passo a passo para que o objetivo seja
alcançado.
Ao trabalhar o pensamento computacional com
alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, é im-
portante ter alternativas adequadas e eficientes para
desenvolvê-lo. Ao buscar solucionar um problema,
é possível utilizar ou não todos esses pilares. Essas
formas de ação do pensamento computacional e de
seus pilares são modos de explorar o raciocínio ló-
gico e viabilizar aprendizagens, por meio da compu-
tação plugada ou desplugada.
Plugada: faz uso de ferramentas tecnológicas e di-
gitais, como vídeo, computador, tablet, smartphone,
softwares e hardwares.
Desplugada: não necessita de recursos tecnológicos,
podendo ser aplicada em qualquer contexto educa-
cional, como em jogos manuais, alinhados às meto-
dologias ativas, em dinâmicas ou situação-problema
do dia a dia e até mesmo em atividades de pesquisa.
e desplugadas de maneira contextualizada. Durante
a realização das atividades, considere as diferentes
características dos alunos, para que eles possam de-
senvolver o pensamento computacional de acordo
com as capacidades e habilidades individuais.
Práticas de pesquisa
O desejo de obter ou produzir novas informações
é construído por meio de uma inquietação, uma situa-
ção-problema, uma dúvida ou um tema a ser inves-
tigado. O desenvolvimento da pesquisa permite aos
alunos adquirir conhecimentos por meio da busca
de informações para a produção de novos saberes,
valorizando sua autonomia, argumentação, defesa de
ideias, compreensão de diversas linguagens e a pro-
dução de diferentes discursos verbais e não verbais.
Nesta coleção, serão propostas diversas pesqui-
sas relacionadas à história da Ciência, com o objeti-
vo de promover a compreensão do desenvolvimen-
to histórico de diferentes conceitos, e acerca de fa-
tos da realidade, visando identificar e desmentir fake
news. Uma possível prática de pesquisa que pode
ser desempenhada pelos alunos é a revisão biblio-
gráfica. Essa prática tem como objetivo realizar um
levantamento do que já foi escrito e debatido sobre
determinado tema ou assunto. A busca por esses
materiais pode ser feita em livros, artigos, jornais,
sites e revistas.
Lima e Mioto (2007, p. 38) defendem que “a pes-
quisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado
de procedimentos de busca por soluções, atento ao
objeto de estudo, e que, por isso, não pode ser alea-
tório”. Podemos considerar, então, que a pesquisa de
revisão bibliográfica revisa e interpreta em seu méto-
do a visão de outros autores a respeito de determi-
nado assunto, por meio de estratégias de pesquisa
histórica e sócio-histórica, gerando, assim, uma nova
visão acerca do tema. A prática de revisão bibliográfi-
ca deve ser desenvolvida da seguinte maneira.
• Definir qual tema ou assunto será investigado.
• Buscar informações sobre o tema por meio de
palavras-chave, autores, assuntos etc.
• Realizar a pesquisa em fontes importantes, sig-
nificativas e variadas.
• Selecionar os textos relevantes, de acordo com
o objetivo da pesquisa.
Esta coleção sugere em determinados momen-
tos, do Manual do professor, atividades plugadas
XL
• Fazer a leitura atenta do material selecionado.
• Produzir uma síntese com base no material se-
lecionado.
É importante orientar os alunos a sempre pes-
quisar em fontes atuais e confiáveis, bem como a
confrontar as informações obtidas.
O
,Relações entre os
componentes curriculares ..................................................................................XXVII
O aprendizado em sala de aula ...........................................................XXVIII
Competência leitora .........................................................................................................XXIX
Metodologias e estratégias ativas ........................................................XXXI
O uso de novas tecnologias na educação ....................XXXVII
Pensamento computacional .....................................................................XXXVIII
Práticas de pesquisa .....................................................................................................XXXIX
O aluno dos Anos Finais do
Ensino Fundamental ........................................................................................................................XL
Competências socioemocionais .......................................................................XL
Cultura de paz e combate ao bullying ................................................XLI
Culturas juvenis ..................................................................................................................................XLI
Habilidades da BNCC • Ciências 9º ano ..................................XLII
Quadro de conteúdos ...........................................................................................................XLIII
Sugestões de cronograma ...................................................................................XLVII
Orientações para as seções O que eu já sei?,
O que eu estudei? e O que eu aprendi? ............................XLVII
Referências bibliográficas comentadas .....................................LX
Referências bibliográficas
complementares comentadas.......................................................................LXIII
Início da reprodução do livro do aluno ................................................1
Sumário ...............................................................................................................................................................................8
O que eu já sei? ...........................................................................................................................................12
UNIDADE 1 Universo e vida ......................................................................................16
CAPÍTULO 1 – Alguns aspectos da Ciência
e do Universo ............................................................................................................................................18
CAPÍTULO 2 – A vida na Terra .............................................................................46
O que eu estudei?............................................................................................................................65
UNIDADE 2 Genética e evolução ................................................................66
CAPÍTULO 3 – Hereditariedade .........................................................................68
CAPÍTULO 4 – Evolução dos seres vivos ........................................98
CAPÍTULO 5 – Diversidade biológica .................................................128
O que eu estudei?.........................................................................................................................149
UNIDADE 3 Matéria..................................................................................................................150
CAPÍTULO 6 – Estudando a matéria .....................................................152
CAPÍTULO 7 – Tabela periódica .....................................................................176
CAPÍTULO 8 – Transformações da matéria............................190
O que eu estudei?.......................................................................................................................223
UNIDADE 4 Ondas e luz ..............................................................................................224
CAPÍTULO 9 – Ondas ........................................................................................................226
CAPÍTULO 10 – Luz ................................................................................................................250
O que eu estudei?.......................................................................................................................273
O que eu aprendi? ...........................................................................................................................274
Sumário
V
Livro do aluno
Esta coleção é composta de quatro volumes des-
tinados aos Anos Finais do Ensino Fundamental. Os
volumes estão organizados em unidades e capítulos,
e os conteúdos em tópicos com títulos e subtítulos,
considerando as competências e as habilidades da
BNCC estabelecidas para cada ano.
Além desses elementos, esta coleção apresenta a
seguinte estrutura.
Conheça a estrutura da coleção
Seção presente no início de cada volume com atividades
que têm como objetivo propor uma avaliação diagnósti-
ca, fornecendo ao professor informações sobre os co-
nhecimentos prévios dos alunos referentes aos conteú-
dos que serão abordados no volume. Algumas atividades
propostas nesta seção também podem colaborar com a
preparação do aluno para exames de larga escala, pois
apresentam estrutura semelhante à utilizada em ques-
tões abordadas nesse tipo de exame, como as provas do
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplica-
das aos alunos do 9º ano.
O que eu já sei?
As aberturas de unidade são trabalhadas em duas páginas,
nas quais constam imagens e textos relacionados aos as-
suntos abordados na unidade. Esses recursos visam con-
textualizar os conteúdos, aproximando-os do cotidiano
dos alunos. Nessas páginas, há também o boxe Iniciando
a conversa, com questões que buscam desenvolver com-
petências relacionadas à análise de imagens; incentivar o
compartilhamento de ideias; desenvolver a argumentação
e o respeito à opinião dos colegas; além de possibilitar aos
alunos que expressem conhecimentos prévios e façam in-
ferências com base em suas próprias vivências e experiên-
cias. No boxe Agora vamos estudar..., são apresentados
os principais assuntos que serão estudados na unidade.
Páginas de abertura das unidades
Os conteúdos são organizados por títulos e subtítulos, e
durante seu desenvolvimento são apresentados textos e
vários recursos visuais, verbais e verbo-visuais, que, além
de auxiliar os alunos no estudo dos conteúdos, incentiva
o hábito de leitura de diferentes gêneros. Ainda, ao longo
das páginas de teoria, são propostas questões que incen-
tivam a participação dos alunos, aproximando o conteú-
do da realidade deles e favorecendo a atuação de cada
um na construção do conhecimento.
Desenvolvimento dos conteúdos
Este boxe explora assuntos que complementam e am-
pliam alguns conteúdos abordados nos capítulos.
Boxe complementar
Por meio de diversos tipos de recursos, como textos e
imagens, as atividades propostas trabalham assuntos re-
ferentes aos conteúdos de cada tópico. As diferentes es-
tratégias dessas atividades contribuem para desenvolver
a autonomia e a criticidade dos alunos, além das com-
petências e habilidades descritas na BNCC, auxiliando
no desenvolvimento da capacidade deles de argumen-
tar e inferir. Algumas atividades propostas nesta seção
também podem colaborar para a preparação dos alunos
para exames de larga escala, pois apresentam o formato
semelhante ao de questões abordadas nesse tipo de exa-
me, como as provas do Sistema de Avaliação da Educa-
ção Básica (Saeb), aplicadas aos alunos do 9º ano.
Atividades
Este boxe destaca algumas competências socioemocio-
nais, como empatia, respeito, resiliência, assertividade,
persistência, curiosidade, criatividade, responsabilidade,
autonomia e autoconhecimento, que são desenvolvidas
,aluno dos Anos Finais
do Ensino Fundamental
O ambiente escolar é composto por uma diversi-
dade de alunos, que potencialmente têm se tornado
cada vez mais protagonistas de sua aprendizagem, de
sua prática social e da formação do seu futuro. Esse
processo tem grande influência dos espaços aos quais
esses alunos pertencem, onde eles vivem experiências,
tiram dúvidas e, em seguida, obtêm o êxito daquilo
que se espera por meio do conhecimento adquirido.
Os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental
buscam por conhecimentos que os ajudarão no de-
safio da vida e também daqueles que poderão surgir
no futuro. Para isso, eles precisam ter suporte social e
emocional. Cabe, então, à educação auxiliar na forma-
ção desses cidadãos em seu processo de aprendiza-
gem em todos os seus aspectos, como cita a BNCC:
[...]
Independentemente da duração da jornada
escolar, o conceito de educação integral com
o qual a BNCC está comprometida se refere à
construção intencional de processos educati-
vos que promovam aprendizagens sintoniza-
das com as necessidades, as possibilidades e
os interesses dos estudantes e, também, com
os desafios da sociedade contemporânea. Is-
so supõe considerar as diferentes infâncias e
juventudes, as diversas culturas juvenis e seu
potencial de criar novas formas de existir.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 14. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_
versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.
Portanto, preparar a juventude para a vida a par-
tir do agora é imprescindível para o desenvolvimento
pessoal e em sociedade, promovendo a autonomia
que se revela nas tomadas de decisões responsáveis
quanto aos estudos, aos direitos e deveres e à repre-
sentação social como adolescentes. O processo de
ensino-aprendizagem deve considerar interioridade,
sonhos, anseios, sentimentos, entre outros aspectos
humanos relevantes.
Competências socioemocionais
As competências socioemocionais podem ser
compreendidas como as habilidades que o indiví-
duo desenvolve para ser capaz de lidar com suas
emoções, pensamentos, sentimentos, mediar seus
conflitos internos e externos e resolver problemas.
Com isso, ele se torna capaz de se autoconhecer,
quando entende que precisa agir de forma respon-
sável em sociedade, adquirindo habilidades de con-
trole sobre diferentes situações.
Quando o aluno chega à sala de aula, as suas habi-
lidades cognitivas, emocionais e físicas são avaliadas
pelo professor de maneira indireta ou direta. No ca-
so das competências socioemocionais, a curiosidade,
o autoconhecimento e a autonomia, por exemplo,
são fatores que podem ser observados no primeiro
momento. É importante que o docente fique sempre
atento e conheça seus alunos para que possa auxiliar
no desenvolvimento das atitudes e valores, colaboran-
do assim para a formação integral de cada um deles.
Articulada com a construção do conhecimento e
do desenvolvimento do aluno, a formação de atitudes
e valores requer estímulos que transformem a ação
humana, em relação aos seus conhecimentos e prá-
ticas sociais, levando em consideração as dimensões
físicas, sociais, emocionais, históricas e culturais dos
indivíduos. Com base nessas características que de-
vem ser consideradas para trabalhar as competências
socioemocionais com os alunos, a coleção busca ex-
plorar, em seções e boxes, a relação dessas compe-
tências com o cotidiano deles, visando ao seu desen-
volvimento integral. A seguir, constam as principais
competências desenvolvidas nesta coleção.
autonomia responsabilidade
respeito empatia curiosidade
assertividadecriatividade persistência
autoconhecimento resiliência
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
XLI
Cultura de paz e combate ao bullying
Saber ouvir e respeitar os outros é uma maneira
de viver em sociedade de forma pacífica. Nesse sen-
tido, a cultura de paz, de acordo com Von (2003),
envolve as práticas de respeito aos valores, atitudes,
tradições, comportamentos e modos de vida que
o indivíduo deve desenvolver em relação ao outro,
aos princípios de cada ser humano, ao direito à li-
berdade de expressão de cada um, ao direito de ir e
vir e aos direitos do ser humano.
O compromisso pessoal que o cidadão firma
quando se compromete a promover a cultura de paz
é de responsabilidade com a humanidade em seus
aspectos físicos, sociais e emocionais, com intuito
de fomentar a responsabilidade social em respeitar
cada pessoa, evidenciando o bom tratamento sem
discriminação, preconceito ou violência, prezando
por atos generosos, defendendo a liberdade de ex-
pressão e a diversidade cultural, além de promover a
responsabilidade de conservação da natureza e con-
tribuir com a comunidade em que se está envolvido.
Para que essas práticas respeitosas sejam difundi-
das por meio da educação, o professor deve traba-
lhá-las de maneira contextualizada e de forma direta
ao combate de todo e qualquer tipo de violência e
preconceito aos aspectos físicos, sociais, econômi-
cos, psicológicos e sexuais, inclusive com o bullying,
que é uma das violências mais presenciadas nas ins-
tituições escolares, causando constrangimento a
quem o sofre e desfavorecendo o ambiente da sala
de aula e da escola.
O diálogo é o principal meio de combate à vio-
lência na escola, por meio da reflexão sobre o indi-
víduo e o coletivo, na discussão de ideias, de temas
sensíveis e de valores e atitudes. É também um meio
de alerta para promover a cultura de paz e os valo-
res éticos educacionais ligados a ela, como respeito,
solidariedade, amor e responsabilidade. Tais temá-
ticas são fundamentais atualmente, na busca por
fomentar o aprendizado com um olhar mais igua-
litário, de inclusão, de troca de experiências e de
valores, envolvendo os profissionais de educação e
os alunos, uma vez que a educação sem violência é
proposta nesta coleção por meio de atividades que
promovem valores, atitudes e ideais de paz.
Culturas juvenis
O olhar para a juventude é múltiplo e de contínua
construção, pois a cada dia ela vem sendo compre-
endida de maneira expressiva por meio da transfor-
mação constante de sua realidade, que se ajusta ba-
seada nos gostos musicais, artísticos, tecnológicos,
esportivos, profissionais, entre outros que envolvem
essa heterogeneidade. A identidade dessa geração é
moldada e vive em constante processo de mudança
em relação aos gostos e experiências sociais, por
meio de suas relações, fator que também a carac-
teriza. Essa modulação de identidade e preferências
é algo que torna o jovem autônomo em seu modo
de agir, de pensar seu presente e seu futuro, bem
como de produzir a si mesmo.
Uma de suas principais produções envolve seu
modo de ser e agir, de se vestir, comprar e consu-
mir o que lhe agrada, com base em influências de
um mundo globalizado cujo trânsito de informações
é veloz. A tecnologia e outros recursos influencia-
dores são fontes que alimentam essas informações
e incentivam as produções de estilos e expressões
culturais da juventude, podendo ser influenciados
pelas redes sociais, por influenciadores digitais, fil-
mes, fotos, games, entretenimentos, entre outros
recursos tecnológicos que se renovam a cada dia.
Esse momento de descoberta de coisas novas en-
volve os atos de participar, criar, interagir, dialogar
e, principalmente, mudar. A juventude se constrói,
reconstrói e planeja para si o que reconhece como
tomada de consciência, atitude voltada a alcançar o
que se almeja. Esse processo de projeção do futuro
vem da necessidade de pensar a sua vida profissio-
nal e pessoal. Diante desse desafio, eles argumen-
tam, criam projetos, pesquisam, interagem, desco-
brem inovações e vivem experiências que os fazem
pensar em seu crescimento.
Esta coleção propõe trabalhar com as culturas
,juvenis por meio de diversos temas e atividades ex-
plorados nos volumes. Ademais, é contemplado o
trabalho com o protagonismo para a construção de
projetos particulares, tirando dúvidas e incertezas
quanto ao seu futuro pessoal e profissional, possibi-
litando a eles que o idealizem com base naquilo de
que gostam, no que pensam e no que expressam.
XLII
Habilidades da BNCC • Ciências 9º ano
Unidades temáticas Habilidades
Matéria
e energia
(EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas
transformações com base no modelo de constituição submicroscópica.
(EF09CI02) Comparar quantidades de reagentes e produtos envolvidos em
transformações químicas, estabelecendo a proporção entre as suas massas.
(EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria (constituição do
átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica.
(EF09CI04) Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas as cores de luz
podem ser formadas pela composição das três cores primárias da luz e que a cor de
um objeto está relacionada também à cor da luz que o ilumina.
(EF09CI05) Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão e recepção
de imagem e som que revolucionaram os sistemas de comunicação humana.
(EF09CI06) Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências, fontes e
aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu uso em controle remoto,
telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, fotocélulas etc.
(EF09CI07) Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na
medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no tratamento
de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etc.).
Vida e
evolução
(EF09CI08) Associar os gametas à transmissão das características hereditárias,
estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes.
(EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários,
segregação, gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas
envolvendo a transmissão de características hereditárias em diferentes organismos.
(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em
textos científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias
e sua importância para explicar a diversidade biológica.
(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção
natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo.
(EF09CI12) Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da
biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades
(parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles
relacionados.
(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas
ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo
consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.
Terra e
Universo
(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas
rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do
Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia
dentre bilhões).
(EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da Terra,
do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito,
orientação espacial e temporal etc.).
(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da
Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas
distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares.
(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no
conhecimento das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos
desse processo no nosso planeta.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 350-351.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 7 jul. 2022.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
XLIII
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XLVII
Sugestões de cronograma
O cronograma a seguir sugere possibilidades de distribuição do conteúdo curricular
deste volume durante o ano letivo. Todos os volumes são estruturados considerando a
autonomia em sua prática pedagógica. Assim, torna-se possível analisar e verificar diferen-
tes e melhores maneiras de conduzir os estudos junto aos alunos, pois a sequência dos
conteúdos pode ser organizada da maneira que julgar conveniente.
Sugestões de cronograma
Bimestral
1º bimestre Unidade 1
2º bimestre Unidade 2
3º bimestre Unidade 3
4º bimestre Unidade 4
Trimestral
1º trimestre
Unidade 1
Unidade 2 • capítulos 3 e 4
2º trimestre
Unidade 2 • capítulo 5
Unidade 3 • capítulos 6 e 7
3º trimestre
Unidade 3 • capítulo 8
Unidade 4
Orientações para as seções O que eu já sei?,
O que eu estudei? e O que eu aprendi?
O que eu já sei? • páginas 12 a 15
1. Objetivos
• Essa atividade permite avaliar se os alunos co-
nhecem as diferenças entre estrelas, planetas e
satélites naturais.
• Também é possível avaliar o conhecimento pré-
vio dos alunos com relação aos astros do Sis-
tema Solar, o que contribui para o desenvolvi-
mento da habilidade EF09CI14.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para preen-
cher o quadro, oriente-os a analisar a ilustra-
ção, que pode auxiliá-los a recordar de
,algu-
mas características dos astros do Sistema Solar.
Faça também alguns questionamentos para in-
duzi-los a recordar os nomes de alguns astros
e suas composições. Ressalte que, na imagem
apresentada, os planetas estão hipoteticamente
alinhados para facilitar a observação de todos
XLVIII
eles no Sistema Solar e que apenas parte dele
está representado nela, pois o sistema também
é composto de corpos como planetas-anões,
asteroides e cometas.
Ao trabalhar esta atividade, se julgar conveniente,
utilize a metodologia ativa seminário. Para isso,
confira orientações sobre essa estratégia no tópico
Metodologias e estratégias ativas nas orientações
gerais deste manual. Peça aos alunos que formem
grupos e que pesquisem informações a respeito dos
planetas, dos satélites naturais e da estrela do Siste-
ma Solar. Oriente-os a buscar diferentes fontes de
informação, coletando e analisando dados em fon-
tes confiáveis. Reserve um momento da aula para
que os grupos possam compartilhar as informações
obtidas. Essa abordagem contribui para o trabalho
com a habilidade EF09CI17, pois o grupo responsá-
vel por coletar informações sobre o Sol pode apre-
sentar informações a respeito de seu ciclo evolutivo.
Metodologias ativas
2 e 3. Objetivo
• Essas atividades abordam o tema Água e permi-
tem avaliar os conhecimentos prévios dos alunos
com relação à importância da água para a vida e
as características dos diferentes estados físicos
dela, permitindo, inclusive, o trabalho com a ha-
bilidade EF09CI01, caso as mudanças de estado
físico sejam abordadas com base no modelo de
constituição submicroscópica. Ao tratar de argu-
mentos a respeito da viabilidade da sobrevivên-
cia humana fora da Terra, a atividade 2 contribui
para o trabalho com a habilidade EF09CI16.
Como proceder
• Na atividade 2, auxilie os alunos na leitura e na
interpretação do texto. Se considerar oportu-
no, acesse com eles a matéria na íntegra. Além
da água no estado líquido, avalie se eles con-
sideram outras condições necessárias à vida,
como temperatura adequada e atmosfera com
concentração apropriada de determinados ga-
ses. Verifique se eles também mencionam as
distâncias e os tempos envolvidos em viagens
interplanetárias e interestelares.
• No momento de realizar a atividade 3, se
possível, leve para a sala de aula água nos
estados físicos sólido e líquido para que os alu-
nos analisem as características de cada um des-
ses estados físicos, salientando que existe água
no estado gasoso no ar ambiente.
4. Objetivo
• Essa atividade tem o objetivo de avaliar os
conhecimentos dos alunos relacionados às
transformações físicas e químicas da matéria.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade de reco-
nhecer o tipo de transformação que os ingre-
dientes sofreram, apresente a eles exemplos de
situações envolvendo transformações físicas e
químicas do cotidiano a fim de que eles as dife-
renciem. Depois, peça-lhes que listem os ingre-
dientes utilizados no preparo do pão e pergun-
te-lhes que tipo de transformação caracteriza a
mudança no aspecto deles.
5. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar o conhecimento
dos alunos acerca da fecundação na reprodu-
ção humana. Ela possibilita o desenvolvimento
da habilidade EF09CI08 ao associar os gametas
à transmissão das características hereditárias,
estabelecendo relações entre ancestrais e des-
cendentes.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade de comple-
tar adequadamente a frase com as palavras do
quadro, auxilie-os a procurar o significado de
cada palavra e, depois, a escolher as que com-
pletam adequadamente a frase.
6. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar o conhecimento
dos alunos com relação às cores primárias e
secundárias com base na observação de um
diagrama. Ela também contribui para o traba-
lho com a habilidade EF09CI04, pois considera
XLIX
situações em que a cor de um objeto está rela-
cionada à cor da luz que o ilumina.
Como proceder
• Caso seja necessário auxiliar os alunos a res-
ponder aos itens, verifique se eles compreen-
deram que o diagrama apresenta regiões em
que ocorre sobreposição das cores, ressaltan-
do que a luz branca é obtida no centro, onde
acontece a mistura das três cores primá rias.
Se possível, antes de os alunos responderem
aos itens, averigue a possibilidade de reali-
zar o experimento disponível em: https://fep.
if.usp.br/~profis/arquivo/gref/optica13-2.pdf.
Acesso em: 7 jul. 2022.
7. Objetivo
• Essa atividade tem o objetivo de avaliar o co-
nhecimento dos alunos acerca da importância e
das características dos fósseis. Ao tratar das di-
ferentes espécies que a descoberta dos fósseis
nos possibilita conhecer, esta atividade permite
uma reflexão sobre a habilidade EF09CI10, pois
busca explicações para a diversidade biológica.
Como proceder
• Ao abordar essa atividade, pergunte aos alunos
se já assistiram a alguma reportagem sobre fós-
seis e peça a eles que comentem o que sabem
a respeito do assunto. Se necessário, proponha
aos alunos que pesquisem sobre os tipos de
rochas em que os fósseis são encontrados, as
informações que um fóssil nos permite deter-
minar com relação à sua idade e às caracterís-
ticas do ambiente e o que as similaridades e
diferenças das espécies nos permite deduzir.
8. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é avaliar o conheci-
mento dos alunos sobre a leitura do céu feita
por diferentes povos e as influências dessas ob-
servações na vida desses povos. Esta atividade
possibilita o desenvolvimento da habilidade EF-
09CI15, pois os alunos podem trabalhar conhe-
cimentos sobre a relação entre as necessidades
de distintas culturas e as diferentes leituras do
céu e explicações acerca da origem da Terra,
do Sol e do Sistema Solar.
Como proceder
• Caso considere necessário, sugira aos alunos
materiais de pesquisa com histórias e calendá-
rios lunares de diferentes civilizações para que
eles conheçam mais informações antes de ela-
borar o texto ou proponha-lhes uma pesquisa
sobre calendários lunares que pode ser feita em
duplas e apresentada ao restante da turma.
Metodologias ativas
Aproveite textos dos alunos sobre histórias e
calendários lunares de diferentes civilizações para
desenvolver a metodologia ativa gallery walk. Pa-
ra isso, confira orientações sobre essa estratégia
no tópico Metodologias e estratégias ativas nas
orientações gerais deste manual. Peça a eles que
organizem na parede da sala de aula os textos pro-
duzidos e que os apresentem aos demais colegas,
proporcionando uma oportunidade para que eles
compartilhem seus conhecimentos.
9. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é avaliar os conheci-
mentos dos alunos sobre como ocorre a trans-
missão de som e imagem em aparelhos como
televisores e smartphones, o que possibilita de-
senvolver a habilidade EF09CI05, que trata de
investigar os principais mecanismos envolvidos
na transmissão e recepção de imagem e som
que revolucionaram os sistemas de comunica-
ção humana. Esta atividade também permite o
trabalho com a habilidade EF09CI06, que abor-
da a classificação das radiações eletromagnéti-
cas e permite uma discussão sobre as implica-
ções de seu uso em diversos dispositivos.
Como proceder
• Se os alunos tiverem dificuldade para responder
a essa atividade, faça um esquema na lousa re-
presentando um aparelho televisor, uma antena
de recepção e outra de transmissão. Em segui-
da, retrate as ondas se propagando e peça aos
alunos que reflitam a respeito da representação.
https://fep.if.usp.br/~profis/arquivo/gref/optica13-2.pdf
https://fep.if.usp.br/~profis/arquivo/gref/optica13-2.pdf
L
O que eu estudei? • página 65
1. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos com-
preenderam alguns dos procedimentos adota-
dos no método científico.
Como proceder
• Caso algum aluno tenha dificuldade para respon-
der à atividade, procure abordar alguma outra
situação do cotidiano em que uma pessoa pode
se deparar com um problema e utilizar o méto-
,do científico em sua solução. Acompanhe se eles
mencionam as etapas de caracterização, elabo-
ração de hipóteses, teste de hipóteses e análise.
2. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alu-
nos compreenderam as diferenças entre as
teorias sobre a posição e o movimento dos
astros do Sistema Solar atual e aquelas que fo-
ram aceitas no passado, desenvolvendo a ha-
bilidade EF09CI14.
Como proceder
• Se possível, antes de os alunos responderem
a essa atividade, peça-lhes que mencionem os
nomes das teorias antigas e verifique se eles
mencionam a teoria geocêntrica e heliocêntri-
ca. Em seguida, solicite-lhes que informem as
características de cada uma delas e comparem
com as da teoria atual.
3. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é levar os alunos a
confrontar seus conhecimentos prévios a res-
peito da teoria do Big Bang com o que foi abor-
dado no estudo dessa unidade, de modo a de-
senvolver a habilidade EF09CI15.
Como proceder
• Caso os alunos precisem de auxílio para respon-
der a essa atividade, peça-lhes que produzam um
texto com as informações que sabem sobre o
Big Bang antes de recordarem a resposta dada
no início dessa unidade. Posteriormente, orien-
te-os a comparar suas respostas, solicitando-
-lhes que destaquem as informações que foram
corrigidas e complementadas.
4. Objetivos
• Essa atividade tem o objetivo de avaliar se os
alunos compreenderam a diferença entre o co-
nhecimento científico e o transmitido.
• Incentivar o respeito para com a cultura de di-
ferentes povos.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para res-
ponder a essa atividade, pergunte-lhes como
o conhecimento científico é divulgado e como as
lendas são transmitidas de uma geração a ou-
tra. Se necessário, solicite-lhes que pesquisem
sobre o assunto. Por meio dessa abordagem,
espera-se que os alunos constatem que as len-
das se baseiam e são transmitidas apenas por
intermédio de histórias, enquanto que o co-
nhecimento científico se baseia em hipóteses e
testes que podem ser reproduzidos. Contudo,
enfatize que as lendas podem fazer parte da
cultura de um povo.
5. Objetivo
• Essa atividade tem o objetivo de avaliar os co-
nhecimentos dos alunos sobre a estrutura do
Sistema Solar e sua localização no Universo,
permitindo o desenvolvimento da habilidade
EF09CI14.
Como proceder
• Caso os alunos apresentem dificuldade para
responder a essa atividade, enfatize que a fo-
to A mostra apenas uma pequena região do
espaço e que a Via Láctea é apenas uma ga-
láxia das cerca de 15 mil presentes na foto.
Diga-lhes também que o Sol é apenas uma
estrela das mais de 200 bilhões existentes na
LI
nossa galáxia. Com relação à localização da
Terra, se necessário, retome com eles a pri-
meira página do tópico Universo e Sistema
Solar, no capítulo 1.
6. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos co-
nhecem duas das principais teorias sobre a ori-
gem da vida na Terra.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para apon-
tar a diferença entre a hipótese heterotrófica
e a hipótese autotrófica, peça-lhes que expli-
quem, primeiramente, o significado dos ter-
mos heterótrofos e autótrofos. Acompanhe
se eles identificam que o termo heterótrofo
é utilizado para se designar organismos in-
capazes de produzir o próprio alimento, en-
quanto que autótrofos é utilizado para os
organismos que são capazes de produzir o
próprio alimento.
7. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alu-
nos reconhecem a importância da técnica de
pasteurização.
Como proceder
• Se os alunos não se lembrarem do nome da
técnica desenvolvida por Pasteur, diga-lhes
que ela é utilizada em diversos produtos ali-
mentícios e que seu nome está presente na
embalagem desses produtos, tais como sucos
e leites. Depois que eles identificarem que se
trata da pasteurização, incentive-os a explicar
como esse processo é realizado e como o
aquecimento dos alimentos pode contribuir
para a preservação da saúde de quem os con-
some. Se necessário, solicite aos alunos que
façam uma pesquisa ou retome com eles o
esquema apresentado na página 56 do Livro
do Aluno.
8. Objetivo
• Essa atividade tem o objetivo de avaliar o co-
nhecimento dos alunos com relação às ideias
e experimentos sobre a origem da vida dos
cientistas John Tuberville Needham e Lazzaro
Spallanzani.
Como proceder
• Caso os alunos apresentem dificuldade pa-
ra responder a essa atividade, comente que
Needham foi um defensor da hipótese da ge-
ração espontânea, enquanto Spallanzani dis-
cordava dela. Em seguida, mencione que eles
realizaram um experimento envolvendo um
recipiente de vidro, aquecimento e caldo de
carne e acompanhe se os alunos se recordam
do experimento realizado por esses cientistas.
Se necessário, desenhe na lousa esquemas que
representam os experimentos de Needham e
Spallanzani, semelhantes aos apresentados na
página 55 do Livro do Aluno.
9. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos con-
seguem relacionar os conteúdos estudados na
unidade1.
Como proceder
• Caso haja alguma dificuldade na elaboração dos
esquemas pelos alunos, mencione alguns tópi-
cos abordados nessa unidade para auxiliá-los a
se lembrarem dos conteúdos estudados, como
as teorias da origem do Universo, a formação
do Sistema Solar e as hipóteses sobre a origem
da vida na Terra.
O que eu estudei? • página 149
1 e 2. Objetivo
• Essas atividades permitem avaliar se os alunos
compreenderam o conceito de hereditariedade
e o mecanismo pelo qual ela ocorre.
LII
Como proceder
• Oriente os alunos a listar características heredi-
tárias e não hereditárias. Abra espaço para dis-
cutirem características complexas, que podem
ter elementos hereditários, mas não somente,
como certas doenças e comportamentos. Por
fim, solicite aos alunos que expliquem por que
algumas características são hereditárias e como
ocorre essa transmissão.
Metodologias ativas
Metodologias ativas
A atividade 2 permite a utilização da metodo-
logia ativa one-minute paper. Nessa estratégia, os
alunos têm apenas 60segundos para escrever em
uma folha de papel como funciona a hereditarieda-
de para uma pessoa leiga. A rapidez permite que
eles se concentrem nos pontos-chave. Confira mais
orientações sobre essa estratégia no tópico Me-
todologias e estratégias ativas nas orientações
gerais deste manual.
3, 4, 5 e 6. Objetivo
• Essas atividades possibilitam avaliar se os alunos
compreenderam a evolução biológica como re-
sultado da seleção natural e a ancestralidade
comum entre todos os seres vivos, distinguindo
as afirmações darwinistas das lamarckistas.
Como proceder
• Ao realizar as atividades 4 e 5, retome o con-
ceito de hereditariedade e incentive os alunos
a perceber que ele está relacionado ao de evo-
lução, que é a herança com modificação, ou
seja, mudança ao longo das gerações. Mostre
à turma algumas explicações lamarckistas e pe-
ça aos alunos que expliquem por que elas não
se encaixam nessa definição (é importante eles
perceberem que se deve pensar em geração,
não em indivíduo). Por fim, relembre-os de que
modificações ocorrem ao longo das gerações,
porém grande parte do genoma continua, o
que explica as similaridades entre espécies, co-
mo o ser humano e o chimpanzé.
• Ao trabalhar a atividade6, se julgar pertinente,
assista com os alunos a essa animação sobre
evolução, disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=rc2vA5UkMFY. Acesso em: 7 jul. 2022.
• As atividades 3 e 6 também contribuem para que
os alunos desenvolvam habilidades argumenta-
tivas e, para isso, eles devem ter compreendido
a ideia de evolução e ancestralidade comum.
Se achar pertinente, acesse o site a seguir, que
trata dos principais equívocos que podem sur-
gir no aprendizado sobre a evolução, disponí-
vel em: https://evosite.ib.usp.br/misconceps/
index.shtml. Acesso em: 7 jul. 2022.
7 e 8. Objetivo
• Essas atividades possibilitam identificar se os
alunos compreenderam a importância das
,uni-
dades de conservação para a manutenção da
biodiversidade.
Como proceder
• Para essas atividades, retome o conceito de
biodiversidade e de unidade de conservação.
Aproveite para promover uma conversa sobre
os problemas ambientais e suas consequências
para a biodiversidade e para o ser humano. Se
necessário, incentive os alunos a pesquisar in-
formações para complementar a conversa.
Aproveite a produção dos alunos das ativida-
des 7 e 8 para desenvolver a metodologia ativa
gallery walk. Para isso, peça a eles que organi-
zem o cartum e o texto produzidos na parede da
sala de aula e que façam uma apresentação pa-
ra a turma, criando uma oportunidade para que
eles compartilhem seus conhecimentos. Leia mais
orientações sobre essa estratégia no tópico Me-
todologias e estratégias ativas nas orientações
gerais deste manual.
9. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é instigar os alunos a
refletir sobre os conteúdos trabalhados na uni-
dade2 e a identificar relações entre eles, apre-
sentando-as por meio de um esquema.
https://www.youtube.com/watch?v=rc2vA5UkMFY
https://www.youtube.com/watch?v=rc2vA5UkMFY
https://evosite.ib.usp.br/misconceps/index.shtml
https://evosite.ib.usp.br/misconceps/index.shtml
LIII
Como proceder
• Caso os alunos precisem de auxílio para realizar
essa atividade, oriente-os a considerar a repre-
sentação da hereditariedade como base para a
evolução biológica, que, por sua vez, deu ori-
gem à biodiversidade. Com os materiais pro-
duzidos, verifique a possibilidade de os alunos
divulgar os trabalhos em redes sociais ou em
uma plataforma digital específica da escola.
Metodologias ativas
O que eu estudei? • página 223
1. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos são
capazes de diferenciar massa de peso e identifi-
car a relação entre peso e gravidade.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade em respon-
der a essa atividade, oriente-os a retomar os
conceitos de massa e de peso. Verifique se
eles reconhecem que a massa está relacionada à
quantidade de matéria de um corpo, cuja unidade
de medida padrão é o quilograma, enquanto o
peso é uma força que envolve a massa do corpo
e a gravidade, ou seja, uma força de interação
que ocorre entre corpos que têm massa.
2, 3 e 4. Objetivo
• Essas atividades possibilitam identificar se os
alunos conhecem o histórico de desenvolvi-
mento dos principais modelos atômicos e se
conseguem identificar e interpretar informa-
ções da tabela periódica relacionadas às pro-
priedades dos átomos.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar a ati-
vidade 2, peça-lhes que retomem, em grupo, os mo-
delos atômicos elaborados por Dalton, Thomson,
Rutherford e Bohr, escrevendo em folhas de pa-
pel avulsas as principais características de cada
um desses modelos. Em seguida, oriente-os a
conversar sobre como uma linha do tempo é
organizada e como podem inserir as informa-
ções que escreveram nessa linha do tempo. Na
realização da atividade3, oriente-os a utilizar
o quadro da página 169 e a escolher átomos
com número atômico de 1 até 18 e 28 até 36,
para que não se deparem com questões rela-
cionadas à distribuição eletrônica que não fo-
ram tratadas até aqui. Na atividade 4, sobre
a interpretação das informações presentes na
tabela periódica, tome um elemento químico
arbitrário e avalie se os alunos se recordam das
informações presentes nas legendas da tabela.
Com relação aos nomes dos grupos e às ca-
racterísticas da classificação dos elementos, se
necessário, oriente-os a retomar o conteúdo
do tópico Estudando a tabela periódica atual.
Se julgar pertinente, aproveite os esquemas da
atividade2, sobre os modelos atômicos e suas prin-
cipais características, para trabalhar a metodologia
ativa gallery walk. Para isso, confira orientações
sobre essa estratégia no tópico Metodologias e
estratégias ativas nas orientações gerais deste ma-
nual. Para desenvolvê-la, peça aos alunos que or-
ganizem os materiais em cartazes e fixem-nos nas
paredes da sala de aula, para depois apresentá-los
aos demais colegas.
5. Objetivo
• Essa atividade possibilita verificar se os alunos
compreendem como ocorrem as ligações quími-
cas iônicas, covalentes e metálicas.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade em respon-
der a essa atividade, avalie se eles compreen-
dem que são apenas os elétrons de valência
que estão envolvidos nas ligações químicas. Pa-
ra ajudá-los a lembrar como isso ocorre e citar
exemplos, peça a eles que mencionem as carac-
terísticas de substâncias formadas em cada tipo
LIV
de ligação. Caso necessário, desenhe na lousa
os modelos que representam cada tipo de li-
gação, em seguida, pergunte aos alunos quais
são as principais características dessas ligações
com base nos desenhos que você fez.
Metodologias ativas
6 e 8. Objetivo
• Essas atividades permitem avaliar se os alunos
compreenderam as características tanto das
transformações físicas quanto das químicas, in-
cluindo a conservação da massa nesta última.
Como proceder
• Nessas atividades, se necessário, mencione al-
guns exemplos de transformações físicas e quí-
micas, pedindo aos alunos que identifiquem cada
uma delas e expliquem por que são classificadas
dessa forma. Feito isso, oriente-os a considerar
uma transformação química ocorrendo em um
recipiente fechado, então pergunte o que acon-
tece com a quantidade de reagentes e produtos
– ou a massa total das substâncias dentro do re-
cipiente – à medida que a transformação ocorre.
inicialmente, que considerem algum material
do cotidiano que possa ser encontrado nos es-
tados físicos sólido, líquido e gasoso, como a
água. Em seguida, oriente-os a resgatar os co-
nhecimentos sobre as transformações físicas,
para que relembrem que elas causam apenas
alterações na organização de suas partículas.
Assim, solicite aos alunos que ilustrem a orga-
nização das partículas nos três estados físicos e
elaborem a legenda explicativa.
Se julgar conveniente, a atividade8 permite apli-
car a metodologia ativa one-minute paper. Para is-
so, oriente os alunos a colocar os papéis com as
explicações da frase de Lavoisier sobre sua mesa e,
em seguida, leia as explicações deles em voz alta,
uma a uma, solicitando à turma que se manifeste
com pareceres contra ou favoráveis. Se possível, leia
mais orientações sobre essa estratégia no tópico
Metodologias e estratégias ativas nas orientações
gerais deste manual.
7. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alunos
compreenderam como as partículas submicros-
cópicas estão organizadas em materiais nos es-
tados físicos, sólido, líquido e gasoso.
Como proceder
• Para auxiliar os alunos que tiverem dificuldade
em responder a essa atividade, peça a eles,
9 e 10. Objetivo
• Essas atividades permitem avaliar se os alunos
são capazes de reconhecer e diferenciar sais,
ácidos, bases e óxidos, além de verificar se
compreendem como a acidez e a basicidade de
uma substância são determinadas.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade em respon-
der a essas atividades, relembre-os de que os
ácidos e as bases têm o comportamento de se
ionizarem e se dissociarem, respectivamente,
em meio aquoso, formando íons característi-
cos em cada caso. Pergunte como a extensão
desses processos pode ser determinada, com
o objetivo de avaliar a acidez e a basicidade
dessas substâncias. Quanto aos sais, lembre-os
de que eles são formados pela reação entre
substâncias de duas funções estudadas. Com
relação aos óxidos, pergunte-lhes quantos ele-
mentos químicos essas substâncias têm e se al-
gum precisa ser específico. Se os alunos não se
lembrarem das aplicações, cite situações do dia
a dia em que essas substâncias estão presentes
e peça a eles que as identifiquem.
O que eu estudei? • página 273
1. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos re-
conhecem algumas características importantes
das ondas.
LV
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade
,para indicar
as informações solicitadas, desenhe na lousa a
representação de uma onda, acrescentando le-
tras nas cristas, nos pontos em que a onda pas-
sa pelo eixo de propagação e nos vales. Em se-
guida, peça-lhes que identifiquem em que letras
estão o eixo de propagação da onda, as cristas
e os vales. Por fim, solicite-lhes que indiquem
como o ciclo pode ser identificado.
pessoa fazendo movimentos com uma corda
presa a uma parede, gerando ondas transver-
sais, e uma pessoa fazendo movimentos em
uma mola presa a uma parede, gerando ondas
longitudinais. Em seguida, peça aos alunos que
identifiquem a classificação de cada onda de
acordo com o movimento oscilatório e que di-
gam qual exemplo se assemelha mais à onda
sonora e à eletromagnética. Solicite-lhes tam-
bém que mencionem as características destas
últimas para que fique evidente a diferença dos
exemplos representados.
2 e 3. Objetivos
• Avaliar se os alunos compreendem que as on-
das sonoras podem ser produzidas por vibra-
ções, requisito para desenvolver a habilidade
EF09CI05.
• Verificar se os alunos conhecem algumas pro-
priedades das ondas sonoras.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para respon-
der a essas atividades, verifique se compreen-
dem que o som é percebido por nós devido
às regiões de baixa e de alta pressão que se
propagam no ar, formando as ondas sonoras.
Pergunte-lhes o que gera essas regiões no ar e
acompanhe se eles as associam às vibrações,
sejam elas das cordas vocais ou de um instru-
mento musical. Aproveite para representar uma
onda sonora gerada por uma dessas fontes e
pergunte-lhes o que caracteriza um som grave
e um agudo e a sua intensidade. Avalie se eles
reconhecem que essas propriedades estão rela-
cionadas à frequência da onda e à sua amplitude.
4. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos com-
preendem como as ondas sonoras e eletromag-
néticas são classificadas de acordo com o movi-
mento oscilatório.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para respon-
der a essa atividade, represente na lousa uma
5. Objetivo
• Essa atividade tem o objetivo de avaliar se os
alunos compreendem que é a frequência das
ondas que diferencia as faixas do espectro ele-
tromagnético, desenvolvendo, assim, a habili-
dade EF09CI06.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para res-
ponder a essa atividade, reproduza na lousa
uma representação do espectro eletromagné-
tico similar àquela trabalhada no tópico Ondas
eletromagnéticas, contudo omitindo as infor-
mações do eixo horizontal. Na sequência, peça
a eles que identifiquem as informações deste
eixo e acompanhe se eles reconhecem que é a
frequência que diferencia as faixas do espectro
eletromagnético.
6. Objetivo
• Essa atividade permite verificar se os alunos re-
lacionam a decomposição da luz branca à for-
mação do arco-íris, contribuindo para o desen-
volvimento da habilidade EF09CI04.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar
a atividade 6, relembre-os dos resultados ou
execute novamente a atividade prática sugerida
na página 260 deste Manual do professor.
LVI
Incentive-os a relacionar os resultados dessa ati-
vidade prática ao fenômeno da decomposição
da luz. Em seguida, instigue-os a imaginar como
esse fenômeno pode ocorrer com as gotículas
de água suspensas no ar em períodos de chuva.
9. Objetivo
• Essa atividade permite verificar se os alunos evi-
denciam que a cor de um objeto está relaciona-
da à cor da luz que o ilumina, contribuindo para
o desenvolvimento da habilidade EF09CI04.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar
a atividade 9, proponha uma atividade prática.
Para isso, providencie uma imagem colorida de
uma bandeira do Brasil, uma lanterna e um pa-
pel celofane azul. Dobre esse papel e fixe-o na
lanterna usando um elástico. Acenda a lanterna
e aponte a luz azul para a imagem da bandeira
do Brasil. Solicite-lhes que observem e descre-
vam o que acontece.
7. Objetivo
• Essa atividade permite verificar se os alunos re-
conhecem a interação da luz com materiais de
diferentes características, relacionando-a a fenô-
menos como refração, reflexão e reflexão difusa.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para reali-
zar a atividade 7, forneça a eles uma lanterna
e promova uma atividade prática para que ana-
lisem empiricamente o que ocorre durante a
incidência da luz em cada tipo de material (vi-
dro transparente, espelho e porta de madeira)
e relacione os resultados aos fenômenos ópti-
cos. Para isso, oriente-os a acender a lanterna
e a incidir a luz na janela de vidro da escola,
em seguida, na porta de madeira e, por último,
em um espelho. Nesse caso, se não houver na
sala, forneça um espelho portátil para que eles
executem a atividade.
8. Objetivo
• Essa atividade permite verificar se os alunos di-
ferenciam uma lente convergente de uma diver-
gente.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para realizar
a atividade 8, desenhe na lousa a representação
de uma lente convergente e de uma divergente,
sem os raios de luz. Em seguida, peça àqueles
que encontrarem dificuldade que representem
no desenho os raios paralelos incidentes e os
desvios que ocorrem em cada caso. Com base
nessas representações, eles deverão explicar o
que acontece com os raios de luz paralelos ao
atravessar uma lente convergente e uma diver-
gente.
10. Objetivo
• Essa atividade permite verificar se os alunos
percebem que a luz visível é uma onda eletro-
magnética e que corresponde a uma faixa de
frequências do espectro eletromagnético, favo-
recendo o trabalho com a habilidade EF09CI06.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para reali-
zar a atividade 10, leve-os a retomar o esque-
ma do espectro eletromagnético da página 242
e a perceber que a luz visível corresponde a
uma faixa de frequência de ondas do espectro
eletromagnético. Com base nas propriedades
das ondas, incentive os alunos a interpretar a
interação da luz com os diferentes materiais e
objetos, incluindo os instrumentos ópticos.
O que eu aprendi? •
páginas 274 a 277
1. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos são
capazes de explicar as mudanças de estado físico
LVII
da matéria com base no modelo de constituição
submicroscópica e relacionar a quantidade de
matéria antes e depois de uma transformação
química, o que contribui para o desenvolvimen-
to das habilidades EF09CI01 e EF09CI02.
Como proceder
• Nas considerações do Experimento1, oriente
os alunos a se lembrarem do comportamento
das partículas submicroscópicas nas mudanças
de estado físico, reconhecendo os espaços en-
tre elas, a energia cinética e as alterações pro-
vocadas pela mudança de temperatura. Caso
eles se baseiem na mudança de estado físico
da água, diga-lhes que a água tem um compor-
tamento anômalo na solidificação. Se os alunos
apontarem algum equívoco no Experimento2,
peça-lhes que retomem os estudos sobre trans-
formações químicas com ênfase na lei da con-
servação da massa.
3. Objetivo
• Essa atividade possibilita verificar se os alunos
compreenderam a evolução dos modelos atô-
micos e a sua constituição, colaborando para o
trabalho com a habilidade EF09CI03.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para retratar
os modelos atômicos e comparar suas diferen-
ças, ajude-os a relembrar quais foram as partícu-
las estudadas pelos cientistas citados e averigue
se eles conseguem elaborar as representações.
Aproveite e promova uma roda de conversa pa-
ra que os alunos debatam sobre o processo de
construção do conhecimento científico.
2. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos são
capazes de identificar algumas propriedades e
tipos de ondas. Ao abordar as ondas de rádio,
essa atividade contribui para o desenvolvimen-
to da habilidade EF09CI05, pois se trata de um
tipo de onda envolvida na transmissão e recep-
ção de imagem e som que revolucionou os sis-
temas de
,comunicação humana.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para empre-
gar os termos nos locais corretos, mencione
alguns exemplos de ondas mecânicas e eletro-
magnéticas, sem distingui-las, e peça a eles que
as identifiquem e apontem suas propriedades.
Verifique se eles conseguem diferenciá-las, re-
conhecendo que as ondas mecânicas precisam
de um meio material para se propagarem, en-
quanto as ondas eletromagnéticas podem se
propagar no vácuo.
4. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos re-
conhecem a importância do desenvolvimento
tecnológico na aplicação das radiações na área
da saúde, possibilitando o desenvolvimento da
habilidade EF09CI07.
Como proceder
• Nessa atividade, oriente os alunos a relacionar
o desenvolvimento tecnológico aos avanços e
benefícios que a medicina é capaz de ofere-
cer à saúde das pessoas. Para isso, peça-lhes
que reflitam sobre os exames de diagnósticos
e tratamentos existentes na medicina atual, dos
quais eles tenham conhecimento, e pergunte-
-lhes quais utilizam radiação.
Metodologias ativas
Se achar conveniente, essa atividade permite a
aplicação da metodologia ativa think-pair-share. Pa-
ra isso, peça aos alunos que pensem e escrevam
individualmente sobre os avanços tecnológicos na
aplicação das radiações na medicina diagnóstica e
no tratamento de doenças. Na sequência, eles de-
vem conversar com um colega de turma sobre o que
escreveram e, por fim, compartilhar a informação
com o restante da turma. Confira orientações sobre
LVIII
essa estratégia no tópico Metodologias e estraté-
gias ativas nas orientações gerais deste manual.
8 e 9. Objetivo
• Essas atividades permitem avaliar se os alunos
são capazes de identificar semelhanças e di-
ferenças das ideias evolucionistas propostas
por Lamarck e por Darwin e Wallace, reconhe-
cendo sua importância para explicar a biodi-
versidade e permitindo o desenvolvimento da
habilidade EF09CI10, além de compreender
a variabilidade genética resultante da seleção
natural, o que colabora para o trabalho com a
habilidade EF09CI11.
Como proceder
• Nessas atividades, oriente os alunos a relembrar
as ideias evolucionistas propostas por Lamarck
e as ideias propostas por Darwin e Wallace.
Averigue se eles mencionam a lei do uso e de-
suso e a lei da herança de características adqui-
ridas, considerando as ideias de Lamarck, a an-
cestralidade comum e a seleção natural toman-
do as ideias de Darwin e Wallace. Com base nas
ideias de Darwin, pergunte-lhes se algum dos
gafanhotos da atividade9 apresentava alguma
características que poderia favorecer ou não a
sua sobrevivência no ambiente.
5 e 6. Objetivos
• Essas atividades possibilitam avaliar se os alunos
reconhecem as bases e conceitos da heredita-
riedade, compreendendo o papel dos gametas
na transmissão de informações genéticas e es-
tabelecendo relação entre ancestrais e descen-
dentes.
• Elas também permitem verificar se os alunos
conseguem resolver problemas envolvendo
a transmissão de características hereditárias.
Essas atividades colaboram para o desenvolvi-
mento das habilidades EF09CI08 e EF09CI09.
Como proceder
• Verifique se os alunos conseguem realizar as as-
sociações da atividade5 corretamente e, se ne-
cessário, faça um esquema na lousa em que os
conceitos possam ser identificados para auxi-
liá-los a retomar os conteúdos estudados nesta
unidade. Na atividade6, caso os alunos tenham
dificuldade para determinar os resultados dos
cruzamentos, relembre-os dos trabalhos reali-
zados por Mendel e inicie a construção do qua-
drado de Punnett na lousa.
7. Objetivo
• O objetivo dessa atividade é avaliar se os alunos
conhecem as duas principais formas de se clas-
sificar as unidades de conservação, abordagem
que contribui para o desenvolvimento da habili-
dade EF09CI12 da BNCC.
Como proceder
• Antes de os alunos diferenciarem as duas prin-
cipais formas de classificação das unidades de
conservação, solicite-lhes que informem a im-
portância da criação dessas áreas. Se possível,
peça-lhes que identifiquem as características e
funções das diferentes categorias das unidades
de conservação que contribuem para a preser-
vação do patrimônio natural.
Metodologias ativas
Se achar conveniente, aproveite os esquemas da
atividade9 sobre a explicação da predominância de
gafanhotos verdes no ambiente em relação aos cor-
-de-rosa baseada na teoria da seleção natural a fim
de trabalhar a metodologia ativa gallery walk. Para
isso, peça aos alunos que organizem os materiais
em cartazes e que os fixem na parede da sala de
aula, apresentando-os aos demais colegas. Confira
mais orientações sobre essa estratégia no tópico
Metodologias e estratégias ativas nas orientações
gerais deste manual.
10. Objetivo
• Essa atividade permite avaliar se os alunos são
capazes de projetar iniciativas individuais e cole-
tivas para solucionar problemas ambientais locais
com base em ações sustentáveis, levando-os a
LIX
refletir sobre sua realidade, contribuindo, assim,
para o desenvolvimento da habilidade EF09CI13.
Como proceder
• Oriente os alunos a refletir sobre as causas dos
problemas ambientais e as características de um
ambiente poluído, para que eles possam identi-
ficar hábitos individuais e coletivos que tenham
impacto no ambiente, bem como atitudes e de-
cisões que os modifiquem. Peça-lhes que refli-
tam sobre os danos que podem ser causados à
saúde devido a um ambiente poluído. Leve-os a
retomar os estudos sobre consumo consciente
e ações sustentáveis que podem contribuir na
proposição de soluções para os problemas am-
bientais relacionados ao consumo e atividades
do cotidiano, com o foco em iniciativas para
conservação do bairro onde vivem.
sequência aos fatores que tornam possível a
existência de vida nele. Pergunte-lhes sobre a
viabilidade de vida fora do planeta Terra e os
elementos fundamentais para que ela possa
existir da forma como a conhecemos.
Metodologias ativas
11 e 12. Objetivo
• Essas atividades possibilitam verificar se os alu-
nos conhecem a composição e a estrutura do
Sistema Solar e se identificam os elementos
fundamentais para a existência de vida como a
conhecemos, o que contribui para o desenvol-
vimento das habilidades EF09CI14 e EF09CI16.
Como proceder
• Caso os alunos tenham dificuldade para respon-
der a essas atividades, retome o conteúdo deles
utilizando um esquema do Sistema Solar. Para
isso, peça-lhes que mencionem a estrutura e
composição do Sistema Solar e construam um
esquema na lousa por meio das informações for-
necidas por eles. Verifique se citam os principais
corpos celestes que formam o Sistema Solar e
suas características. Aproveite a representação
do planeta Terra presente no esquema para dar
13. Objetivo
• Essa atividade colabora para o desenvolvimento
da habilidade EF09CI04 e permite avaliar se os
alunos compreendem os fenômenos relaciona-
dos à composição das cores e que a cor dos
objetos também está relacionada à cor da luz
que o ilumina.
Como proceder
• Se os alunos tiverem dificuldade para respon-
der a essa atividade, verifique se eles com-
preendem que todas as cores de luz podem ser
formadas pela composição das três cores pri-
márias da luz. Considere situações envolvendo
a combinação das cores primárias sobre obje-
tos brancos e, depois, sobre objetos com cores
diferentes para avaliar se eles percebem que a
cor observada também está relacionada à cor
da luz que o ilumina.
Se achar conveniente, essa atividade possibilita
o trabalho com a metodologia ativa experimenta-
ção. Para isso, confira orientações sobre essa estra-
tégia no tópico Metodologias e estratégias ativas
nas orientações gerais deste manual. Essa atividade
permite a realização de experimentos investigativos,
com a proposição de problemas em que se possa
levantar hipóteses, testar e relatar aspectos identifi-
cados ao investigar a percepção das cores em dife-
rentes materiais quando expostos a diferentes cores
de iluminação.
,LX
ACTIVE Learning. Berkeley Center for Teaching
& Learning. Disponível em: https://teaching.
berkeley.edu/resources/course-design-guide/
active-learning. Acesso em: 25 fev. 2022.
Esse site explora os benefícios de trabalhar com
metodologias ativas para desenvolver nos alunos
a chamada aprendizagem ativa em seu processo
de ensino, além de abordar metodologias ativas
que podem ser aplicadas em sala de aula dife-
rentes recursos que podem ser trabalhados em
planejamentos.
ALTET, Marguerite. As competências do professor
profissional: entre conhecimentos, esquemas de
ação e adaptação, saber analisar. In: PAQUAY,
Léopold et al. (org.). Formando professores pro-
fissionais: quais estratégias? Quais competências?
2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. Disponível
em: https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/
books/firstChapter/50097127.pdf. Acesso em:
12 maio 2022.
Esse documento apresenta contribuições para a
formação de professores, com estudos interna-
cionais e nacionais, que promovem a capacitação
de docentes às competências profissionais de
sua área. Traz entrevistas que revelam práticas
pedagógicas com base em conhecimentos e
experiências profissionais de outros professores.
BLOOM, Benjamin S.; HASTINGS, J. Thomas; MA-
DAUS, George F. Manual de avaliação formativa
e somativa do aprendizado escolar. São Paulo:
Pioneira, 1971.
Nesse livro, o professor encontra uma forma de
avaliar e como melhorar esse processo, conside-
rando diversas propostas que foram pensadas
levando em conta os diferentes contextos educa-
cionais em que acontece a prática de avaliação.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Co-
mum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_
site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.
Esse link apresenta a Base Nacional Comum Cur-
ricular. Nele, é possível acessar e navegar pelo
documento consultando o que esse material de
referência auxilia na abordagem dos conteúdos
curriculares.
BRETAS, Maria Luiza Batista. Leitura é fundamental:
desafios na formação de jovens leitores. Belo
Horizonte: RHJ, 2012.
Esse livro busca compreender como a prática
leitora é desafiadora no que se refere ao ensi-
no da leitura com visão crítica, argumentativa
e reflexiva. Portanto, a obra apresenta como o
docente pode incentivar os alunos a ler, a con-
tar e ouvir histórias, a ter o domínio da leitura
e a usar a escrita em função social, produzindo
conhecimento e significação para o ato de ler.
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula
inovadora: estratégias pedagógicas para fomen-
tar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso,
2018.
Os autores desse livro apresentam variadas
metodologias ativas fornecendo o conceito de
cada uma delas, demonstrando a maneira como
podem funcionar na sala de aula e modos de
avaliar a metodologia aplicada.
CAMAS, Nuria Pons Vilardell. Novas tecnologias
facilitam a aprendizagem escolar. Entrevista
ao Portal Brasil, 10 jul. 2014. Disponível em:
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-
educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-
a-aprendizagem-escolar. Acesso em: 17 maio
2022.
Essa entrevista traz informações sobre o uso e a
importância da tecnologia para a aprendizagem.
Relata conceitos, menciona benefícios, comenta
a realidade de uma sala de aula e fala do papel
do professor em relação a esse recurso. Todas
as informações são apresentadas de maneira
sucinta, porém clara.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de et al. Ciências
no ensino fundamental: o conhecimento físico.
Referências bibliográficas comentadas
https://teaching.berkeley.edu/resources/course-design-guide/active-learning
https://teaching.berkeley.edu/resources/course-design-guide/active-learning
https://teaching.berkeley.edu/resources/course-design-guide/active-learning
https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/50097127.pdf
https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/50097127.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar
https://memoria.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-a-aprendizagem-escolar
LXI
São Paulo: Scipione, 1998. (Coleção Pensamento
e Ação no Magistério).
O livro apresenta a construção do conhecimento
físico pela criança através de diversas atividades
no ensino de Ciências e mostra o papel do pro-
fessor nesse processo.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Da-
niel. Formação de professores de ciências: tendên-
cias e inovações. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
Livro que apresenta discussões sobre as neces-
sidades formativas dos professores de Ciências,
com enfoque à ruptura das visões simplistas.
CRAVEIRO, Clélia B. A.; MEDEIROS, Simone (org.).
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educa-
ção Básica: diversidade e inclusão. Brasília: MEC,
2013.
O material em questão foi construído com a
participação de vários autores. Desse modo,
em diferentes capítulos são apresentados temas
que procuram incluir diferentes culturas e mo-
dalidades de ensino.
DEL PRETTE, Zilda Aparecida Pereira; DEL PRETTE,
Almir (org.). Habilidades sociais e competência
social para uma vida melhor. São Carlos: EdUFS-
Car, 2017.
Esse livro apresenta diferentes capítulos com
contribuições de vários autores, tratando de
maneira teórica e prática as habilidades sociais
e a competência social. Conceitua os comporta-
mentos interpessoais e oferece exercício sobre
as tarefas de mesmo cunho.
FERREIRA, Taís. Estudos culturais, recepção e tea-
tro: uma articulação possível? Fênix, Uberlândia,
ano 3, v. 3, n. 4, p. 1-20, out./nov./dez. 2006.
Disponível em: https://www.revistafenix.pro.br/
revistafenix/article/view/788/750. Acesso em: 27
abr. 2022.
Esse artigo apresenta a prática de pesquisa no
estudo de recepção, com enfoque no estudo de
produções culturais.
FONTELLES, Mauro José et al. Metodologia da pes-
quisa científica: diretrizes para a elaboração de
um protocolo de pesquisa. Cercomp. Disponível
em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/
Anexo_C8_NONAME.pdf. Acesso em: 26 abr.
2022.
Esse artigo mostra a organização de uma pes-
quisa que busca solucionar um problema e
descreve todos os procedimentos necessários
para sua prática. Os autores apontam desde
o levantamento do problema à descrição e
elaboração dos objetivos a serem alcançados,
bem como o método utilizado para resolução,
a construção de hipóteses, entre outros passos
para estruturar uma pesquisa.
GEHLEN, Simoni Tormöhlen et al. Freire e Vigotski
no contexto da educação em ciências: aproxi-
mações e distanciamentos. Ensaio, Belo Hori-
zonte, v. 10, n. 2, p. 279-298, 2008. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp
4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 27 maio 2022.
Esse estudo teórico apresenta alguns aspec-
tos em que as ideias de Freire e Vigotski se
assemelham e explica de que modo isso pode
enriquecer propostas curriculares para o ensino
de Ciências.
HADJI, Charles. A avaliação, regras do jogo: das in-
tenções aos instrumentos. 4. ed. Portugal: Porto
Editora, 1994. (Coleção Ciências da Educação).
O autor dessa coleção analisa as práticas peda-
gógicas para definir o método avaliativo inten-
cionalmente, para que as práticas educacionais
e o conhecimento sejam desenvolvidos.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas
do caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação,
2014.
O livro sugere a proposta de avaliação que se
contextualiza com os meios físicos e sociais,
uma vez que, para a autora, o ato de avaliar é
uma maneira de transformar a realidade. Nesse
,livro, ela leva o leitor/professor a refletir para
modificar as práticas pedagógicas em seu ato
avaliativo, buscando sempre considerar o con-
texto educacional.
https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/788/750
https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/788/750
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/Anexo_C8_NONAME.pdf
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/Anexo_C8_NONAME.pdf
https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt
LXII
KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e lingua-
gem. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
A análise da autora desse livro é voltada para
o ato de argumentar como forma de discurso,
assim apresenta em sua obra textos, ilustrações
e esquemas que permitem ao leitor refletir sobre
a noção da argumentação oral e escrita.
LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina
Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na
construção do conhecimento científico: a pesqui-
sa bibliográfica. Katál, Florianópolis, v. 10, n. esp.,
p. 37-45, 2007. Disponível em: https://www.
scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/
?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 27 abr. 2022.
O artigo apresenta a pesquisa bibliográfica como
um método de prática de pesquisa, conceituan-
do-o, abordando suas características, como ele
deve ser organizado e quais objetivos devem
ser considerados, além de apresentar etapas
exemplificadas do procedimento metodológico
da pesquisa bibliográfica.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendiza-
gem escolar: estudos e proposições. 18. ed. São
Paulo: Cortez, 2006.
Nesse livro são abordados estudos sobre a ava-
liação da aprendizagem escolar feitos pelo autor,
que propõe que a avaliação não seja mais pensa-
da apenas como um serviço teórico obrigatório
da educação e imposta de forma autoritária, mas
sim como uma prática a favor do conhecimento
de todos de forma construtiva e social.
MALHEIRO, João Manoel da Silva. Atividades ex-
perimentais no ensino de ciências: limites e
possibilidades. Actio, Curitiba, v. 1, n. 1, jul./dez.
2016. Disponível em: https://periodicos.utfpr.
edu.br/actio/article/view/4796/3150. Acesso em:
29 jul. 2022.
O artigo discute relações convergentes e diver-
gentes entre o trabalho prático, laboratorial e
experimental quando aplicados em sala de aula
no ensino de Ciências e enfatiza que a prática
do experimento é uma forma de colocar os es-
tudantes em atividades práticas e participativas.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.;
BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e media-
ção pedagógica. Campinas: Papirus, 2017.
O livro reconhece o papel do professor como
mediador entre aluno e conhecimento e, so-
mado a isso, faz menção à nova realidade em
que a tecnologia se insere no contexto escolar.
Ademais, embora discorra sobre a compreensão
acerca da necessidade do uso dela no decorrer
das aulas, aborda a importância de utilizá-la
com cuidado para que a aprendizagem não se
restrinja à diversão, sem o devido proveito.
MORAN, José. Metodologias ativas para uma
aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian;
MORAN, José. (org.). Metodologias ativas para
uma educação inovadora: uma abordagem teóri-
co-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
Nesse capítulo o autor descreve as metodolo-
gias ativas aplicadas na educação abordando
o processo de aprendizagem através de uso
de recursos tecnológicos e criativos relevantes
para a aprendizagem ativa e significativa e con-
sidera que o papel do professor é de mediador
do processo de ensino e o do aluno de um ser
autônomo em sua aprendizagem.
ROSA, Ivete Pellegrino; LAPORTA, Márcia Zorello;
GOUVÊA, Maria Elena de. Humanizando o ensino
de ciências: com jogos e oficinas psicopedagó-
gicas sobre seres microscópicos. São Paulo:
Vetor, 2006.
Esse livro apresenta uma reflexão teórica sobre
o uso de jogos e oficinas psicopedagógicas para
o ensino relativo aos seres vivos microscópicos.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; MORTIMER,
Eduardo Fleury. Tomada de decisão para ação
social responsável no ensino de ciências. Ciência
& Educação, Bauru, v. 7, n. 1, 2001. p. 95-111. Dis-
ponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QH
LvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf. Acesso
em: 27 maio 2022.
Esse artigo aborda as implicações do letramen-
to científico e tecnológico para o ensino de
Ciências.
https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt
https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150
https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/4796/3150
https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf
https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf
LXIII
SEVERINO, Antônio Joaquim. O conhecimento
pedagógico e a interdisciplinaridade: o saber
como intencionalização da prática. In: FAZENDA,
Ivani Catarina Arantes (org.). Didática e interdis-
ciplinaridade. 17. ed. Campinas: Papirus, 2012.
(Coleção Práxis).
Nesse capítulo o autor analisa e reflete sobre
as relações entre o conhecimento e a prática,
bem como o exemplo que o autor dá, de que o
ensino se legitima se for mediador da educação.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre:
Artmed, 1998.
Nesse livro, a autora mostra a importância da
leitura para o alcance da interpretação, com-
preensão e autonomia dos alunos no contato
com diferentes textos.
VON, Cristina. Cultura de paz. São Paulo: Peirópolis,
2003.
Nesse livro, a autora apresenta diferentes te-
máticas de cunho sensível. Todas voltadas às
reflexões sobre igualdade, respeito às diferenças
e como isso pode ser trabalhado com os alunos
na escola e na sociedade em geral.
VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social
da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1991. p. 41. Disponível em: https://edisciplinas.
usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/
content/2/A%20formacao%20social%20da%20
mente.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.
Essa obra é uma coletânea de ensaios de Vy-
gotsky que representa sua produção teórica na
relação entre pensamento e linguagem.
ZIMMERMANN, Narjara; SILVA, Henrique César
da. Os diferentes modos de leitura no ensino
de ciências. In: CONGRESSO DE LEITURA DO
BRASIL, 16., 2007, Campinas. Anais... Campinas:
Unicamp, 10-13 jul. 2007. Disponível em: https://
alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/
anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf. Acesso em:
29 jul. 2022.
O artigo apresenta os resultados parciais de uma
pesquisa que aborda o processo de leitura por
meio do olhar de professores de química e de
biologia, que enxergam a leitura científica como
uma forma de trabalhar a linguagem dos textos
em sua forma cotidiana, mas também científica,
possibilitando a compreensão dos conteúdos
pelos alunos.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de
ciências por investigação: condições para imple-
mentação em sala de aula. São Paulo: Cengage
Learning, 2013.
Esse livro traz discussões sobre diferentes face-
tas do ensino de Ciências em uma abordagem
investigativa, com dados extraídos de situações
de ensino-aprendizagem, de modo a proporcio-
nar aos professores, além da ampliação de seu
rol de estratégias, a compreensão dos cuidados
envolvidos nas práticas investigativas realizadas
em sala de aula.
ENSINO de ciências: história e situação atual. UNIVESP.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=nh1ruCC0yA4. Acesso em: 7 jun. 2022.
Programa em vídeo que mostra como a inves-
tigação científica pode ajudar no ensino de
Ciências.
ENSINO de ciências: passado, presente e futuro.
USP. Disponível em: https://eaulas.usp.br/portal/
video.action?idItem=4457. Acesso em: 7 jun.
2022.
Vídeo que debate a finalidade do ensino de
Ciências.
Referências bibliográficas complementares comentadas
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf
,ao trabalhar alguns assuntos. O desenvolvimento dessas
competências ajuda o aluno a conviver em sociedade e
atuar como sujeito ativo na construção de um mundo
mais justo e solidário. Além disso, o trabalho com o de-
senvolvimento dessas competências socioemocionais co-
labora para promover a saúde mental dos alunos, uma
vez que pode possibilitar reflexões e análises a respeito
de situações apresentadas na obra e vivenciadas por eles
no dia a dia.
Competência socioemocional
A fim de enriquecer o trabalho em sala de aula, são apre-
sentadas neste boxe sugestões de livros, filmes, sites,
vídeos e visitas a lugares físicos, de modo a incentivar
o gosto pela leitura e pela busca por informações em
outras fontes além do livro didático.
Sugestões complementares
Seção que sugere atividades práticas de rápida execução,
que podem ser feitas na sala de aula. Essas atividades
possibilitam criar situações-problema para desenvolver
alguns conteúdos de forma instigante e desafiadora.
Além disso, elas incentivam a participação dos alunos e o
trabalho em grupo, colaborando para o desenvolvimento
da empatia e da cooperação.
Vamos praticar
VI
Seção que sugere atividades práticas que permitem aos
alunos investigar fenômenos relacionados aos conteúdos
trabalhados em cada capítulo. A estrutura dessas ativi-
dades incentiva os alunos a levantar e testar hipóteses,
montar modelos, trocar ideias com os colegas sobre os
resultados obtidos e a formular conclusões. Além disso,
elas possibilitam aos alunos elaborar diferentes maneiras
de investigar outros fenômenos relacionados aos conteú-
dos. Essas atividades também incentivam a participação
dos alunos e o trabalho em grupo, colaborando para o
desenvolvimento da empatia e da cooperação.
Hora de investigar ção e divulgação para alcançar determinado objetivo. As
atividades possibilitam aos alunos atuar de forma ativa na
resolução de problemas locais ou na reflexão acerca de
questões mais amplas, que influenciam a vida de muitas
pessoas. Além disso, as atividades que compõem o pro-
jeto têm graus de complexidade que respeitam a faixa
etária dos alunos, seguindo uma progressão cognitiva a
cada ano. Apesar de localizada no final do volume, não
necessariamente deve ser a última seção trabalhada. Ao
longo das unidades, sugerimos momentos em que o pro-
jeto poderá ser desenvolvido, e você poderá escolher o
que for mais conveniente de acordo com seu planeja-
mento. Além disso, as questões propostas nesta seção
estabelecem relações com outros componentes e exer-
citam habilidades contempladas em outros momentos
do volume. Neste Manual do professor, há orientações
para auxiliá-lo na condução de todo o processo.
Seção que aborda diversos temas relacionados à contem-
poraneidade e a fatos que podem fazer parte do cotidia-
no dos alunos relacionados aos temas contemporâneos
transversais elencados na BNCC. Esses temas são desen-
volvidos mediante o trabalho com textos e recursos vi-
suais que incentivam os alunos a expor as habilidades
de análise e síntese das informações de forma crítica,
contribuindo, assim, para a formação de cidadãos éticos,
responsáveis e respeitosos com a diversidade. No decor-
rer de toda a coleção, são trabalhados os seguintes te-
mas contemporâneos transversais nesta seção: Educação
para o consumo; Educação ambiental; Ciência e tecno-
logia; Direitos da criança e do adolescente; Diversidade
cultural; Educação em direitos humanos; Educação para
o trânsito; Educação para a valorização do multicultura-
lismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras; Vida
familiar e social; Saúde.
O tema é ...
Seção presente ao final de cada unidade com atividades
em diferentes formatos, inclusive as com características
dos exames de larga escala, que têm como objetivo pro-
por uma avaliação formativa dos alunos, permitindo a
eles que verifiquem suas aprendizagens e retomem con-
teúdos trabalhados, sempre que for necessário.
O que eu estudei?
Seção presente ao final de cada volume que apresenta
atividades com o objetivo de propor uma avaliação de re-
sultado (ou somativa) aos alunos, permitindo a eles que
consolidem as aprendizagens acumuladas no ano letivo.
Também são propostas nesta seção algumas atividades
com características de exame de larga escala.
O que eu aprendi?
O desenvolvimento desta seção favorece o envolvimento
de toda a turma, de maneira cooperativa, em uma ativi-
dade prática dividida em etapas de planejamento, execu-
Projeto em ação
Esta seção apresenta, ao final de cada volume, as refe-
rências bibliográficas que foram usadas na elaboração do
livro, com um breve comentário sobre cada uma delas.
Referências bibliográficas comentadas
Apresenta o significado e informações complementares
acerca de algumas expressões e termos destacados no
texto, que os alunos possam desconhecer ou não com-
preender totalmente. O glossário se encontra no final do
volume.
Glossário
Apresenta o significado de termos destacados no texto
que os alunos possam desconhecer ou não compreender
totalmente.
Vocabulário
Indica que as atividades devem ser feitas em grupo.
Em grupo
Indica que as atividades podem ser feitas oralmente.
Atividade oral
Apresenta orientações para a segurança do aluno ao rea-
lizar algumas atividades.
Cuidado!
Apresenta orientações para auxiliar o aluno ao realizar
algumas atividades.
Dica!
Apresenta as dimensões de alguns seres vivos ou partes
deles.
Medida de ser vivo
VII
Manual do professor
Este manual é dividido em duas partes. A primeira
parte apresenta orientações gerais sobre os aspec-
tos teórico-metodológicos que fundamentam a co-
leção, além da estrutura e da organização do Livro
do Aluno e do Manual do professor. Ainda nesta
primeira parte, apresentamos orientações para o
desenvolvimento das seções O que eu já sei?, O
que eu estudei? e O que eu aprendi?, destacando
os conteúdos e habilidades a respeito dos quais se
pretende avaliar o aprendizado dos alunos, orienta-
ções de estratégias de remediação para as possíveis
dificuldades e como trabalhar as defasagens.
A segunda parte, chamada orientações ao pro-
fessor, apresenta a reprodução reduzida do Livro
do Aluno com respostas de questões e de ativida-
des e algumas orientações pontuais. As respostas
que não constam na reprodução do Livro do Aluno
podem ser facilmente localizadas nas laterais e nos
rodapés deste manual, assim como as orientações
específicas para enriquecer e complementar o tra-
balho com as páginas. Em alguns momentos, para
deixar mais evidente o sentido de leitura, na lateral
e no rodapé de algumas páginas ímpares é utilizado
o seguinte recurso visual: .
A estrutura do manual está descrita a seguir.
Apresenta as orientações específicas para atividades
que envolvem metodologias ativas, podendo remeter às
orientações gerais de cada metodologia ativa, encontra-
das nas orientações gerais deste Manual do professor.
Metodologias ativas
São apresentadas as respostas das atividades que não cons-
tam na reprodução do Livro do Aluno. As orientações re-
ferentes a essas seções são apresentadas na primeira parte
deste manual, no tópico Orientações para as seções O
que eu já sei?, O que eu estudei? e O que eu aprendi?.
Seções O que eu já sei?, O que
eu estudei? e O que eu aprendi?
Apresenta o contexto da imagem das páginas de abertu-
ra, seguido de informações complementares sobre ela.
Também são abordadas as orientações necessárias para
que o professor trabalhe essas páginas com os alunos, e
em algumas delas é proposto o trabalho com as meto-
dologias ativas.
Páginas de abertura das unidades
As respostas das atividades são apresentadas, preferen-
cialmente, na reprodução do Livro do Aluno, mas, em
alguns casos, elas aparecem nas orientações ao profes-
sor, sempre com a sinalização Respostas.
Respostas
Na primeira página do capítulo, constam os objetivos que
evidenciam o que se espera alcançar no trabalho com o
respectivo capítulo.
Objetivos do capítulo
,https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf
https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf
https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf
https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss08_08.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=nh1ruCC0yA4
https://www.youtube.com/watch?v=nh1ruCC0yA4
https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4457
https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4457
LXIV
EXPERIMENTAÇÃO investigativa. GEPEQ IQ-USP.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=US8GsVi2bXY. Acesso em: 7 jun. 2022.
Vídeo que apresenta algumas ideias sobre a
importância da experimentação do ensino de
Química.
ESPINOZA, Ana. Ciências na escola: novas perspec-
tivas para a formação dos alunos. Camila Bogéa.
São Paulo: Ática, 2010.
Esse livro analisa diferentes maneiras de dar aulas
de Ciências na escola, oferecendo sugestões
objetivas para os professores, a fim de tornar
as aulas mais atraentes e participativas para os
alunos.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Interdiscipli-
naridade: pensar, pesquisar e intervir. São Paulo:
Cortez, 2014.
Essa obra é uma espécie de manual de pesquisa
de conteúdos sobre interdisciplinaridade que
apresenta intervenções para colocar em prática
a proposta de uma educação interdisciplinar.
FIORIN, José Luiz. Argumentação. São Paulo: Con-
texto, 2015.
Esse livro tem como proposta expor os varia-
dos tipos de argumentação com propósito de
persuasão, isto é, aquilo que é de seu caráter,
uma vez que argumentar é defender um ponto
de vista. Assim, o livro mostra as bases da argu-
mentação e como explorá-la.
FOFONCA, Eduardo. A cultura digital e seus multile-
tramentos: repercussões na educação contem-
porânea. Curitiba: Appris, 2019.
O autor considera que a sala de aula se relacio-
na estreitamente com as tecnologias digitais.
Nesse sentido, ele escreve as concepções de
multiletramentos com base no uso das novas
tecnologias e no trato com a cultura digital na
educação, além de ampliar o trabalho de forma
interdisciplinar.
GONÇALVES, Mariza Lima. Iniciação às práticas
científicas. São Paulo: Paulus, 2015. (Coleção
Cadernos de Comunicação).
A autora demonstra nessa coleção os devidos
procedimentos do ato de planejar e organizar,
como também os desafios, as técnicas e os
modos de apresentação de uma pesquisa ou
de um trabalho escolar. Além disso, ela enfatiza
a importância desses tipos de trabalho para o
desenvolvimento e o conhecimento dos alunos.
GUIMARÃES, Ana Lucia. Aprendizagem colaborativa
e redes sociais: experiências inovadoras. Curitiba:
Appris, 2019.
Nesse livro, a autora aponta conceitos e dife-
rentes propostas de aplicações de metodologias
ativas para desenvolver a aprendizagem dos
alunos, em especial com o uso das redes sociais
associadas a esse método de trabalho.
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensi-
no-aprendizagem. 6. ed. São Paulo: Ática, 2008.
A autora apresenta, nesse livro, técnicas e ins-
trumentos avaliativos para que o ensino seja um
processo cada vez mais inovador e competente.
SOARES, Cristine. Metodologias ativas: uma nova
experiência de aprendizagem. São Paulo: Cortez,
2021.
Esse livro tem o intuito de auxiliar professores
a dar novo significado às suas práticas peda-
gógicas, revendo e repensando as maneiras de
trabalhar em sala de aula ou em outros espaços,
a fim de proporcionar aos alunos a construção
do conhecimento de maneira significativa.
https://www.youtube.com/watch?v=US8GsVi2bXY
https://www.youtube.com/watch?v=US8GsVi2bXY
1a edição
São Paulo, 2022
Componente curricular: CIÊNCIAS
Vanessa Michelan
Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em Ensino de Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Autora de livros didáticos para o ensino básico.
Realiza trabalhos de assessoria pedagógica no desenvolvimento de materiais
didáticos para o ensino básico.
Elisangela Andrade
Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Doutora em Ciências Biológicas na área de concentração: Biologia Celular e Molecular pela Universidade
Estadual de Maringá (UEM-PR).
Professora dos níveis básico, técnico e superior no Instituto Federal do Paraná (IFPR-PR).
Autora de livros didáticos para o ensino básico.
CIENCIAS
1
1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904
Atendimento: Tel. (11) 3240-6966
www.moderna.com.br
2022
Impresso no Brasil
Projeto e produção editorial: Scriba Soluções Editoriais
Edição: Kelly Cristina dos Santos, Ana Carolina Navarro dos Santos Ferraro,
Everton Amigoni Chinellato, Maira Renata Dias Balestri
Assistência editorial: Angélica Alves de Paula, Felipe Revoredo Benatti,
Marissa Kimura, Priscila Boneventi Pacheco
Colaboração técnico-pedagógica: Maria Regina da Costa Sperandio
Coordenação de preparação de texto e revisão: Moisés M. da Silva
Supervisão de produção: Priscilla de Freitas Cornelsen
Assistência de produção: Lorena França Fernandes Pelisson
Projeto gráfico: Laís Garbelini
Coordenação de arte: Tamires R. Azevedo
Coordenação de diagramação: Adenilda Alves de França Pucca (Nil)
Diagramação: Ana Rosa Cordeiro de Oliveira, Carlos Cesar Ferreira,
Fernanda Miyabe Lantmann, Leda Cristina Teodorico, Globaltec
Pesquisa iconográfica: André Silva Rodrigues
Autorização de recursos: Diana Katia Alves de Araújo
Tratamento de imagens: Janaina Oliveira e Jéssica Sinnema
Gerência de design e produção gráfica: Patricia Costa
Coordenação de produção: Denis Torquato
Gerência de planejamento editorial: Maria de Lourdes Rodrigues
Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite
Capa: Mariza de Souza Porto, Tatiane Porusselli, Daniela Cunha e Apis Design
Foto: Jovem construindo um veículo robótico. © SDI Productions/E+/Getty Images
Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero
Coordenação de pesquisa iconográfica: Flávia Aline de Morais
Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues
Pré-impressão: Alexandre Petreca, Fabio Roldan, José Wagner Lima Braga,
Marcio H. Kamoto, Selma Brisolla de Campos
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:
2
Caro aluno, cara aluna,
Todos os dias você realiza diversas atividades, como ir
à escola, alimentar-se, brincar, conversar com os colegas,
tomar banho, escovar os dentes e dormir. Você sabia
que cada uma dessas atividades pode causar impactos
no ambiente e em sua saúde? Tudo isso está relacionado
a Ciências!
Dessa forma, este livro foi elaborado para te ajudar
a compreender essas relações. Nele, você encontrará
conteúdos que permitirão observar, investigar, refletir e
discutir maneiras de conservar o ambiente e de cuidar
do nosso corpo. Além disso, você poderá perceber a
influência da tecnologia na sociedade e no ambiente.
Para tornar o seu aprendizado mais divertido, esta
obra utiliza diversos recursos, como músicas, imagens,
pinturas e histórias em quadrinhos.
Bom ano e bons estudos!
Apresentação
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Conheça seu livro
O que eu já sei?
Abertura da unidade
,Esta coleção aborda assuntos interessantes e atuais, que o auxiliarão a
desenvolver autonomia, criticidade e outras habilidades e competências
importantes para a sua aprendizagem. Veja a seguir como seu livro está
organizado.
Nessa seção, presente no início de
cada volume, você tem a oportunidade
de refletir sobre o que já sabe a
respeito dos principais assuntos que
estudará no volume em questão.
Essas páginas marcam o início de cada unidade.
Elas apresentam uma imagem e um texto instigante,
que se relacionam aos assuntos da unidade.
1.
2.
2.
1.
Esse boxe apresenta atividades que
incentivam você a saber mais sobre a
imagem de abertura, a relembrar os
conhecimentos que já tem sobre o
tema e a se aprofundar nos assuntos
da unidade.
3. Iniciando a conversa
Esse boxe apresenta os
principais assuntos que você
estudará em cada unidade.
4. Agora vamos estudar...
4.
3.
4
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5. 5.
Essa seção contém
atividades que vão
auxiliá-lo a refletir
sobre os conteúdos
estudados, a organizar
os conhecimentos e a
conectar ideias.
8. Atividades
Os conteúdos são organizados por títulos
e subtítulos e, sempre que necessário,
são propostas questões que incentivam a
interação entre você e seus colegas. Tudo
isso contribui para a sua participação ativa
no processo de aprendizagem.
8.
6.
6. Boxe complementar
Esse boxe trata de assuntos que
complementam o tema estudado.
7.
Esse boxe destaca algumas competências
socioemocionais que são desenvolvidas nos
assuntos da página. Essas competências
ajudam você a conviver em sociedade e
atuar como sujeito ativo na construção de
um mundo mais justo e solidário.
7. Competências socioemocionais
9.
Os significados de algumas
palavras que talvez você não
conheça serão apresentados na
página para que você se familiarize
com elas. Essas palavras estão
destacadas nos textos.
9. Vocabulário
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10.
12.
12.
Vamos praticar
O tema é ...
Nessa seção, você
encontrará sugestões
de atividades práticas,
instigantes e de rápida
execução para fazer
em sala de aula com o
professor e os colegas.
Essa seção contém informações que o incentivarão
a refletir criticamente sobre assuntos relevantes e a
estabelecer relações entre diversos temas, contribuindo
para sua formação cidadã. Os assuntos dessa seção são
baseados nos temas contemporâneos transversais.
Essa seção contém sugestões de atividades práticas que lhe
permitem investigar fenômenos do cotidiano relacionados aos
temas que você vai estudar. Nessas atividades, você levantará
e testará hipóteses, montará modelos e trocará ideias
com seus colegas sobre o que observou. Além disso, você
será desafiado a encontrar maneiras de investigar outros
fenômenos referentes aos assuntos que está estudando.
11.
10.
13.
Hora de investigar
Nessa seção, você pode
avaliar sua aprendizagem
por meio de atividades que
o farão refletir sobre o que
você estudou na unidade.
13. O que eu estudei?
11.
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14.
17.
Nessa seção, você vai se engajar no desenvolvimento
de um projeto que envolve os colegas, a comunidade
escolar e a externa. As atividades que fazem parte desse
projeto permitem que você e seus colegas atuem de
forma ativa na resolução de problemas locais ou na
reflexão de questões mais amplas, que influencia a vida
de muitas pessoas. Então, mãos à obra!
15.
15.
Projeto em ação
Ícones e boxes
Nessa seção, presente
ao final de cada volume,
você pode verificar o
que aprendeu sobre
os principais assuntos
estudados no volume.
14. O que eu aprendi?
16.
Essa seção apresenta
sugestões de livros, filmes,
sites, vídeos e visitas a
lugares físicos. Aproveite
essas dicas para aprender
um pouco mais sobre o
conteúdo estudado.
16.
Sugestões
complementares
Essa seção apresenta, ao
final de cada volume, as
referências bibliográficas
que foram usadas na
elaboração do livro, com
um breve comentário
sobre cada uma delas.
17.
Referências
bibliográficas
comentadas
Em grupo
Atividades que devem ser reali-
zadas em duplas ou em grupos.
Atividade oral
Atividades que devem ser
respondidas oralmente. Glossário
Indica que no parágrafo há algum
termo científico que você pode não
conhecer. As explicações desses
termos estão na seção Glossário,
ao final do volume.
Dica!
Boxe que apresenta sugestões
que auxiliam você a realizar
algumas atividades.
Cuidado!
Boxe que apresenta orientações
para sua segurança ao realizar
algumas atividades.
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Sumário
O que eu já sei? ..............................................................................................12
UNIDADE 1
Universo e vida .....................................................................................................16
CAPÍTULO 1
Alguns aspectos
da Ciência e do Universo ...............................................................18
Método científico .........................................................................................................19
Leis e teorias científicas..............................................................................20
A origem do Universo .....................................................................................21
Teoria do Big Bang .............................................................................................23
Atividades ...............................................................................................................................26
A formação do Sistema Solar ......................................................27
Universo e Sistema Solar .........................................................................29
Galáxias ...........................................................................................................................................30
Asteroides, cometas
e meteoroides ...............................................................................................................31
Sistema Solar ............................................................................................................................32
Planetas rochosos ................................................................................................33
Mercúrio ..................................................................................................................................33
Vênus ................................................................................................................................................34
Marte ...............................................................................................................................................34
Terra ...................................................................................................................................................34
Planetas gasosos .....................................................................................................35
Júpiter ..............................................................................................................................................35
Saturno .........................................................................................................................................35
Urano ...............................................................................................................................................36
Netuno ..........................................................................................................................................36
,Evolução das estrelas ........................................................................................37
O tema é ...
• A origem do Universo ...............................................................................40
Atividades ...............................................................................................................................42
CAPÍTULO 2
A vida na Terra ..............................................................................................................46
Condições necessárias
à vida na Terra ......................................................................................................................47
A busca por vida em
outros planetas ..................................................................................................................50
Origem da vida na Terra............................................................................53
Hipóteses sobre a origem
da vida na Terra .........................................................................................................58
Hipóteses heterotróficas ...................................................................58
Hipóteses autotróficas ............................................................................60
Panspermia ..........................................................................................................................61
Atividades ...............................................................................................................................62
O que eu estudei? ........................................................................................65
UNIDADE 2
Genética e evolução ...........................................................................66
CAPÍTULO 3
Hereditariedade ......................................................................................................68
DNA e hereditariedade ................................................................................69
Cromossomos ...............................................................................................................72
Os experimentos de Mendel ........................................................75
Atividades ...............................................................................................................................81
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Heredograma ..........................................................................................................................83
Cromossomos e determinação
do sexo em seres humanos .............................................................86
Síndromes genéticas ............................................................................................89
O tema é ...
• Bioética: reflexão sobre a Ciência ................................93
Atividades ...............................................................................................................................95
CAPÍTULO 4
Evolução dos seres vivos ..............................................................98
As teorias evolutivas ............................................................................................99
As ideias evolucionistas
de Lamarck ......................................................................................................................100
As ideias evolucionistas
de Darwin e Wallace ..............................................................................102
Ancestral comum ..........................................................................................104
Seleção natural .....................................................................................................105
Seleção sexual .......................................................................................................108
Síntese moderna evolutiva ......................................................109
Especiação ...................................................................................................................................110
Atividades ...........................................................................................................................111
Evidências da evolução .............................................................................113
Registro fóssil ...............................................................................................................113
Análises genéticas ............................................................................................113
Anatomia comparada .............................................................................114
A evolução e a espécie humana .......................................115
Seres humanos modernos ...............................................................116
Evolução humana .............................................................................................120
O tema é ...
• Cultura e educação ....................................................................................124
Atividades ..........................................................................................................................126
CAPÍTULO 5
Diversidade biológica .......................................................................128
Unidades de conservação ................................................................130
Unidades de Proteção Integral ....................................131
Unidades de Uso Sustentável ..........................................134
Atividades ..........................................................................................................................139
Conservação do ambiente .............................................................141
O tema é ...
• Etnociência: os saberes
populares ............................................................................................................................144
Atividades ..........................................................................................................................146
O que eu estudei? ..................................................................................149
UNIDADE 3
Matéria ......................................................................................................................................150
CAPÍTULO 6
Estudando a matéria ............................................................................152
Propriedades da matéria .....................................................................153
Massa ...............................................................................................................................................154
Massa e peso ...........................................................................................................155
Volume .........................................................................................................................................157
Densidade ............................................................................................................................157
Atividades ..........................................................................................................................159
Constituição da matéria ........................................................................161
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Modelos atômicos ........................................................................................162
Modelo atômico de Dalton ....................................................162
Modelo atômico de Thomson .........................................163
Modelo atômico de Rutherford ..................................165
,Modelo atômico de Rutherford-Bohr ...........167
Íons .........................................................................................................................................................170
Propriedades dos átomos.........................................................171
Número atômico (Z) .............................................................................171
Número de massa (A) .........................................................................171
Atividades ...........................................................................................................................174
CAPÍTULO 7
Tabela periódica .................................................................................................176
Estudando a tabela periódica atual ........................179
Utilizando a tabela periódica ..................................................182
Atividades ..........................................................................................................................184
Ligações químicas ..................................................................................................186
Ligação iônica ............................................................................................................187
Ligação covalente ............................................................................................187
Ligação metálica .................................................................................................188
Atividades ..........................................................................................................................189
CAPÍTULO 8
Transformações da matéria ...........................................190
Estados físicos da matéria ................................................................191
Estado físico líquido ..................................................................................192
Estado físico sólido .....................................................................................192
Estado físico gasoso .................................................................................194
Fusão e solidificação ...............................................................................195
Vaporização e condensação ..............................................196
Sublimação e deposição ...............................................................198
Fatores que influenciam nas
mudanças de estados físicos ............................................198
Atividades ..........................................................................................................................201
Transformações químicas
da matéria ...................................................................................................................................203
Representação das
transformações químicas ...........................................................203
A lei da conservação da massa .................................205
A lei das proporções definidas ..................................206
Balanceamento das
equações químicas.......................................................................................207
Atividades ..........................................................................................................................209
Reversibilidade das
transformações químicas ...................................................................210
Algumas funções químicas .............................................................210
Ácidos .............................................................................................................................................211
Bases ..................................................................................................................................................212
Medindo a concentração
de ácidos e bases ............................................................................................212
A escala de pH ......................................................................................................213
Sais ..........................................................................................................................................................214
Óxidos ............................................................................................................................................215
O tema é ...
• A lenda do Boitatá e o fogo-fátuo .........................216
Hora de investigar ...............................................................................218
Atividades ..........................................................................................................................220
O que eu estudei? ..................................................................................223
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UNIDADE 4
Ondas e luz ...................................................................................................................224
CAPÍTULO 9
Ondas ..................................................................................................................................................226
Características gerais
das ondas .....................................................................................................................................227
Ondas transversais
e ondas longitudinais ............................................................................230
Ondas mecânicas e ondas
eletromagnéticas ...............................................................................................231
Ondas sonoras .....................................................................................................231
Propriedades das
ondas sonoras ...............................................................................................233
Ultrassom .................................................................................................................236
O tema é ...
• A deficiência auditiva
e a música .........................................................................................................................237
Atividades ..........................................................................................................................239
Ondas eletromagnéticas ...............................................................241
Ondas de rádio e TV ......................................................................242
Micro-ondas ......................................................................................................244
Raios infravermelhos ......................................................................244
Luz visível ...................................................................................................................245
Raios ultravioleta ......................................................................................245
Raios X..............................................................................................................................245
Raios gama .............................................................................................................246
Atividades ..........................................................................................................................248
CAPÍTULO 10
Luz ................................................................................................................................................................250
Propriedades da luz visível ............................................................252
Projeto em ação�
• Cuidando do ambiente do bairro ..........278
Glossário ..................................................................................................283
Referências bibliográ�cas
,comentadas
.....................288
A luz e os objetos ..........................................................................................254
O tema é ...
• O sono e a luz de alguns
aparelhos eletrônicos ...........................................................................256
Atividades ..........................................................................................................................258
Decomposição da luz visível ....................................................260
Laser .............................................................................................................................................................262
Hora de investigar ...............................................................................264
Atividades ..........................................................................................................................266
Instrumentos ópticos ....................................................................................267
Espelhos ....................................................................................................................................267
Formação de imagem em
espelho plano .........................................................................................................268
Lentes ..............................................................................................................................................269
Lente convergente .......................................................................................269
Lente divergente ...............................................................................................270
Atividades ..........................................................................................................................271
O que eu estudei? ..................................................................................273
O que eu aprendi?� ...........................................................................274
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O que eu já sei? Faça as atividades em uma
folha de papel avulsa.
1. Analise a imagem a seguir.
Reproduza o quadro a seguir em uma folha de papel avulsa. Com base na ima-
gem e em seus conhecimentos prévios, complete-o com as características e
exemplos dos astros citados.
a ) De acordo com o trecho de reportagem, há evidência de água em esta-
do líquido em outro astro, além da Terra, por que essa descoberta é
importante?
Representação de parte do Sistema Solar e alguns de
seus astros.
Fonte de pesquisa: NASA.
Photojournal Home Page Graphic
2009 (Artist Concept). 7 jul. 2009.
Disponível em: https://www.
jpl.nasa.gov/images/pia12114-
photojournal-home-page
-graphic-2009-artist-concept.
Acesso em: 11 maio 2022.
Representação com elementos
não proporcionais entre si e
sem proporção de distância
entre os astros. Cores-fantasia.
Astro do Sistema Solar Característica(s) Exemplo(s)
Estrela
Planeta
Satélite natural
N
AS
A
2. Leia o trecho de reportagem a seguir.
Além da Lua: onde mais há água no universo
A Nasa anunciou a descoberta de água na Lua, mas o astro
não é o primeiro do Sistema Solar além da Terra a ter água
[…]
Pelo menos desde 2006, há evidências de água em estado líquido em Encélado,
uma das luas do planeta Saturno. […] Em 2019, outro estudo da Nasa fala sobre
Encélado ter um oceano sob sua superfície gelada.
[...]
AGRELA, Lucas. Além da Lua: onde mais há água no universo. Exame, 26 out. 2020. Ciência.
Disponível em: https://exame.com/ciencia/alem-da-lua-onde-mais-ha-agua-no-universo/.
Acesso em: 9 maio 2022.
1. Respostas: Estrela (característica) - tem luz própria; estrela (exemplo) – Sol; planeta (característica) -
não apresenta luz própria e realiza órbita ao redor de uma estrela; planeta (exemplo) – Terra, Marte,
Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno; satélite natural (característica) - não apresenta luz
própria e realiza órbita ao redor de um planeta; satélite natural (exemplo) – Lua.
2. a) Resposta: Espera-se que os alunos
respondam que a água no estado líquido é
essencial para a vida como a conhecemos.
Assim, a presença de água pode ser um
indicativo de vida, no caso, fora da Terra.
12
• Confira orientações para cada
atividade dessa seção no tópico
Orientações para as seções O
que eu já sei?, O que eu estudei?
e O que eu aprendi? da primeira
parte deste Manual do professor.
https://exame.com/ciencia/alem-da-lua-onde-mais-ha-agua-no-universo/
https://www.jpl.nasa.gov/images/pia12114-photojournal-home-page-graphic-2009-artist-concept
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b ) Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de verificar a
viabilidade de o ser humano colonizar outro planeta que não seja a Terra.
De acordo com seus conhecimentos sobre a Terra e os seres vivos, faça
uma lista com características que um possível planeta candidato a essa
colonização deve ter.
3. Analise as imagens a seguir.
a ) Copie as afirmativas a seguir em uma folha de papel avulsa, substituindo
os █ e ▲ pelas palavras adequadas entre parênteses.
I ) A água no estado físico █ (sólido/líquido/gasoso) se caracteriza por
não apresentar volume nem formato definidos, como mostrado na
imagem ▲ (A/B/C).
II ) A água no estado físico █ (sólido/líquido/gasoso) se caracteriza por
ter volume definido. No entanto, nesse estado, a água pode adquirir
o formato do recipiente que a contém, como mostrado na imagem ▲
(A/B/C).
III ) A água no estado █ (sólido/líquido/gasoso) se caracteriza por ter vo-
lume e forma definidos, como mostrado na imagem ▲ (A/B/C).
b ) Explique como é possível a água mudar de um estado físico para outro.
4. A fim de produzir pão, foram misturados os seguintes ingredientes: fer-
mento, farinha, água, óleo, sal e açúcar. Após misturá-los, formou-se uma
massa, que foi colocada na forma de pão e mantida em repouso por
3 horas. Após esse tempo, a massa havia crescido e o pão, aumentado de
tamanho. A massa foi, então, colocada no forno para assar. Ao final, obte-
ve-se um pão delicioso e fofinho.
Tigela com cubos de gelo. Copo com água. Chaleira liberando vapor
de água no ambiente.
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Imagens não proporcionais entre si.
A. B. C.
2. b) Resposta nas orientações ao professor.
3. a) I. Resposta: gasoso; C.
3. a) II. Resposta: líquido; B.
3. a) III. Resposta: sólido; A.
3. b) Resposta: Espera-se que os alunos respondam que as mudanças de estado físico da água
são possíveis por meio do ganho ou da perda de calor para o ambiente, pois isso interfere no
grau de agitação das moléculas e na ligação entre elas.
13
2. b) O objetivo desta atividade é
verificar os conhecimentos prévios
dos alunos a respeito de caracterís-
ticas que um planeta deve ter para
abrigar vida como a conhecemos
hoje e, com base nisso, analisar a
viabilidade de sobrevivência huma-
na fora da Terra. Eles podem listar
características como presença de
água no estado líquido, temperatu-
ra adequada à vida, atmosfera com
concentração adequada de deter-
minados gases, entre outras.
Resposta
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Diagrama representando as cores
primárias e secundárias da luz.
Fonte de pesquisa: GRUPO BACCAN DE
QUÍMICA ANALÍTICA. Teoria física sobre a
luz, a cor e a visão. Disponível em: https://
www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/teoria_
cores.pdf. Acesso em: 11 maio 2022.
a ) De acordo com o diagrama, quais cores da luz são primárias e quais são
secundárias?
,Justifique sua resposta.
b ) Reescreva as sentenças a seguir substituindo os símbolos pela cor da luz
correspondente ao resultado da mistura.
I ) Luz vermelha + luz azul = █
II ) Luz vermelha + luz verde = ▲
III ) Luz verde + luz azul = ◆
c ) Considere duas fontes de luz, uma vermelha e uma verde, incidindo sobre
a mesma região de uma parede branca. De que cor enxergaríamos essa
região da parede? Explique.
d ) Cite duas situações do cotidiano nas quais são obtidas diferentes cores de
luz com a mistura de cores primárias de luz.
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branco
ciano
azul
magenta
vermelho
amarelo
verde
a ) Explique com suas palavras se a situação descrita anteriormente envolve
transformação física ou química.
b ) Liste os reagentes da transformação que você citou no item a.
5. Copie a frase em uma folha de papel avulsa, completando-a corretamente. Para
isso, substitua os símbolos pelas palavras adequadas apresentadas a seguir.
• ovócito
a ) Durante a █, o gameta masculino, chamado ▲, une-se ao gameta femini-
no, chamado ◆, para formar um novo ser humano. Esse ser humano em
formação apresenta características tanto do pai quanto da mãe. Isso
ocorre porque ele se desenvolve a partir do ◖, que contém as informa-
ções ● dos pais.
6. O diagrama a seguir apresenta as cores primárias e secundárias da luz.
• genéticas • fecundação • zigoto • espermatozoide
6. c) Resposta: Espera-se que os alunos respondam que
veríamos a região da parede com cor amarela, pois é
a cor resultante da mistura de luz vermelha com luz
verde. Isso ocorre porque a parede branca reflete todas
as cores de luz, de modo que a enxergamos com a
cor da luz que a ilumina; nesse caso, a mistura de luz
vermelha e verde, que resulta em amarelo.
6. b) Resposta: I) luz magenta; II) luz
amarela; III) luz ciano.
6. d) Resposta: Os alunos podem
citar monitores de computador, telas de televisores, telas de smartphones, entre outros dispositivos.
4. a) Resposta nas orientações ao professor.
4. b) Resposta: fermento, farinha, água, óleo, sal e açúcar.
5. a) Durante a fecundação, o gameta masculino, chamado espermatozoide, une-se ao gameta femini no, chamado
ovócito, para formar um novo ser humano. Esse ser humano em formação apresenta características tanto do pai quanto
da mãe. Isso ocorre porque ele se desenvolve a partir do zigoto, que contém as informa ções genéticas dos pais.
6. a) Resposta nas orientações ao professor.
14
4. a) Espera-se que os alunos reco-
nheçam que a produção de um pão
envolve diversas transformações
químicas. A mistura de ingredientes
que dá origem à massa de pão é
um exemplo de transformação quí-
mica, pois a combinação dos ingre-
dientes formou um produto com
características diferentes dos mate-
riais de partida. Além disso, o assar
da massa envolve a transformação
química dela e, consequentemente,
dos ingredientes que a compõem.
6. a) Espera-se que os alunos re-
conheçam o azul, o verde e o
vermelho como cores primárias,
pois, quando misturadas, elas dão
origem a novas cores, ou seja, não
podem ser obtidas pela mistura de
outras. Já as cores ciano, amarelo e
magenta são consideradas secun-
dárias, pois são obtidas pela mistu-
ra das cores primárias.
Respostas
https://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/teoria_cores.pdf
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Agora, copie as frases a seguir em uma fo-
lha de papel avulsa, classificando-as em ver-
dadeiras ou falsas. Para as que você classi-
ficar como falsas, justifique sua resposta.
a ) Os fósseis são comumente encontra-
dos associados a rochas sedimentares.
b ) Os fósseis podem revelar informações
como a idade aproximada da camada
de rocha onde foram encontrados, algu-
mas condições ambientais da época e
como eram os seres vivos no passado.
c ) Os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos que existiram na Terra. Esses
seres vivos, embora extintos, são exatamente iguais aos que existem hoje,
pois as espécies se mantêm as mesmas desde a origem do planeta Terra.
8. Os calendários lunares têm como base o ciclo da Lua. Esse ciclo possibilitou
a elaboração de calendários e também foi utilizado por diferentes povos
para a orientação de atividades cotidianas, como a melhor época para pes-
car, plantar ou colher. A observação do céu e sua influência nas atividades e
crenças humanas faz parte de diferentes culturas há muito tempo.
Em uma folha de papel avulsa, produza um breve texto expondo o que você
sabe sobre as diferentes leituras do céu feitas em diferentes culturas e como
essas observações influenciavam ou ainda influenciam a vida desses povos.
9. Os aparelhos apresentados nas fotos a seguir estão envolvidos na transmis-
são de sons e imagens. Analise-os.
Em uma folha de papel avulsa, elabore um esquema explicativo, com textos e
imagens, sobre como é feita a transmissão de som e imagem nesses aparelhos.
7. A foto a seguir apresenta um fóssil encontrado no Brasil. Analise-a e reflita
sobre os fósseis.
Fóssil de crocodilo Caipirasuchus mineirus
com cerca de 80 milhões de anos,
exposto no Complexo Cultural e Científico
de Peirópolis, da Universidade Federal
do Triângulo Mineiro, no município de
Uberaba, MG, em 2018.
Televisor. Celular smartphone.
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Imagens não
proporcionais
entre si.
7. a) Resposta: Verdadeira.
7. b) Resposta: Verdadeira.
9. Resposta nas orientações ao professor.
8. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito
das diferentes leituras do céu feitas em diferentes culturas. Eles podem mencionar tanto as observações
relacionadas às atividades cotidianas como as relacionadas a mitos e lendas.
7. c) Resposta nas orientações ao professor.
15
Respostas
7. c) Falsa. Espera-se que os alunos
justifiquem suas respostas reconhe-
cendo que os seres vivos extintos
preservados em registros fósseis
não são exatamente iguais aos exis-
tentes atualmente. Isso porque as
espécies de seres vivos evoluem,
ou seja, sofrem mudanças ao longo
do tempo, que podem resultar na
extinção de uma espécie ou no sur-
gimento de outras, por exemplo.
9. O objetivo desta questão é le-
vantar os conhecimentos prévios
dos alunos a respeito da trans-
missão de sons e imagens em
aparelhos de comunicação. Além
disso, objetiva-se levá-los a re-
fletir sobre o funcionamento de
um televisor e de um smartphone,
dois aparelhos comuns no coti-
diano de muitos adolescentes.
Espera-se que os alunos incluam
em seus esquemas informações que
tratem da transmissão de sons e de
imagens via ondas eletromagnéti-
cas, que são utilizadas nos sistemas
de comunicação via satélite e nas
redes de internet sem fio (Wi-Fi),
por exemplo. Nesses sistemas, som
e imagem são convertidos em on-
das eletromagnéticas, que podem
ser enviadas e recebidas por trans-
missores e receptores no interior
dos televisores e smartphones.
B.
A.
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Estromatólitos na baía de Shark
Bay, Austrália, em 2019.
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Universo e vida1
UNIDADE
Fóssil de estromatólito do período
Pré-Cambriano (4 000 a 570 milhões de anos
atrás), encontrado no Marrocos, África.
16
• Ao analisar a imagem dos es-
tromatólitos na baía de Shark Bay,
comente com os alunos que essas
estruturas, geralmente, apresentam
formato colunar e são formadas
por inúmeras camadas de seres
vivos e sedimentos depositados
ao longo de milhares de anos. O
,crescimento dessas estruturas é da
ordem de milímetros ao ano, por
isso, quanto maior o número de
camadas, mais antigo o estroma-
tólito. Os seres vivos presentes nos
estromatólitos secretam carbonato
de cálcio, que ajuda a cimentar as
partículas de sedimento, resultan-
do na formação de camadas.
Houve um momento do tempo
geológico em que essas estruturas
eram abundantes e encontradas
em diversas regiões da Terra. Atu-
almente, porém, elas estão restritas
à Austrália, mais especificamente
à baía da foto. Comente com os
alunos que o termo baía se refere
a uma porção de mar envolta por
terra.
• Explique aos alunos que com-
preender como o Universo e a vida
surgiram são questões que intrigam
os seres humanos há muito tem-
po e que diversos estudiosos se
empenham e se dedicam a buscar
respostas para esses questiona-
mentos. Aproveite o momento e
pergunte se eles também se inte-
ressam por essas questões e como
imaginam que isso ocorreu.
• Para auxiliar no trabalho com as questões1 e3
da próxima página, pergunte aos alunos se os se-
res vivos encontrados atualmente são exatamente
iguais aos do passado. Pergunte a eles se já ouvi-
ram falar de seres que não existem mais, como
os dinossauros. Retome também o conteúdo de
registros fósseis, que mostram a diversidade de
seres vivos em cada período geológico.
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Você já pensou sobre qual é a origem de nós, seres huma-
nos, e dos demais seres vivos? E qual é a origem do Universo?
Essas são algumas das inúmeras questões feitas pelo ser hu-
mano. E é essa curiosidade em questionar e compreender o
passado, o presente e o futuro da vida na Terra que hoje nos
permite conhecer grande parte dessa história.
Afinal, em que a ciência se baseia para elaborar expli-
cações sobre a origem e a evolução dos seres vivos e do
Universo? Os fósseis são uma importante ferramenta nesses
estudos. Já o Universo é estudado, por exemplo, com equi-
pamentos que registram imagens e coletam informações do
espaço e de seus astros.
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Iniciando a conversa
1. Graças ao estudo dos fósseis, hoje sabemos que os
estromatólitos são formados há milhões de anos.
Pesquise sobre o que são estromatólitos e a importância
deles e dos fósseis para a compreensão da história da
vida na Terra.
2. Compartilhe com os colegas o que você sabe a respeito
da teoria do Big Bang.
3. Para você, o que significa dizer que os seres vivos evoluem?
Agora vamos estudar...
• o método científico;
• o que são leis e teorias científicas;
• a origem do Universo na visão de diferentes culturas;
• a teoria do Big Bang;
• a formação e os componentes do Sistema Solar;
• os componentes do Universo;
• a evolução das estrelas;
• as condições necessárias à vida na Terra;
• a busca por vida em outros planetas;
• as teorias e hipóteses sobre a origem da vida na Terra.
Questões 1 a 3. Respostas nas orientações ao professor.
17
• Converse com os alunos sobre a
importância da curiosidade para o
desenvolvimento da ciência. Essa
competência socioemocional leva
os cientistas a questionar o que es-
tá ao seu redor e a buscar respos-
tas utilizando métodos científicos.
Além de ressaltar a relevância da
curiosidade, essa abordagem co-
labora para o desenvolvimento da
Competência geral2 da BNCC.
Ao trabalhar a questão1, avalie a
possibilidade de utilizar a metodo-
logia ativa sala de aula invertida.
Para isso, obtenha as orientações
sobre essa estratégia no tópico
Metodologias e estratégias ati-
vas, nas orientações gerais deste
manual. Peça aos alunos que pes-
quisem informações sobre os es-
tromatólitos e os fósseis e que le-
vem as informações para a sala de
aula, bem como possíveis dúvidas
a respeito do tema. Depois, junto
aos demais colegas, solicite-lhes
que apresentem os dados e con-
versem sobre eles.
Metodologias ativas
• O objetivo das questões 2 e 3 é
que os alunos reflitam sobre o te-
ma, levantando seus conhecimen-
tos prévios. Verifique se eles co-
nhecem as ideias fundamentais das
teorias sobre a formação do Uni-
verso e da evolução das espécies.
a conhecer algumas dessas espécies extintas e
as condições ambientais dos períodos em que
viveram, colaborando para o estudo da evolu-
ção dos seres vivos atuais.
Questão 2. Resposta pessoal. Os alunos po-
dem comentar que a teoria do Big Bang expli-
ca a origem do Universo e afirma que de um
único ponto toda a matéria e a energia exis-
tentes começaram a se expandir. Em seguida,
por ação da gravidade, essa matéria formou
aglomerados que originaram os diferentes as-
tros do Universo, inclusive a Terra.
Questão 3. Resposta pessoal. Espera-se que
os alunos relacionem a evolução com as mu-
danças que ocorrem nos seres vivos ao lon-
go do tempo. Alguns deles podem comentar
que essas mudanças permitem, por exemplo,
o surgimento de novas espécies.
Respostas
Questão 1. Espera-se que os alunos
respondam que os estromatólitos
são estruturas formadas por colô-
nias de cianobactérias (microrganis-
mos fotossintetizantes). Estes são
considerados os mais antigos vestí-
gios de vida na Terra e continuam
em formação nos dias atuais, sendo
importante fonte de informações
sobre a vida terrestre. Já os fósseis,
por serem vestígios de seres vivos
que não existem mais, ajudam-nos a
entender a história da vida na Terra,
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O texto a seguir descreve uma situação cotidiana. Leia-o e responda às questões.
Você chega em casa, cansado da escola, faculdade ou trabalho, e decide
ligar a televisão. Ao apertar o botão, no entanto, nada acontece. Imediata-
mente, começa a formular hipóteses que expliquem o porquê da TV não estar
ligando.
Primeira hipótese: ela não está conectada à tomada. Você, então, observa o
cabo de alimentação e vê que ele está em seu devido lugar. Assim, a primeira
hipótese foi refutada.
Segunda hipótese: está faltando energia elétrica. Para testar sua nova pro-
posição, você aperta o interruptor de luz ou tenta ligar algum aparelho elétri-
co. Você observa que não há problemas com a energia elétrica, e sua segunda
hipótese também é refutada.
Parabéns! Você pode não ter descoberto o motivo da sua TV não estar fun-
cionando, mas aplicou o método científico em uma situação do dia a dia bas-
tante corriqueira.
[…]
O MÉTODO científico. ProfiCiência, 5 maio 2021. Disponível em:
http://www.proficiencia.org.br/2021/05/05/o-metodo-cientifico/. Acesso em: 28 mar. 2022.
Descreva a sequência das ações citadas no texto.
Como as ações do rapaz se relacionam com a in-
vestigação científica? Registre sua resposta no caderno.
Cite o nome de pelo menos uma teoria científica
que você conhece.
Questão 1.
Questão 2.
Questão 3.
Alguns aspectos da Ciência
e do Universo1
CAPÍTULO
Representação de
pessoa tentando ligar
o televisor utilizando
o controle remoto.
Glossário
Toda vez que você encontrar
essa indicação, procure o termo
no glossário, que se encontra
no final deste volume.
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Questão 3. Resposta nas orientações ao professor.
Questão 1. Resposta nas orientações ao professor.
Questão 2. Resposta nas orientações ao professor.
18
• Perceber a importância do méto-
do científico para o desenvolvimen-
to do conhecimento científico.
• Localizar o Sistema Solar no Uni-
verso e suas características.
• Conhecer lendas relacionadas à
origem do Universo.
• Conhecer a teoria do Big Bang.
• Conhecer a hipótese da nebulosa
para a origem do Sistema Solar.
• Compreender as características
de uma galáxia.
• Identificar as características de
asteroides, cometas e meteoroides.
,• Conhecer explicações mitoló-
gicas de diferentes culturas para a
origem do Universo.
• Aprender sobre o processo de
evolução das estrelas.
Objetivos do capítulo
Os conteúdos abordados neste
capítulo são importantes para que
os alunos conheçam o que é o mé-
todo científico e como ele contribui
para o desenvolvimento do conhe-
cimento científico. O trabalho com
temas relacionados às explicações
mitológicas e científicas sobre a for-
mação do Universo e às caracterís-
ticas do Sistema Solar e dos corpos
celestes colabora para que os alunos
compreendam alguns fenômenos da
natureza e como a ciência se desen-
volve com os conhecimentos acu-
mulados historicamente, além de in-
centivar o respeito a outras culturas.
Justificativas
• Ao abordar as questões1 e2,
caso os alunos tenham dificulda-
des para reconhecer a investigação
científica na situação apresentada,
peça-lhes que listem, de forma ob-
jetiva, quais foram os possíveis pro-
blemas ao ligar a TV e as medidas
para testar cada um deles.
• Na questão3, caso os alunos
não se recordem de alguma teo-
ria, mencione alguns exemplos que
eles possam conhecer.
Questão 1. Espera-se que os alunos citem
que, inicialmente, um problema foi detecta-
do – o fato de a TV não ligar. Posteriormente,
formulou-se uma hipótese sobre o problema:
a TV estar desconectada da rede elétrica. Na
sequência, foi feita uma observação para tes-
tar a hipótese: o cabo de alimentação da TV
estava conectado. Essa observação levou à
não aceitação da hipótese. Então, uma nova
hipótese foi efetuada: a TV não liga, pois não
há energia elétrica na casa. Por fim, o inter-
ruptor é acionado ou liga-se outro aparelho
elétrico, que funciona. Assim como a primei-
ra, a segunda hipótese foi refutada.
Questão 2. Os alunos podem responder que
as ações do rapaz se referem a um conjunto
de procedimentos realizados para compre-
ender um problema (ou fenômeno) e tentar
resolvê-lo.
Questão 3. Resposta pessoal. Os alunos po-
dem citar, por exemplo, a teoria celular, a teo-
ria atômica, a teoria da evolução por seleção
natural e a teoria sobre a deriva continental.
Respostas
http://www.proficiencia.org.br/2021/05/05/o-metodo-cientifico/
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Método científico
Como você pôde perceber, mesmo as situações cotidianas podem ser investiga-
das. No meio científico, métodos e procedimentos podem auxiliar na investigação
e no desenvolvimento de teorias, como a da origem do Universo e a da evolução
dos seres vivos.
A elaboração e o teste de hipóteses são etapas bastante comuns no meio cien-
tífico e podem ajudar no desenvolvimento do conhecimento científico. Além disso,
elas podem fazer parte de um método científico, ou seja, de um conjunto de ações
e procedimentos utilizados para desenvolver o estudo de um fenômeno ou objeto.
Leia a seguir alguns dos procedimentos que compõem um método científico.
Elaboração de hipóteses: nesta etapa são levan-
tadas suposições teóricas para explicar o problema
proposto. Com base nas hipóteses, são feitas pre-
visões e se planejam maneiras de como testá-las.
Teste de hipóteses: nesta etapa são feitos testes,
experiências e observações para verificar se as hi-
póteses elaboradas estão corretas.
Caracterização: nesta etapa, a situação ou o
problema a ser investigado é definido. Isso é neces-
sário para que ele seja analisado de acordo com os
conhecimentos científicos que temos.
Representação de pessoa tentando ligar
o televisor utilizando o controle remoto.
Representação de pessoa elaborando uma hipótese.
Na situação representada, a hipótese é de o televisor
não estar conectado à tomada.
Pessoa testando a hipótese ao realizar uma observação
e verificar que o televisor está conectado à tomada.
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• Explique aos alunos que a experi-
mentação de apenas um investigador
não garante a confiabilidade/credibili-
dade de uma investigação científica.
Assim, é necessário que a comunida-
de científica analise os resultados.
• Esclareça aos alunos que, em
uma pesquisa experimental, o pes-
quisador pode intervir no ambiente
investigado, alterando-o e anali-
sando se sua intervenção produziu
resultados que apoiam ou refutam
suas hipóteses iniciais.
• Pergunte aos alunos se toda pes-
quisa científica necessita de experi-
mentação. Espera-se que eles per-
cebam que não. Explique-lhes que
existem algumas pesquisas científicas
em que o pesquisador não intervém
no ambiente pesquisado, mas o ob-
serva, analisa, registra e relaciona
os fatos. Para exemplificar, peça aos
alunos que elaborem uma pesquisa
com o objetivo de determinar os
motivos que levaram os professores
da escola a escolher a carreira do-
cente. Para isso, oriente-os a elaborar
um questionário a fim de entrevistar
seus professores sobre a escolha de
sua profissão. Sugira questões como:
a ) Por que se tornou professor?
b ) Você sempre gostou de ensinar?
c ) Por que escolheu a matéria que
leciona?
d ) O que o motiva a continuar mi-
nistrando aulas?
• Peça aos alunos que registrem os
resultados na forma textual ou por
meio de tabelas ou gráficos.
• Oriente-os a analisar as respos-
tas e a elaborar um texto que tente
responder seu problema de pesqui-
sa (a escolha da carreira docente).
• Solicite aos alunos que apresen-
tem seus resultados e conclusões e
que conversem sobre as diferenças
e semelhanças em suas análises.
Averigue se eles concluem que não
foi necessário utilizar a experimen-
tação, mas que se trata de uma
pesquisa científica.
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Representação de pessoa analisando os
resultados do teste de hipóteses ao evidenciar
que não há falta de energia elétrica.
Retrato de Galileu Galilei, de Justus Sustermans.
Óleo sobre tela, 86,7 cm × 68,6 cm , entre 1636 e 1640.
Com base nessa análise, ideias e conceitos podem ser estabelecidos ou novas hipó-
teses podem ser propostas. Nesse caso, novos testes possivelmente serão realizados.
A sequência de etapas descrita é uma maneira de construção do conhecimento cientí-
fico. No entanto, há outras maneiras e métodos para realizar uma investigação científica.
Alguns estudiosos, como o italiano Galileu Galilei (1564-1642),
não se baseavam apenas em observações, mas também na
experimentação e em representações matemáticas.
Com base nesse método, Galileu descreveu o movimento
de queda dos corpos e a composição de movimentos. Esses
estudos fundamentaram trabalhos posteriores, como os do in-
glês Isaac Newton (1643-1727), para explicar as causas de mo-
vimentos terrestres e celestes.
Com base em observação e experimentação, os pesquisadores verificam os fatos
científicos, ou seja, fazem constatações. Nesse contexto, é importante ressaltar que
o método científico é uma construção humana e, portanto, não é isento de falhas e
influências, como sociais e econômicas. Ou seja, os resultados podem ser questiona-
dos e, eventualmente, refutados.
Leis e teorias científicas
Possivelmente, você já deve ter ouvido falar em leis e teorias científicas. Afinal,
qual é a diferença entre elas?
Em geral, os cientistas procuram analisar várias situações a fim de verificar em
quais delas os fatos se repetem. Por exemplo, no caso do televisor, além de verificar
a tomada, a pessoa também analisou se não havia falta de energia elétrica. Outra
possibilidade seria avaliar outros televisores do mesmo modelo, comparando o fun-
cionamento deles, para ver se a falha de funcionamento também ocorria com os
demais aparelhos.
Análise: nesta etapa, os resultados do teste de
hipóteses são analisados e as hipóteses são revistas,
,a fim de verificar se elas se confirmaram ou não.
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• Enfatize aos alunos que o co-
nhecimento científico é baseado
em evidências que podem ser des-
cobertas e analisadas ao longo do
tempo. Um exemplo disso é tudo
o que sabemos atualmente sobre
a sífilis, conhecida desde o sécu-
loXV. Apesar de sua importância,
parte da estrutura e do metabo-
lismo da bactéria causadora dessa
doença só foi identificada recen-
temente, graças aos avanços da
ciência e da tecnologia. Portanto, o
conhecimento sobre essa doença
veio aumentando até os dias de ho-
je e, no futuro, mais informações a
respeito dela podem ser desco-
bertas. Dessa forma, esse exemplo
permite mostrar aos alunos que a
ciência, como construção humana,
encontra-se em constante desen-
volvimento – principalmente nos
momentos de surgimento de no-
vas tecnologias e métodos de pes-
quisa. Essa abordagem contribui
para o desenvolvimento da Com-
petência específica de Ciências
da Natureza1 da BNCC. Ressalte
que a ciência não trabalha em ci-
ma de verdades absolutas, mas
de fatos e evidências, que podem
ser testados por meio de métodos
científicos controlados.
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Com base nas análises dos fatos, os cientistas podem propor uma explicação para
os fenômenos. Quando essas explicações se concretizam e apresentam regularidade,
são denominadas leis científicas.
Os estudos de Newton, por
exemplo, reafirmaram o conceito
de inércia, proposto anteriormente
por Galileu. Isso resultou em uma
das três leis do movimento de
Newton, a chamada Lei da Inércia.
Em nosso dia a dia, dizer que
algo é uma teoria significa que é
algo especulativo. Já em Ciências
da Natureza, teoria é o conjunto
de conhecimentos utilizados na in-
vestigação de determinada área do
conhecimento.
Imagem de Isaac Newton publicada
em uma enciclopédia, em 1962.
Uma teoria científica inclui hipóteses, leis, evidências, princípios e conceitos que
permitem explicar os fatos e até mesmo prevê-los. Dessa maneira, a teoria científica
é uma explicação com embasamento científico, exaustivamente testada, apoiada por
diversos testes e aceita pela maior parte dos pesquisadores.
A teoria celular afirma que todo ser vivo é composto por uma ou mais
células. Considerando-a, se disserem a você que foi observado um ser vivo ainda
não estudado no fundo de um oceano, como você espera que ele seja constituído?
Justifique sua resposta.
O conhecimento científico é dinâmico, ou seja, uma teoria científica não é uma
verdade absoluta. Caso sejam encontrados fatos que contradigam uma determinada
teoria, ela pode e deve ser questionada. No caso do ser vivo encontrado no fundo
do oceano, se ele apresentar todas as características de um ser vivo, exceto a de ser
composto de células, a teoria celular poderia ser questionada e, caso refutada, uma
nova teoria que contemple esse novo fato poderia ser elaborada.
A origem do Universo
Como você estudou anteriormente, o ser humano questiona e investiga aquilo que
está ao seu redor, inclusive o Universo e sua origem. Esse é um tema que desperta
a curiosidade do ser humano há muito tempo. Por isso, vários povos criaram explica-
ções sobre a origem e a evolução do Universo. Essas explicações são elaboradas com
base nas crenças e conhecimentos desses povos, por exemplo.
Questão 4.
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Questão 4. Resposta: Espera-se que os alunos
respondam que tal ser vivo é composto por célula(s).
Isso é possível prever porque, de acordo com a
teoria celular, aceita atualmente, todo ser vivo é
formado por uma ou mais células.
21
• Ao abordar as três Leis de
Newton, especificamente a Lei da
Inércia, caso considere pertinente e
necessário, retome com os alunos
o conceito de inércia e a definição
da Primeira Lei de Newton. Este
conteúdo é trabalhado no 7ºano.
• Quando disser que o conheci-
mento científico é dinâmico, men-
cione aos alunos algumas teorias
do passado que já foram refutadas,
como a teoria da Terra plana, do
geocentrismo, do átomo indivisível,
da geração espontânea etc.
• Caso os alunos apresentem di-
ficuldade para responder à ques-
tão4, informe-os de que o enun-
ciado desta questão não apresen-
tou nenhuma característica do ser
observado, tratando-se apenas de
um ser vivo, portanto devemos nos
basear apenas nessa informação e
na teoria celular.
• Leia o texto a seguir, sobre como
a explicação dos fenômenos natu-
rais em diversas culturas pode estar
relacionada às crenças de cada po-
pulação.
A observação do céu sempre
esteve na base do conhecimento
de todas as sociedades do passa-
do, submetidas em conjunto ao
desdobramento cíclico de fenô-
menos como o dia e a noite, as fa-
ses da Lua e as estações do ano.
Os indígenas há muito percebe-
ram que as atividades de caça,
pesca, coleta e lavoura estão
sujeitas a flutuações sazonais e
procuraram desvendar os fasci-
nantes mecanismos que regem
esses processos cósmicos, para
utilizá-los em favor da sobrevi-
vência da comunidade.
Diferentes entre si, os grupos
indígenas tiveram em comum a
necessidade de sistematizar o
acesso a um rico e variado ecos-
sistema de que sempre se consi-
deraram parte. Mas não bastava
Um texto a mais
saber onde e como obter alimentos. Era preciso
definir também a época apropriada para cada
uma das atividades de subsistência. Esse ca-
lendário era obtido pela leitura do céu. Há re-
gistros escritos sobre sua ligação com os astros
desde a chegada dos europeus ao Brasil, mas é
possível que se utilizassem desse conhecimen-
to desde que deixaram de ser nômades.
[…]
A astronomia envolveu todos os aspectos
da cultura indígena. O caráter prático dos seus
conhecimentos pode ser reconhecido na orga-
nização social e em condutas cotidianas que
eram orientadas por rituais cujas datas eram
definidas pela posição dos astros.
[…]
AFONSO, Germano. Mitos e estações no céu tupi-guarani.
Scientific American Brasil. Disponível em: https://www.mat.uc.pt/
mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
https://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf
https://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf
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Leia a seguir uma lenda contada pelos indígenas falantes da língua nheengatu sobre
a origem do mundo.
No princípio, contam, havia só água, céu.
Tudo era vazio, tudo noite grande.
Um dia, contam, Tupana desceu de cima no meio de vento grande, quando
já queria encostar na água saiu do fundo uma terra pequena, pisou nela.
Nesse momento Sol apareceu no tronco do céu, Tupana olhou para ele.
Quando Sol chegou no meio do céu seu calor rachou a pele de Tupana, a pele
de Tupana começou logo a escorregar pelas pernas dele abaixo. Quando Sol
ia desaparecer para o outro lado do céu
a pele de Tupana caiu do corpo dele, es-
tendeu-se por cima da água para já ficar
terra grande.
No outro Sol [no dia seguinte] já havia
terra, ainda não havia gente.
Quando Sol chegou no meio do céu
Tupana pegou em uma mão cheia de
terra, amassou-a bem, depois fez uma
figura de gente, soprou-lhe no nariz,
deixou no chão. Essa figura de gente
começou a engatinhar, não comia, não
chorava, rolava à toa pelo chão. Ela foi
crescendo, ficou grande como Tupana,
ainda não sabia falar.
Tupana, ao vê-lo já grande, soprou
fumaça dentro da boca dele, então co-
meçou já querendo falar. No outro dia
Tupana soprou também na boca dele,
então, contam, ele falou. […]
MARTINS, Roberto de Andrade. O universo: teorias sobre
sua origem e evolução. 2. ed. São Paulo:
Livraria da Física, 2012. p. 5-6.
Não é só a Ciência que busca ex-
plicar e compreender o que nos ro-
deia. Diferentes povos, influenciados
por crenças
,e tradições, também ela-
boram as próprias explicações para
a origem do Universo e para outros
fenômenos naturais.
Representação de Tupana modelando
a massa da Terra.
O respeito está relacionado ao agir de maneira
correta com o próximo, compreendendo e respeitando
as diferentes tradições, crenças, pensamentos, direitos
e sentimentos. Ao respeitar as diferenças, somos
capazes de compreender e acolher direitos, crenças e
tradições diferentes dos nossos. É importante respeitar
as crenças e culturas de cada povo.
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De acordo com a lenda, como o Universo se formou?Questão 5.
Questão 5. Resposta nas orientações ao professor.
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• Comente com os alunos que a
língua nheengatu pertence à família
linguística tupi-guarani. Esse idioma
permaneceu na comunicação co-
tidiana de colonizadores, pessoas
escravizadas, colonos e indígenas,
até que foi proibida pela Coroa
portuguesa no séculoXVIII. Por
um período de 200anos, essa
língua foi a mais falada no Brasil.
Atualmente, o nheengatu ainda é
falado na região do Amazonas.
• O estudo da lenda desta página
permite a abordagem da habilidade
EF09CI15 da BNCC, pois discute
diferentes leituras sobre o céu em
culturas distintas, além de contri-
buir para o desenvolvimento do
tema contemporâneo transversal
Diversidade cultural e Educação
para valorização do multicultu-
ralismo nas matrizes históricas
culturais brasileiras.
• A questão5 explora a interpreta-
ção da lenda indígena apresentada.
Peça aos alunos que compartilhem
o que entenderam sobre ela. Caso
eles tenham dificuldade para loca-
lizar as informações sobre a for-
mação do Universo, peça-lhes que
leiam novamente, buscando iden-
tificar os trechos que mencionam
componentes do ambiente.
Questão 5. Espera-se que os alu-
nos respondam que, de acordo
com a lenda, o Universo se formou
quando Tupana desceu no meio de
uma grande ventania e, ao encos-
tar na água, surgiu uma pequena
porção de terra na qual ela pisou.
Posteriormente, o Sol apareceu e
derreteu a pele de Tupana, que se
estendeu por cima da água e for-
mou uma grande porção de terra.
Resposta
• Ressalte aos alunos que os pen-
samentos e as tradições dos dife-
rentes povos devem ser respeita-
dos, pois eles representam parte
da cultura de cada uma dessas
civilizações.
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A ciência busca analisar fatos e, com base neles, propor explicações para os fenô-
menos. Apesar disso, ela não é isenta de influências da época em que ocorre. Por isso,
ao longo do tempo, foram propostas diferentes teorias científicas sobre o Universo,
sua formação e evolução. A seguir, estudaremos a teoria científica mais aceita atual-
mente para explicar a origem e a evolução do Universo.
Teoria do Big Bang
O Universo é composto, por exemplo, por galáxias, estrelas, planetas, satélites
naturais, poeira, gases, pelo espaço entre os astros, pela energia e por tudo o que é
composto por matéria, que, por sua vez, é composta por átomos.
Para compreender a origem do Universo, os cientistas estudam não apenas os as-
tros, mas também os elementos químicos e as interações da matéria. Com base em
observações e estudos como esses, foi proposta a teoria do Big Bang. Analise a seguir.
De acordo com a teoria do Big Bang, inicialmente, toda matéria e energia se encontravam
em um estado infinitamente denso. Por volta de 14 bilhões de anos atrás, iniciou-se uma
rápida expansão, caracterizando o Big Bang. Após esse evento, a matéria começou a se
organizar, dando origem a tudo o que existe no Universo. Aliás, de acordo com essa
teoria, o Universo continua se expandindo.
Representação da
evolução do Universo
de acordo com a
teoria do Big Bang.
Nessa imagem, o lado
esquerdo representa o
instante do Big Bang, há
aproximadamente
14 bilhões de anos, e o
lado direito da imagem
corresponde à atualidade.
Representação com
elementos não proporcionais
entre si. Cores-fantasia.
Fonte de pesquisa: O UNIVERSO como um todo. Cosmologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/univ/#MAP. Acesso em: 28 mar. 2022.
Para o meio científico, os principais fatos que o Big Bang tenta explicar são a expan-
são do Universo, a origem dos elementos químicos e a radiação cósmica de fundo.
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• Depois de trabalhar a represen-
tação da evolução do Universo
segundo a teoria do Big Bang, dis-
tribua cartolina e tintas guache aos
alunos e peça-lhes que elaborem
uma pintura sobre a origem do
Universo com base nessa teoria.
Solicite a eles que produzam uma
sequência cronológica do que teria
acontecido até que a Terra fosse
finalmente formada. Trata-se de
uma maneira de exercitar o senso
estético e a criatividade dos alunos,
o que permite uma relação com a
Competência geral3 da BNCC.
Atividade a mais
• Informe aos alunos que existe
outra teoria de origem do Univer-
so chamada Big Bounce, segundo a
qual ele teria se originado após o
colapso de um Universo anterior.
Ela defende que a expansão do Uni-
verso acontece há mais tempo do
que o previsto pelo Big Bang e con-
tinua ocorrendo. Porém, enfatize
que, ainda hoje, a teoria mais aceita
é a do Big Bang.
• Esta abordagem permite mostrar
aos alunos que a ciência se encon-
tra em contínuo desenvolvimento,
contribuindo para o trabalho com a
Competência geral1 da BNCC. Ex-
plique-lhes que uma nova teoria po-
de se incorporar a uma teoria an-
terior ou refutá-la completamente.
• Se necessário, retome o conceito
de densidade com os alunos, re-
lembrando que ela é a razão entre
a massa e o volume de um corpo.
http://astro.if.ufrgs.br/univ/#MAP
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Ao observar o Universo e investigar as distâncias das galáxias em relação à Terra,
os astrônomos estadunidenses Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-
-1972) constataram que elas estão se afastando umas das outras e da Terra. Isso
sugere que o Universo está em expansão. Supõe-se que ela ocorra em relação ao
estado inicial infinitamente denso, do qual teria ocorrido o Big Bang.
Para compreendermos o que é a
radiação cósmica de fundo, vamos
conhecer um pouco da história de
sua descoberta.
Em 1964, o astrofísico alemão Arno
Allan Penzias (1933-) e o astrônomo es-
tadunidense Robert Woodrow Wilson
(1936-) perceberam chiados em seus
estudos com ondas de rádio. Eles ten-
taram eliminá-los, reposicionando a
antena que utilizavam ou retirando
possíveis interferências. Porém, não
obti veram sucesso. Após vários testes,
eles perceberam que sempre existia
uma pequena interferência com o
mesmo comprimento de onda.
Na mesma época, o astrofísico estadunidense Robert Henry Dicke (1916-1997), o
astrofísico canadense Phillip James Edwin Peebles (1935-) e o astrofísico britânico David
Todd Wilkinson (1935-2002) chegaram à conclusão de que os ruídos percebidos por
Penzias e Wilson eram, na verdade, a radiação cósmica de fundo.
Atualmente, sabe-se que o Universo está
em expansão acelerada. Uma das cientistas
que realiza estudos para tentar descobrir
por que isso está acontecendo é a astrofísica
brasileira Marcelle Soares-Santos (1983-). Ela é
uma das líderes do projeto Dark Energy Survey
(em português, Levantamento sobre Energia
Escura), que usa dados de observações de
galáxias e estrelas distantes para tentar com-
preender a expansão acelerada do Universo.
Marcelle também participou da construção
de equipamentos desse projeto, como a câ-
mera do telescópio utilizado nesses estudos.
Arno A. Penzias (à esquerda) e Robert W. Wilson
(à direita), em 1978. Nessa imagem, eles estão em
frente à antena com a qual detectaram a radiação
cósmica de fundo.
Câmera
,Após os objetivos do capítulo, são contempladas as justi-
ficativas dos principais objetivos propostos, abrangendo
a pertinência deles para a formação dos alunos e relacio-
nando-os às habilidades da BNCC.
Justificativas
Apresenta textos complementares para auxiliar o traba-
lho com o assunto da página ou para contribuir com a
formação do professor. O trabalho com esse recurso
também tem o intuito de proporcionar ao professor a
possibilidade de conduzir o conteúdo de maneira alter-
nativa e/ou ampliar os próprios conhecimentos sobre o
tema abordado.
Um texto a mais
Apresenta sugestões de atividades complementares pa-
ra o professor trabalhar com os alunos. Podem ser pro-
postas de atividades envolvendo o trabalho com filmes,
músicas, livros, sites, visitas a espaços não formais, além
de dinâmicas individuais ou em grupo que proporcionem
aos alunos o exercício do convívio em sociedade, o re-
conhecimento e respeito às diferenças, a discussão, o
combate a qualquer tipo de violência, sem contar que
promove a saúde mental e trabalha de maneira interdisci-
plinar com os componentes curriculares.
Atividade a mais
Indica momentos e estratégias para auxiliar o professor
no processo de avaliação da aprendizagem dos alunos.
Tais propostas são condizentes com as características
desta obra e têm intuito tanto de preparar a turma para
exames quanto de verificar o andamento dos alunos em
contexto formativo. As informações obtidas pelo profes-
sor por meio deste boxe contribuem para que ele reava-
lie seu planejamento e o modifique, se necessário.
Sugestão de avaliação
Apresenta sugestões de livros, filmes, vídeos e sites que
contribuem para a formação do professor.
Algo a mais
VIII
Destaca as competências socioemocionais trabalhadas
na página, evidenciando suas relações com os conteúdos
trabalhados e como elas podem ser desenvolvidas no dia
a dia do aluno.
Comentários sobre as
competências socioemocionais
Apresenta os objetivos metodológicos do trabalho com
os projetos e as orientações relacionadas ao desenvol-
vimento e divulgação dessas atividades, destacando as
relações interdisciplinares envolvidas, assim como as ha-
bilidades e competências da BNCC desenvolvidas. Além
disso, esses comentários apresentam ao professor as res-
postas das questões e sugestões relacionadas ao envolvi-
mento da comunidade escolar e extraescolar.
Comentários da seção Projeto em ação
além da capacidade de argumentar e inferir o conteúdo,
aspectos essenciais na formação de cidadãos críticos e
atuantes na sociedade.
Em atividades que envolvem o trabalho com gêneros tex-
tuais, o professor encontra orientações sobre como levar
os alunos a desenvolver a leitura inferencial e a prática de
argumentação.
A fim de valorizar e incentivar a autonomia docente, os
comentários das orientações ao professor contam com
diferentes maneiras de abordar determinados conteúdos
ao iniciar uma aula, com destaque a contextualizações e
situações-problema. Essa estratégia, além de aumentar o
interesse dos alunos, contribui para aproximar os conteú-
dos trabalhados ao cotidiano deles. Além disso, sempre
que necessário, o professor é orientado a providenciar
materiais, recursos ou a reservar locais ou equipamentos
antes de iniciar determinadas atividades.
Em atividades práticas, que envolvem o manuseio de di-
ferentes materiais e ferramentas ou a visita a locais fora
da escola, o professor conta ainda com orientações es-
pecíficas acerca dos cuidados que devem ser tomados a
fim de manter a integridade de todos os envolvidos no
processo educacional.
A respeito do trabalho com o pensamento computacio-
nal há comentários referentes a atividades e abordagens
que o favorecem, além de orientações de como o profes-
sor pode desenvolver esse trabalho.
Em atividades e abordagens que possibilitam uma articu-
lação com outros componentes curriculares, os comentá-
rios das orientações ao professor explicitam essas articu-
lações e abordam sugestões de diferentes estratégias para
obter o melhor proveito dessas articulações, em conjunto
com os professores dos outros componentes envolvidos.
Além das orientações e dos comentários apresentados
nos boxes indicados anteriormente, nas orientações
ao professor são organizados os tópicos em que cons-
tam comentários, curiosidades, sugestões e informações
complementares para o trabalho com as páginas de teo-
ria, atividades e seções.
Nesses comentários, sempre que possível, são eviden-
ciados os códigos das habilidades e das competências
gerais e específicas, além dos temas contemporâneos
transversais da BNCC que foram trabalhados na página,
destacando as relações entre esses itens e o desenvolvi-
mento dos conteúdos. Além disso, nesses comentários
são expostas orientações claras sobre como trabalhar a
empatia e a cooperação, desenvolver o pensamento críti-
co, o pluralismo de ideias, a análise criativa e propositiva,
Outras orientações específicas ao professor
Fundamentação e orientações gerais
A BNCC e os Anos Finais do
Ensino Fundamental
Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), no ano de 1996, ampliaram-se as dis-
cussões sobre a criação de um documento que nor-
matizasse os processos de ensino-aprendizagem no
Brasil e norteasse os currículos da Educação Básica.
Desde então, alguns documentos-referências
foram criados com esse propósito, contribuindo
para promover uma educação voltada à formação
cidadã e valorizar a diversidade étnica e cultural de
nosso país. As leis número 10.639/2003 e número
11.645/2008, por exemplo, instituíram a obrigatorie-
dade do ensino de História e cultura afro-brasileira
e indígena nos currículos escolares.
Do mesmo modo, no ano de 2013, foram publi-
cadas as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais pa-
ra a Educação Básica, com o objetivo de garantir a
diversidade nos projetos políticos pedagógicos das
escolas, por meio de sistemas educacionais inclu-
sivos que contemplassem a educação escolar no
IX
campo, a educação ambiental, a educação especial,
a educação escolar indígena e quilombola, a educa-
ção para as relações étnico-raciais e a educação em
direitos humanos. De acordo com o documento:
Um dos desafios posto pela contempo-
raneidade às políticas educacionais é o de
garantir, contextualizadamente, o direito
humano universal, social inalienável à edu-
cação. O direito universal deve ser analisa-
do isoladamente em estreita relação com
outros direitos, especialmente, dos direitos
civis e políticos e dos direitos de caráter
subjetivo, sobre os quais a educação incide
decisivamente.
[...]
CRAVEIRO, Clélia B. A.; MEDEIROS, Simone (org.). Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica: diversidade e
inclusão. Brasília: MEC, 2013. p. 7.
Com vistas a dar continuidade a essas políticas e
estabelecê-las em um documento norteador para a
Educação Básica de todo o país, em 2017, foi hom*o-
logada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamen-
tal, e em 2018 a BNCC para o Ensino Médio, com-
pletando o conjunto. As aprendizagens essenciais
definidas na BNCC dizem respeito a habilidades e
competências que se espera que os alunos desen-
volvam ao longo dos anos escolares. Porém, elas
não determinam o currículo que toda instituição de
ensino deve seguir, uma vez que, em razão da gran-
de diversidade sociocultural do Brasil, cada realida-
de demanda um currículo específico.
No caso dos Anos Finais do Ensino Fundamental,
a BNCC propõe que os componentes curriculares
retomem e ressignifiquem as aprendizagens dos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com o intuito
de aprofundar e ampliar o repertório dos alunos, o
que deve ocorrer por meio do fortalecimento da
autonomia desses adolescentes para que possam
interagir de maneira crítica com diferentes tipos de
conhecimento e de informação.
Nesse sentido, esta coleção está organizada
considerando as unidades temáticas, os objetos de
conhecimento e as habilidades
,do telescópio utilizado pelo
projeto Dark Energy Survey.
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• O breve histórico sobre a des-
coberta da radiação cósmica de
fundo é uma oportunidade de tra-
balhar noções de práticas de pes-
quisa. Peça que os alunos realizem
uma pesquisa sobre os fatos e des-
cobertas que levaram ao desenvol-
vimento da teoria do Big Bang. Des-
sa maneira, eles terão contato com
elementos da História das Ciências
e compreenderão as Ciências da
Natureza como empreendimento
humano e construído historicamen-
te, desenvolvendo a Competência
geral 1 e a Competência específi-
ca de Ciências da Natureza 1 da
BNCC.
• Comente com os alunos sobre
Marcelle Soares-Santos, que é as-
trofísica e professora na Universida-
de Brandeis, em Boston. Diga-lhes
que ela foi premiada com uma bol-
sa da Fundação Alfred P. Sloan para
realizar suas pesquisas. Esse é um
reconhecimento importante e pro-
missor, pois 47 dos cientistas que
receberam a Bolsa Sloan a partir de
1955 foram laureados com o prê-
mio Nobel.
Marcelle é bacharel em Física pela
Universidade Federal do Espíri-
to Santo (UFES), fez mestrado e
doutorado na área de Astronomia
e Cosmografia pela Universidade
de São Paulo (USP), concluindo o
doutorado em 2010. Suas pesquisas
foram sobre ondas gravitacionais e
aglomerados de galáxias.
Mais informações sobre Marcelle
Soares-Santos podem ser obtidas
no link indicado a seguir. Disponível
em: https://museucatavento.org.br/
mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-
santos/FOLDER.pdf. Acesso em: 14
jun. de 2022.
https://museucatavento.org.br/mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-santos/FOLDER.pdf
https://museucatavento.org.br/mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-santos/FOLDER.pdf
https://museucatavento.org.br/mulheres-na-ciencia/marcelle-soares-santos/FOLDER.pdf
A observação do céu noturno é uma atividade realizada por diferentes povos,
como os indígenas brasileiros. Essas observações são realizadas com diferentes
finalidades, como identificação das estações do ano e de condições climáticas.
Essas informações, por sua vez, ajudam a organizar atividades cotidianas, como
pesca, caça, plantio e colheita.
O posicionamento aparente das estrelas que formam uma constelação possibi-
lita identificar algumas figuras. Diversos povos indígenas têm um modo particular
de interpretar essas figuras, identificando itens próprios de sua cultura. Confira a
seguir alguns exemplos da visão dos indígenas Guarani para algumas constelações.
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Astronomia indígena brasileira
Representação da constelação
da Anta do Norte.
Representação da constelação do Cervo.
a ) Em sua opinião, qual é a importância do conhecimento dos povos indígenas
sobre as estrelas e constelações para a sociedade atual?
Representação da constelação
do Homem velho.
Representação da constelação da Ema.
B.A.
C. D.
Dica!
Nessas imagens, as linhas foram inseridas para auxiliar na identificação das figuras aparentes.
Representações com elementos não proporcionais entre si e
sem proporção de distância entre os astros. Cores-fantasia.
Questão a. Resposta nas orientações ao professor.
25
• Se julgar interessante, consulte
o artigo a seguir para identificar
os astros que fazem parte das
constelações observadas pelos in-
dígenas e peça aos alunos que as
localizem no céu utilizando algum
aplicativo de visualização do céu
para auxiliá-los.
AFONSO, Bruno Germano. As Cons-
telações Indígenas Brasileiras. Ob-
servatórios Virtuais. Disponível em:
http://www.telescopiosnaescola.
pro.br/indigenas.pdf. Acesso em:
14 jun. 2022.
Atividade a mais
• O objetivo da questãoa é levar
os alunos a refletir sobre a impor-
tância dos conhecimentos cons-
truídos por esses povos, esses
conhecimentos ajudam a orientar
suas atividades.
Questão a. Espera-se que os alu-
nos respondam que esses conhe-
cimentos são importantes para a
história e para a ciência, pois foram
um dos primeiros povos que ob-
servaram e se utilizaram da obser-
vação das estrelas e constelações
para organizar suas atividades.
Resposta
http://www.telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf
http://www.telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf
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Atividades
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Atividades Faça as atividades
no caderno.
1. Imagine que você esteja com sua família em uma viagem de carro e, de repente,
ele pare de funcionar. Descreva como você poderia resolver essa situação utili-
zando o que aprendeu sobre as etapas da investigação científica.
2. Analise a situação apresentada a seguir.
Carlos acordou cedo para preparar o café da manhã de seu filho João e levá-lo
à escola. Quando foi fazer um sanduíche, ele abriu o saco de pão francês
comprado na padaria há três dias e percebeu que os pães estavam com bolor.
Carlos constatou que os pães ficaram guardados em um saco de papel fechado.
Ele também se lembrou de que nos últimos dias o calor e a chuva tinham sido
intensos. Intrigado com o acontecido, Carlos se questionou sobre a possível
razão de o pão estar com bolor e se a temperatura e a umidade estavam
relacionadas com isso. Para evitar problemas de saúde, ele não permitiu que seu
filho comesse os pães.
a ) Identifique na situação descrita qual é o problema e quais são as possíveis
hipóteses para ele.
b ) Cite outras etapas que podem fazer parte dos métodos científicos, além das
citadas no item a.
c ) Junte-se a um colega e pesquisem sobre o que é uma hipótese, um fato,
uma lei e uma teoria científica. Em seguida, elaborem uma explicação
diferenciando-os.
Escultura de Rá, o deus Sol, em El Giza, Egito.
Imagem capturada em 2018.
3. A imagem a seguir representa o deus egípcio Rá.
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a ) Pesquise sobre a relação do deus egípcio
Rá e a criação do Universo.
b ) Pesquise e cite outra explicação não cien-
tífica sobre a origem do Universo.
c ) Explique, com suas palavras, a teoria do
Big Bang, descrevendo dois fatos atuais
que buscam ser explicados por ela.
3. b) Resposta pessoal. Os alunos poderão citar
a explicação da tradição judaico-cristã, dos povos
indígenas, dos antigos gregos e romanos, dos povos da
Mesopotâmia, dos hindus, entre outros.
2. c) Resposta nas orientações ao professor.
1. Resposta nas orientações ao professor.
2. a) Resposta nas orientações ao professor.
2. b) Resposta nas orientações ao professor.
3. a) Resposta: De acordo com a tradição dos
egípcios antigos, Rá representa o Sol, e, sob seus
raios de luz, surgiu tudo o que existe, como o
Universo, seus astros e a humanidade.
3. c) Resposta nas orientações ao professor.
26
• Na atividade1, se necessário,
identifique previamente alguns
componentes de um veículo. Es-
ta atividade permite empregar o
pensamento computacional em
sua solução, pois os alunos podem
dividir os tipos de problemas pas-
síveis de acontecer, como proble-
mas elétricos, mecânicos e falta de
combustível. No reconhecimento
de padrões, os alunos podem reco-
nhecer os efeitos associados a cada
tipo de problema que impede um
carro de funcionar.
Na atividade2, avalie a possibi-
lidade de utilizar a metodologia
ativa experimentação. Para isso,
obtenha indicações sobre essa es-
tratégia no tópico Metodologias e
estratégias ativas, nas orientações
gerais deste manual.
Metodologias ativas
• O trabalho com a atividade3
tem o objetivo de fazer os alunos
apresentarem o conhecimento que
adquiriram sobre o Big Bang e rela-
cioná-lo a explicações não científi-
cas de outras culturas. Se possível,
estabeleça uma integração com o
componente
,curricular de Histó-
ria, abordando a importância da
mitologia para os egípcios.
1. Os alunos poderão elencar hipó-
teses como falta de combustível;
problemas no motor; a bateria ter
descarregado etc. Os testes de hi-
póteses podem se basear na verifi-
cação do nível de combustível, das
peças do motor, da bateria etc. Por
fim, a análise consistiria em concluir
onde está o problema.
2. a ) Espera-se que os alunos re-
conheçam que o problema é a
presença do bolor no pão. Já as
hipóteses são que a temperatura e
a umidade podem favorecer o de-
senvolvimento do bolor do pão ou
são indiferentes para o seu apare-
cimento.
b ) Os alunos podem citar o teste
das hipóteses por meio de expe-
rimentos e observações a fim de
confirmá-las ou refutá-las.
c ) Os alunos podem citar que hipó-
tese é uma suposição teórica para
um problema. Já o fato científico é uma constata-
ção feita com base na observação de testes ou de
experimentos. Lei científica, por sua vez, é a descri-
ção de fenômenos que têm regularidade. Por fim, a
teoria é o conjunto de conhecimentos utilizados na
investigação de determinada área, abarcando hipó-
teses, evidências, leis, princípios e conceitos.
3. c ) Os alunos podem explicar que a teoria do
Big Bang propõe que toda matéria e energia do
Universo estavam concentradas em um estado
muito denso e se expandiu drasticamente. Duas
evidências que podem ser mencionadas são a ex-
pansão do Universo e a presença da radiação re-
manescente.
Respostas
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A formação do Sistema Solar
Como você estudou anteriormente, após o Big Bang, iniciou-se a formação dos
diferentes componentes do Universo. Entre eles, o Sistema Solar e seus astros.
A formação desse sistema planetário é explicada por meio da chamada hipótese
da nebulosa, que associa essa formação a uma nebulosa. Leia a seguir.
No início, a matéria da qual a nebulo-
sa é composta começou a girar lenta-
mente, devido à força de atração entre
suas partículas, chamada gravidade.
Na imagem, as setas que formam um
círculo em torno da massa central in-
dicam a direção do movimento. Já as
que apontam em direção à nebulosa
indicam a acreção de matéria.
Devido à gravidade, a matéria começou
a deslocar-se para o centro, onde se
acumulou, dando origem ao chamado
protossol. À medida que a matéria foi
se acumulando no centro, o protossol
foi se tornando mais denso e quente.
A maior parte da matéria concentrou-se
no protossol, que, posteriormente, deu
origem ao Sol. O restante da matéria,
como poeira e gás, continuou a girar
ao redor do protossol. Ao colidirem,
essas partículas de poeira formaram
pequenos blocos.
Os planetas rochosos teriam se for-
mado da colisão desses pequenos
blocos que, com o tempo, foram se
agregando. Além disso, devido à gra-
vidade, esses planetas em formação
foram atraindo cada vez mais blocos
pequenos.
Durante a formação dos planetas gaso-
sos, além dos blocos de partículas, eles
teriam atraído parte dos gases, o que
explicaria sua composição gasosa.
1.
2.
3.
4.
5.
Representação da hipótese da nebulosa.
Fonte de pesquisa: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra.
4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 28.
Representação com elementos não proporcionais
entre si e sem proporção de distância entre os astros.
Cores-fantasia.
Acreção: nesse contexto, refere-se ao
processo em que um astro atrai matéria,
acrescentando-a e aumentando sua massa.
1.
2.
3.
4. 5.
protossol
Sol
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Glossário
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• Explique aos alunos que a teoria
apresentada nesta coleção é a mais
aceita atualmente. Mostre a eles
que já existiram outras sobre a ori-
gem do Sistema Solar. As primeiras
teorias sobre o tema foram propos-
tas pelo filósofo francês René Des-
cartes (1596-1650) no séculoXVII,
que defendia a contração iniciada
por uma nebulosa. Essa teoria foi
modificada pelo filósofo prussiano
Immanuel Kant (1724-1804) e pelo
astrônomo e matemático francês
Pierre-Simon Laplace (1749-1827).
Esclareça aos alunos que Kant acre-
ditava que o Sistema Solar poderia
ter se originado da rotação de uma
nuvem de gases (oxigênio, hidro-
gênio, nitrogênio e hélio) e poeira
fina (ferro, ouro e urânio), segun-
do uma teoria conhecida como a
Hipótese nebular (antiga).
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Para o meio científico, o estudo das nebulosas forneceu evidências sobre a forma-
ção do Sol e do Sistema Solar. Durante esses estudos, astrônomos detectaram que
nebulosas são compostas principalmente por hidrogênio (H ) e hélio (He ) , os princi-
pais elementos químicos do Sol. Além disso, elas são constituídas por partículas de
poeira com composição química semelhante àquela que forma os planetas.
A hipótese da nebulosa também consegue explicar satisfatoriamente as caracte-
rísticas dos planetas rochosos e gasosos, que estudaremos com mais detalhes ainda
neste capítulo.
Teoria geocêntrica e teoria heliocêntrica
Gravura do cosmógrafo alemão/holandês
Andreas Cellarius (1596-1665), publicada
no Atlas Harmonia Macrocosmica, entre 1660
e 1661. Nessa imagem, está representado
o sistema geocêntrico, com a Terra
ocupando posição central no sistema.
Gravura de Andreas Cellarius, publicada
no Atlas Harmonia Macrocosmica, em 1708.
Nessa imagem está representado o sistema
heliocêntrico, com o Sol na região central
do sistema e os planetas ao seu redor.
Ao longo do tempo, os seres huma-
nos discutiram e apresentaram teorias
sobre o Sistema Solar e sua organização.
Entre elas, destacam-se a geocêntrica e
a heliocêntrica.
Na teoria geocêntrica, considerou-se
que a Terra estava no centro do Univer-
so e os demais planetas se moviam em
uma órbita circular ao redor dela. As
estrelas estariam posicionadas em torno
dos planetas.
Essa teoria predominou no meio
científico por, aproximadamente, 1500
anos. Ela era defendida por diferentes
estudiosos, como os gregos Aristóteles
(384 a.C.-322 a.C.) e Ptolomeu (90 d.C.-
-168 d.C.).
A teoria heliocêntrica foi publicada
em 1543, no livro do astrônomo polonês
Nicolau Copérnico (1473-1543). Essa te-
oria defendeu a ideia, que também foi
proposta pelo estudioso grego Aristarco
(310 a.C.-230 a.C.) de que o Sol estava
no centro do Sistema Solar. De acordo
com ela, a Terra e os demais planetas
giravam em torno do Sol, em órbitas.
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Professor, professora: Ao finalizar a explicação das teorias geocêntrica e heliocêntrica, comente com
os alunos que, por volta de 1610, Galileu Galilei utilizou uma luneta e observou quatro satélites naturais
de Júpiter. Com isso, ele notou a existência de astros que não giravam ao redor da Terra. Esse fato
reforçou a teoria heliocêntrica e contribuiu para que a teoria geocêntrica perdesse sua credibilidade.
Professor, professora: Os símbolos
dos elementos químicos e as fórmulas
químicas das substâncias serão
apresentadas na primeira
ocorrência, por capítulo.
28
• Explique aos alunos que as teo-
rias heliocêntrica e geocêntrica se
baseavam nos conhecimentos e
nas observações da época em que
foram elaboradas. Assim, os estu-
diosos desse período formularam
suas teorias com base nas percep-
ções da época e em suas crenças,
e, conforme a ciência e a tecnolo-
gia evoluíram, as pesquisas científi-
cas foram aprimoradas e o conhe-
cimento ampliado. Enfatize que
a ciência continua em constante
desenvolvimento. Esta abordagem
contribui para o trabalho com a
Competência específica de Ciên-
cias da Natureza1 da BNCC.
• Comente com os alunos que,
devido ao desenvolvimento de re-
cursos tecnológicos, atualmente,
temos contínuas
,descobertas cien-
tíficas na Astronomia. Um exemplo
disso é a quantidade de mais de
5 mil planetas identificados fora do
Sistema Solar, conhecidos como
exoplanetas.
planeta Terra
país - Brasil
Universo
observável
6.
Sistema Solar
5.
7.
superaglomerado
de galáxias
2.1.
grupo local
de galáxias3.
Via Láctea4.
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Universo e Sistema Solar
Muitas vezes, quando nos perguntam “Qual é o seu endereço?”, nos limitamos a
dizer o nome da rua em que moramos e o número da residência, por exemplo. E se
a pergunta for: “Qual é o seu ‘endereço’ no Universo?”? Para ajudar você a responder
a essa questão, verifique a imagem a seguir.
Em seu caderno, faça um esquema semelhante ao apresentado anteriormente,
representando o seu “endereço” no Universo.
Como você pode perceber no esquema, a Terra é apenas uma ínfima porção de
um Universo imenso. Estudar essa imensidão, seus astros e os fenômenos que se
relacionam a eles é o objetivo da Astronomia. Essa ciência nos permite não apenas
conhecer melhor o Universo e seus astros, como também compreender fenômenos
que observamos na Terra, como as estações do ano, a duração do dia e da noite e
os eclipses.
Questão 6.
Representação da localização de uma residência localizada
no centro do município de Uberlândia, MG, considerando
dimensões astronômicas e locais.
Fonte de pesquisa: OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima O. A escala do Universo.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/escala/escala.htm.
Acesso em: 2 ago. 2022.
Representação com
elementos não proporcionais
entre si e sem proporção
de distância entre os astros.
Cores-fantasia.
estado8. município9. bairro10.
Minas Gerais Uberlândia Centro
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Questão 6. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos façam um esquema que apresente Universo
observável → superaglomerado de galáxias → grupo local de galáxias → Via Láctea → Sistema
Solar → planeta Terra → Brasil → estado → município → bairro. Os alunos também podem
completar com o nome da rua e o número da residência, por exemplo.
29
• Para auxiliar os alunos na ques-
tão6, faça cópias do diagrama a
seguir e distribua para eles, orien-
tando-os a preenchê-lo.
Eu moro na
rua/avenida
Que fica
no bairro
Que se localiza
no município
A qual se localiza
no estado
E que está
inserida no país
O qual faz parte
do continente
Que se localiza
no planeta
Que faz parte
do Sistema
E que faz parte
da galáxia
Com outras
galáxias e astros,
esses elementos
compõem o
A resposta depende
do local em que o
aluno vive.
A resposta depende
do local em que o
aluno vive.
A resposta depende
do local em que o
aluno vive.
A resposta depende
do local em que o
aluno vive.
Brasil.
Americano.
Terra.
Solar.
Via Láctea.
Universo.
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http://astro.if.ufrgs.br/escala/escala.htm
Os estudos de Astronomia envolvem distâncias tão grandes que se torna in-
conveniente utilizar o quilômetro como unidade de medida, por exemplo. Por
isso, os astrônomos desenvolveram uma unidade de medida especial, conhecida
como ano-luz.
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Galáxias
As galáxias são grandes agrupamentos de estrelas que podem apresentar dife-
rentes formatos e tamanhos. Além de estrelas, as galáxias são formadas por outros
astros, poeira e gás.
Estima-se que existam bilhões de galáxias no Universo. Uma delas é a Via Láctea,
onde se encontra o Sistema Solar. Ao observar o céu noturno, da superfície da Terra,
é possível ver parte dessa galáxia, semelhante a uma faixa luminosa esbranquiçada e
com aparência leitosa. Analise as imagens a seguir.
Parte da Via Láctea observada no céu noturno
em Agoudal, Marrocos, em 2021.
Imagem da Via Láctea no espaço, produzida
em computador com base em informações e
estudos sobre essa galáxia.
Imagem da Proxima
Centauri obtida pelo
telescópio Hubble.
Ano-luz
Vácuo: em Astronomia, refere-se a uma região do espaço que não contém matéria.
Essa unidade de medida equivale à distância que a
luz percorre em um ano, no vácuo. Nessa condição, a luz
percorre, aproximadamente, 300 000 quilômetros em um
segundo. Em um ano, esse valor equivale a 9,5 trilhões de
quilômetros.
Depois do Sol, a estrela mais próxima da Terra é a
Proxima Centauri, que se encontra a uma distância apro-
ximada de 4,2 anos-luz da Terra. Assim, a luz captada pela
câmera do telescópio Hubble, para obter a imagem dessa
estrela, foi emitida por ela há, aproximadamente, 4,2 anos.
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Professor, professora: Ao comentar sobre a Via Láctea, explique que esse nome
significa "caminho de leite" devido a sua aparência leitosa.
30
• O conteúdo das páginas29 a41
favorece o desenvolvimento da ha-
bilidade EF09CI14 da BNCC, pois
aborda a composição e a estrutura
do Sistema Solar, bem como sua lo-
calização na galáxia e no Universo.
• Ao abordar o conceito de ano-luz,
apresente aos alunos o site indicado a
seguir. Disponível em: https://www.
ufmg.br/espacodoconhecimento/
adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-
ano-luz/. Acesso em: 23 jul. 2022.
Ele também aborda os conceitos
de minutos-luz e segundos-luz.
Após a leitura pergunte a eles por
que consideram que não é adequa-
do utilizar o sistema de medidas
convencional para distâncias quan-
do pensamos em corpos celestes.
• Informe aos alunos que a Via
Láctea tem diâmetro de aproxi-
madamente 100 000 anos-luz, e
sua espessura tem cerca de 16000
anos-luz.
• Ao trabalhar a imagem da Proxi-
ma Centauri obtida pelo telescó-
pio Hubble, diga aos alunos que
esse telescópio se encontra a uma
distância de aproximadamente
600 km de altura da superfície da
Terra. Considerando a dimensão da
distância em anos-luz, a distância
do Telescópio Hubble até a super-
fície terrestre é quase insignifican-
te. Por isso, considera-se que a luz
captada pelo telescópio foi emitida
há aproximadamente 4,2anos.
https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/
https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/
https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/adaptacoes-de-medidas-o-que-e-o-ano-luz/
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Asteroides, cometas e meteoroides
Possivelmente, você já deve ter ouvido os termos asteroide, cometa e meteoroide.
Afinal, o que são esses corpos celestes e qual é a diferença entre eles?
Os asteroides são corpos celestes rochosos que giram ao redor do Sol e apre-
sentam formatos irregulares, com dimensões que variam em torno de 1000 km de
diâmetro. Já os cometas são corpos celestes menores, em órbita ao redor do Sol,
constituídos principalmente por gelo e poeira.
Cometa Halley em sua última aparição, no dia 12 de março de 1986.
A imagem foi obtida por um telescópio.
O núcleo (1) dos cometas é rochoso e contém materiais congelados e grãos
de material rochoso. Quando se aproximam do Sol, os materiais congelados se
tornam gasosos. Esses gases arrastam os grãos sólidos, formando uma nuvem de
gás e poeira ao redor do núcleo, a chamada cabeleira (2). Além dela, forma-se uma
cauda (3), composta de gás e poeira, que se torna brilhante ao refletir a luz solar.
Essa cauda pode atingir milhões de quilômetros de comprimento.
Cometa Halley: aproximadamente 11 km
de diâmetro quando próximo da Terra.
,Corpos celestes rochosos menores do que os asteroides, ou pedaços de aste-
roides e cometas, são chamados meteoroides. Quando um meteoroide penetra na
atmosfera terrestre, ele é aquecido devido ao atrito com o ar e se torna incandes-
cente, deixando um rastro de luz. Esse fenômeno é chamado meteoro e é conhecido
popularmente como estrela cadente.
Geralmente, os meteoroides são destruídos durante sua passagem pela atmosfera
terrestre. Caso isso não aconteça, os fragmentos que atingem a superfície terrestre
recebem o nome de meteoritos.
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O cometa Halley leva aproximadamente 76 anos para dar uma volta comple-
ta em torno do Sol. Sabendo-se o ano de sua última aparição, quando é esperado que
ele possa ser avistado novamente da superfície da Terra?
Questão 7.
Questão 7. Resposta: O objetivo desta questão é incentivar os
alunos a analisar a situação e os dados apresentados a fim de
formular a resposta. Espera-se que eles citem que a próxima aparição está prevista para o ano de 2062.
Para esse cálculo, devem somar 1986 – ano da última aparição – a 76 – valor do tempo que o cometa
leva para dar uma volta completa em torno do Sol. Auxilie-os, caso necessário.
31
• A penúltima passagem do co-
meta Halley pode ser utilizada pa-
ra articular os conhecimentos do
componente curricular de Ciên-
cias com o componente curricular
de História. Para que os alunos
vivenciem o contexto histórico da
época, acesse com eles algumas
reportagens do jornal O paiz de 17
de maio, 18 de maio e 19 de maio
de 1910. Explique a eles que foi a
penúltima vez que esse cometa foi
avistado no Brasil. Mostre a eles
que os jornais, como outros docu-
mentos históricos, auxiliam-nos a
compreender o contexto dos acon-
tecimentos do passado.
O PAIZ, Rio de Janeiro, nº 9 355,
17 maio 1910. Disponível em:
http://memoria.bn.br/docreader/
DocReader.aspx?bib=178691_04&
pagfis=1810.
Acesso em: 14 jun. 2022.
O PAIZ, Rio de Janeiro, nº 9 356,
18 maio 1910. Disponível em:
http://memoria.bn.br/docreader/
DocReader.aspx?bib=178691_04&p
agfis=1824.
Acesso em: 14 jun. 2022.
O PAIZ, Rio de Janeiro, nº 9 357,
19 maio 1910. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/
DocReader.aspx?bib=178691_04&p
agfis=1836.
Acesso em: 14 jun. 2022.
• Comente que o cometa passou
no dia 18 de maio daquele ano, mas
a notícia repercutiu por dias e as-
sustou parte da população. Mostre
que a ortografia de várias palavras
foi alterada ao longo do tempo,
estabelecendo conexão com o
componente curricular de Língua
Portuguesa. Auxilie os alunos na
busca dos significados das palavras
desconhecidas.
• Questione-os sobre por que a
passagem do cometa assustava a
população, o que as pessoas imagi-
navam que aconteceria.
Atividade a mais
• Peça aos alunos que leiam um texto do
ano de 1986, última vez que o cometa Hal-
ley passou próximo à Terra. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rusp/article/
view/132123/128232. Acesso em: 14 jun. 2022.
• Questione-os sobre como a ampliação de
informações sobre o cometa e os corpos ce-
lestes contribuiu para desmistificar esse fenô-
meno natural.
• Comente com os alunos que o cometa Hal-
ley recebeu esse nome em homenagem ao
seu descobridor, o astrônomo inglês Edmond
Halley (1656-1742). Por meio de cálculos e de
observações dos astros, Halley verificou que
esse cometa apresentava aparições periódi-
cas. O tempo que tal corpo celeste leva para
completar sua órbita em torno do Sol é de
aproximadamente 76anos.
• A questão7 aborda a próxima aparição do
cometa Halley. Verifique se os alunos sabem
que a última passagem foi em 1986, sendo
necessário realizar a soma de 76anos para
descobrir.
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1810
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1810
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1810
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1824
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1824
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1824
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1836
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1836
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=1836
https://www.revistas.usp.br/rusp/article/view/132123/128232
https://www.revistas.usp.br/rusp/article/view/132123/128232
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Sistema Solar
O texto a seguir apresenta informações sobre sondas espaciais. Leia-o.
Projetadas e desenvolvidas pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), as sondas
Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas ao espaço em 1977, com objetivo de conduzir
estudos sobre os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Foi por meio dessas sondas, por exemplo, que o ser humano descobriu vulcanismo
em outro astro do Sistema Solar. Um dos satélites naturais de Júpiter, chamado IO,
tinha vulcões ativos.
Em 2012 e 2018, as duas sondas Voyager entraram no espaço interestelar. Atual-
mente, a bilhões de quilômetros de distância da Terra, ambas possibilitam o estudo
desse espaço pelos cientistas. Glossário
Além das missões espaciais que enviaram as sondas Voyager 1 e 2 ao espaço, inú-
meras outras foram realizadas ao longo dos anos. Elas possibilitaram ao ser humano,
por exemplo, conhecer mais sobre o Sistema Solar e seus astros e, então, propor
sua estrutura e organização. Atualmente, sabe-se que os planetas e outros astros que
compõem tal sistema giram ao redor do Sol em órbita elíptica.
O Sol, por sua vez, concentra 99% da massa presente no Sistema Solar. Isso explica
por que ele exerce uma forte atração gravitacional sobre os demais corpos, como os
planetas, fazendo-os girar ao seu redor.
Representação da estrutura das sondas espaciais Voyager 1 e 2.
Glossário
Sonda espacial: veículo espacial não tripulado, utilizado para o estudo do Universo e seus astros.
N
AS
A
Professor, professora: Ao abordar
o tema sonda espacial, comente com os alunos que as sondas Voyager 1 e 2 são idênticas.
32
• Pesquise com os alunos histó-
rias em quadrinhos que abordem
temas sobre o Universo. A fim de
desenvolver a interpretação de tex-
to, peça a eles que observem as
imagens e tentem descobrir qual
é o assunto tratado na história.
Solicite-lhes que leiam os diálogos
e expliquem o que entenderam da
narrativa. Além de estabelecer uma
conexão com o componente cur-
ricular de Língua Portuguesa no
trabalho com os gêneros textuais,
esta atividade permite o desenvol-
vimento da Competência geral4
da BNCC, pois incentiva a interpre-
tação de diferentes linguagens (vi-
sual e escrita).
• Após a leitura, peça aos alunos
que elaborem uma tira baseada na
história em quadrinhos na qual ex-
plorem as principais ideias aborda-
das no material analisado. Trabalhe
esta atividade em parceria com o
professor do componente curricu-
lar de Língua Portuguesa.
• Ao final, solicite aos alunos que
troquem as tiras entre si, propor-
cionando um intercâmbio de expe-
riências e de ideias.
Atividade a mais
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A seguir, vamos estudar com mais detalhes o Sistema Solar e seus planetas
constituintes.
Representação do Sistema Solar e seus
planetas constituintes.
Representação do planeta Mercúrio.
Fonte de pesquisa: NASA. Planets. Disponível em:
https://solarsystem.nasa.gov/planets/overview/.
Acesso em: 3 maio 2022.
Planetas rochosos
Os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são classificados como planetas
rochosos. Eles se caracterizam por ter superfície com grande quantidade de rochas,
a chamada crosta. Além disso, os planetas rochosos têm poucos ou nenhum satélite
natural
,e são menores e mais densos que os planetas gasosos.
Devido à maior proximidade com o Sol, as órbitas dos planetas rochosos são
menores e, por isso, eles levam menos tempo para dar uma volta completa ao redor
dessa estrela. Conheça a seguir mais informações sobre cada um dos planetas rochosos.
Mercúrio
Localiza-se a, aproximadamente, 58 milhões de km
do Sol e leva cerca de 88 dias terrestres para
dar uma volta completa ao redor dessa estrela.
Esse planeta tem diâmetro de 4,9 mil km e tempe-
ratura média na superfície variando de − 180 ° C
a 430 ° C .
A atmosfera de Mercúrio é quase inexistente.
Ela contém, principalmente, sódio (Na ) e gás hélio,
além de uma pequena quantidade de outros gases.
Representação com elementos não proporcionais entre si
e sem proporção de distância entre os astros. Cores-fantasia.
MercúrioSol
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Vênus
Marte
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Urano
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Representação com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
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• Se julgar interessante, promova
uma peça teatral sobre o Sistema
Solar. Uma referência possível pa-
ra a peça pode ser encontrada no
link indicado a seguir. Disponível
em: http://www.oba.org.br/mural/
pecateatral.htm. Acesso em: 14
jun. 2022. Esta atividade permite
uma conexão com o componente
curricular de Arte e a abordagem
da Competência geral3 da BNCC,
pois encoraja os alunos a fruir algu-
mas manifestações artísticas.
• Verifique com a direção da esco-
la se há um espaço disponível para
a apresentação da peça e um local
para os alunos realizarem os en-
saios. Averigue a possibilidade de
utilizar materiais acessíveis e de bai-
xo custo. Verifique também se é vi-
ável convidar a comunidade escolar
para assistir à apresentação teatral
dos alunos.
• Divida os alunos em grupos, sen-
do um deles responsável pela inter-
pretação, necessitando ensaiar as
falas e os movimentos, e outro pela
confecção de adereços, vestimen-
tas e cenário, além da maquiagem
dos atores.
Atividade a mais
http://www.oba.org.br/mural/pecateatral.htm
http://www.oba.org.br/mural/pecateatral.htm
https://solarsystem.nasa.gov/planets/overview/
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Vênus
Localiza-se a 108 milhões de km do Sol e leva,
aproximadamente, 225 dias terrestres para dar uma
volta ao redor dessa estrela. Vênus tem cerca de
12 mil km de diâmetro, e a temperatura média na
sua superfície é de 470 ° C .
A atmosfera desse planeta é formada, principal-
mente, por dióxido de carbono ( CO 2 ) . Em virtude de
sua atmosfera e da proximidade com o Sol, Vênus é
o planeta mais quente do Sistema Solar. Esse planeta
pode ser visto a olho nu da superfície terrestre e é co-
nhecido como Estrela-d’alva ou Estrela Vespertina. As-
sim como Mercúrio, Vênus não tem satélites naturais.
Representação do planeta Vênus.
Representação do planeta Terra.
Representação do planeta Marte.
Representações com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
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Marte
Localiza-se a, aproximadamente, 228 milhões de km
do Sol e leva cerca de 687 dias terrestres para com-
pletar uma volta ao redor dessa estrela. Marte tem
cerca de 6,8 mil km de diâmetro, e a temperatura
média na sua superfície varia de − 153 ° C a 20 ° C .
Terra
Localiza-se a, aproximadamente, 149,5 milhões
de km do Sol e leva cerca de 365 dias para
completar uma volta ao redor dessa estrela.
A Terra tem cerca de 12,7 mil km de diâmetro, e
a temperatura média na sua superfície varia de
− 88 ° C a 58 ° C .
Quais são os principais gases que compõem a atmosfera da Terra?Questão 8.
Marte apresenta atmosfera rica em dióxido de carbono com pequenas quanti-
dades de outros gases. Além disso, tem dois satélites naturais e é conhecido como
Planeta Vermelho, pois a olho nu é visto da superfície terrestre com uma coloração
avermelhada.
Questão 8. Resposta: O objetivo desta questão é os alunos expressarem seus conhecimentos prévios sobre
o tema. Espera-se que eles citem o gás nitrogênio, o gás oxigênio, o gás carbônico, o vapor de água, entre
outros gases.
34
• Acesse com os alunos o simulador
indicado a seguir. Disponível em:
https://www.solarsystemscope.
com/. Acesso em: 9 jun. 2022. Ne-
le, eles podem clicar nos corpos
celestes e obter informações gerais
sobre a órbita e a estrutura de cada
um deles. Ao clicar nos planetas,
os alunos poderão ver os corpos
presentes nas órbitas, como as lu-
as. Esse simulador permite maior
interatividade com eles, contribuin-
do para a aprendizagem do tema,
além de contemplar a Competên-
cia geral5 da BNCC, pois incentiva
o uso de tecnologias digitais para
acessar informações e conheci-
mentos.
• Relembre os alunos da importân-
cia da atmosfera para a manuten-
ção da temperatura. Averigue se
eles percebem que a composição
química da atmosfera dos plane-
tas interfere em suas temperaturas
médias.
• Ao comentar sobre a tempera-
tura da Terra, apresente aos alunos
a reportagem indicada a seguir.
Disponível em: https://www.unep.
org/pt-br/noticias-e-reportagens/
reportagem/o-aumento-alarmante-
da-temperatura-global. Acesso em:
14 jun. 2022.
• Questione os alunos sobre como as ações hu-
manas têm alterado a temperatura média da Terra.
Trata-se de um momento oportuno para abordar
o tema contemporâneo transversal Educação am-
biental e desenvolver um trabalho com a Compe-
tência geral7 e a Competência específica de Ci-
ências da Natureza5 da BNCC, pois encoraja os
alunos a argumentar e a expor pontos de vista que
promovam a consciência socioambiental.
https://www.solarsystemscope.com/
https://www.solarsystemscope.com/
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global
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Planetas gasosos
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são conhecidos como planetas gasosos. Eles são
os mais distantes do Sol, constituídos principalmente por gases e apresentam muitos
satélites naturais e anéis, compostos por poeira, pequenas rochas e gelo. Conheça a
seguir mais informações sobre esses planetas.
Saturno
Localiza-se a 1,42 bilhão de km do Sol e leva,
aproximadamente, 29 anos terrestres para com-
pletar uma volta ao redor dessa estrela. Tem
120,5 mil km de diâmetro, e a temperatura média
é de − 170 ° C .
Saturno é o segundo maior planeta do Sistema
Solar e o último dos planetas visíveis a olho nu.
Ele ficou conhecido como planeta dos anéis. De
acordo com a Nasa, até o ano de 2018, haviam
sido confirmados 53 satélites naturais na órbita
de Saturno.
A atmosfera desse planeta é composta, prin-
cipalmente, por gases hidrogênio e hélio.
Representação do planeta Júpiter.
Representação do planeta Saturno.
Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.
Júpiter
Localiza-se a, aproximadamente, 778 milhões
de km do Sol e leva cerca de 11,8 anos terrestres
para completar uma volta ao redor dessa estrela.
Tem 142,9 mil km de diâmetro e temperatura
média de − 140 ° C .
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar –
seu diâmetro é cerca de 11 vezes maior que o
da Terra.
De acordo com a Agência Espacial
,Americana (Nasa), até o ano de 2018, haviam
sido identificados 79 satélites naturais de Júpiter. Desses satélites, quatro são chama-
dos luas galileanas, pois foram descobertos em 1610 por Galileu Galilei. São eles: Io,
Europa, Ganimedes e Calisto.
Júpiter é constituído, principalmente, pelos gases hidrogênio ( H 2 ) e hélio. Esse pla-
neta também apresenta três anéis finos, embora eles não sejam facilmente visíveis.
35
• Divida a turma em quatro grupos
e peça a cada equipe que pesqui-
se informações sobre os planetas
gasosos. Sugira os seguintes sites a
eles:
JÚPITER. Centro Ciência Viva do Al-
garve. Disponível em: http://www.
ccvalg.pt/astronomia/sistema_
solar/jupiter.htm. Acesso em: 14
jun. 2022.
HAMILTON, Calvin J. Saturno. As-
tronomia e Astrofísica – UFRGS. Dis-
ponível em: http://astro.if.ufrgs.br/
solar/saturn.htm. Acesso em: 14
jun. 2022.
URANO. Centro Ciência Viva do Al-
garve. Disponível em: http://www.
ccvalg.pt/astronomia/sistema_
solar/urano.htm. Acesso em: 14 jun.
2022.
NEPTUNO. Centro Ciência Viva do
Algarve. Disponível em: https://
ccvalg.pt/astronomia/sistema_
solar/neptuno.htm. Acesso em: 14
jun. 2022.
• Distribua cartolina e lápis de cor
para cada grupo e peça aos alunos
que ilustrem e escrevam as princi-
pais informações sobre o planeta
escolhido. Solicite-lhes, ainda, que
apresentem seus trabalhos aos co-
legas. É importante incentivar o tra-
balho em grupo, a troca de ideias e
a cooperação entre os alunos.
• Questione sobre a estrutura e a
atmosfera de cada planeta e peça-
-lhes que listem as semelhanças e
as diferenças entre cada um eles e
a Terra. Pergunte também se seria
possível haver vida em algum deles.
Espera-se que os alunos concluam
que não, pois, mesmo que hou-
vesse água, ela permaneceria no
estado sólido por causa das baixas
temperaturas em suas atmosferas.
Esta abordagem permite o traba-
lho com a habilidade EF09CI16 da
BNCC, pois incentiva os alunos a
selecionar argumentos sobre a via-
bilidade de vida fora da Terra.
Atividade a mais
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/jupiter.htm
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/jupiter.htm
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/jupiter.htm
http://astro.if.ufrgs.br/solar/saturn.htm
http://astro.if.ufrgs.br/solar/saturn.htm
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm
http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm
https://ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/neptuno.htm
https://ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/neptuno.htm
https://ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/neptuno.htm
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Urano
Localiza-se a, aproximadamente, 2,8 bi-
lhões de km do Sol e leva cerca de 84 anos
terrestres para completar uma volta ao redor
dessa estrela. Tem diâmetro de 51,1 mil km , e
a temperatura média é de − 220 ° C .
Urano é o terceiro maior planeta do Sistema Solar e o que apresenta maior
quantidade de anéis, totalizando 13. De acordo com a Nasa, até 2018, já tinham sido
identificados 27 satélites naturais de Urano.
A atmosfera de Urano é composta, basicamente, pelos gases hidrogênio, hélio e
metano ( CH 4 ) .
Representação
do planeta Urano.
Representação do planeta Netuno.
Netuno
Localiza-se a, aproximadamente, 4,5 bi-
lhões de km do Sol e leva cerca de 165 anos
terrestres para completar uma volta ao
redor dessa estrela. Netuno tem cerca de
49 mil km de diâmetro, e sua temperatura
média é de − 200 ° C .
De acordo com a Nasa, até 2018, já ha-
viam sido identificados seis anéis e confir-
mados 13 satélites naturais de Netuno.
Netuno foi o primeiro planeta a ser
previsto por meio de cálculos matemáticos
e só depois foi observado por telescópios.
Nos planetários podemos observar detalhes do céu noturno e dos astros celestes
por meio de projeções e simulações que ocorrem em uma cúpula. Para saber se há um
planetário perto de você, acesse o site da Associação Brasileira de Planetários e realize uma
pesquisa.
PLANETÁRIOS do Brasil. Associação Brasileira de Planetários. Disponível em:
https://planetarios.org.br/planetarios-do-brasil/. Acesso em: 20 abr. 2022.
Sugestões complementares
A atmosfera desse planeta é composta de hidrogênio, hélio e outros gases.
Representações com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
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• Averigue com a escola a possi-
bilidade de visitar um planetário
próximo. No site da Associação
Brasileira de Planetários, presente
no Livro do Aluno, é possível pes-
quisar planetários fixos ou móveis,
disponíveis em cada estado do Bra-
sil. Se não for viável, peça aos alunos
que utilizem algum aplicativo de vi-
sualização do céu para dispositivos
móveis e localizem os planetas do
Sistema Solar no céu noturno. Com
antecedência, verifique um dia de
boa percepção e quais planetas es-
tarão visíveis no dia e na região de
observação, para instruir os alunos
sobre quais planetas eles devem
localizar e a direção em que deve-
rão olhar. A utilização de tecnolo-
gia nas observações astronômicas
possibilita que os alunos utilizem
ferramentas que fazem parte das
culturas juvenis.
https://planetarios.org.br/planetarios-do-brasil/
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Imagem do Sol, visto do espaço, com destaque às
explosões que ocorrem em sua superfície. Imagem
capturada pela sonda Solar Dynamics Observatory
(SDO), em 2014.
Evolução das estrelas
Analise a imagem e leia o trecho da reportagem a seguir.
O que será do Sol
quando ele morrer?
Restam-lhe 5 bilhões de anos
de vida. Mas o que será de nossa
estrela maior depois disso? [...]
[...]
O Sol está na metade da sua
existência. Seu fim será marcado
pela falta de hidrogênio em seu
núcleo, que provocará um colapso
em seu centro.
Essas reações nucleares fazem
com que o Sol inche em uma gi-
gante vermelha que eventualmen-
te pode engolir Mercúrio e Vênus.
Mas este não é o fim da história.
[...]
O QUE SERÁ do Sol quando ele morrer?
Tilt Uol, 18 jul. 2021. Disponível em: https://www.
uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/07/18/
o-que-sera-do-sol-quando-ele-morrer.htm.
Acesso em: 29 mar. 2022.
De acordo com pesquisas científicas, à medida que o Sol envelhece, ele se
torna mais brilhante e libera maior quantidade de energia luminosa e calor para o Sis-
tema Solar. Considerando esse fato, o que pode acontecer com a vida no planeta Terra
à medida que o Sol envelhece?
Questão 9.
O Sol é uma estrela. As estrelas são corpos luminosos com temperaturas muito
elevadas. Em seu interior ocorrem reações químicas que liberam grande quantidade
de energia, sendo a luz uma das formas dela. A energia gerada no núcleo da estrela
chega à sua superfície e é irradiada para o espaço. É por esse motivo que as estrelas
brilham.
As estrelas podem ser classificadas de acordo com diferentes aspectos, como sua
massa, composição química, brilho, idade, luminosidade, dimensão e temperatura.
A cor de uma estrela, por exemplo, indica a temperatura de sua superfície. Estrelas
que têm temperaturas mais elevadas emitem luz azulada ou branca, enquanto as que
apresentam temperaturas mais baixas emitem luz laranja ou vermelha.
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Questão 9. Resposta nas orientações ao professor.
37
• A questão9 aborda pesquisas
científicas acerca do envelhecimen-
to do Sol. Se necessário, peça aos
alunos que realizem uma pesquisa
sobre o assunto, para que eles pos-
sam apresentar mais detalhes em
suas respostas.
Esses corpos celestes são consti-
tuídos principalmente pelo gás hi-
drogênio, que é transformado em
gás hélio por meio de reações nu-
cleares que também liberam gran-
de quantidade de energia.
,• Explique aos alunos que o Sol
tem uma vida estimada de 10bi-
lhões de anos. Como supõe-se que
o Sistema Solar tenha cerca de 5bi-
lhões de anos, o Sol atingirá seu fim
em 5bilhões de anos. Acredita-se
que, quando isso ocorrer, a superfí-
cie da Terra registrará a temperatu-
ra de 700 ° C , ou seja, haverá passa-
gem da água do estado líquido para
o gasoso.
• Estima-se que o centro desse as-
tro chegará a uma temperatura de
100milhões de graus kelvin. Expli-
que que o Sol se tornará uma es-
trela gigante vermelha com grande
luminosidade e consumirá Mercú-
rio, Vênus, a Terra e parte da órbita
de Marte.
Questão 9. O objetivo desta questão é levar os
alunos a refletir sobre como esse processo de
envelhecimento que está em andamento pode in-
terferir na vida da Terra e, consequentemente, na
própria existência humana, retomando os conhe-
cimentos prévios deles sobre a relação entre a luz
solar e a vida na Terra. Espera-se que os alunos res-
pondam que a vida como conhecemos hoje pode
ser muito prejudicada ou, até mesmo, desapare-
cer, visto que a temperatura média da superfície
da Terra aumentará significativamente, tornando-
-se inadequada às formas de vida. Além disso, a
água de rios, mares e oceanos poderá evaporar
por completo, inviabilizando a existência da quase
totalidade das espécies.
Resposta
https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/07/18/o-que-sera-do-sol-quando-ele-morrer.htm
1.
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Assim como as demais estrelas, o Sol apresenta um ciclo evolutivo, o qual envolve
nascimento, vida e morte. Confira a seguir.
No início do nascimento de uma estrela, a atra-
ção gravitacional faz ocorrer a aglomeração de
uma grande nuvem de gás e poeira existentes
nas galáxias, formando estruturas chamadas
protoestrelas. Essas estruturas apresentam uma
região central densa e uma área de poeira e
gases ao seu redor.
O acúmulo de massa faz a temperatura da
protoestrela aumentar a ponto de iniciar rea-
ções de fusão nuclear do hidrogênio.
Conforme o gás hidrogênio da estrela é con-
sumido, ela realiza fusão nuclear do gás hélio
em seu núcleo. Nessa fase, o núcleo estelar se
contrai e a parte externa se expande, aumen-
tando sua luminosidade e se tornando mais
avermelhada. Essa fase é conhecida como gi-
gante vermelha.
Nas estrelas que têm massa até oito vezes
maior que a do Sol, pode ocorrer a transfor-
mação de gás hélio em carbono (C ) e oxigê-
nio (O ) . Esse processo aumenta ainda mais sua
luminosidade e resulta nas chamadas supergi-
gantes vermelhas.
Após as fases mencionadas anteriormente, a
massa da estrela reduz e a parte externa dela
é lançada para fora, restando apenas o nú-
cleo envolto por gases. Essa fase é conhecida
como nebulosa planetária.
As estrelas que apresentam menor massa,
como o Sol, transformam-se em anãs brancas.
Esse tipo de corpo celeste se caracteriza por
ser denso e formado por carbono e oxigênio.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Representação do ciclo evolutivo de uma
estrela de tamanho semelhante ao do Sol,
desde seu nascimento até sua morte.
Representação com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
Fonte de pesquisa: SARAIVA, Maria de Fátima O.
Etapas evolutivas das estrelas. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/
~fatima/ead/estrelas.htm. Acesso em: 16 mar. 2022.
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• A abordagem dos conteúdos
das páginas37 e38 contribui para
o desenvolvimento da habilidade
EF09CI17 da BNCC, pois eles tra-
tam do ciclo evolutivo de uma es-
trela, incluindo o Sol.
http://www.if.ufrgs.br/~fatima/ead/estrelas.htm
protoestrela
supergigante supernova
estrela
de
nêutrons
estrela
estrela
gigante
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protoestrela
supergigante supernova
buraco
negroestrela
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Representação do ciclo evolutivo de dois grupos de estrelas: as que apresentam massa entre
oito e 25 vezes a massa do Sol (grupo A) e as que apresentam massa superior a 25 massas
solares (grupo B).
Representações com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
O Sol é classificado como uma estrela anã amarela, que tem tamanho e tempera-
tura de uma estrela média. A temperatura média em seu núcleo é de 15 milhões ºC,
enquanto em sua superfície a temperatura média é de 5,5 mil ºC.
A estrela do Sistema Solar se formou há, aproximadamente, 4,6 bilhões de anos, sendo
composta basicamente de hidrogênio e hélio. Atualmente, o Sol se encontra na fase em
que ocorre a fusão nuclear do hidrogênio, representada na etapa 2 do esquema sobre
o ciclo evolutivo estelar, na página anterior. Estudos científicos sobre o Sol indicam que
ele se encontrará na fase de gigante vermelha em aproximadamente 6,5 bilhões de anos.
Se a estrela tiver uma massa inicial maior que oito vezes a massa do Sol, o ciclo
evolutivo é diferente do apresentado anteriormente. Verifique a seguir.
Como você pôde analisar, dependendo da massa inicial da estrela, nas fases finais,
é possível, por exemplo, haver a formação de uma supernova, em vez de uma nebu-
losa planetária. Além disso, dependendo da massa da estrela, a supernova poderá
dar origem a um buraco negro (imagem B) ou a uma estrela de nêutrons.
Fonte de pesquisa: COMINS, Neil F.; KAUFMANN III,
William J. Descobrindo o universo. Tradução: Eduardo Neto
Ferreira. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. p. 424.
Navegando pelo site do Zênite, você encontrará curiosidades, imagens de astros do
Universo e mais informações sobre a Astronomia. Vale a pena conferir.
Zênite. Disponível em: https://www.zenite.nu/. Acesso em: 20 abr. 2022.
Sugestões complementares
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Glossário
Professor, professora: Antes de explorar
a ilustração do ciclo evolutivo estelar,
se achar conveniente, comente com os alunos que o hidrogênio é considerado o combustível da estrela
e que o tempo de esgotamento dele depende da massa inicial da estrela. Além disso, estrelas de menor
tamanho têm maior tempo de vida estável. Isso ocorre porque estrelas de dimensões menores
consomem menos combustível do que as de dimensões maiores.
39
• O conteúdo abordado nesta pá-
gina favorece o desenvolvimento
da habilidade EF09CI17 da BNCC,
pois incentiva os alunos a analisar o
ciclo evolutivo das estrelas.
• Enfatize aos alunos que o ciclo
evolutivo das estrelas depende de
suas massas, ocorrendo, no caso
de estrelas com até oito vezes a
massa do Sol, a formação de uma
nebulosa planetária e, se a massa
inicial for maior, a constituição de
uma supernova, que, posterior-
mente, pode originar um buraco
negro ou uma estrela de nêutrons.
• É relevante reforçar a importân-
cia da tecnologia nas descobertas
astronômicas. Esse assunto permite
a abordagem do tema contempo-
râneo transversal Ciência e tecno-
logia. Explique aos alunos que mui-
tas representações são construídas
com base nos dados de diversos
equipamentos. Algumas informa-
ções captadas por esses instrumen-
tos não são visíveis ao olho do ser
humano.
https://www.zenite.nu/
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A origem do Universo
Registros históricos mostram que diversas civilizações criaram narrativas mi-
tológicas sobre a origem do Universo. Nesses mitos, transmitidos de geração a
geração, seres com poderes sobrenaturais criaram o céu e a Terra, a noite e o
dia, as estrelas e outros astros do Universo.
Em geral, as explicações mitológicas sobre a origem do Universo são bem
diferentes das que consideramos atualmente, com base em
,estudos científicos.
No entanto, elas foram importantes ao longo do tempo, pois levantaram muitas
questões sobre o Universo.
Verifique, a seguir, algumas explicações mitológicas sobre a origem do Universo.
Egito Antigo
Uma explicação do Egito antigo so-
bre a origem do Universo inclui nove
divindades, que surgiram do deus cria-
dor, Atum, e do deus dos oceanos pri-
mordiais, Nun. Atum criou Shu, deusa
do ar, e Tefnut, deus da umidade. Shu
e Tefnut geraram Geb, deus da terra, e
Nut, a deusa dos céus. Os seres huma-
nos vieram das lágrimas de Rá.
Grécia Antiga
Inicialmente existia somente o Caos,
a desordem. Caos gerou Érebo, a es-
curidão profunda, que se casou com
Nix, a noite. Nasceu então Hemera, o
dia. Assim, começou a haver ordem e
se formou Gaia, a Terra. Da união en-
tre Gaia e Tártaro (o mundo subterrâ-
neo) surgiram Urano, o céu, Montes,
as montanhas, e Pontos, o mar.
Diversidade
culturalRepresentações com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
Representação das divindades egípcias
Nun – à esquerda – e Atum – à direita.
Representação de explicação mitológica
grega sobre a origem do Universo. IL
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O tema é ...
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Objetivos
• Conhecer registros históricos de
diferentes civilizações sobre a ori-
gem do Universo.
• Valorizar a diversidade cultural.
• Esta seção permite o trabalho
da Competência geral1 da BNCC,
pois ela mostra que o conhecimen-
to é uma construção histórica e
cultural, e do tema contemporâneo
transversal Diversidade cultural
ao apresentar as explicações de
diferentes povos para a origem do
Universo.
• Questione se, nos dias atuais, os
agricultores e os pescadores ainda
observam os astros nas suas ativi-
dades. Averigue se os alunos reco-
nhecem que alguns profissionais
continuam se baseando nos astros.
Explique que os pescadores ainda
seguem um calendário lunar para
escolherem os melhores períodos
para a pesca. Assim, a astronomia
influencia o dia a dia de muitas pes-
soas e, independentemente das
explicações utilizadas para compre-
ender os fenômenos astronômicos,
elas ainda orientam suas atividades
por meio de suas observações.
• Acesse com os alunos a lenda babilônica
para a origem do Universo indicada a seguir e
peça-lhes que eles realizem sua leitura.
> O MITO babilônico da criação. GHTC. Dis-
poníveis em:
https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag07.html
https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag08.html
https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag09.html
Acessos em: 14 jun. 2022.
• Em seguida, distribua folhas sulfite e lápis de
cor aos alunos. Peça-lhes que façam uma ilus-
tração com base na lenda de criação do Uni-
verso apresentada. Aproveite a oportunidade
para estabelecer uma conexão com o com-
ponente curricular de Arte e a Competên-
cia geral3 da BNCC, encorajando os alunos
a fruir manifestações artísticas. Peça-lhes que
apresentem seus desenhos e expliquem sua
interpretação da lenda. Trata-se de uma opor-
tunidade de trabalhar o tema contemporâneo
transversal Diversidade cultural. É importan-
te conhecer as crenças dos povos antigos so-
bre a origem do Universo, dos astros e dos
seres vivos e valorizar esses conhecimentos.
Atividade a mais
https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag07.html
https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag08.html
https://www.ghtc.usp.br/Universo/pag09.html
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41
Agora, responda às questões a seguir no caderno.
1. Comente sobre a teoria científica e as explicações dos fenômenos naturais
feitas por diferentes povos, comparando-as.
2. Converse com um colega sobre a importância dessas explicações para as
antigas civilizações.
3. Atualmente, a teoria científica mais aceita sobre a origem do Universo é a do
Big Bang. Em sua opinião, ela é definitiva ou poderá mudar com o passar do
tempo? Justifique sua resposta.
China Antiga
No começo havia um ovo e dentro
dele estavam Yin e Yang, a escuridão e a
luz, o feminino e o masculino, o frio e o
calor, o seco e o molhado. Essas forças
opostas quebraram o ovo, e o que era
pesado desceu e formou a terra e o que
era leve flutuou e constituiu o céu.
Índia Antiga
De acordo com a cultura da Índia An-
tiga, o Universo não é criado uma única
vez, mas sim recriado e destruído em
intervalos de tempo específicos. Nessa
cultura, o Universo é representado por
um deus chamado Brahman.
Quando Brahman acorda, o mundo
se cria, e após 8,76 bilhões de anos, ele
dorme e o mundo se desfaz. Trata-se
de um ciclo sem começo específico, em
que o período de um dia para esse deus
equivale a 4 bilhões e 380 milhões de
anos terrestres.
Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.
Representação do deus Brahman,
criador do Universo na mitologia indiana.
Representação de explicação mitológica
chinesa sobre a origem do Universo.
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Questões 1, 2 e 3. Respostas e instruções nas orientações ao professor.
41
• Ao abordar a questão1, se preci-
so, peça aos alunos que retomem
o conteúdo sobre as teorias cientí-
ficas na página20 e analisem se as
lendas têm explicações baseadas
em dados e informações que po-
dem ser averiguadas.
• Caso eles tenham dificuldades
para responder à questão2, per-
gunte-lhes se as lendas têm apenas
o objetivo de explicar as observa-
ções dos fenômenos da natureza
ou se elas faziam parte de suas
crenças.
• Aproveite para acompanhar o
aprendizado dos alunos na ques-
tão3, verificando se eles compre-
endem que uma teoria científica
não é uma verdade absoluta.
Questão 1. Os alunos podem co-
mentar que muitas das explicações
dos fenômenos feitas pelos diferen-
tes povos são narrativas fantásticas
baseadas em crenças e deuses, e
que o conhecimento científico é
baseado em observações e fatos.
Questão 2. Os alunos podem co-
mentar que as explicações feitas
pelos diferentes povos não serviam
apenas para tentar esclarecer os
fenômenos, mas também tinham
utilidades práticas no cotidiano das
pessoas, pois elas acreditavam que
os deuses podiam curar doenças,
animar os indivíduos, trazer fertili-
dade ao solo, entre outras funções.
Questão 3. Espera-se que os alu-
nos reconheçam que a ciência está
em constante construção. Na As-
tronomia e na Física, novos equi-
pamentos podem trazer dados
que reforçarão, complementarão
ou, até mesmo, refutarão as ideias
atuais.
Respostas
• A fim de complementar as questões, faça ou-
tras perguntas aos alunos: “O que eles gostariam
de aprender com pessoas de outra cultura?” e “O
que gostariam de ensinar a elas?”. Assim, pergun-
te a eles sobre a importância de pessoas de dife-
rentes culturas colaborarem entre si na troca de
conhecimentos.
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42
Atividades Faça as atividades
no caderno.
1. Quais são as principais características dos planetas rochosos e dos planetas
gasosos?
2. Se observarmos o céu noturno durante algumas horas seguidas, poderemos no-
tar um movimento aparente das estrelas.
• A luz das estrelas é emitida no momento em que as observamos no céu? Jus-
tifique sua resposta.
3. O Sol é considerado uma estrela média, tanto em seu tamanho como em sua
temperatura. Ele é muito menor que diversas outras estrelas, e seu brilho tam-
bém é menos intenso. Porém, da Terra, percebemos o Sol como a estrela de
maior tamanho e brilho. Por quê?
4. A ilustração a seguir representa a órbita de um cometa ao redor do Sol. Verifique
a cauda dele nas diferentes posições ao redor da estrela.
a ) O que é um cometa?
b ) Por que sua cauda é mais brilhante próxima ao Sol?
Representação da órbita de um cometa ao redor do Sol.
cometa
cauda
Sol
,Fonte de pesquisa:
OLIVEIRA FILHO, Kepler
de Souza; SARAIVA, Maria
de Fátima O. Corpos
menores do Sistema
Solar. Instituto de Física
da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul.
Disponível em:
http://astro.if.ufrgs.br/
comast/comast.htm.
Acesso em: 2 ago. 2022.
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RA Representações
com elementos
não proporcionais
entre si.
Cores-fantasia.
1. Resposta nas orientações ao professor.
2. Resposta nas orientações ao professor.
3. Resposta: Porque o Sol está bem mais próximo da
Terra do que as outras estrelas.
4. a) Resposta: Cometas são corpos celestes constituídos
principalmente por gelo e poeira e orbitam o Sol.
4. b) Resposta nas orientações ao professor.
42
• A atividade 1 tem o objetivo de
relembrar as principais caracterís-
ticas dos planetas rochosos e dos
planetas gasosos. Se necessário,
revise o conteúdo das páginas33
a36 com os alunos.
• Se for preciso auxiliar os alunos
na resposta à atividade2, pergunte-
-lhes se a luz tem velocidade e pe-
ça-lhes que digam o que sabem so-
bre a unidade de medida anos-luz.
• A atividade 3 trata da proximi-
dade do Sol em relação ao planeta
Terra e da sua classificação como
estrela média. Se necessário, realize
uma atividade prática com os alu-
nos para que eles constatem a influ-
ência da distância na percepção do
tamanho de um objeto. Para isso,
disponha um objeto volumoso bas-
tante distante de um objeto menor
para que os alunos percebam que
o objeto volumoso pode parecer
menor devido à distância.
• Caso os alunos tenham dificulda-
des para responder à atividade4,
peça-lhes que relembrem as dife-
renças entre asteroides, cometas e
meteoroides.
1. Espera-se que os alunos comentem que os
planetas rochosos têm superfície com gran-
de quantidade de rochas, poucos ou nenhum
satélite e são menores, porém densos. Por
sua vez, os planetas gasosos, em cuja consti-
tuição prevalecem gases, apresentam muitos
satélites naturais e anéis, além de terem ta-
manhos proporcionalmente maiores quando
comparados aos planetas terrestres.
2. A luz das estrelas que observamos no céu
não corresponde àquela que está sendo emi-
tida naquele momento. Isso porque as estre-
las estão muito distantes da Terra. Em geral,
elas se encontram a anos-luz da Terra, ou se-
ja, a luz foi emitida há muitos anos.
4. b ) Porque, ao passar próximo ao Sol,
a temperatura elevada faz com que maior
quantidade de materiais congelados se torne
gasosa. Os gases arrastam os grãos de poeira,
formando uma nuvem chamada cabeleira ao
redor do núcleo e uma cauda que, ao refletir
a luz solar, torna-se brilhante.
Respostas
http://astro.if.ufrgs.br/comast/comast.htm
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43
Gravura de
Leon Benett
representando
astrônomos
babilônicos
observando
os astros, feita
em 1877.
5. Há muito tempo, o ser humano se interessa pelos astros. Já foram encontrados re-
gistros astronômicos que datam de aproximadamente 7000 anos na China, na Babi-
lônia e no Egito. Com base nesses registros, os pesquisadores acreditam que a ob-
servação dos astros era feita principalmente com a finalidade de explicar aconteci-
mentos do cotidiano, como a cheia de rios e a melhor época para colheita e plantio.
a ) Além da determinação da cheia de rios e melhor época para colheita, por
quais outros motivos os povos da Antiguidade observavam os astros? Faça
uma pesquisa para responder a essa questão.
b ) Você já ouviu falar sobre algum povo que utilizava observações dos astros para
explicar algum acontecimento? Em caso afirmativo, o que você sabe sobre eles?
c ) O conhecimento é influenciado pela cultura. Pensando nisso, você considera
importante haver trocas de conhecimento entre os diferentes povos? Por quê?
d ) Em épocas como a representada na gravura, a comunicação entre diferentes re-
giões e povos, quando possível, era demorada. Atualmente, uma informação po-
de ser compartilhada com um grande número de pessoas em poucos segundos.
Converse com um colega sobre como esse fato pode impactar a produção de
conhecimento atualmente. Depois, compartilhem com a turma suas conclusões.
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5. b) Resposta nas orientações ao professor.
5. c) Resposta nas orientações ao professor.
5. d) Resposta nas orientações ao professor.
5. a) Resposta: Espera-se que
os alunos respondam que,
além de determinar a cheia
de rios e a melhor época para
colheita, os povos utilizavam
a observação dos astros para
marcar o tempo, determinar
a reprodução dos animais,
orientar a época de caça; na
religiosidade, principalmente
na mitologia, em orientações
espaciais, entre outras
aplicações.
43
5. b ) Resposta pessoal. O objetivo
desta questão é que os alunos ex-
ponham seus conhecimentos sobre
a observação dos astros por dife-
rentes povos. Eles podem citar que,
no Egito Antigo, previa-se as cheias
anuais do rio Nilo observando os
astros. Essa informação era impor-
tante para determinar as épocas de
cultivo em suas margens.
c ) Resposta pessoal. Esta questão
visa levar os alunos a refletir sobre
a importância das trocas e colabo-
rações entre os povos e fazê-los re-
conhecer que o próprio desenvol-
vimento técnico-científico e cultural
não se deu de uma maneira isolada,
mas por meio de interações entre
diversos grupos afastados ou não,
contemporâneos ou não.
d ) Resposta pessoal. O objetivo
desta questão é levar os alunos a re-
fletir sobre como o conhecimento
atual é produzido e a importância
de seu compartilhamento. Como
sugestão de resposta, os alunos
Respostas
• A atividade 5 aborda a observa-
ção dos astros que ocorre há mi-
lhares de anos por diferentes civi-
lizações e para várias finalidades,
portanto trata-se de conhecimen-
tos que foram construídos histori-
camente pela humanidade. Esta ati-
vidade permite o trabalho sobre a
produção e a evolução do conheci-
mento científico, contribuindo para
o desenvolvimento da Competên-
cia geral1.
• Ao discutir os itensc ed, apro-
veite para relacioná-los com a pan-
demia da COVID-19 citando que a
colaboração e a troca de conheci-
mento entre vários laboratórios ao
redor do mundo possibilitaram o
desenvolvimento de vacinas em um
tempo menor do que se praticava
até então. Comente também que
isso só foi possível graças a pesqui-
sas anteriores e ao conhecimento
acumulado historicamente.
podem concluir que a partilha de informações e o
rápido acesso de outras pessoas contribuem para
o fortalecimento de determinados conhecimentos,
a reelaboração ou a rejeição de outros e a produ-
ção de novos conhecimentos. Além disso, permite
o acesso deles a tecnologias em diferentes regiões
do planeta e facilita pesquisas nas mais variadas áre-
as, fazendo com que muitos desses trabalhos se-
jam iniciados por meio de diversos conhecimentos
já produzidos.
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44
6. O trecho da reportagem a seguir apresenta um fenômeno astronômico. Leia-o e
em seguida responda às questões.
Os buracos negros se formam de estrelas A (menores/muito maiores) que o Sol,
após o estágio conhecido como B (supernova/gigante vermelha). Eles são regiões
com grande C (massa/luminosidade) e, por isso, produzem campos gravitacio-
nais D (fracos/intensos).
Representação de
um buraco negro
elaborada pela Nasa.
Representação com
elementos não
proporcionais entre si.
Cores-fantasia.
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Chuva de meteoros Lírida tem pico nesta madrugada
Até 18 meteoros por hora poderão ser vistos em céu limpo
[...]
Segundo o Observatório Nacional, até 18 meteoros por hora poderão ser vis-
tos nas condições ideais: céu limpo e local pouco iluminado. [...]
,FRAGA, Fernando. Chuva de meteoros Lírida tem pico nesta madrugada. Agência Brasil, 22 abr. 2022. Disponível
em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/chuva-de-meteoros-lirida-tem-pico-nesta-madrugada.
Acesso em: 27 jul. 2022.
a ) Como os meteoros são popularmente conhecidos? Em sua opinião, por que
eles recebem esse nome?
b ) Explique por que o trecho da reportagem deu a recomendação reproduzida
a seguir.
“[...]
Segundo o Observatório Nacional, até 18 meteoros por hora poderão ser
vistos nas condições ideais: céu limpo e local pouco iluminado. [...]”
7. Analise a imagem e reescreva a frase a seguir no caderno, substituindo as letras
A, B, C e D pelas palavras ou expressões entre parênteses que a completam
corretamente.
6. a) Resposta: Os meteoros são popularmente conhecidos como
estrelas cadentes. Espera-se que os alunos digam que esse fenômeno
6. b) Resposta nas orientações ao professor.
7. Resposta: A – muito maiores; B – supernova; C – massa; D – intensos.
é conhecido por esse termo porque, quando os meteoroides atravessam a atmosfera terrestre, eles
se tornam incandescentes e deixam um rastro de luz no céu, ou seja, parece que o céu é “cortado”
por estrelas.
44
• Na atividade6, se for necessário
auxiliar os alunos na resposta aos
itens, lembre-os de que os mete-
oros parecem estrelas caindo do
céu. Com relação à luminosidade
durante a observação do céu, per-
gunte se eles já observaram o céu
longe da área urbana.
Se julgar oportuno, acesse a maté-
ria completa e leia-a com os alunos.
A utilização de um gênero textual
diferente na abordagem desta ati-
vidade contribui para o desenvolvi-
mento da Competência específica
de Ciências da Natureza6.
• Caso os alunos tenham dificulda-
des para responder à atividade7,
explique-lhes a qual ilustração da
página39 a imagem desta atividade
corresponde. Oriente-os a ler nova-
mente o ciclo evolutivo das estrelas
caso eles não completem a frase
corretamente.
6. b ) Os meteoros são visíveis a
olho nu porque ficam incandescen-
tes, ou seja, emitem luz, e fenô-
menos luminosos são mais visíveis
quando em ambientes escuros.
Assim, as luzes artificiais urbanas da
superfície terrestre podem ofuscar
a luz proveniente dos meteoros
no céu. Aproveite e diga que, para
enxergar os meteoros, é necessá-
rio que o céu não esteja nublado,
pois a presença das nuvens dificulta
a observação deles por alguém na
superfície da Terra. Nesse caso, as
nuvens, que se formam principal-
mente na troposfera, ocultam os
meteoros que atingem as camadas
superiores.
Resposta
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/chuva-de-meteoros-lirida-tem-pico-nesta-madrugada
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45
Transporte do meteorito de Bendegó,
em 1887.
Meteorito de Bendegó armazenado,
durante a recuperação do Museu Nacional
do Rio de Janeiro, em 2020.
8. O maior meteorito encontrado no Brasil foi o Bendegó, em 1784. Ele recebeu
esse nome porque foi descoberto próximo ao riacho Bendegó, no interior da
Bahia. Com massa de 5,6 toneladas e com 2, 2 m de comprimento, seu choque
com o solo deu origem a uma pequena cratera. Pesquisadores acreditam que ele
tenha 1 bilhão de anos, mas a data em que chegou à Terra continua desconhecida.
Depois de muito esforço, ele foi transportado para o Rio de Janeiro, onde se
encontrava em exposição, no Museu Nacional. Mesmo com o incêndio ocorrido
em 2 de setembro de 2018, que destruiu a maior parte do Museu Nacional do
Rio de Janeiro, o meteorito de Bendegó permaneceu praticamente intacto.
a ) Pesquise qual é a composição do meteorito de Bendegó.
b ) Muitas vezes, as pessoas usam os termos meteoroide, meteoro e meteorito
como sinônimos. No entanto, eles têm significados diferentes. Explique com
suas palavras o que são cada um deles.
c ) Comente com os colegas sobre o que acidentes como o ocorrido no Museu
Nacional do Rio de Janeiro podem ocasionar para a sociedade.
9. Relacione as palavras apresentadas a seguir com as respectivas frases, formando
pares de letras e números.
estrelas planetas galáxias meteorito1. 2. 3. 4.
a ) Corpos esféricos rochosos ou gasosos, sem luz própria e que têm órbita
definida em torno de uma estrela.
b ) Regiões do espaço com grande concentração de gases e poeira interestelar
contendo bilhões de estrelas e que podem abrigar sistemas planetários.
c ) Corpos luminosos e esféricos, constituídos predominantemente por hidrogê-
nio e hélio em altas temperaturas.
d ) Parte de corpo celeste que penetrou na atmosfera terrestre e atingiu a super-
fície do planeta.
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8. a) Resposta: O meteorito de Bendegó é do tipo siderito, composto principalmente por ferro e níquel.
8. b) Resposta nas orientações ao professor.
8. c) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que desastres como o ocorrido no Museu
Nacional do Rio de Janeiro prejudicam estudos científicos e históricos que ajudam a compreender o
passado, o presente e o futuro da humanidade.
9. Resposta: a – 2; b – 3; c – 1; d – 4.
45
8. b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que meteoroides são corpos rochosos
de tamanho menor que os asteroides, podendo
ser apenas pedaços destes. Meteoro é um fenô-
meno causado pelo atrito do meteoroide com o
ar quando penetra na atmosfera, tornando-se in-
candescente e deixando um rastro de luz. Meteori-
tos, por sua vez, são partes dos meteoroides que,
ao passarem pela atmosfera terrestre, não foram
queimadas por inteiro e, então, atingem a super-
fície terrestre.
Resposta
• Ao trabalhar a atividade8, acom-
panhe se os alunos conseguem
compreender que o meteorito de
Bendegó é formado principalmen-
te por ferro e níquel e auxilie-os na
identificação de fontes de pesquisa
confiáveis.
Quando os alunos responderem ao
itema, pergunte-lhes se é possível
relacionar a composição do mete-
orito Bendegó ao fato de este ter
resistido ao incêndio ocorrido em
2018. Averigue se eles associam o
alto ponto de fusão de seus com-
ponentes como uma possível expli-
cação para que tenha resistido ao
incêndio.
• Aproveite o assunto do itemc
para enfatizar a importância dos
museus e acervos para a conserva-
ção da história e da ciência de um
país. Sobre o desenvolvimento dos
museus, leia o trecho do texto a
seguir.
Foi no Renascimento que sur-
giram os primeiros sinais de uma
organização que se pode deno-
minar de Museu, a partir de cole-
ções particulares de nobres e es-
tudiosos que cultivavam o prazer
de reunir os mais variados obje-
tos. Agrupados aleatoriamente
em pequenos espaços, esses ob-
jetos eram visitados apenas por
convidados privilegiados [...]
GRUZMAN, Carla; SIQUEIRA, Vera Helena F.
de. O papel educacional do Museu de Ciências:
desafios e transformações conceituais. Re-
vista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias,
v. 6, n. 2, 2007. Disponível em: http://reec.
uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_
N2.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
Um texto a mais
• Na atividade 9, se necessário, pe-
ça aos alunos que retomem os con-
ceitos de estrela, planeta, galáxia e
meteorito deste capítulo.
http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N2.pdf
http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N2.pdf
http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N2.pdf
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Leia o trecho de reportagem a seguir.
Como podemos perceber no trecho de reportagem, o planeta Terra nem sempre
apresentou características como as que conhecemos atualmente. Ele teria surgido há
cerca de 4,6 bilhões de anos e, desde então, passou por diversas transformações que
permitiram o surgimento e a evolução da vida como a conhecemos hoje.
Representação
,preconizadas pela
BNCC para o respectivo ano de ensino, com uma se-
leção de conteúdos que possibilita a progressão das
aprendizagens dos alunos, a cada ano de ensino.
Os objetos de conhecimento
e as habilidades
De acordo com as aprendizagens essenciais, a
BNCC definiu um conjunto de habilidades para ca-
da componente curricular. Essas habilidades estão
relacionadas a diferentes objetos de conhecimento,
compreendidos como conteúdos, conceitos e pro-
cessos. Nesse sentido, a descrição das habilidades
é pautada nos seguintes elementos: nos processos
cognitivos envolvidos, nos objetos de conhecimen-
to mobilizados e nos contextos específicos em que
elas devem se desenvolver, considerando também a
faixa etária dos alunos.
Desenvolvido de acordo com a BNCC, cada vo-
lume desta coleção foi organizado de maneira a
contemplar as habilidades e suas respectivas rela-
ções com os objetos de conhecimento. Essas re-
lações podem ser identificadas pela maneira co-
mo os conteúdos foram estruturados e por suas
abordagens, bem como nas questões ao longo do
desenvolvimento dos conteúdos, nas seções e nas
atividades.
No Manual do professor, estão destacadas as
relações entre as habilidades desenvolvidas e seus
respectivos objetos de conhecimento e conteúdos,
a fim de que o professor tenha a segurança de, ao
utilizar o livro didático como apoio e ferramenta no
processo de ensino, contemplar as habilidades des-
critas na BNCC.
Os temas contemporâneos
transversais e a formação cidadã
De acordo com a BNCC, a inserção dos temas
contemporâneos transversais nos currículos e nas
propostas pedagógicas de maneira transversal e in-
tegradora favorece a participação social cidadã dos
alunos com base em princípios e valores democráti-
cos. Nesse sentido, o documento ressalta que:
[...] a abordagem de temas contemporâ-
neos [...] [afeta] a vida humana em escala lo-
cal, regional e global, preferencialmente de
forma transversal e integradora.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 19. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_
versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
X
Apesar do destaque dado a esses temas no documento, essa demanda não é inédita. Ela
consolida orientações pedagógicas que estão presentes em diversos documentos oficiais
da área da Educação publicados nos últimos anos, os quais determinam que essas ques-
tões sejam abordadas com urgência e de forma contextualizada, incentivando o respeito
mútuo e a reflexão crítica dos alunos acerca de cada tema.
Entre os documentos que norteiam o trabalho com os temas contemporâneos trans-
versais da BNCC temos, por exemplo, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Básica (DCN), além de diversas leis e decretos, como o Estatuto da Criança e do Ado-
lescente (Lei número 8.069/1990), a Lei de Educação Ambiental (Lei número 9.795/1999,
Parecer CNE/CP número 14/2012 e Resolução CNE/CP número 2/2012), o Código de Trân-
sito Brasileiro (Lei número 9.503/1997), o Estatuto do Idoso (Lei número 10.741/2003), as
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (Decreto número 7.037/2009,
Parecer CNE/CP número 8/2012 e Resolução CNE/CP número 1/2012), as leis que instituem
a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena (Leis número
10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP número 3/2004 e Resolução CNE/CP número
1/2004), o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE (Lei número 11.947/2009) e
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos (Parecer
CNE/CEB número 11/2010 e Resolução CNE/CEB número 7/2010).
A seguir, consta uma breve explicação sobre os temas contemporâneos transversais
abordados nesta coleção.
Temas contemporâneos transversais
Educação
ambiental
Esse tema propicia o desenvolvimento da capacidade de identificar-se como parte
integrante da natureza e da sociedade, comprometendo-se com a proteção e a
conservação ambiental tanto em âmbito local quanto global. Desse modo, ele
desenvolve a consciência crítica do aluno sobre os problemas ambientais e o que é
possível fazer para resolvê-los.
Educação para
o consumo
O padrão de consumo está intrinsecamente ligado a ideologias, posicionamentos sociais,
escolhas políticas, compromisso ambiental etc. Esse caráter múltiplo permite que o
consumo se relacione facilmente com os temas contemporâneos Ciência e tecnologia,
Educação ambiental e Saúde. Assim, o trabalho com esse tema possibilita aos alunos
compreender de forma crítica a sua condição de consumidores.
Educação
financeira
A educação financeira está diretamente ligada à educação para o consumo, pois
possibilita conscientizar o aluno para utilizar bem o dinheiro. O trabalho com esse
tema desde a infância pode ajudar na formação de adultos mais cuidadosos em relação
ao que consomem, pois contribui na administração dos próprios recursos financeiros,
tendo em vista o consumo consciente.
Educação
fiscal
A educação fiscal é importante para o aluno conhecer o sistema tributário do país,
o valor da moeda, a importância dos impostos e como é feita a aplicação desses
recursos, incentivando atitudes cidadãs para reivindicar a melhoria de produtos e
serviços públicos ofertados com base nos impostos coletados pelo governo. Além
disso, a educação fiscal contribui para a prevenção de situações de fraudes.
Trabalho
Esse tema evidencia as relações de dependência, a distribuição desigual da riqueza
na maioria dos países e a importância de todas as profissões. Ao trabalhar esse tema,
deve-se considerar sua importância para a vida das pessoas e seu impacto tanto na
sociedade quanto na natureza.
XI
Ciência e
tecnologia
O estudo desse tema possibilita compreender como o ser humano se relaciona com
o ambiente ao seu redor e com os outros seres vivos, por meio das técnicas que
desenvolve, assim como ponderar as complexidades e consequências dessas relações.
Por meio dele, é possível abordar aspectos sociais e humanos da ciência e da tecnologia
e sua influência nos campos político, cultural, econômico e ambiental, trabalhando de
maneira crítica e expondo seus impactos positivos e negativos na sociedade.
Direitos da criança
e do adolescente
Uma das maneiras de colocar os direitos das crianças e dos adolescentes como parte
da cultura escolar é compreender a escola como espaço aberto para interação e troca
de ideias. Assim, o trabalho com esse tema visa conscientizar os alunos sobre seus
direitos e deveres, aliando-se diretamente à construção do diálogo para a paz e da
cidadania no espaço escolar.
Diversidade
cultural
Esse tema compreende o reconhecimento da diversidade étnica e cultural,
sensibilizando os alunos para a importância do respeito a essa diversidade. Nesse
aspecto, abordagens que embasem a valorização da diversidade cultural são propícias
para superar e combater qualquer situação de discriminação.
Educação em
direitos humanos
A educação em direitos humanos está claramente entrelaçada com a diversidade
cultural, pois nos dois casos são necessários o reconhecimento e o respeito à
diversidade étnica e cultural para valorizar as mais diversas formas de viver, de
expressar ideias, de manifestar crenças e tradições. Além disso, a educação em direitos
humanos é propícia para aproximar a noção de igualdade aos direitos e à dignidade do
indivíduo, incentivando a consciência crítica sobre a garantia de direitos como um dos
caminhos para o desenvolvimento pleno dos indivíduos em sociedade.
Educação para
o trânsito
O trabalho com esse tema em sala de aula contribui para que a escola transcenda o
conteúdo dos componentes curriculares, a fim de abarcar assuntos que promovam
a interação dos alunos com o meio social em que
,com
elementos não
proporcionais entre si.
Cores-fantasia.
Representação da
Terra primitiva.
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[…]
Do surgimento do planeta, 4,6 bilhões de anos atrás, até o fim do Arqueano,
período geológico encerrado há 2,5 bilhões de anos, a atmosfera terrestre pra-
ticamente não tinha oxigênio: era anóxica, assim como os mares, que tam-
bém eram mais rasos e ácidos. Apenas seres unicelulares primitivos, como
bactérias e arqueias, prosperavam naquelas condições. Uma transformação
importante começou por volta de 2,4 bilhões de anos atrás, quando as condi-
ções químicas desses ambientes mudaram e permitiram vicejar os microrga-
nismos (cianobactérias) capazes de fazer fotossíntese e liberar oxigênio. […]
ZORZETTO, Ricardo. Testemunhas de uma Terra primitiva. Pesquisa Fapesp, São Paulo, fev. 2022.
Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/testemunhas-de-uma-terra-primitiva/. Acesso em: 26 abr. 2022.
Qual é o assunto abordado no trecho de reportagem?
De acordo com o texto, quais eram as características da Terra primitiva?
Que condições existentes na Terra atualmente permitem a existência da vida
como a conhecemos hoje?
Questão 1.
Questão 2.
Questão 3.
CAPÍTULO
2 A vida na Terra
GlossárioAnóxico: refere-se àquilo que é desprovido de oxigênio.
Vicejar: desenvolver-se.
Questão 1. Resposta: O trecho de reportagem trata das condições extremas da Terra primitiva e de seres
vivos capazes de sobreviver nessas situações (bactérias e arqueias), além das condições que permitiram o
surgimento de cianobactérias, capazes de realizar a
fotossíntese, resultando na liberação do gás oxigênio.
Questão 2. Resposta:
A Terra primitiva era
anóxica, ou seja, não
tinha oxigênio na
atmosfera. Além disso, os
mares eram rasos, ácidos
e sem gás oxigênio.
Questão 3. Resposta nas orientações ao professor.
46
• Conhecer alguns eventos relacio-
nados à origem e à diversificação
dos seres vivos na Terra.
• Conhecer hipóteses científicas
sobre a origem da vida na Terra.
• Compreender o conceito de ge-
ração espontânea.
• Conhecer a astrobiologia e as evi-
dências de vida em outros planetas.
Objetivos do capítulo
Os conteúdos abordados no ca-
pítulo são importantes para que
os alunos conheçam os estudos
científicos sobre a origem da vi-
da na Terra, compreendendo as
condições que outros planetas do
Sistema Solar devem ter a fim de
que seja possível a presença de
vida nesses locais, bem como a
sobrevivência humana. Dessa for-
ma, este estudo fornece subsídios
para o trabalho com a habilidade
EF09CI16 da BNCC. Os temas do
capítulo permitem, ainda, a valo-
rização do conhecimento cien-
tífico construído historicamente
e a compreensão de fenômenos
naturais, de modo que os alunos
desenvolvam as Competências
gerais 1 e 2 e as Competências
específicas de Ciências da Natu-
reza 1 e 3.
Justificativas
• Antes de iniciar o trabalho com
esta página, pergunte aos alunos
quantos anos eles acham que o pla-
neta Terra tem.
• Ao abordar as questões 1 a 3,
peça-lhes que ilustrem como ima-
ginam a Terra no início de sua for-
mação. Em seguida, oriente-os a
apresentar seus desenhos e a expli-
car como eles imaginam que era a
superfície da Terra e quais mudan-
ças ocorreram ao longo do tempo
para possibilitar a existência da vida
como a conhecemos. Aproveite as
informações e as percepções ini-
ciais deles para introduzir o tema
tratado neste capítulo.
Auxilie os alunos a perceber que a
temperatura do planeta e a compo-
sição da atmosfera se modificaram
ao longo do tempo, permitindo o
surgimento e a manutenção da vida
na Terra.
Questão 3. Temperaturas médias adequadas, dis-
ponibilidade de água em estado líquido, luz solar
e atmosfera terrestre. Esta última, por exemplo,
apresenta disponibilidade de gases essenciais pa-
ra a vida, como o gás oxigênio e o gás carbônico,
auxilia na manutenção da temperatura terrestre e
protege os seres vivos da ação nociva dos raios
solares.
Resposta
https://revistapesquisa.fapesp.br/testemunhas-de-uma-terra-primitiva/
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Representação com elementos não
proporcionais entre si. Cores-fantasia.
Acredita-se que a Terra primitiva apresentava condições extremas, como intensa ati-
vidade vulcânica, altas temperaturas e bombardeamento por asteroides, as quais são
consideradas inapropriadas para abrigar formas de vida como as que conhecemos hoje.
Com o passar do tempo, a superfície terrestre foi resfriando e parte do vapor de
água da atmosfera se condensou e se transformou em água ( H 2 O ) no estado líquido,
formando os primeiros oceanos. Nessa época, possivelmente, surgiram os primeiros
seres vivos. Posteriormente, a concentração de gás oxigênio ( O 2 ) na atmosfera ter-
restre foi se estabilizando e formou-se uma camada de gás ozônio ( O 3 ) . Essas condi-
ções possibilitaram o surgimento de novas formas de vida.
As diversas transformações mencionadas anteriormente e algumas características
da Terra permitiram que, com o tempo, ela passasse a abrigar grande diversidade de
seres vivos, como observamos atualmente. A seguir, vamos conhecer algumas dessas
características.
Condições necessárias à vida na Terra
A Terra localiza-se em uma região do Sistema Solar conhecida como zona habitá-
vel. A zona habitável de uma estrela refere-se à região na qual é possível encontrar
condições favoráveis ao desenvolvimento da vida, como a presença de água líquida.
Ela está diretamente relacionada à distância em que o corpo celeste se encontra em
relação à sua estrela.
Além de estar localizado na zona habitável, que possibilita temperaturas nem muito
elevadas nem muito baixas, outras condições são importantes para que um astro abrigue
formas de vida. Leia a seguir.
• O corpo celeste deve estar próximo o suficiente de uma estrela para que ela seja
sua fonte de energia (luz e calor), a fim de manter o metabolismo dos seres vivos.
• O corpo celeste deve ser estável e durar bilhões de anos, possibilitando que a vida
se origine e evolua.
Representação dos primeiros
oceanos no éon Arqueano.
Nessa imagem é possível
identificar estromatólitos.
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estromatólito
Professor, professora: Os símbolos
dos elementos químicos e as fórmulas químicas das substâncias serão apresentadas na primeira ocorrência,
por capítulo.
47
• Comente com os alunos que o
surgimento da vida na Terra de-
pendeu de diversos fatores, como
a composição e a estrutura interna
do planeta, a presença de atmosfe-
ra e até mesmo a posição da Terra
no Sistema Solar.
• Ao trabalhar com os alunos os
conteúdos desta página, apresen-
te-lhes mais informações sobre a
zona habitável.
[...]
Zona de Habitabilidade é o
termo científico para uma região
de um sistema estelar, planetário
ou galáctico que reúne as condi-
ções físico-químicas necessárias
para o desenvolvimento da vida.
[...]
O que é necessário ao desen-
volvimento da vida?
Para que se estabeleça a possi-
bilidade de desenvolvimento de
vida fora da Terra, três condições
iniciais devem ser satisfeitas:
• O objeto não pode ser muito
quente ou muito frio, deve ter
temperatura adequada para con-
ter água líquida.
• O objeto deve ter alguma fonte
que forneça energia (luz estelar,
calor interno ou energia quími-
ca), para manter o metabolismo
dos seres vivos.
• O objeto deve ser estável a
ponto de durar bilhões de anos,
permitindo que a vida surja e se
desenvolva.
Resumindo, Zona de Habita-
bilidade (ZH) é a resposta para a
pergunta: onde procurar vida no
Universo?
SOUZA, Alexandre B. de; MARTINS, Evelyn C.
F. M.; BONFIM, Víctor de Souza. Aula 8: Zona
de habitabilidade: estelar, planetária e galáctica.
Univap. Disponível em: https://www1.univap.
br/spilling/AB/Aula_8%20Zona%20de%20
habitabilidade.pdf.
,vivem. Assim, é possível propor
dinâmicas que sejam desenvolvidas com base em situações reais e contextualizadas e
que permitam a reflexão a respeito do tema.
Educação para a
valorização do
multiculturalismo nas
matrizes históricas e
culturais brasileiras
O trabalho com esse tema visa à valorização cultural pluriétnica, além de problematizar
adequadamente as tensões nas relações étnico-raciais do passado e do presente. Tal
abordagem tem o objetivo de levar os alunos a se conscientizarem de que o racismo é uma
construção social e histórica, devendo ser combatido em todas as suas formas, contribuindo
assim para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, democrática e inclusiva.
Saúde
A abordagem do tema tem como objetivo propiciar ao ambiente escolar condições
necessárias para a promoção da saúde e sua valorização, fornecendo elementos que
capacitem os alunos a agir em prol de sua saúde.
Educação alimentar
e nutricional
Por meio desse tema, é possível promover abordagens que desenvolvam habilidades
e práticas favoráveis à saúde, fortalecendo comportamentos e hábitos saudáveis, e
que repercutam na qualidade de vida do aluno e da coletividade. Além disso, o tema é
propício para desenvolver a tolerância e o respeito pela diversidade cultural brasileira
ao envolver os costumes alimentares das diferentes regiões do Brasil.
Processo de
envelhecimento,
respeito e
valorização do idoso
Esse tema envolve a importante ideia de que todos somos sujeitos em processo de
envelhecimento. Assim, o trabalho com ele visa reforçar a importância do respeito e da
valorização do idoso, desconstruindo imagens estereotipadas e negativas da velhice, além
de promover discussões que tratem dos direitos previstos no Estatuto do Idoso.
Vida familiar
e social
Esse tema é bastante amplo e envolve abordagens que visam reforçar a importância da
tolerância e do respeito aos diferentes arranjos familiares, bem como de compreender
o papel da família e abordar as complexidades dos convívios sociais. Além disso, é
um tema que possibilita discutir o papel das mulheres nas famílias ao longo do tempo
(transformações e permanências e desconstrução de estereótipos e preconceitos).
XII
Para aprofundar as noções dos alunos sobre a importância dos temas contemporâneos
transversais e auxiliar o professor nesse trabalho, esta coleção promove a abordagem de
alguns temas em uma seção específica, intitulada O tema é ....
Nesta seção, cada questão ou tema é apresentado de modo contextualizado, sempre
explorando as relações com os conteúdos estudados. Assim, um dos principais objetivos é
possibilitar ao aluno a reflexão sobre sua postura em relação ao assunto abordado e à sua
realidade, o que contribui para a formação cidadã. Além de tratar de questões que podem
se relacionar à realidade próxima dos alunos, os temas englobam discussões que transitam
entre diferentes componentes curriculares e que proporcionam reflexões relevantes volta-
das a assuntos que extrapolam o conteúdo curricular.
Além da abordagem da seção O tema é ..., os temas contemporâneos transversais da
BNCC também são explorados por meio de diferentes recursos e atividades e em momen-
tos oportunos tanto no Livro do Aluno quanto no Manual do professor.
As competências gerais
Um dos compromissos da BNCC é com a educação integral, entendida no documento
como uma educação condizente com a realidade do aluno e alinhada às demandas da
sociedade contemporânea, ao mesmo tempo em que se compromete com a formação e
com o desenvolvimento de forma global, priorizando o “aprender a aprender” e lidando
com as informações disponíveis de maneira analítico-crítica.
Assim, o aprendizado deve ser entendido como algo que possa ser aplicado na vida real
e que faça sentido nas vivências e situações cotidianas. Para alcançar tal objetivo, a BNCC
estabelece como um dos seus fundamentos pedagógicos que “os conteúdos curriculares
estão a serviço do desenvolvimento de competências” (BRASIL, 2018, p. 11).
Alicerçada nos princípios éticos, políticos e estéticos recomendados nas Diretrizes Cur-
riculares Nacionais, a BNCC adota dez competências gerais que, no decorrer da Educação
Básica, vão se inter-relacionar, perpassando todos os componentes curriculares, os quais
se sobrepõem e se interligam contribuindo para a construção dos conhecimentos e para
o desenvolvimento das habilidades de cada componente curricular, além de favorecer o
desenvolvimento de atitudes e valores fundamentais para a formação cidadã.
Confira a seguir a lista com as dez Competências gerais da BNCC.
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão,
a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva
e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
1.
2.
3.
4.
5.
XIII
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo
o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.
6.
7.
8.
9.
10.
Dicas para o professor
Nas orientações ao professor, estão indicados momentos que possibilitam desenvol-
ver as competências gerais da BNCC. Porém, é possível desenvolvê-las utilizando diferen-
tes estratégias e recursos, de acordo com o currículo
,adotado e com a realidade da turma.
Pensando nisso, a seguir constam algumas sugestões de abordagens que propiciam o
trabalho com essas competências.
Orientações que incentivam o aluno a:
• perceber a realidade que o cerca;
• analisar e questionar processos do cotidiano,
inclusive os que fazem parte do meio digital;
• explicar fatos e fenômenos com base nos
estudos realizados;
• expressar opinião e debater sobre temáticas;
• perceber a construção coletiva e contínua do
conhecimento científico;
• relacionar o conhecimento científico aos aspectos
sociais de cada época.
Competência geral 1
Orientações que incentivam o aluno a:
• analisar situações, elaborar e testar hipóteses
e propor soluções;
• elaborar conclusões coletivas;
• verificar e analisar resultados;
• levantar problemas da comunidade e propor soluções;
• analisar textos científicos;
• pesquisar em fontes científicas para solucionar
situações-problema;
• buscar conhecimentos de diferentes áreas para
explicar fenômenos e solucionar problemas;
• propor soluções que utilizem os meios tecnológicos.
Competência geral 2
Orientações que incentivam o aluno a:
• participar de diferentes manifestações artísticas
e culturais, reconhecendo e valorizando o trabalho
dos artistas;
• elaborar trabalhos envolvendo diferentes
manifestações artísticas;
• relacionar as expressões artísticas aos diferentes
contextos sociais;
• conhecer as principais manifestações artístico-
-culturais da região onde residem;
• conhecer e respeitar as manifestações artístico-
-culturais de diferentes localidades, regiões e países;
• identificar elementos presentes em diferentes
manifestações artístico-culturais;
• identificar o uso da tecnologia nas manifestações
culturais.
Competência geral 3
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
XIV
Orientações que incentivam o aluno a:
• ler, interpretar e produzir informações em linguagem
matemática, como gráficos, fórmulas, expressões,
mapas e esquemas;
• apresentar e registrar dados obtidos por meio de
pesquisas, experimentos e observações utilizando
diferentes recursos, como seminários, panfletos,
cartazes e imagens;
• apresentar às comunidades escolar e extraescolar
informações relacionadas a diferentes assuntos, por
meio de feiras, campanhas, exposições, cartazes,
panfletos, cartilhas, entre outros;
• elaborar e divulgar na internet vídeos, apresentações
e fotos com informações de interesse social e
relacionadas aos conteúdos estudados;
• montar jornais e podcasts com publicação periódica
na comunidade escolar, divulgando conteúdos
científicos, socioculturais e informações relevantes
para a comunidade escolar.
Competência geral 4
Orientações que incentivam o aluno a:
• analisar criticamente as informações provenientes
de meios digitais;
• confrontar informações veiculadas em diferentes
fontes na internet, percebendo os diferentes pontos
de vista;
• reconhecer a influência das informações veiculadas
em mídias digitais na sociedade (pontos de vista
político, social e cultural);
• agir de forma ética e crítica ao replicar informações
veiculadas em mídias digitais;
• identificar fontes confiáveis de pesquisa
na internet;
• conhecer os cuidados necessários referentes
ao uso de redes sociais e outros serviços
na internet;
• participar, de maneira protagonista, de fóruns
de discussão relacionados a uma situação-problema
sugerida pelo professor, expondo suas experiências
e sua ideias;
• fazer consultas públicas na internet.
Competência geral 5
Orientações que incentivam o aluno a:
• reconhecer e valorizar o papel de diferentes
profissionais na sociedade;
• participar de debates e discussões sobre a
importância da postura ética na atuação profissional;
• refletir sobre áreas de interesse profissional;
• visitar indústrias, instituições, companhias, entre
outros locais, reconhecendo a rotina e organização
desses ambientes de trabalho;
• conversar com profissionais de diferentes áreas,
buscando compreender contextos e fazer escolhas
engajadas no exercício da cidadania;
• discutir a respeito dos cuidados no trabalho, como
a importância dos equipamentos de proteção
individual – EPI;
• discutir sobre a importância da igualdade de gênero
nas profissões e no trabalho.
Competência geral 6
Orientações que incentivam o aluno a:
• debater ou trocar ideias acerca dos direitos
humanos, da saúde pessoal e da coletiva,
dos cuidados com o planeta e da consciência
socioambiental, com base em pesquisas feitas
em fontes confiáveis;
• expressar seus pontos de vista sobre assuntos
relacionados à saúde pessoal e coletiva, aos direitos
humanos, ao ambiente e aos cuidados com o planeta;
• discutir o que são fatos, o que são opiniões e os
diferentes interesses que operam nos diversos
segmentos da sociedade.
Competência geral 7
Orientações que incentivam o aluno a:
• reconhecer que a saúde envolve o bem-estar físico,
mental e social;
• refletir sobre seu papel na manutenção da própria
saúde e da saúde coletiva;
Competência geral 8
XV
• participar de atividades práticas voltadas à prevenção
de doenças e à manutenção da saúde envolvendo a
comunidade escolar e extraescolar;
• ser atuante e participativo nas questões relacionadas
ao saneamento básico e à manutenção da saúde do
bairro onde reside;
• refletir sobre o respeito ao próprio corpo e aos dos
colegas, de modo a compreender-se como parte
da diversidade humana, valorizando as diferenças
e atuando de forma crítica em relação aos padrões
estabelecidos pela mídia;
• participar de atividades práticas envolvendo atividades
físicas e discutir sua importância.
Orientações que incentivam o aluno a:
• participar de conversas em grupo nas quais
ocorram trocas de ideias, respeito à opinião dos
colegas, bem como valorização e acolhimento
da diversidade;
• se envolver em atividades práticas nas quais seja
necessário dividir tarefas, cooperar e cumprir regras;
• participar de debates sobre os mais variados
assuntos, envolvendo um mediador e grupos com
pontos de vista conflitantes;
• valorizar a cultura de diferentes grupos sociais.
Competência geral 9
Orientações que incentivam o aluno a:
• criar soluções para problemas com base em valores
e princípios éticos, democráticos e inclusivos;
• ter autonomia e responsabilidade na realização de
trabalhos em sala de aula e fora dela.
Competência geral 10
As competências de área
Além das competências gerais, a BNCC também define as competências específicas de
áreas de conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Nature-
za). Essas competências abarcam o desenvolvimento de habilidades, conceitos e noções
que promovem o raciocínio relacionado a cada componente, envolvendo diretamente
suas habilidades e competências específicas.
De acordo com o documento, o propósito dessas competências é formar sujeitos éti-
cos e responsáveis, além de garantir o desenvolvimento de conhecimentos que incentivam
a formação de valores para a vida em sociedade ao longo de toda a Educação Básica.
Assim, o trabalho com as competências de área deve ocorrer de maneira gradativa, con-
forme a faixa etária e o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
A BNCC orienta que, no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos desenvolvam as
seguintes competências específicas da área de Ciências da Natureza.
Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental
Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como
provisório, cultural e histórico.
Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar
processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de
questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar
para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
,Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social
e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a
curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das Ciências da Natureza.
1.
2.
3.
XVI
Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental
Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para
propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e
pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e
valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar
e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética.
Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-
-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões
científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios
éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 324. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf . Acesso em: 23 maio 2022.
4.
5.
6.
7.
8.
No processo de desenvolvimento das competências gerais, é preciso que os alunos apri-
morem os princípios das competências específicas de cada área do conhecimento, o que é
assegurado por meio do trabalho com as habilidades de cada componente curricular.
Competências gerais
Competências específicas de área As competências específicas de área orientam os estudantes a respeito da expressão
das competências gerais em relação às áreas do conhecimento.
Habilidades O conjunto de habilidades de cada componente curricular possibilita desenvolver
as competências específicas de área e as competências específicas do compo-
nente curricular. Essas habilidades referem-se aos conteúdos, conceitos e proces-
sos que os estudantes devem adquirir.
Competências específicas do
componente curricular
Em articulação com as competências gerais e com as competências específicas de
área, cada componente curricular deve garantir o desenvolvimento de competên-
cias específicas.
Esta coleção foi elaborada buscando contemplar habilidades e competências especí-
ficas relacionadas à área do conhecimento, a fim de fornecer aos alunos subsídios para
desenvolver as competências gerais propostas na BNCC. Tais relações estão presentes nas
abordagens dos conteúdos, em textos, seções e atividades. Confira um exemplo de como
essa orientação é feita nos volumes da coleção.
No capítulo 4 deste volume, por exemplo, ao abordar algumas ideias evolucionistas e o papel da seleção natural
para a diversidade biológica e para o processo evolutivo, desenvolve-se as habilidade EF09CI10 e EF09CI11. Ao
trabalhar essas habilidades, evidencia-se que o conhecimento científico é provisório, cultural, construído histo-
ricamente e nos auxilia a explicar a realidade, contribuindo para o desenvolvimento da Competência geral 1 e da
Competência específica de Ciências da Natureza 1.
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http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
XVII
Ao final das orientações gerais deste Manual do
professor, há o Quadro de conteúdos que apre-
senta as relações entre as habilidades e/ou compe-
tências e os conteúdos da área, explicitando como
esses elementos são desenvolvidos.
O ensino de Ciências nos Anos
Finais do Ensino Fundamental
O avanço da tecnologia e as consequências das
interferências humanas nos ambientes, como os de-
sequilíbrios ambientais e a manutenção da saúde
pessoal e coletiva, são alguns dos temas de muitas
discussões em nossa sociedade atual.
Todos esses assuntos estão relacionados, direta
ou indiretamente, aos conhecimentos científicos.
Diante disso, percebe-se que o ensino de Ciências,
em conjunto com conhecimentos éticos, políticos e
culturais, é essencial para a formação de um cida-
dão crítico, que cumpre seus deveres, busca fazer
valer os seus direitos e luta por uma sociedade jus-
ta, inclusiva, ética e sustentável.
Para a formação do cidadão crítico e atuante na
sociedade, o ensino de Ciências deve promover o
letramento científico, que envolve a capacidade de
compreender os fenômenos naturais e as relações
entre os organismos, a natureza e a sociedade, de
forma a aplicar esses conceitos na vida cotidiana.
Além disso, o ensino de Ciências também deve in-
centivar o desenvolvimento da autonomia dos alu-
nos, fornecendo subsídios para que eles sejam capa-
zes de argumentar, tomar decisões e agir de forma
consciente e responsável.
[...]
O letramento científico e tecnológico tor-
nou-se, então, a principal meta do ensino de
ciências, em contraste com os movimentos
ocorridos nas décadas de 50 e 60, que eram
centrados na preparação dos jovens para
agirem na sociedade como cientistas ou op-
tarem pela carreira científica. Nesse novo
contexto, o letramento científico objetiva le-
var os alunos a compreenderem como C&T
[Ciência e Tecnologia] influenciam-se mu-
tuamente; a tornarem-se capazes de usar
o conhecimento científico e tecnológico na
solução de seus problemas no [dia a dia]; e
a tomarem decisões com responsabilidade
social [...]
[...]
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; MORTIMER, Eduardo Fleury. Tomada
de decisão para ação social responsável no ensino de ciências. Ciência &
Educação, Bauru, v. 7, n. 1, 2001. p. 96. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf&lang=pt. Acesso
em: 23 maio 2022.
O ensino de Ciências deve considerar os conhe-
cimentos provenientes da vivência dos alunos, os
quais devem ser explorados e confrontados com os
conhecimentos construídos. Isso contribui para dar
significado ao conhecimento científico.
[...]
É importante lembrar que o processo
cognitivo evolui sempre numa reorganiza-
ção do conhecimento, que os alunos não
chegam diretamente ao conhecimento cor-
reto. Este é adquirido por aproximações su-
cessivas, que permitem a reconstrução dos
conhecimentos que o aluno já tem.
Assim, é importante fazer com que as
crianças discutam os fenômenos que as cer-
cam, levando-as a estruturar esses conheci-
mentos e a construir, com seu referencial lógi-
co, significados dessa parte da realidade. [...]
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de et al. Ciências no ensino
fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.
p. 13. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).
O ensino de Ciências também deve garantir aos alu-
nos o contato com os conhecimentos científicos pro-
duzidos ao longo da história, de forma que eles perce-
bam que a ciência é uma construção humana que está
em constante desenvolvimento, aproximando-os das
principais práticas e procedimentos científicos.
O processo investigativo é o elemento central
do processo de ensino-aprendizagem em Ciências,
levando os alunos a retomar conhecimentos a res-
peito do mundo onde vivem e a refletir sobre eles.
Proposta teórico-metodológica do
componente curricular de Ciências
Esta coleção busca conhecer a realidade
,dos alu-
nos, propondo questões e situações por meio das
quais eles possam expor suas vivências e seus pon-
tos de vista, contextualizando a aprendizagem dos
https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/ciedu/a/QHLvwCg6RFVtKMJbwTZLYjD/?format=pdf&lang=pt
XVIII
conteúdos. Dessa maneira, a coleção os incentiva a
expressar seus conhecimentos prévios, partindo de-
les para a construção dos conhecimentos científicos.
[...] Em Freire (1987, 1993, 1996), com-
preendemos que o ponto de partida do pro-
cesso educacional está vinculado à vivência
dos sujeitos, seus contextos, seus proble-
mas, suas angústias e, acima de tudo, às
contradições presentes no “mundo vivido”.
Considerando a educação como um ato polí-
tico, no sentido de estar engajada em ações
transformadoras, a qual consiste na cons-
trução/elaboração do conhecimento de for-
ma crítica pelos excluídos, este educador
enfatiza como fundamental levar em conta
o “saber de experiência feito” como ponto
de partida.
[...]
GEHLEN, Simoni Tormöhlen et al. Freire e Vigotski no contexto
da educação em ciências: aproximações e distanciamentos. Ensaio,
Belo Horizonte, v. 10, n. 2, 2008. p. 286. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 3 jun. 2022.
O diálogo e a discussão sobre diversos temas
permitem aos alunos expor suas vivências e seus
conhecimentos, construindo saberes também nas
relações com o outro, de acordo com os contextos
sociais e culturais nos quais estão inseridos.
[...]
Todas as funções no desenvolvimento
da criança aparecem duas vezes: primeiro
no nível social e depois no nível individual;
primeiro entre pessoas (interpsicológica) e,
depois, no interior da criança (intrapsicoló-
gica). Isso se aplica igualmente para a aten-
ção voluntária, para a memória lógica e para
a formação de conceitos. Todas as funções
superiores originam-se das relações sociais
entre indivíduos humanos.
[...]
VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social da mente.
4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 41. Disponível em: https://
edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20
formacao%20social%20da%20mente.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.
Os alunos, como sujeitos da aprendizagem, en-
tram em contato com o conhecimento por meio
dos símbolos, mediante a linguagem, e das media-
ções que fazem com as pessoas com as quais con-
vivem. Assim, a construção do conhecimento tem
base na interação do indivíduo com o meio social e
nas diversas relações que ele estabelece.
Os conteúdos desta coleção apresentam diver-
sas atividades que permitem aos alunos a troca de
ideias e a análise de situações práticas do dia a dia.
Também são propostas atividades que incentivam a
investigação científica por meio da pesquisa de fe-
nômenos do cotidiano, nas quais eles podem con-
versar entre si, testar hipóteses, seguir procedimen-
tos, analisar resultados e elaborar conclusões. Esse
conjunto de competências contribui para a aprendi-
zagem em Ciências.
Esta coleção também busca colaborar para a for-
mação de cidadãos capazes de argumentar e de se
posicionarem criticamente diante de situações que
envolvem os impactos da ciência e da tecnologia na
sociedade, no ambiente e no próprio corpo. Busca-
-se, dessa maneira, incentivar os alunos a questionar
a realidade que os cerca e a ter uma postura respon-
sável diante dos acontecimentos no mundo, incenti-
vando-os a atuar ativamente na construção de uma
sociedade justa, inclusiva, ética e sustentável.
Em Ciências, o processo de ensino-aprendizagem
é diversificado, exigindo do professor certa flexibili-
dade com relação a diferentes perspectivas teórico-
-metodológicas. Assim, propomos a seguir algumas
estratégias que auxiliam o professor a articular a pro-
posta pedagógica desta coleção com sua prática.
Problematização com base nos conhecimentos prévios
Ao chegar à sala de aula, os alunos já têm di-
versos conhecimentos que construíram com base
em sua vivência e que consideram concretos. Para
incentivá-los a construir o conhecimento científico,
é preciso mobilizar seus conhecimentos prévios, le-
vando-os a refletir sobre eles de forma a articulá-los
ao saber científico.
[...]
Aproximar os conceitos científicos dos
contextos vivenciados pelos alunos facilita
o processo de aprendizagem: o aluno pode
estabelecer uma relação entre os diferentes
conhecimentos desenvolvidos e sua reali-
dade. O aluno também pode ser desafiado
diante de uma situação que mobiliza sua
https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/epec/a/r8wwMNp4VWdMQZms5W7qkrM/?format=pdf&lang=pt
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20social%20da%20mente.pdf
XIX
atenção, envolvendo-se em um processo de
pesquisa ou descoberta.
ROSA, Ivete Pellegrino; LAPORTA, Márcia Zorello; GOUVÊA, Maria Elena de.
Humanizando o ensino de ciências: com jogos e oficinas psicopedagógicas
sobre seres microscópicos. São Paulo: Vetor, 2006. p. 17.
Uma maneira de verificar o que os alunos já sa-
bem e comparar com os conhecimentos científicos
é propor situações-problema para incentivar a busca
de informações. Assim, eles podem reelaborar seus
modelos preconcebidos, relacionando-os ao saber
científico. Essas propostas devem ser significativas
para eles e, preferencialmente, estar relacionadas
ao seu cotidiano.
[...]
O problema é a mola propulsora das va-
riadas ações dos alunos: ele motiva, desafia,
desperta o interesse e gera discussões. Re-
solver um problema intrigante é motivo de
alegria, pois promove a autoconfiança ne-
cessária para que o aluno conte o que fez e
tente dar explicações.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de et al. Ciências no ensino
fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.
p. 20-21. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).
Busca de informações com base
em diferentes estratégias
A busca de informações contribui para a forma-
ção de ideias e incentiva a autonomia dos alunos
com relação à construção do conhecimento. Além
disso, momentos como esse são oportunos pa-
ra criar discussões nas quais eles possam levantar
suposições com base em novas ideias. A pesquisa
escolar poderá ajudá-los ao ampliar seu repertório
de informações e conhecimentos, além de auxiliá-
-los a desenvolver práticas de pesquisa. Para isso,
é importante que essa busca seja feita em fontes
variadas e confiáveis.
O uso de tecnologias digitais em pesquisas deve
ser um processo crítico e ético. É importante que
os alunos se habituem a ter uma postura questio-
nadora com relação à veracidade das informações
que encontram, procurando identificar fontes con-
fiáveis e comparar fatos a fim de verificar diferentes
pontos de vista e possíveis manipulações. Também é
interessante que eles tenham o mesmo cuidado ao
compartilhar informações.
Entre as estratégias para a busca de informações,
destacam-se a observação, a leitura de textos e a
experimentação.
Observação
A observação é uma prática cotidiana diária. Em
Ciências, ela faz parte do processo de ampliação
dos conhecimentos, pois nos permite interagir visu-
almente com o mundo ao redor.
No entanto, para que seja efetiva, essa ativida-
de deve ser bem-orientada. O papel do professor
é fundamental nesse processo, pois deve motivar
e orientar os alunos a perceber os detalhes do que
se pretende observar. Além dessa percepção, eles
devem registrar o que examinam, seja por meio de
escrita ou desenho, seja por meio da verbalização.
Durante a observação, os alunos são incentivados
a exercitar a curiosidade intelectual, investigando,
refletindo e analisando, o que possibilita a proposi-
ção de soluções e a resolução de problemas.
A observação pode ser direta ou indireta. A pri-
meira pode ser exercitada com atividades que en-
volvam contato direto com ambientes, animais,
plantas, máquinas, fenômenos e